Holy Cow

Holy Cow David Duchovny




Resenhas - Holy Cow


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klau 25/02/2016

Muuuuuuuuu into bom
o que dizer de uma vaquinha que conquistou ??? o livro e divertido. cheio de referencias (pegue essa cap america) . e simplesmente fantastico em todos os sentidos. pois aonde mais uma vaca. um porco e um pavao seriam amigos ???

um livro fora dos padroes ... mas muito bom.Mesmo com uma tematica divertida tras uma grande licao de vida basta ler nas entrelinhas ... sera que o autor encontrou com vacas alienigenas que se vestiam de humanos ??? fica a duvida.
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DAN LIMA 26/01/2018

A obra de Holy Cow nos provoca diversas reflexões. Há humor, com
muitas verdades e um convite a parar um pouco para pensar.
Realmente, David Duchovny, revelou-se um Escritor que promete. Tem futuro
promissor se resolver seguir a profissão de Escritor. Particularmente, adorei o
seu modo de escrita e seu pensamento provocador.
Uma temática que nos remete a fazer diversas reflexões a respeito dos
animais, do ser humano em si e a perpectiva de futuro entre animais
e a humanidade.
Pessoalmente, adoreiiiiiiiiiiiiiii... a literatura.
Recomendo. ;-)
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Ane Elyse Fernandes 07/01/2020

Interessante.
Não sabia exatamente o que esperar dessa leitura, porém, de certa forma, ela me surpreendeu positivamente. Apesar de não ser tão fã desse tipo de escrita, acredito que as mensagens e reflexões provocadas são importantes para que possamos, enfim, reaver nossas relações socioculturais, políticas e econômicas - entre nós mesmos, com os animais e a natureza como um todo. Vale a leitura! Descomplicada, instigante e que nos apresenta personagens inspiradores.
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day 30/06/2019

maravilhoso!!
" A diferença mental entre o homem e os animais superiores,por maior que seja,certamente é de grau,e não de tipo."

Charles Darwin


Um dos livros mais divertidos e geniais que li.

Elsie uma vaca com sonhos e objetivos ,se une ao porco shalom e ao peru Tom,e juntos saem da fazenda ,o único mundo que conheciam para buscar uma vida mais segura e tranquila .

Pois quando se é um animal,você está sempre com medo de virar a refeição dos humanos.

Um livro engraçado,ousado e muito profundo.

Me fez pensar bastante na minha falida espécie humana que a tanto se perdeu e não é digna nem de ser chamada de animal.

Vale muito a pena ler esse livro.

site: http://escreverdayse.blogspot.com.br
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Lety 02/04/2019

Gostei demais... Tenho vontade de relê-lo!!
A diferença mental entre o homem e os animais superiores, por maior que seja, certamente é de grau, e não de tipo.
_Charles Darwin_ Holy Cow.
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Fael Olimpio 15/01/2019

Super divertido
Holy Cow é extremamente divertido, e engraçado com várias piadas que você lê e tem vontade de se matar de tão ruim, mas que ao mesmo tempo te diverte, poderia facilmente virar um longa animado de sucesso, super recomendo para quem quer matar um pouco do tempo e se divertir! ?
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Kael.Paulino 10/01/2019

A história é muuuuuuh ito envolvente. As críticas são tão boas.
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Bruna 10/05/2018

A vaquinha, as viagens e os amigos.
Uma fazenda: prisão. Elsie e sua amiga Mallory possuem uma amizade singular. Mallory, com propósitos indefinidos, Elsie, com sonhos. Sonhos que saíram da imaginação, tornaram-se realidade. Elsie, Tom e Shalom saem em busca de novos mundos, mundos estes que façam deles animais aceitáveis socialmente. Nesta busca frenética, novos desafios são impostos e as diversões são diversas. Divertimento, histórias, conhecimento e sabedoria. O livro é mais do que uma fábula infantil, é um caminho para pensar. Recomendo a leitura.
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Bart 04/03/2018

