Rafa 24/12/2020Mia é filha do proeminente juiz James Dannnet. Quando ela resolve passar a noite com o desconhecido Coli Thatcher, uma sucessão de fatos transformam completamente sua vida. Colin a sequestra. Mas, curiosamente, não manda nenhum pedido de resgate. O obstinado detetive Gabe Hoffman é convocado para investigar o paradeiro de Mia. Quando a encontra, porém, Mia está em choque e não se lembra de nada. Conseguirá ela recobrar a memória e denunciar o verdadeiro vilão dessa história?
Tive dificuldades para escrever essa resenha porque, não me condenem, eu torci para o sequestrador!! Não entendi que a autora lançou mão de uma tentativa de romantização do sequestro, ela apenas descreveu, de uma forma nada rasa, o que ocorreu entre Mia e Colin. E a grande reviravolta do final, pra mim, confirma esse fato!!
A estrutura da narrativa foi um ponto alto da trama e me ajudou a ter essa opinião também. A história de Mia, antes e depois do sequestro, é contada por três narradores: Eve, a mãe dela, Gabe, o detetive, e Colin. É com os pontos de vista desses três personagens que formamos a figura de Mia e entendemos sua história. As partes destinadas a Eve e Gabe não ficaram muito interessantes, mas a de Colin sim! Ela é muito bem construída e fomenta com sucesso a compreensão sobre a relação entre os dois.
Terminei a leitura com a sensação de que não sabia o que pensar sobre o livro, tive que processar todas as informações por um tempo. Cheguei à conclusão de que A Garota Perfeita é uma boa história, que não só te entretem, mas também te faz refletir bastante sobre o que ela descreve. Por isso, recomendo que você viva essa experiência para poder tirar suas próprias conclusões!!