Silêncio

Silêncio Richelle Mead




Resenhas - Silêncio


111 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8


Monte4 26/11/2022

XIIIIIUUUUU
Um bom livro no geral, boa escrita, história criativa e parcialmente cativante. Uma história legal mas não mais que isso.
Gostei dos elementos usados no livro e na representatividade amarela (apesar da autora ser Ocidental) tendo em vista que tudo gira em torno de personagens asiáticos, dá pra ver que tem uma crítica legal mas que poderia ter sido melhor explorada
recomendo a leitura mas não vá com tantas expectativas como euKkkkk
comentários(0)comente



@cheiade9h 13/04/2018

A aventura ao desconhecido em "Silêncio"
Silêncio foi um dos lançamentos da Editora Galera no ano 2016 e talvez seja um dos poucos livros de fantasia que não tenha uma continuação, e sim, esse fator foi essencial para que eu começasse a leitura, até porque estou acostumada com livros de fantasia que sejam trilogia ou uma série – não queria incluir mais um livro da Mead que eu ficaria esperando uma continuação até o fim da vida, igual Tabuleiro dos Deuses pela Editora Paralela. Em uma breve explicação sobre a minha leitura de Silêncio foi basicamente fora das minhas expectativas, talvez isso tenha feito eu gostar mais do que imaginaria.

Fei vive no alto de uma montanha, em um vilarejo dividido entre artistas e mineradores e todos são surdos. Fei faz parte da “elite” da sua sociedade, ela é uma artista que tem a função de registrar a vida de sua comunidade. Enquanto os mineradores, incluindo um antigo amigo e primeiro amor de Fei, estão tirando o máximo possível de mineiros que existem naquele território para mandar ao Vale Beigu, a comunidade que fica abaixo da montanha, e assim receber em troca alimentos e roupas para toda a população. O sistema estava funcionando e dando certo até certo ponto, por mais que as coisas fossem sempre escassas para o vilarejo de Fei, os mineradores já não estavam conseguindo tirar muita coisa das minas e a maioria deles estavam perdendo a visão. O que impediu Fei de continuar sendo uma personagem passiva foi descobrir que sua irmã Zhang – que era artista – estava perdendo a visão também, isso foi a gota d’água da sua impassibilidade, tudo que Fei até então aprendeu durante toda a vida, não questionar e nem sequer imaginar ir para as terras debaixo… Ela faz. Mas além disso, Fei tem que lidar com uma grande surpresa e que era fora da realidade, sua audição voltando. O que devo elogiar a autora com sua narrativa detalhada durante todo o enredo, por se tratar de uma comunidade em que todos são surdos, não é simplesmente escrever o diálogo e está pronto, inclusive a narrativa de Fei quando começa a ter sua audição de volta, é sensível e faz com que o leitor se aventure em saber como são os sons a partir do ponto de vista da Fei.

O livro é uma mistura de gênero literário, tem toda a aventura que é o processo de Fei e Li – o seu amigo e primeiro amor – para as terras desconhecidas atrás de respostas e de mais suprimentos para a sua comunidade. Tem o romance e a fantasia, que fica mais como plano de fundo, dando as caras realmente ao final do livro relacionada a uma mitologia chinesa, que até então eu não conhecia ou muito menos li tal mitologia em outro livro. Por mais que eu estivesse esperando um livro bem mais situado na fantasia, não consegui não gostar da história, talvez isso desanime futuros leitores que estão a procura de algo mais elaborado. Sobre a personagem principal, talvez ela seja um pouco sem sal no começo da história mas com o passar das páginas ela se torna uma personagem corajosa e perseverante.

