Melissa 13/09/2016Li 4 livros da autora e creio que este é o que mais gostei (juntamente com o Sushi). Rachel é uma personagem difícil, apronta com todos, é viciada, mentirosa, mas me deu uma pena dela o livro todo e houve momentos em que tive vontade de abraçá-la. Identifiquei-me com vários aspectos dela, não sou toxicômana, não bebo e nem fumo, mas sou super insegura e sofro de baixa autoestima, então as sessões de terapia da Josephine foram como um soco no estômago, onde pude notar algumas lições de vida que se aplicam a mim. A catarse foi intensa, esse não é um livro fácil, é dolorido, mexe nas feridas, faz a gente pensar na própria vida e no que fazemos com ela que afeta aos outros ao nosso redor.
O que dizer sobre Luke Costello? Meu Deus, fiquei apaixonada por ele, incrível como a Marian conseguiu fazer um personagem masculino tão fofo, namorado dedicado, super apaixonado pela Rachel e que segurou uma barra enorme por conta do que ela aprontou por causa do vício. Achei linda a história de amor entre Rachel e Luke, tem momentos românticos, tem momentos devastadores.
A ressalva é que esse livro padece do mesmo mal que os outros da autora, bastante verborrágico, com descrições dispensáveis para quem não é irlandês (muita coisa que ela descreve não entendo e não conheço as referências), recomendo ter paciência. Por favor, continue a leitura mesmo se você se cansar de tanta enrolação porque você encontrará uma história gratificante, não somente pelo lado romântico, mas sim pela experiência de vida.
Parágrafo a parte para comentar aquele último capítulo, meu Deus, fiquei destruída, com o coração em frangalhos com a parte do restaurante e aquele abraço do Luke e da Rachel. Chorei porque senti a dor de ambos. O epílogo é ótimo e compensa toda a dor.
As partes da Rachel com a amiga Brigit também são de cortar o coração. O livro é sobre perdas, perdão, mostra relacionamentos em que não se pode voltar atrás depois de tanta merda, mas mostra também como a merda pode ser consertada.
Gostei bem mais da Rachel do que da Claire de Melancia, ainda tenho que ler os demais da família Walsh, que é um espetáculo à parte de tão maluca!