Resenhas -

estrelxjoana 20/02/2020

Quarto de despejo
Um soco no estômago e completamente necessário para enxergar a vida com outros olhos. A realidade nua e crua é despejada em nosso colo. Leitura sensacional.

Maria Eduarda 07/10/2021

Um retrato dolorosamente poético sobre a realidade
Carolina Maria de Jesus é uma poeta, uma artista, a porta voz de todas as dores e misérias vivenciadas em primeira pessoa pela escritora. Demorei pra ler esse livro. Não porque ele é ruim, muito pelo contrário. Mas porque ele é tão cru e denso que é difícil ler muito de uma vez. Tinha vezes que eu lia um trecho e me sentia terrível, então eu lembro que não é ficção. Os fatos narrados são reais. Reais e ainda se adequam aos dias de hoje. O quarto de despejo ainda está lá, está lá com mais Carolinas que nunca tiveram a oportunidade de serem o máximo que poderiam ser, porque estam ocupadas lutando pra sobreviver.

Mila 20/01/2022

Doloroso, mas necessário
É uma obra que me obrigou a ler devagar. É um choque de realidade que muitas vezes nos forçamos a não ter.
Que vida sofrida, Carolina! E quão poética foi sua existência!

Luana 29/04/2020

O furo na sua bola de privilégios
Diário de uma mulher que sofreu muito na vida enquanto os outros viviam normalmente. Se você não entende o que é privilégios, leia esse livro, você verá o quão sofrido pode ser uma vida, e só verá isso a partir dos olhos de quem sofreu.
O livro é simplesmente instigante que te faz pensar, em que tipo de vida você tem.

Lais.Chaves 13/05/2021

Leitura obrigatória
Um relato que é um verdadeiro tapa na cara sobre a realidade da favela (fome, pobreza, racismo, violências, preconceitos e injustiça...).

Este livro nos atravessa de várias formas.

Um convite irrecusável para refletir-mos sobre a fome e pobreza no nosso país.

Incrivelmente atual, leiam!

Adriano 08/02/2020

Tão triste. Tão atual.
Trecho

"Quando eu fui catar papel encontrei um preto. Estava rasgado e sujo que dava pena. Nos seus trajes rotos ele podia representar-se como diretor do sindicato dos miseraveís. O seu olhar era um olhar angustiado como se olhasse o mundo com despreso. Indígno para um ser humano. Estava comendo uns doces que a fabrica havia jogado na lama. Ele limpava o barro e comia os doces. Não estava embriagado, mas vacilava no andar. Cambaleava. Estava tonto de fome!

Encontrei com ele outra vez, perto do deposito e dísse-lhe:

O senhor espera que eu vou vender este papel e dou-te cinco cruzeiros para o senhor tomar uma media. É bom beber um cafezinho de manhã. "

"... De manhã eu estou sempre nervosa. Com medo de não arranjar dinheiro para comprar o que comer. Mas hoje é segunda-feira e tem muito papel na rua. (?) O senhor Manuel apareceu dizendo que quer casar-se comigo. Mas eu não quero porque já estou na maturidade. E depois, um homem não há de gostar de uma mulher que não pode passar sem ler. E que levanta para escrever. E que deita com lápis e papel debaixo do travesseiro. Por isso é que eu prefiro viver só para o meu ideal. Êle deu-me 50 cruzeiros e eu paguei a costureira. Um vestido que fez para a Vera. A Dona Alice veiu queixar-se que o senhor Alexandre estava lhe insultando por causa de 65 cruzeiros. Pensei: ah! O dinheiro! Que faz morte, que faz odio criar raiz?.

gislele 19/07/2021

Todos deveriam ler Carolina Maria de Jesus
Eu não tenho palavras pra descrever o quão impactante, visceral e importante é esse livro. Por mais que seja simples em essência (um romance epistolar contado em forma de diário) seu conteúdo carrega um peso enorme, mesmo escrito na década de 50 todo o cenário e vivência de Carolina ainda perdura infelizmente, tem urgência de ser falado de ser debatido e lido, deveria ser leitura obrigatória nas escolas, é um soco no estômago, te arranca da sua bolha te trazendo pra uma trágica realidade, nos faz questionar nossos privilégios, nossas atitudes nossa posição na sociedade. Carolina Maria de Jesus obrigada e desculpa por o mundo ter sido tão cruel.

