O Fantasma da Ópera

O Fantasma da Ópera William Shakespeare
Gaston Leroux




Resenhas - O Fantasma da Ópera


973 encontrados | exibindo 106 a 121
8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 |


Cheiro de Livro 19/09/2019

m que o autor desta obra singular revela ao leitor como se convenceu de que o Fantasma da Ópera existiu de verdade

Essas são as primeiras linhas do livro “O Fantasma da Ópera”, de Gaston Leroux, que ganhou uma edição linda da Zahar, que conta com uma capa deslumbrante e apresentação de Rodrigo Casarin.
Decidi começar essa resenha destacando as primeiras palavras do livro por duas razões: a primeira é que eu não me lembrava de o livro começar assim. Quando li “O Fantasma da Ópera” pela primeira vez, tinha 14 anos e já era apaixonada pela história. Amava o musical da Broadway (mesmo sem tê-lo visto ao vivo. Só fui ao musical com 15 anos e, desde então, já repeti a dose outras 3 vezes, sendo duas em São Paulo), tinha visto todas as adaptações para o cinema, inclusive a primeira, ainda muda e estrelada pelo incrível Lon Chaney, mas nunca tinha lido o livro. Desde meus 14 anos, li o Fantasma mais duas vezes, uma delas durante a minha pesquisa para escrever a minha versão da história para o livro “Criaturas e criadores: histórias para noites de terror” (Record). Mas ainda assim, não me lembrava desse início.

Ao receber essa edição belíssima da nossa editora parceira Zahar, decidi começar do início: pela a apresentação de Rodrigo Casarin. E foi lá que lembrei de informações que também havia esquecido e uma delas é a segunda razão para ter escolhido começar a resenha como comecei: Leroux foi advogado, mas acabou ganhando a vida escrevendo para jornais, fazendo coberturas de importantes acontecimentos e crimes, além de escrever romances e romances sequenciados para diversos veículos da imprensa. E isso tem muita importância para os leitores de “O Fantasma da Ópera” porque valoriza ainda mais não somente a escrita de Leroux, mas também a história em si. História essa que tem parte baseada em fatos reais. Quais? Bem … você vai ter que ler para descobrir.

Quem não conhece a história da paixão de um homem deformado, obrigado a morar escondido da sociedade, por uma jovem soprano? Parece romântico – um gênio, um compositor talentoso, mas colocado como pária por sua aparência e uma mulher linda, bela e frágil -, mas não, não é romântico. É tóxico e isso foi o que abordei na minha versão da história e é o que Leroux coloca em seu livro, mas sem o rótulo que o século XXI deu. Porque é isso: O Fantasma da Ópera é a história clássica de um homem que foi transformado em um monstro pela falta de noção da sociedade, mas que usa isso para justificar seu comportamento doentio e criminoso. Mas sim, ele ajuda Christine a desaflorar como cantora e ela, por sua vez, faz o que qualquer mocinha do século XIX faria por pura falta de escolha (tiradas por uma sociedade patriarcal e machista): casa-se com o amor de infância, pois só outro homem para poder salvá-la, não é mesmo? (spoiler: minha versão é diferente. Heheheh).

Mas então, por que amo tanto uma história tão tóxica? Porque essa história ainda é cantada, encenada e ovacionada em pleno 2019? Talvez porque a gente queira acreditar que hoje em dia, Christine teria outras opções e o Fantasma – Erik – seria mais bem tratado pela sociedade?

Eu amo essa história assim como amo histórias como Dracula, Franskenstein, Lobisomem, … eu amo monstros porque gosto de pensar que vejo além deles. Gosto de pensar que, se estivesse no lugar da mocinha dessas histórias, entenderia o lado deles e os ajudaria ao invés de fugir. Gosto de pensar que não seria parte da angry mob que levanta tochas e berra “MATEM A BESTA”, mas sim que olha no fundo dos olhos dos párias e entende. Não, não justifico comportamento abusivo nem tóxico, mas gosto de pensar nesses monstros como criaturas que poderiam ter tido uma vida diferente tivessem eles sido tratados diferentes. E isso me torna uma pessoa melhor. Esperançosa, talvez, mas gosto de pensar assim.

