Antologia Poética

Antologia Poética Carlos Drummond de Andrade




Resenhas - Antologia Poética


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brunaentrelivros 21/12/2023

Dias drummondianos
Alguns anos separam a primeira leitura que fiz desse livro para a atual releitura e é incrível como Drummond toca a gente como se fosse a primeira vez.
Essa antologia é uma boa síntese das obras do poeta, vale a pena cada minuto da leitura.
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Ronaldo Thomé 10/12/2018

Carlos Drummond de Andrade tem um jeito muito particular de escrever. Em sua obra, ele alcança uma introspecção filosófica e metafísica que lhe é muito característica, bastante diferente de outros autores (Manuel Bandeira, por exemplo, é mais passional e sentimental; Vinícius de Moraes é mais direto e menos rebuscado, Jorge de Lima é mais transcendental, Hilda Hilst, mais emotiva). Não por acaso, é considerado o maior poeta do Brasil e, de fato, a maneira como trabalha inúmeros temas numa única poesia confirma isto. É impossível não viajar em seu vocabulário, nos momentos quase fotográficos que Drummond trabalha. É claro que, em vários momentos, sua obra parece difícil e fechada (o intenso uso de adjetivos e advérbios é por vezes cansativo), mas isto é mais que compensado pela atitude serena e reflexiva com que o poeta encara a existência. Drummond demonstra um jeito único para falar do amor e suas decepções, usa o verso branco de maneira brilhante para temas políticos, expõe como ninguém o tédio e o cansaço que atingem nossas vidas. Enfim: ainda que não seja o seu autor favorito, vale a pena conhecer este trabalho de antologia e inspirar-se na vida real, vê-la se tornar poemas.

Indicado para: quem quer conhecer um autor que, ainda hoje, é diferente e singular a tudo que existe no mundo da poesia.

Nota: 9,0 de 10,0.



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Ronaldo Thomé
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Thabata11 06/04/2024

Antologia Poética
Nem todos os poemas nos tocam, nem todas as palavras entendemos. Mas como é maravilhoso se encontrar em um verso! Abra o livro: absorva e se deixe levar. Aprecie a mente de Drummond de Andrade, e como se mistura com a tua.
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Elizabeth 09/08/2022

Antologia poética
Li para encontrar e salvar meus poemas favoritos no google play livros.

Conheci várias poesias do Carlos Drummond de Andrade pelos livros da escola e elas me acompanharam em vários momentos da minha vida.

Poesia sempre vai ser algo que fala comigo e mexe com o meu coração.
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pedrosg 07/12/2022

?
Leitura obrigatória do vestibular, já tinha lido ano passado. Escrita do Drummond é muito boa e nos poemas e possível ver seu amadurecimento e endurecimento.
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bequinha 12/01/2022

Emocionante
O que falar de poesia? Eu amo a leitura que fiz, e sempre pego o livro para reler vez ou outra. Me emocionei com a oratória de amar da Marília Pera. Recomendo muito esse livro a todos, independente de gostar ou não de poesia.
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Ana Cis Gestal 28/05/2020

Antologia Poética
Autor: Carlos Drummond de Andrade
Editora: Record
Páginas:414
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Nascido em 1902, em Minas Gerais, Drummond teve uma vida longa e muito bem vivida. Em 1987 faleceu, deixando obras inéditas e inúmeras poesias. Nessa antologia, organizada pela próprio autor, acompanhamos quase um século de trabalho, evolução pessoal e da sociedade.

Sempre perguntam 'mas você entende todas as poesias?', a resposta é NÃO. As vezes não entendo nada, ou entendo mas não sinto nada. Mas, quando a poesia me toca, faz tudo valer a pena. E as experiências são totalmente distintas, de acordo com seus sentimentos naquele momento. Destaquei abaixo trechos de alguns que realmente gostei (não deu para colocar todos). Meus favoritos nessa antologia, foram os mais melancólicos, os que refletiam melhor o amadurecimento e a solidão.

"Em vão tento me explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas. Que triste são as coisas, consideradas sem ênfase." - A FLOR E A NÁUSEA

"Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua." - CONSOLO NA PRAIA

"Vai -se tornando o tempo
Estranhamente longo
À medida que encurta." - CARTA

"Trabalhas sem alegria para um mundo caduco,
Onde as formas e as ações não encerram nenhum exemplo.
Praticas laboriosamente os gestos universais.
Sentes calor e frio, falta dinheiro, fome e desejo sexual." - ELEGIA 1938

"É como ficou chato ser moderno.
(...) A cada instante se criam novas categorias do eterno
Eterna é a flor que se fana
Se soube florir
É o menino recém nascido
Antes que lhe deem nome
E lhe comuniquem o sentimento do efêmero
É o gesto de enlaçar e beijar
Na visita do amor às almas
Eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo
Mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata." - ETERNO
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Rafaele 22/08/2020