Elyene 28/03/2022

Incapaz sou
INCAPAZ de resumir o peso que essa obra carrega, que a vida dessa mulher expressa! Comprei esta edição LINDÍSSIMA, com representações da letra de Carolina nos seus diários, com fotos maravilhosas e artigos que acrescentam imensamente na absorção da importância desse livro, inclusive na compreensão do porquê um livro tão bem vendido assim nacional e internacionalmente caiu no esquecimento. Um livro para ser lido nas linhas tortas, nas entradas repetitivas, nas entrelinhas. E, se puderem, a experiência de cruzar impressões e experiência com outros leitores é belíssima!

Luciana Leitora 05/12/2020

Abordagem da realidade extremamente necessária
A escrita da Carolina é uma preciosidade, a autora se estabelece enquanto uma observadora atenta e crítica da sociedade a partir de seus diários.
É uma voz que se anuncia para além da academia e do silenciamento imposto àqueles que vem de onde ela está inserida que pode ter muitos nomes: favela/periferia/ margem/ gueto/ e a Carolina chama em seus escritos de Quarto de Despejo.
Leitura que infelizmente ainda reflete a realidade de muitos brasileiros.

Laurenice.Caprini 30/06/2021

Incrível demais!
Um livro incrível! Carolina descreve sua rotina na favela de forma tão majestosa que quase nos esquecemos que ela descreve mazelas terríveis vividas por tantos? É um livro que mexe com nossas emoções e nos leva a reflexões profundas não só sobre a situação dramática da maioria de nossa população mas também sobre nossas ações e omissões nesse quadro social. Definitivamente uma leitura obrigatória enquanto seres humanos e sociais que somos !

Mari 21/04/2022

Maravilhosoooooo
Quero ler tudo que ela escreveu e tudo que escreveram sobre ela....
Emocionante,verdadeiro,honesto,triste,
Forte e avassalador.....

Renatita 05/04/2021

Parabéns para a Carolina por tudo!

Mas que triste ler palavras de 1955-60 e perceber que não mudou muita coisa... Aliás, considerando o atual cenário (abril/2021), é provável que a realidade se pareça muito mais com o que descreve Carolina Maria de Jesus.

Camila Da Rós 02/04/2022

Leitura obrigatória
Eu adorei esse livro, ele mostra a realidade da população brasileira de uma forma que eu nunca tinha visto antes. Cada coisa aconteceu durante o dia dia de Carolina, que as vezes eu esquecia que aquilo realmente aconteceu e que não era um livro de ficção. Com certeza todos deveriam ler!!

nathaliart 05/08/2021

Sem palavras...
Um verdadeiro tapa na cara!
"Quarto de Despejo" é um livro que deveria ser lido por todos os brasileiros, para que possamos ter apenas o mínimo de noção de uma realidade que insistimos em ignorar: de pessoas que estão à margem, que luta sempre pelo mínimo, para manter-se de pé. Ao mesmo tempo em que sofremos com Carolina, torcemos por ela e vivemos com ela o cotidiano de quem está sempre dando o melhor de si, mas não recebendo à altura. E ainda assim, ela encontra tempo para ter forças, dedicar-se ao seu amor pelos livros e pela leitura, e manter as esperanças de dias melhores em sua vida.

Um excelente livro para quem ainda acredita que meritocracia é a solução para uma parcela da população que é desassistida pelo governo e pelos demais cidadãos. Para ser lido e relido, sempre e sempre, e nos lembrarmos do abismo provocado pela estrutura desigual de nossa sociedade, que insiste em manter seres humanos no quarto de despejo.

Renatinhasilvs 29/05/2022

Querida Carolina Maria de Jesus,
Seu diário é a coisa mais simples e triste que eu já li (olhe que eu leio muita coisa). Estou me sentindo representada, não por nossa classe social, mas pela força, pela garra de ir atrás de uma vida digna daqueles que tanto amamos. Você foi forte, e agora inspira. Um das melhores obras que li nesta vida, digna de ???? estrelas.