Para quem ainda não conhece a história de Erik, Raoul e Christine, fica a dica de levar para a casa a edição linda da Zahar. Até então, as capas do Fantasma estavam deixando a desejar ou as edições não tinham o cuidado e a quantidade de informações que esta tem. Aliás, leiam as notas de rodapé também, pois elas adicionam a narrativa. Aqui, toda linha importa. Saborei-as tendo em mente que o Fantasma da Ópera foi publicado em partes em um jornal antes de virar livro e isso justifica alguns leves furos na narrativa.

Se o Fantasma da Ópera realmente existiu eu não sei, mas aí está parte do mistério que torna a narrativa imortal.

site: http://cheirodelivro.com/o-fantasma-da-opera/
comentários(0)comente



Aninha | @pactoliterario 08/10/2019

Acho que a maioria das pessoas conhecem um pouco da história do Fantasma da Ópera, se não conhecem, pelo menos já ouviram falar. Esse é um livro que eu sempre quis ler, além da história ser super aclamada, tem aquele quê de suspense que eu adoro. Meu receio foi eu não me acostumar com a linguagem, já que é um livro bem antigo. Mas mesmo assim, quando eu vi que a Luna do blog Luna de Lua iria realizar uma leitura coletiva do livro, eu não perdi a chance e fui correndo participar.

Pouco eu sabia sobre a história, então os fatos apresentados eram completamente novos. Aqui iremos conhecer o temido Fantasma da Ópera, aquele que ninguém vê, com exceção de uma pessoa, mas todos temem. O Fantasma faz exigências para os donos daquela ópera, e quem seria o insano que não iria atender aos seus pedidos?

Christine é nossa personagem principal, aquela por quem o Fantasma jura todo o seu amor, ele é o Anjo da Música para ela. Só ela conhece seu verdadeiro nome, aquela pessoa possessiva e misteriosa chama-se Erik.

Christine é dona de uma voz exuberante que encanta a todos, e é com aquela voz que ela atiça as memórias de Raoul de Chagny, seu melhor amigo de infância. Eles não se viam há anos, mas mesmo assim Raoul corre ao camarim de Christine para relembrar a ela quem ele é. Mesmo que tente fingir, o amor dos dois vem a tona, e isso causa muitas complicações.

Erick não irá gostar nada daquelas cenas em que eles juram amor eterno um ao outro ou até mesmo quando eles falam a respeito de um noivado. Christine irá ter que escolher: Erick ou Raoul? Uma vida com uma voz incrível ao lado do Fantasma ou uma vida ao lado daquele a qual ela realmente ama, mas que irá viver sem a sua voz exuberante?

Eu vejo várias pessoas falando a respeito do Fantasma, a maioria das opiniões a respeito desse personagem são extremamente positivas, mas acontece que eu vi apenas maldade em Erick. No final o autor nos traz páginas em que é possível ter certa compaixão pelo personagem, uma pessoa mal compreendida e que nunca foi amada verdadeiramente, mas foi só nas últimas páginas que eu tive esse sentimento pelo personagem, achei que nada justifica o que ele fazia.

Eu torci por Raoul e Christine o tempo todo, queria que o romance deles desse certo, achei que com todas as situações que eles enfrentaram, deveriam ter um "felizes para sempre". O autor não decepciona, pelo contrário o final me apresentou coisas que eu não achei que seria possível, como aquela cena do Fantasma com o Persa.

A narrativa do autor é fluída e nos deixa curiosos a todo momento para sabermos o que as páginas nos reserva. Repleto de ação e suspense, é impossível sentir-se entendiado em algum momento lendo o livro.

Quanto ao linguajar do livro, que eu julguei que não iria me acostumar, não vi problema nenhum. Não tive dificuldade em nenhum momento para realizar a leitura e fiquei feliz com isso.

Estou louca para assistir as adaptações do livro, vejo comentários super positivos a respeito de alguns filmes e quero conferi-los o quanto antes para ter uma ideia a mais do cenário que é apresentado no livro.
comentários(0)comente