Que livro tirador de onda, do início ao fim!! Cumpriu o propósito, ri muito! Tentei guardar a leitura mas infelizmente o livro é curtinho. "Fox Mulder" sempre escreveu muito bem e sarcástico é uma qualidade dele!! Kkkkkkkkk
Recomendo
Bruna 07/05/2018minha estante
Livro foda, personagem foda. Muito engraçado. "A Mallory é aquelas vaquinhas lindas, sabe, linda de morrer. Dava até para ser modelo, tipo aquelas vaquinhas das embalagens." Kkkkkkkkkkkkkkk


Bart 10/05/2018minha estante
Kkkkkkkkkk eu queria que esse livro fosse maior!! Muito massa!!




Kamila 23/06/2017

Holy Cow conta a história da vaca Elsie Bovary (há boatos de que não é parente da Madame), que deve ter algum problema de déficit de atenção, porque ela já começa o livro nos bombardeando com divagações. Mas até aí tudo bem, ela é uma vaca. Elsie mora numa fazenda e tem sua melhor amiga, a Mallory, que está caidinha por um dos touro magya do lugar.

Até que, um certo dia, o filho mais velho do fazendeiro, que consegue ordenhar uma vaca e enviar mensagens no celular, deixa o portão aberto e Elsie e Mallory acabam saindo de seu cercado. Por uma questão do momento, Elsie acaba brechando a janela da casa da família e vê todos quietos diante do Deus Caixa. O Deus Caixa está mostrando uma coisa cruel a respeito de diversos animais, entre eles, as vacas.

Desesperada, Elsie bola um plano para fugir de lá e ir para a Índia, porque, segundo o Deus Caixa, as vacas são sagradas na Índia. Mas, no meio do caminho, ela encontra Shalom, um porco convertido ao judaísmo (isso mesmo) e Tom, um pavão muito magro que tem um celular, que é tudo que Elsie precisava para continuar seu plano.

Assim como Elsie quer ir para a Índia, Shalom quer ir para Israel e Tom, para a Turquia. E eles viverão altas aventuras, cheias de diversão, para chegarem a seus destinos e fugirem de seus destinos óbvios.

Quando vi esse livro pela primeira vez, achei que era um livro engraçado e só. Mas não, não contente em ser engraçado, Holy Cow mostra que, até mesmo uma simples ação pode dar um ponto final em conflitos antigos. Conflitos do tipo Israel-Palestina, quero dizer. Elsie é uma vaca autêntica, divaga mesmo e fala na cara o que pensa, mesmo sua editora não gostando muito disso.

No livro, além dos personagens engraçados, tem umas ilustrações bem bacanas, feitas pela Natalya Balnova. David colocou diversas sacadas ao longo da histórias, mas eu não saquei muitas porque ou não gosto de rock ou simplesmente não nasci na época citada, mas tudo bem, nada que você não possa pesquisar rapidamente. Esse livro foi escrito para crianças, porém, com tanta referência à cultura pop (muitas vezes a pedido da editora de Elsie), não tem como os adultos não gostarem. Enfim, é um livro para todos.

site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2017/06/resenha-holy-cow-uma-fabula-animal.html
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Ju 07/04/2016

A primeira vez que vi a sinopse desse livro achei que a convivência com ETs durantes anos não tinha feito muito bem ao Mulder (David Duchovny). Mas então eu o recebi de cortesia do Grupo Editorial Record, minha curiosidade falou mais alto e resolvi dar uma chance a leitura. E que livro bom!

Ele é uma fábula animal que nos conta a história de Elsie, uma vaca leiteira que tem uma vida feliz e tranquila na fazenda com sua melhor amiga, Mallory. Seus dias passam entre ordenhas, conversas, passeios no pasto e não há nada que ela deseje além disso. A única coisa que preocupa sua cabecinha é o abandono de sua mãe, a quem ela amava muito e não entende porque sumiu sem se despedir. Porém, isso é algo que acontece com todas as mães vacas da fazenda: um dia elas somem e os filhos acabam aprendendo a aceitar.