Leia mais poesia (eu, pra mim mesma)
O engraçado de ler poesia é que você lê e acha bonito, acha que é sobre amor e romances e talvez uma dificuldade da vida, mas aí se você pesquisar O MÍNIMO sobre um poema em específico, vai ver que na verdade é sobre o partido comunista HAHAHA Poesia é babado demais!
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Vanessa 12/12/2020

Drummont
Primeiro livro de poesia que li, achei sensacional apesar de cansativo (pq não estou acostumada).
Para mim, diversos poemas foram especiais, roubaram minha atenção e vou leva-los por toda a minha vida agora.
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Clube do Farol 12/10/2022

Resenha por Elis Finco @efinco
Olá, pessoa! Chegamos à Antologia, um livro emblemático e deixo o próprio Drummond explicar um pouco, porque mesmo se você tiver a mão todos os outros, lhe faltará este. A Antologia foi organizada pelo próprio Drummond, que afirmou observar certas características, preocupações e tendências que a condicionam ou definem, em conjunto. “Lhe parecendo assim mais vertebrada e, por outro lado, espelho mais fiel.”

Escolhidos e agrupados os poemas sob esse critério, esta Antologia não seguiu a divisão por livros, nem obedeceu à cronologia rigorosa. Ficando os poemas distribuídos em nove seções. Durante a leitura é lícito dar razão a Drummond que já, em virtude da publicação, alertava que algumas poesias caberiam talvez em outra seção que não a escolhida, ou em mais de uma. A razão da escolha para cada sessão foi a tônica da composição ou desejo do próprio autor, conhecedor máximo de sua obra.

Quem, como eu, encontra este depois da leitura de Alguma Poesia, Sentimento do Mundo e Claro Enigma se reencontrará com alguns poemas selecionados destes para esta antologia, e será como beber um segundo copo da mais deliciosa bebida, aquela que mata a sede da alma e que desperta os sentidos e o coração. Em sua nova composição, ganham quase uma musicalidade nova, sem a perda da essência. Como uma canção composta em samba e tocada ao ritmo do pagode, muda-se a leitura e ganha-se em aproveitar como novidade algo já conhecido.

Temos Drummond por Drummond, seu eu, suas coisas materiais e o imaterial. Seus medos, dúvidas e anseios, o novo e o velho que compõe cada uma, mas a Drummond acompanha a poesia e o gênio. Aquilo que até hoje o imortaliza faz com que seja mais um simples homem que viveu. Vemos seu coração nos amores, nos momentos de inspiração e da falta dela, as indecisões que compõem a vida rotineira e das grandes que cabe ao escritor e uma sombra, que me leva a crer em uma síndrome do impostor tão presente aos gênios.

Um homem de dois estados, Drummond vivia no Rio de Janeiro com saudade de Minas Gerais, mas sua dor é que não existia mais a cidade que ele viveu para voltar. Ela já não era mais igual, tudo mudou, mesmo aquilo que continuava igual. Porém, o Rio de Janeiro lhe deu o mar, aquele sonho de água e vento e salgado que Minas não tem, sem uma visão romântica do que deixou ainda que apaixonado pela terra natal.

O pensar nas relações familiares, a linha do tempo passa de quem veio antes, por nós e aqueles que vem após nós. A efemeridade da vida, como tudo é breve e passageiro e, ainda assim, dura através dos tempos na passagem dos genes de um ente a outro. Sobre alguns que existem na lembrança e vão sendo delegados aos registros de sua existência, nós vivemos e entramos na roda do tempo até chegar a nossa vez de sermos aqueles que vieram antes e são lembranças e memórias.

Homenagens, aos vivos e aos que partiram, os sentimentos passam das páginas em estado bruto, permeiam cada letra e pontuação, e existe uma beleza indescritível nisso, afinal que são os amigos? São a família que nós escolhemos ou se nossos ídolos têm aquilo que a atual sociedade falta.

Falando a sociedade, a crítica, o olhar que vê com tristeza os caminhos a que esta segue. A certeza que na solidariedade reside a forma de melhorá-la, uni-la, fazê-la ser o que deveria por essência. Porém, precisa escrever sobre o luto, a perda de vidas trabalhadoras, da desolação dos problemas sociais e da esperança. O pensar em torno da existência e a tentativa de explicá-la, do viver e do existir, uma tentativa de interpretá-la.

Voltando ao sentimento de esperança que nos toca em querer amar e ser amados, provar o amargo do amor que nos causa essa necessidade quase desesperada de o sentir, que nem sempre responde amor com amor, às vezes indiferença e falta de reciprocidade.

Nessa antologia encontramos também alguém que domina de tal maneira a escrita, a poesia que brinca com ela, faz dela um exercício lúdico, que critica sua estrutura engessada, acadêmica, formal e ainda assim fala por meta linguagem da poesia como assunto, dela poesia por ela mesma e da aula de como (se ousássemos) escrevê-la, que ela não existe em torno do assunto de que trata e sim da palavra e da linguagem em que é descrita e, para mim, com uma humildade dada aos grandes de como nós mortais falar dos problemas e dificuldades de se expressar mesmo sentido, de encontrar as palavras certas.

