Letícia 29/01/2022
Identificação
É muito difícil escutar pessoas falando sobre transtornos psiquiátricos. Então a gente acaba se achando meio sozinha, como se fossemos loucas e diferentes de todos, ninguém vai me entender, nunca vou melhorar, nunca vou encontrar pessoas que me entendam e aceitem minhas limitações. Esse livro foi sobre isso, sobre ver que eu sou igual, apesar de diferente, me vi em vários momentos ali, enxerguei esperança de achar pessoas que me entendam, e talvez, tenham os mesmos problemas que eu.
Essa leitura foi como um cobertor quentinho, que me abraçou num dia frio, foi ler meus pensamentos escritos por outra pessoa. Foi compreender que minhas neuras existem fora de mim também. Foi a luz no fim do túnel, que me mostrou que tudo bem ficar em casa, que tudo bem só dormir na minha cama, que eu posso ser esquisita.
Não troco minha paroxetina por nada, aumento e diminuo a dosagem pra poder ser mais eu e menos zumbi. Mas tá tudo bem né? Tá tudo bem ser louca. E a melhora vem de dentro pra fora.