Carlos Nunes 14/01/2020

Bem diferente do musical
Existem livros que são bem mais conhecidos por suas adaptações do que pela própria leitura. Graças ao teatro, ao cinema, à TV, algumas obras entram de tal forma no imaginário popular que acabam se tornando clássicas, muito embora pouca gente hoje em dia conheça a história na sua própria fonte. Esse também é o caso de O Fantasma da Ópera. Sucesso desde seu lançamento, através de inúmeras adaptações e referências, o livro hoje é quase desconhecido e muito pouco lido. Recentemente, através da adaptação musical de maior sucesso da História e sua versão cinematográfica, a obra se tornou a "queridinha" de muita gente que procura viver com o livro o mesmo que viu no teatro/cinema. A decepção é quase certa, na contramão do que normalmente acontece (o livro ser melhor). As adaptações geralmente amenizam bastante o clima da trama e as atitudes do Fantasma, visando principalmente o público feminino, que ainda vê no personagem um desvalido da sorte com o rosto deformado, que faz de tudo para ter o amor da mocinha - esquecendo suas atitudes machistas, dominadoras agressivas e totalmente questionáveis (famoso caso de "explica, mas não justifica"). A narrativa do livro é interessante, embora um pouco fragmentada, e na maior parte do livro, não consegue prender totalmente a atenção. Narrada como se fosse uma investigação policial, o autor tenta a todo momento nos convencer que é tudo verdade, mesclando fatos reais com ficção, inclusive utilizado notas de rodapé igualmente fictícias. No terço final, porém, a ação se acelera, o clima pesa, a narrativa fica mais sombria, e a obra ganha fôlego. Uma leitura bastante válida, especialmente por se tratar de um clássico, mas não deve ser feita objetivando uma comparação com a versão musical. Mais detalhes (inclusive sobre a trama) na resenha em vídeo.

site: https://youtu.be/0PPIMR3vYqU
comentários(0)comente



Anna Laitano 19/02/2020

Até que ponto o clássico envelheceu mal?
Sei que estamos falando de um clássico (que eu já queria ler há MUITO tempo, aliás), mas sejamos imparciais.

Primeiramente, o começo é absurdamente lento, cheio de detalhes que tornam os capítulos desnecessariamente longos, com narrações que não acrescentam à trama principal. Usando da sinceridade crua: o livro começa chato. Somado ao fato de a edição bilíngue da Landmark ter os capítulos intercalados (um em PT-BR, outro em FR), também atrapalha na questão da fluidez.

Apesar disso, com o avanço do enredo, é possível entender com facilidade como O Fantasma da Ópera se tornou um clássico tão grande. Apaixonados desafortunados, drama, suspense, um protagonista extremamente dualizado e psicologicamente complexo... Com todos os elementos para o sucesso, a fama é justificada.

Ainda assim, resumir o que achei do livro é um misto de sensações difícil de explicar. Mas tentarei fazê-lo da melhor forma.

Se por um lado dá, facilmente, para entender porque Erik, sempre negligenciado, tenta reclamar algum amor a unhas e dentes, por outro, não é uma história que envelheceu bem; especialmente nos tempos em que estamos, com tanta violência à mulher. Então, com a dificuldade de ser mulher em um mundo machista, como ter empatia com um protagonista tão altamente tóxico, que tenta conseguir à força o que não lhe é oferecido de bom grado?

Ainda assim, é impossível não compartilhar das palavras de Christine: "Pobre e infeliz Érik!". Se contentando com migalhas roubadas, é difícil não sentir pelo menos um resquício de pena, especialmente em seu momento de redenção, quando, ao receber algum eco de amor (mesmo que na forma de piedade), finalmente compreende que para retribuir tal ato, tem que deixar aquela que ama livre para ser feliz -- coisa que ela nunca poderia ser ao seu lado. De certa forma, Érik viveu por amor, em sua procura descabida e suas noções tortas, e morreu por ele também, ao entender o lado mais altruísta do sentimento.

Em resumo: Se você é do tipo que não aguenta machismo e que sai declarando "morte ao pên*s" (o que é problemático, mas obviamente não entrarei nessa questão aqui), este definitivamente não é um livro para você; passe bem longe! Agora, se você quiser explorar um clássico psicologicamente complexo, O Fantasma pode ser uma boa pedida.
comentários(0)comente



Jaguatirica 25/02/2020

Ele só pedia para ser alguém como todo mundo...
"quando o meu pai, mesmo ele, nunca me viu, quando a minha mãe, para não mais me
ver, deu-me de presente a minha primeira máscara!"
Eric (nome que o fantasma escolheu para si) é aquele tipo de antagonista que a gente não consegue odiar, tamanha a tristeza de seu coração, da dor que sentia e de como era impossível para ele viver normalmente em sociedade sem ser vítima de maus tratos e olhares tortos, contorcidos de medo e preconceito. "Ele só pedia para ser alguém, como todo mundo! [...] Mas era feio demais! E teve de esconder o seu gênio ou aplicar golpes com ele, quando, com um rosto comum, teria sido um dos mais nobres da raça humana!"
Não é justificando seus atos, mas… poxa vida, como é fácil ter empatia por Eric. Esse gênio, sensível e doce homem, que ao mesmo tempo mata e fere com seu jeito passivo agressivo de justificar os próprios atos.

