Lethycia Dias
29/03/2022Leitura tardia"Com amor, Simon" entrou para a minha lista de desejados quando assisti à sua adaptação, mas já me chamava atenção antes disso. Infelizmente, essa leitura foi uma vítima da passagem do tempo. Lembro de ter ficado muito interessada quando assisti ao filme no cinema, mas o livro não me empolgou como eu esperava.
Nessa história, acompanhamos o adolescente Simon Spier lidando com a possibilidade de sair - ou ser retirado - do armário em breve, a partir de quando seus e-mails trocados sob pseudônimo com outro garoto de seu colégio são descobertos por um colega que passa a chantageá-lo. E não é apenas a relação de Simon com sua família e amigos e a forma que ele será visto a partir daí que estão em risco, mas também a relação com o outro garoto, que também ainda não se assumiu e parece querer manter a amizade em segredo.
A escrita de Becky Albertalli é leve e divertida, e a leitura do livro é rápida. Entretanto, não me envolveu como eu esperava que acontecesse por ter gostado tanto do filme e por gostar de livros young adult. Fiquei tão surpresa com isso que demorei para conseguir preparar uma resenha. O livro trabalha bem com a ansiedade relacionada a assumir a própria orientação sexual e com o quanto é ridículo que pessoas fora da heteronormatividade "precisem" se assumir, e esses são dois assuntos com os quais me identifico muito e que já senti na pele. Mesmo assim, não me tocou de forma profunda.
Acho que esse é um livro bom para pessoas LGBTQIAP+ mais jovens do que eu e principalmente para quem vive dilemas semelhantes, mas para mim, o tempo que levei entre querer ler o livro e de fato ler acabou fazendo com que a emoção da leitura se perdesse.
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