Uma noite, ela e sua amiga planejam uma pequena fuga para se encontrarem com os touros e Elsie acaba indo até a casa da fazenda, onde vê as pessoas reunidas na sala e hipnotizadas pelo "Deus Caixa". Essa caixa luminosa mostra diversas imagens e sons e através dela, Elsie descobre a verdade por trás do desaparecimento de sua mãe e das outras vacas. Sem chão, ela resolve fugir para a Índia, já que lá as vacas são sagradas.

Enquanto elabora seu plano de fuga, Elsie acaba ganhando dois companheiros inusitados (e não convidados) para acompanhá-la nessa jornada: um porco recém convertido ao judaísmo, Shalom, e o peru Tom. Shalom quer ir para Israel, pois lá os porcos são considerados impuros e não há risco dele virar comida. Já Tom, fugindo do Dia de Ação de Graças, pretende ir para a Turquia, que considera ser o país do seu povo. A partir daí acompanhamos esse trio com suas ideias loucas e mirabolantes para alcançar seu objetivo, que envolvem desde utilizar um smartphone para reservar passagens de avião até mesmo pilotar um avião!

Toda a história é contada por Elsie, que está escrevendo um livro sobre essa sua aventura. Há trechos em que ela narra os acontecimentos e outros em que ela dialoga com o leitor ou conta sobre suas conversas com a editora do livro, que está sempre tentando conduzir a história para um lado mais comercial e lucrativo.

"Minha editora também disse que minha história deveria ser escrita "mais como roteiro que como livro porque é aí que está o grande público - não mais nos livros, e sim nos filmes". Então é isso que venho tentando fazer sempre que possível. E ela diz que filmes de animação são os maiores, e que os animais costumam ser os astros das animações. Aí pergunto: "Como posso escrever como se fosse um filme quando se trata de uma história real?" E ela literalmente pula da cadeira e diz: "Mina de ouro!"

O livro é recheado de humor (nem sei quantas vezes eu ri ao longo da leitura) e referências de todo o tipo, principalmente música e cinema, até mesmo nos títulos dos capítulos. Seguindo os conselhos de sua editora, alguns trechos foram escritos em forma de roteiro e quase todos os capítulos são curtinhos e fluídos, dá para ler praticamento o livro todo em uma sentada só. Apesar de que eu li bem aos pouquinhos, porque estava me divertindo bastante e não queria que acabasse rápido.

Mas nem só de humor é feito o livro. Ele traz diversas reflexões e críticas ao comportamento humano, em aspectos como maus-tratos com animais criados para o consumo, desperdício de alimento, egocentrismo, preconceito e intolerância religiosa. As críticas não são tão profundamente desenvolvidas, mas não acho que isso as invalida de maneira alguma. O mundo visto pelos olhos de um animal às vezes pode fazer muito mais sentido.

"E fiquei me perguntando se eu seria o último animal na Terra a se dar conta de que os humanos não só nos comem, mas também jogam muitos de nós fora sem nem nos comer. Nos jogam fora como um lixo desprezível. Se vou ser morta para virar comida, pelo menos me coma e me cague e me deixe reingressar no ciclo da natureza. Não me mate sem motivo. E foi aí que vi - um hambúrguer pela metade. E foi minha vez de perder a cabeça."

Apesar de ser uma fábula com animais falantes, acredito ser uma história capaz de agradar a todas as idades. Na verdade acho que adultos gostarão ainda mais do que o público mais jovem. Recomendo que você abra a sua mente e venha se aventurar junto com a Elsie! Você não irá se arrepender :)

site: http://book-selfie.blogspot.com.br/2016/04/resenha-holy-cow.html
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Luca Coelho 06/05/2016

Muito divertido. o double D é uma grata surpresa como escritor!
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uaidessa 01/05/2016