"O destino acorrenta-te a mim sem retorno" foi a ameaça que ele fez à Christine, visto que ela descumpriu a condição de não tirar-lhe a máscara. Aliás, esta é outra personagem contraditória. Me irrita e ao mesmo tempo me comove pela sina em que se meteu. Sinto que ela contribuiu e muito para dor de Eric, enganando-o ainda que inconscientemente. Ele jurava que ela o amava sem medos ou preconceitos, mas tudo o que a prendia a ele era seu talento de mestre e “anjo” da música e a extrema dó que sentia por seu destino de fantasma que não pode ver a luz do dia e viver como uma pessoa normal. Ela sentia compaixão e ao mesmo tempo horror, nojo. No entanto não a culpo, entendo seu lado. Ela amava Raoul com um amor esquisito (que até hoje duvido, penso que talvez ela só o via como alguém que lhe ajudaria a fugir de Eric). Raoul, inclusive, é aquele personagem inocente, bobinho que nem saiu das fraldas. É o mais confuso da história e também o mais maleável. Coitado, que confusão.

"Para mim, é impossível continuar a viver assim, no fundo da terra, num buraco, como uma toupeira! Don Juan triunfante (a ópera no qual trabalhou a vida toda) está terminado, agora eu quero viver como toda gente. Quero ter uma mulher como toda gente e iremos passear aos domingos. Inventei uma máscara que me faz ficar com o rosto de qualquer um. Não vão nem virar para trás. Você será a mais feliz das mulheres. E
cantaremos só para nós, até morrer. Você está chorando? Tem medo de mim?
No fundo, entretanto, eu não sou mau! Ame-me e verá! Só me faltou ser amado para ser bom!"

O livro, pra constar, é quase inteiramente diferente do musical e até mesmo dos filmes. No livro, doroga, o “Persa” é um personagem narrador importantíssimo. Ele é amigo antigo de Eric, o único que o conhece desde a época da mocidade e, com ele, compartilha segredos. Figura interessantíssima e o mais sensato.
"Minha mãe, daroga, minha pobre e miserável mãe nunca quis que eu a beijasse... Ela fugia... lançando-me a minha máscara!... nem nenhuma mulher!...
nunca!... nunca!... Ah! ah! ah! Então, eu chorei de tamanha felicidade. E caí chorando aos seus pés.... e beijei os seus pés, seus pezinhos, chorando... Você também está chorando, daroga; e ela também chorava... o anjo chorou...
Enquanto contava essas coisas, Erik soluçava, e o Persa, realmente, não
conseguia reter as lágrimas diante daquele homem mascarado que, sacudindo os ombros, com a mão no peito, gemia ora de dor, ora de enternecimento."

Eric sem dúvida alguma se tornou um de meus personagens favoritos da vida. Ele tocou meu coração de uma maneira inexplicável e um sentimento materno me corrói. Gostaria de aninha-lo em meus braços e dizer a ele “don't give up you are loved my son” ;-;

“Não tenha pena dos mortos. Tenha pena dos vivos, e acima de tudo, daqueles que vivem sem amor” - Alvo Dumbledore.

Li O Fantasma da Ópera mês passado e só hoje consegui falar sobre esse livro incrível. Gaston Leroux escreve de um jeito (ele era jornalista) que convence o leitor de que seu relato é uma história verídica. É difícil não ceder à tentação de acreditar que esse fantasma realmente existiu...
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Ilza 19/03/2020

Is there...
Completando minha coleção do Fantasma da Ópera, esse clássico não deixa a desejar. Com a revelação final sobre as origens do "mal" e sua busca por aceitação e perfeccionismo em suas habilidades. O amor afugentado pelo horror.
A visão de um demônio conflitando com a voz de um anjo.
comentários(0)comente



