Milena.Batalha 22/12/2019
Diário da Desesperança
Um livro sobre dignidade. Carolina não se rendeu ao seu desespero cotidiano frente a fome e a pobreza, mas viveu um dia de cada vez, agarrando-se a oportunidades que lhe surgiam, com certo realismo. Não viveu de ilusões, e nem iludiu outros. Se lamentou, sofreu com razão, mas viveu. Sobreviveu. E deixou seu legado, não com a intenção de ganhar dinheiro, mas mostrar a verdade da favela, dar voz àqueles que por escolha (digo, por vícios) e circunstancias injustas não puderam contribuir em uníssono à voz de Carolina. Eles existiram, foram lembrados. E ainda hoje existem.