Divertido e questionador
Mais um livro da série: só comprei pq era de uma pessoa que eu gosto muito, aka David Duchovny, mas a sinopse já tinha me interessado bastante, impossível não relacionar de cara com "A revolução dos bichos" mas o livro é bem mais simples e é uma fábula infantil, mas que gera questionamentos muito interessantes para os adultos.
Elsie é cativante do início ao fim, a gente entende as descobertas dela e consegue até ficar chocado com algumas delas, mesmo não sendo descoberta para nós, pq reparamos pelo ponto de vista dela.
Foi uma excelente leitura. Rápida e super deliciosa.
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MiCandeloro 30/04/2016

Divertidóssimo, político e questionador!
Elsie é uma vaca. Seus dias resumiam-se a pastar por horas a fio, ruminar, fofocar com Mallory, sua melhor amiga, sobre os touros além da cerca, ser ordenhada e dormir confortavelmente o sono dos justos. Elsie nunca questionou a vida que levava na fazenda, ou o que o futuro lhe reservava, até decidir sair furtivamente do celeiro à noite para desbravar o terreno.

Foi quando conheceu o Deus Caixa, um objeto estranho e inanimado que os humanos idolatravam a ponto de ficarem hipnotizados em sua presença. O poderoso Deus Caixa mostrou à Elsie a crueldade a qual os animais eram costumeiramente submetidos.

"Primeiro, vi galinhas em gaiolas, fileiras e fileiras e mais fileiras de gaiolas. As galinhas estavam empilhadas, quase sem espaço para respirar. Não sou muito fã de galinhas, mas isso não é vida para ninguém. As coitadas quase não conseguiam se mexer, por isso as garras cresciam em torno dos arames das gaiolas e os seres humanos muitas vezes tinham de cortar os pés delas para tirá-las dali. Comecei a chorar lágrimas grandes e molhadas, que embaçaram e deram um efeito caleidoscópico àquilo que eu olhava, o que tornou tudo ainda mais surreal. Aí eles mostraram porcos, centenas e centenas de porcos, encurralados aos montes também. A situação deles não parecia tão ruim, porcos gostam de andar em bando, mas, mesmo assim, o lugar estava apinhado demais e era sujo e deplorável. Então eles mostraram as vacas. As vacas eram mantidas dentro de um enorme galpão, separadas por umas baias de metal bem estreitas. Mas isso não foi o pior. Porque o impiedoso Deus Caixa mostrou o que acontecia a elas depois: um homem levava uma vara de metal à cabeça da vaca, e de repente as pernas da pobrezinha cediam, e ela caía dura, morta. Assassinada. Uma após outra, dando um último suspiro, como se um interruptor estivesse sendo desligado, simples assim. Depois o Deus Caixa mostrou as carcaças sem vida das vacas sendo penduradas em grandes ganchos de metal e abertas, já sem o couro e desmembradas como num filme de terror, sangue para todo lado. O que mais me lembro é do sangue. Um homem sem rosto com uma mangueira lavando um chão banhado de sangue."

Não bastasse os homens terem prazer em separar famílias, matarem e comerem os animais sem dó nem piedade, ainda os transformavam em roupas, bolsas, luvas, bolas de beisebol e quaisquer outros artigos de luxo que lhes conviesse. Mas o Deus Caixa também mostrou à Elsie um lugar chamado Índia, onde as vacas não eram mortas ou comidas, ao contrário, eram endeusadas e protegidas. Desde então, Elsie elaborou um plano meticuloso de fuga, ela só não imaginava que teria parceiros nessa empreitada.

O porco, ou melhor, Shalom, não conseguia nem pensar na possibilidade de ser transformado em bacon ou ser enfeitado com uma maçã. Por ser judeu e saber o quanto eles odiavam os suínos, estava certo de que ficaria à salvo em Israel devido a hostilidade de seus habitantes para com a sua raça.

Tom, o peru, era raquítico feito um anoréxico e sua condição devia-se a iminência do Dia de Ação de Graças, tão conhecido por ter em seu cardápio perus apetitosos. Ele se agarrava a ideia de que, magrinho, ninguém o comeria. Porém, como não é possível prever o comportamento humano, preferiu se juntar à trupi e partir para Turquia, o país que carregava o seu sobrenome. Tom tinha certeza de que ninguém por lá comeria um conterrâneo seu.