Ana Ceci 19/03/2020

O que significa o amor?
Nesse universo de clássicos a serem lidos, mais um entrou para a lista de concluídos!
.
O “Fantasma de Ópera”, obra de Gaston Leroux, na edição maravilhosa da Editora Zahar, foi uma boa surpresa!
.
Eu tinha algumas ideias sobre a história, mas como está acontecendo com a maioria dos clássicos que estou lendo, minhas teoria estão caindo por terra. Pois bem, em primeiro lugar, esse é um clássico que deve ser recomendado. Todas as suas referências históricas e os desdobramentos do triângulo amoroso (Christine Daaé, Raoul e o Fantasma, Érik) que dão vida à obra de Leroux valem as páginas. Além disso, me peguei várias vezes dando risada com alguns acontecimentos. Jamais imaginaria que haveria humor nessa obra, mas tem!
.
.
No começo, já temos um vislumbre sobre quem é esse Fantasma (e tudo o que eu possa dizer sobre ele virará spoiler, então não direi detalhes!) e qual sua relação com o espaço da Ópera de Paris. Durante a leitura, não pude deixar de aproximar o Fantasma da figura de Frankenstein: ambas criaturas renegadas que buscam espaço e rendição na sociedade, e apoiam-se em figuras femininas amorosas para tal. Ambas histórias de amor e sofrimento.
.
O final do livro foi, para mim, o ponto forte: é onde há mais emoção, aflição e expectativa para o que vem a seguir. Como tudo será resolvido? Os últimos capítulos são frenéticos e emocionantes. O final? Triste e feliz ao mesmo tempo! Só lendo para tirar suas impressões!
.
A edição da Zahar é muito interessante por trazer comentários sobre a Ópera, o contexto histórico do século XIX, autores da época, entre outras informações. Vale a leitura!
.
Dica: Se você optar por essa edição e não quiser saber quem é o Fantasma logo de cara, pule a Introdução e deixe-a para depois!
.
.
>>>Vejam mais no Instagram do @Territoriodoslivros

site: https://www.instagram.com/territoriodoslivros/?hl=pt-br
comentários(0)comente



Ruuh Vergara 22/03/2020

Simplismente Perfeito!!
Que livro foi esse? Estou sem palavras.
Eu peguei esse livro totalmente no escuro, pois não sabia nada da história e foi uma surpresa muito boa ♥ Agora estou doido para assistir o filme.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Thais 08/04/2020

Clássico sempre vale a leitura
De leitura rápida e escrita fácil. O enredo é bom, mas é um tanto superestimado, na minha opinião. De qualquer forma, recomendo pela experiência de percepção do que era o suspense na época que foi escrito. Não deixa de ser válida a leitura.
comentários(0)comente



Diego Rodrigues 12/04/2020

"Em que acreditar, em que não acreditar nesse conto de fadas? Onde termina o real, onde começa o fantástico? O que ela viu? O que imaginou ver?"
Clássico da literatura mundial que transcendeu seu gênero e se estendeu para o cinema, o teatro e a música, "O Fantasma da Ópera" de Gaston Leroux foi publicado pela primeira vez em formato de folhetim na França em 1909 e se tornou um marco cultural e artístico que permanece vivo até hoje em diversas mídias. Sua primeira adaptação cinematográfica aconteceu em 1925 e desde então muitas outras foram feitas, sendo a mais famosa delas o filme de 2004 dirigido por Joel Schumacher e que foi indicado a três categorias no Oscar do ano seguinte. Em 1980 estreou como balé na Ópera de Paris. Em 1986 fez sua estreia na Broadway, onde viria a se tornar o maior musical de todos os tempos, permanecendo em cartaz até os dias de hoje. Na música, diversos artistas tiveram composições baseadas no romance, entre eles as bandas Iron Maiden e Nightwish. Suas várias adaptações em diversos formatos alcançaram tanto sucesso que a obra original muitas vezes acaba sendo ofuscada. Quase todo mundo já ouviu falar do Fantasma da Ópera mas não são muitos os que leram o livro.

"Em que acreditar, em que não acreditar nesse conto de fadas? Onde termina o real, onde começa o fantástico? O que ela viu? O que imaginou ver? - acrescentou, fremente: - E eu mesmo, o que vi? Vi realmente os olhos incandescentes ainda há pouco? Ou eles só reluziram em minha imaginação? Eis que já não tenho mais certeza de nada! E não juraria nada quanto a esses olhos."