E de poema em poema, seja conhecido ou não, vamos nos aproximando do autor e de nós mesmos, é difícil falar da experiência de leitura, por entender ser única para cada um, mas também igual por beber da mesma fonte. Eu optei por ler uma de cada parte por dia, durante todo o dia parava em vários momentos para ler um dos poemas, e nos intervalos refletia, sentia necessidade de ouvir declamar, (obrigada, Youtube), de ficar mais tempo com o texto comigo, e me peguei lendo em voz alta, sentindo o poema em vários sentidos que não apenas a leitura e a imaginação.

Deu para entender porque este é tido como o autor que mais aparece em vestibulares e Enem, que lhe imputam o título de ter escrito o melhor poema da literatura nacional. Foi uma experiência única me envolver de Drummond, e confesso que terminei com o coração repleto e, ainda assim, à espera de mais.

No posfácio de Zélia Duncan encontrei uma alma afim, na leitura de Drummond ela ia descrevendo como sentia e nas mesmas conclusões, Carlos Drummond era moderno porque até hoje é atual, a poesia dele não ficou datada e, ainda assim, tem algo do tempo em que foi escrito e do hoje. Acho que só consegue entender quem acabou de ler, de sentir. Convido a você para vir se sentir assim, lendo essa obra maravilhosa.

Nesta edição, como nas anteriores, a capa e os extras mantêm a estética da coleção. Como escrevi acima, temos o posfácio de Duncan, lindo, emocionante e com uma analogia que se fez perfeita entre um show cultural e a curadoria de Drummond a sua antologia. Igualmente contém a Cronologia na época do Lançamento (1959-1965), que nos apresenta não apenas Drummond (CDA), mas também o Brasil, a Literatura Nacional e o mundo há época, uma preciosidade que adorna a joia que é esta edição, um verdadeiro presente aos leitores, afinal não apenas o tema, o tempo em que a obra foi escrita serve de base para entendermos o conteúdo da mensagem. E também as: Bibliografia do autor, Bibliografia Seleta e Índice dos primeiros versos.

site: http://www.clubedofarol.com/2022/09/resenha-antologia-poetica.html
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Natalia 25/05/2020

Poesia de quem sabe
Neste livro traz uma coletânea de poesias de Carlos Drummond de Andrade divididos em temas. Um livro muito gostoso de saborear.
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Matareli 29/04/2024

MARAVILHOSO
Basicamente, esse livro foi como um terapeuta para mim. Muitas vezes, encontro-me numa crise de melancolia, a qual uma tristeza me toma. Tenho pensamentos muito específicos que coincidentemente, encontrei nos poemas tão metafóricos e geniais de Carlos Drummond. Simplesmente adorei
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Jonathan 26/02/2013

O Drummond
Conhecia pouco, quase nada da poesia de Drummond. E sua antologia me mostrou que o que eu conhecia não mostrava nem 1% do que Drummond é. Não sou pretensioso de dizer que agora sei o que o autor pretende. Mas, o livro permite de ver as várias "caras" de Carlos Drummond de Andrade.

Curiosamente, a parte que mais gostei do livro foi o prefácio. Para quem gosta de escrever, o conselho do moço de Itabira ajuda na árdua e prazerosa arte de escrever: “Achavam-me idiota ou palhaço; suportei os ataques porque ao mesmo tempo recebia o estímulo de meus companheiros de geração e de pessoas mais velhas, nas quais depositava confiança, pela capacidade intelectual e pela honestidade de julgamento que as distinguiam.”

Os poemas variados levam o leitor a várias situações e a seleção feita pelo própria autor dá ao livro uma particularidade interessante.
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Malphys 22/12/2021

Arrebatamento
Nunca fui da poesia, mas esse ano me arrisquei aqui e ali. Até que comecei a ler Drummond e foi certeiro: encantamento.

A poesia de Drummond se faz, algumas vezes, em crônicas, uma narrativa que tem um fluxo de pensamento abstrato mas alcançável porque o que ele quer dizer está sempre ali, dito, com todas as letras - e sempre as mais bonitas e as mais simples.

Pra começar e se enamorar pela poesia essa é uma boa escolha. E termino com um dos trechos finais:

?E de tudo fica um pouco. Se de tudo fica um pouco, mas por que não ficaria um pouco de mim? no trem, que leva ao norte, no barco, nos anúncios de jornal, um pouco de mim em Londres, um pouco de mim algures? Na consoante? No poço?

(?) abre os vidros de loção e abafa o insuportável mau cheiro da memória?.
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ALucy 20/05/2009

sou suspeita para falar qualquer coisa de drummond.
tudo dele me toca profundamente.

as poesias são muito bonitas e tem para todos os gostos.
recomendadíssimo.
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