Assim sendo, os três animais rumaram para a cidade e embarcaram numa jornada capaz de transformar as suas vidas e, quiçá, de todos que viessem a conhecer a sua história.

Querem saber o que vai acontecer? Então leiam!

***

Quando recebi este livro de ação do Grupo Editorial Record não dei a mínima. Não sou fã de livros de fantasia e achei uma baboseira ler um livro narrado por um animal, mas isso foi puro preconceito meu, literalmente. Bastou que eu começasse a pesquisar sobre a obra, sua temática e sua origem para o meu interesse se acender e, assim que comecei a ler, me entreguei totalmente a essa alegoria!

A escrita de David é surreal! Achei incrível o fato dele ter sido capaz de se colocar na pele de uma vaca, abordando um assunto tão polêmico e delicado, de maneira tremendamente divertida e diferente.

Narrado em primeira pessoa pela destemida, boa gente e sonhadora Elsie, vamos compreendendo melhor os sentimentos dos animais, como eles encaram a vida e o que pensam dos humanos. Já é comprovado que animais têm sentimentos, apesar de ainda haver a controvérsia de se eles têm consciência, mas pelo sim ou pelo não, me doeu na alma os trechos em que Elsie se revolta contra a gente e se sente traída por ver a vida de sua espécie ser arrancada, às vezes sem nenhum propósito.

Nesse sentido, compreendo os veganos quando dizem que, se amamos os animais, nossos bichos de estimação, como somos capazes de comê-los? De vesti-los? De usar a sua carcaça em nosso dia a dia? Isto além de ser completamente incongruente, tem cada vez mais causado um desequilíbrio no nosso meio-ambiente. Sabemos que nos primórdios os homens caçavam para se alimentar e, particularmente, não acho isso errado. A morte de um animal costumava ser feita de maneira digna e respeitosa e cumpria algum propósito, como o de sobrevivência.

Hoje, tudo está banalizado. Nós, que comemos carne, sabemos realmente qual a sua procedência? Temos a ciência da quantidade de estresse e hormônios contidos em sua essência devido ao sofrimento que tais animais passaram durante a vida e a morte? E aí, vocês comeriam os seus cachorros? Porque não há diferença entre um cachorro e uma vaca. Eu não comeria os meus gatos.

E não venham me dizer que comemos os animais porque somos carnívoros (não é verdade), ou porque precisamos deles como fonte de proteínas e ferro (bobagem também). Se alimentar do leite e da carne de outros bichos é um costume culturalmente imposto do qual muitos de nós não consegue se desgarrar, mas é possível, basta querer.

Entretanto, antes que alguém dê um chilique nos comentários, quero deixar claro que não estou aqui tentando dar lição de moral ou convencer ninguém a deixar de comer carne e se tornar vegano (pesquisem o que isso significa), até porque eu também ainda não consegui (ainda), mas vale o questionamento, vale suscitar o debate, afinal, algo precisará ser feito antes que a gente destrua o mundo.

Mas para quem ficou impressionado ou se sentiu ofendido com esta minha reflexão e tem certeza de que não gostará desse livro, não se aflija, o autor não expõe essas ideias de maneira contundente. Tudo é muito sutil e as críticas ficam nas entrelinhas, enquanto Elsie e seus amigos torcem para que vocês tenham compreendido o recado.

Talvez vocês estejam se perguntando como foi possível que três bichos se passassem por gente e viajassem como eles fizeram, julgando a trama ser de uma besteira só. Particularmente, achei essa sacada genial, pois o escritor nos deixou claro que só enxergamos o que queremos ver e que estamos cada vez mais alienados e cegos com tudo que existe ao redor do nosso umbigo.