Esse pequeno trecho retirado do livro descreve bem o que é o Fantasma da Ópera. Uma história que mescla fatos históricos e elementos fantásticos, sendo os dois separados por uma linha muito tênue. Fato é que no fim do século XIX coisas estranhas aconteceram na Ópera de Paris. Mas onde termina o real e começa o fantástico? Essa pergunta sem resposta ajuda a construir e a manter vivo o mito do Fantasma da Ópera.

Na história aqui contada vamos acompanhar o dia a dia dos artistas, diretores, funcionários e frequentadores da glamourosa Ópera de Paris. Mas outro habitante muito misterioso reside ali, ele é conhecido como o Fantasma da Ópera. Sempre que ocorre algum acidente ou algum objeto é perdido, ou melhor dizendo, sempre que algo de ruim acontece dentro da Ópera, é imediatamente atribuído ao Fantasma. A Ópera está passando por uma mudança de direção, os ex-diretores alertam a nova diretoria sobre a existência do misterioso inquilino e revelam uma espécie de contrato assinado no qual o Fantasma impõe algumas exigências aos administradores do local. Os novos diretores não levam a história a sério e, acreditando que tudo não passa de uma brincadeira de mau gosto, decidem ignorar as exigências impostas no contrato. O que eles não sabem é que fazendo isso estão colocando em risco a vida de diversas pessoas que frequentam e trabalham na Ópera. Uma dessas pessoas é a cantora Christine Daaé, que começa a desenvolver uma paixão pelo Fantasma ao se deixar seduzir pela voz do misterioso vulto que vive nas sombras e nunca mostra seu rosto. Logo ela vê seu coração dividido entre o Fantasma e o visconde de Chagny, um amigo de infância pelo qual sustenta um amor platônico. A trama vai girar em torno desse trio mas não espere muito romantismo, a obra é recheada de suspense e mistério envoltos em uma atmosfera gótica com narrativa policial.

E por falar na atmosfera do livro, não posso deixar de dedicar aqui algumas palavras sobre a sua ambientação. Fundada em 1669 como Academia Nacional de Música, a Ópera da Paris ainda hoje recebe espetáculos de teatro, música e dança. Durante a leitura o autor consegue nos transportar para dentro dessa magnífica obra de arte e nos da muitos detalhes da estrutura. Vale destacar aqui também a bela edição que a editora Zahar nos entrega, recheada de notas de rodapé assinadas por André Telles e que nos permitem uma imersão muito mais profunda na riqueza histórica, cultural e artística que a obra traz. Essas notas fazem toda a diferença uma vez que o livro traz inúmeras citações de obras e artistas, fatos e personagens históricos, e detalhes do mundo do teatro que só quem atua no ramo seria capaz de entender.

"O Fantasma da Ópera", além de uma verdadeira aula de história e cultura da França do século XIX, é uma obra atemporal pois trata de temas universais como o amor, o desejo e as consequências de nossos atos. O Fantasma é um personagem que brinca muito com os sentimentos do leitor, ora despertando repulsa, ora piedade. Assim como os outros personagens da história ficam intrigados com ele, nós também ficamos. Gaston Leroux conseguiu envolvê-lo em uma névoa de mistério de tal forma que mesmo quando o personagem se faz ausente nós ficamos nos perguntando se ele não está à espreita e essa atmosfera de suspense é onipresente durante quase toda a leitura. Com certeza o Fantasma da Ópera é um dos personagens mais bem construídos e emblemáticos de toda a literatura, não à toa possui uma imagem impactante que é muito mais explorada nas suas inúmeras adaptações do que na obra original. A genialidade do livro está justamente na ausência física do personagem e na iminência da sua aparição, portanto, acredito que ler "O Fantasma da Ópera" irá proporcionar uma nova experiência mesmo ao leitor que já tenha tido contato com a obra em uma de suas inúmeras adaptações.

site: https://discolivro.blogspot.com/
comentários(0)comente



Maria.Printes 15/04/2020

Um Dos Livros Da Minha Vida
Não aguentei e li novamente.
É sempre gratificante para mim, ler este livro é extremamente necessário.
Tenho motivos para tal feito, mas não me convém dizer.
comentários(0)comente



973 encontrados | exibindo 106 a 121
8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 |