Paloma 31/01/2017
“Quem tem um porquê enfrenta qualquer como”
E essa foi mais uma leitura de um livro nacional, que desmistifica aquela frase dita por muitos leitores:” livro nacional é muito inferior aos livros escritos por autores internacionais”. E infelizmente isso não acontece só com os livros, mas em relação a quase tudo, nós brasileiros temos o prazer de valorizar tudo o que não é feito aqui, e desvalorizar o que é “nosso”, música, filme, roupas, ...Esperamos alguém de fora dizer que é bom, para então, notarmos a qualidade do produto.
Depois desse leve momento de reflexão, vamos a resenha. Primeiramente, gostaria de pontuar o trabalho maravilhoso que a intrínseca teve com este livro, tanto esteticamente como também pela divulgação, sempre que entrava no site da intrínseca no ano passado, via várias matérias sobre este livro, sobre o autor, o que me atraiu em querer saber mais sobre a história. E quando disse que esteticamente ele está lindo, é porque está lindo mesmo, claro que isso não foi só o trabalho da editora, mas do autor também, o livro é dividido em capítulos e em partes, a cada parte que se encerra, o autor coloca uma página azul e nela uma frase impactante de algum autor.
“Sorria embora seu coração esteja doendo, mesmo que ele esteja partido, enquanto houver nuvens no céu você sobrevivera.” (Charles Chaplin)
No início do livro, confesso que a leitura ficou meio arrastada, para mim a história começou a engrenar lá pela página 140 mais ou menos, mas quando cheguei ao fim da leitura entendi a necessidade do autor em contar tudo o que foi dito no início, tudo se encaixou perfeitamente, sem deixar pontas soltas, e essa é a segunda coisa que me faz amar ou não um livro; não gosto de quando o autor termina uma história e deixa alguns aspectos para que sejam terminados ou imaginados pelo leitor; mas a primeira característica essencial de um bom livro é o personagem principal. Quando eu leio um livro e o personagem principal não me cativa, já começo a pegar empatia pelo livro como um todo, nem quero mais saber se a história é boa ou não, com este aconteceu algo diferente, o personagem principal, Pedro, é cativante sim, mas e o que dizer de Fit, Mayla e Cristal? O grupo todo me encantou, desejei em vários momentos estar naquela viagem com eles , te-los como amigos.
“Lembre-se de que nenhum homem é um fracasso se tiver amigos” (Frank Capra)
O final da história faz jus ao título dela, foi surpreendente. Não teria acrescentado nada. Agradeço ao Mauricio Gomyde, por nos presentear com este livro, e espero em breve ter um novo contato com as histórias dele.
"Nossa vida é feita de um monte de momentos esquecíveis, entremeados por pouquíssimos momentos inesquecíveis, Por que não darmos a nós mesmos o presente de tentar viver um inesquecível? "