Se isso não bastasse para que a obra tenha o seu valor, saibam que me surpreendi com a originalidade do texto de David, principalmente por esta ser a sua primeira publicação. Ora escrito em formato de roteiro de cinema, pois a editora de Elsie quer muito que a história se torne um fenômeno Hollywoodiano, ora contado em formato de registro de memórias, com revelações e pensamentos íntimos da vaca, também nos deparamos com um apanhado de cultura pop com a qual certamente vamos nos identificar.

Afora isso, ainda têm os personagens fofos que refletem os nossos medos e os nossos sonhos mais puros. Ao fazer um contraponto entre humanos e bichos, David tenta resgatar a bondade que existe em nós e nos mostra que, no fundo, todos somos iguais e devemos ser tratados com mais amor e respeito, e que nem sempre as coisas são como gostaríamos, mas que o importante é lutarmos por nossos objetivos e seguirmos em frente, dando o melhor da gente.

E antes de terminar, aqui vale um pequeno adendo, para quem não sabe, David Duchovny é o famoso ator de Arquivo X, uma figura pública e famosa que botou o dedo na ferida e se posicionou contra muita coisa em sua fábula. Tinha muita curiosidade de saber se ele é vegano e se Holy Cow surgiu de sua preocupação acerca do consumo inconsciente e desenfreado dos animais e da degradação cada vez maior da conduta e postura do ser humano.

Para quem busca por um livro cheio de significados, para quem não tem medo de rever seus conceitos, para quem ama os animais e anseia por um mundo mais justo para eles, leiam Holy Cow, tenho certeza de que irão se apaixonar e dar boas risadas.

site: http://www.recantodami.com
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helmalu 26/04/2016

Esse livro é animal!
"A maioria das pessoas acha que as vacas não pensam. Oi. Peraí que vou reformular essa frase: a maioria das pessoas acha que as vacas não pensam, e que não têm sentimentos. Oi, de novo. Eu sou uma vaca, meu nome é Elsie (é, eu sei). E isso não é conversa pra boi dormir. Viu? Nós pensamos, sentimos e fazemos graça, a maioria de nós, pelo menos."


É assim que a nossa protagonista e narradora se apresenta ao leitor, de um jeito humorado e, também, crítico.
Elsie vive na fazendo com as outras vacas e animais, uma vida pacata e simples, contudo, ela não é uma vaca comum! Elsie é uma vaca descolada e, além disso, é do tipo que questiona as coisas.
Certo dia, quando ela e sua amiga Mallory decidem fugir para ver os touros do outro lado da cerca, Elsie passa ao lado da casa dos humanos e se depara com uma cena que mudará sua vida drasticamente dali em diante: a família assistia ao Deus Caixa (TV) hipnotizados, e o horror dos horrores passava na tela:

"Então eles mostraram as vacas.
As vacas eram mantidas dentro de um enorme galpão, separadas por umas baias de metal bem estreitas. Mas isso não foi o pior. Porque o impiedoso Deus Caixa mostrou o que acontecia a elas depois: um homem levava uma vara de metal à cabeça da vaca, e de repente as pernas da pobrezinha cediam, e ela caía dura, morta. Assassinada. Uma após a outra, dando um último suspiro, como se um interruptor estivesse sendo desligado, simples assim."

E é desse jeito traumático que Elsie descobre o seu destino, e o da maioria das vacas, e também para onde sua mãe foi quando sumiu. Triste demais. Elsie fica transtornada, decide tomar uma decisão: vai para a Índia, pois lá as vacas são sagradas, tomadas por deusas, lá ninguém vai querer colocá-la no meio de um hambúrguer. Decidida do que faria para evitar seu destino cruel, Elsie começa a se preparar para a viagem, porém, como ela mesma diz: "Tente manter alguma coisa em segredo na fazenda. Impossível.", e, assim, o porco Jerry e o peru Tom Turquia, também amedrontados com seus destinos, resolvem se juntar a Elsie em sua viagem rumo ao Oriente Médio.

"Por que será que na hora de deixar algo para trás é que mais damos valor àquilo?"

O peru Tom Turquia quer ir para a Turquia, pois acredita que ninguém o comerá já que seu sobrenome é o nome do país. Já o porco Jerry, que decide mudar o nome para Shalom, quer ir para Israel, já que lá a carne de porco não é comida porque o animal é considerado impuro, assim, ele poderia andar tranquilamente que ninguém o veria como um bacon ambulante. Então, eles partem para a viagem que mudará as vidas e o modo como eles pensam para sempre, os unindo em uma jornada de descobertas sobre os homens e eles mesmos.
Se você procura uma leitura leve, com personagens divertidas, tiradas muito bem humoradas e cheia de referências pop, Holy Cow é o livro ideal. Mas se você quer um livro com questionamentos, metáforas e reflexões profundas, Holy Cow também é o livro ideal! Como o subtítulo informa, Holy Cow é uma fábula, ou seja, nesta narrativa, animais possuem sentimentos e comportamentos semelhantes a humanos, mas diferentemente das fábulas clássicas, aqui, os animais dão um recado muito importante em relação ao modo como o homem tem os tratado principalmente durante as últimas décadas. A questão do consumismo é a que mais aparece durante a narrativa, o modo como os homens usam os animais a seu bel-prazer, sem nenhum tipo de culpa ou ressentimento.

"Tudo que vocês, humanos, fazem é pegar, pegar, pegar da Terra e de suas criaturas magníficas, e o que dão em troca? Nada. Sei que os humanos consideram um insulto grave ser chamados de animais. Bem, eu nunca daria a um humano a honra de ser chamado de animal porque os animais podem até matar para viver mas não vivem para matar. Os humanos vão precisar reconquistar o direito de ser chamados de animais."

Nessa fala de Elsie, podemos perceber a revolta de um animal caso ele pudesse falar, mas a verdade é que os animais falam sim, com os sentimentos: uma vaca sofre ao ser apartada de seu bezerro, um porco agoniza ao ser abatido, eles têm instinto materno, têm emoções, a única coisa que os difere de nós é o grau da racionalidade, só isso! Eu não estou tentando convencer ninguém a se tornar vegetariano, assim como o autor também afirma não querer, mas acho importante repensarmos algumas atitudes nossas, o desperdício, o consumismo desenfreado, a crueldade para com os animais e o especismo, afinal, por que um cachorro é fofinho e a vaca é um bife? Essa é uma das perguntas que Elsie e o leitor acabam fazendo.
Além dessas questões, o livro também tem um tom político e até toca em questões religiosas, apesar de ser literatura infanto juvenil, acredito que os adultos também gostarão de ler Holy Cow.
A primeira parte do livro é a melhor para mim, apesar de se tratar de uma vaca falante, ainda é verossímil, contudo, a segunda parte do livro não me agradou, se tornou algo que não consegui assimilar tão bem quanto os primeiros capítulos e o final também não foi bem o que eu esperava, por isso, atribuí quatro estrelas ao livro no Skoob. Foi uma leitura muito rápida, dei boas gargalhadas e, ao mesmo tempo, refleti sobre muitas coisas. A escrita de David é sensacional, mas acredito que a leitura no original seja mais interessante devido às referências culturais que ficaram "esquisitas" na tradução, por exemplo a referência do peru Tom Turquia: em inglês, Turkey é usado tanto para o animal peru, quanto para o país Turquia, e seu nome, e não o sobrenome - que foi a saída que o tradutor encontrou para essa barreira linguística - era o motivo para ele querer ir para tal país. Entre outras referências que ficaram esquisitas em português, ainda assim curti muito o livro, o tema que ele trata, consumo de animais, me interessou de cara quando vi a premissa e comentários sobre o livro. Fiquei feliz demais quando o Grupo Editorial Record me enviou Holy Cow de cortesia!
Indico a leitura para quem está procurando um livro divertido mas não bobinho, com uma protagonista divertidíssima e um enredo fora do comum.

site: http://leiturasegatices.blogspot.com.br
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