Não foi a primeira vez que tive contato com a escrita da Mead, ela de fato é uma autora criativa – pelo menos nos dois livros que li dela. Mas esse foi o meu primeiro livro lido com personagens surdos e um ambiente fantástico diferente dos que eu já conhecia. A leitura é válida para quem gosta dessa mistura de gênero, romance e pinceladas de fantasia e que talvez queira conhecer a escrita de Mead antes de se jogar nas suas diversas séries.

site: http://www.culturograma.com.br/a-aventura-ao-desconhecido-em-silencio/
comentários(0)comente



Palavras de Bambu 24/06/2023

Épico, cativante e forte
"Silêncio", da autora Richelle Mead, é um livro que se destaca pela abordagem de temas sensíveis. A autora não tem medo de explorar questões como preconceito e exploração social, trazendo à tona a hierarquia opressiva presente no vilarejo e a marginalização dos surdos e cegos. Esses elementos despertam a reflexão sobre a injustiça e nos fazem questionar a importância da igualdade e da empatia em nossa sociedade.

Embora o início possa parecer um pouco lento, não se engane, pois a trama ganha ritmo e se desenvolve de maneira dinâmica e empolgante ao longo das páginas. A narrativa nos presenteia com uma mistura envolvente de romance, suspense e elementos fantásticos, com influências do rico folclore chinês. Essa combinação de gêneros e a atmosfera criada pela autora mantêm o leitor ansioso por mais a cada capítulo.

Apesar de não atender todas as expectativas, "Silêncio" consegue prender a nossa atenção até o desfecho. A história pode não ser perfeita, mas tem seus méritos e momentos de brilho que nos fazem continuar virando as páginas. É uma obra que nos leva a refletir sobre a importância da inclusão e da igualdade, enquanto nos envolve em uma trama cheia de mistério e reviravoltas.

No geral, "Silêncio" é um livro que merece ser lido e apreciado. Com temática relevante, a obra nos convida a refletir sobre questões sociais importantes, enquanto nos entretém com uma história cheia de surpresas e emoção. Recomendo a leitura para aqueles que buscam uma obra que vá além do entretenimento e desperte a consciência.
comentários(0)comente



Minha Velha Estante 25/06/2018

Resenha da Adriana Medeiros
No mundo de Fei não existem sons porque em seu vilarejo todos são surdos. Todos mesmo. Ela vive nas montanhas e leva uma vida cheia de regras. Em seu vilarejo todos tem funções bem definidas, que ditam quem são e qual a sua posição de importância dentro da sociedade.


Tudo parecia muito bem encaixado até que algumas pessoas começam a perder a visão. Assim, essas pessoas deixam de ter utilidade dentro da sociedade e passam a ser um peso para os outros moradores que precisam trabalhar dobrado para suprir a função dessa pessoa.

Fei e a irmã tem posição privilegiada e são, juntamente com outras pessoas, responsáveis por transmitir as notícias do vilarejo através de belíssimas pinturas. A vida de Fei começa a mudar quando sua irmã começa a perder a visão e é afastada de suas funções.

site: http://www.minhavelhaestante.com.br/2017/03/leitura-da-drica-silencio-richelle-mead.html
comentários(0)comente



Mayra118 30/03/2023

Tocante, comovente, singelo e lindo, esse livro atinge várias metas, revolução, romance, acessibilidade e comover a todos, todos professores de libras deveriam indicar essa leitura, todas as pessoas tem que ler este livro.
comentários(0)comente



Jaine S Lima 31/01/2023

Encantador e inovador
Só tenho elogios a fazer a essa obra! Uma leitura despretensiosa e aconchegante, que aborda diversos temas importantes da sociedade e que ainda consegue manter o ar encantador da fantasia folclórica.
comentários(0)comente



Nanda 16/11/2018

Silêncio
Ahhh gostei muito desse povoado, dos persongens e sua história. Bem original!
comentários(0)comente



@_viajante_literaria 06/01/2019

O que há além da montanha?
Esse livro me surpreendeu bastante. A narrativa da autora é bem detalhada e me prendeu na leitura até o fim da história. Fei é uma personagem cativante que cresce no decorrer do enredo. A busca por respostas para salvar o povoado me deixou muito curiosa, o que me motivou ainda mais a continuar a leitura. O mundo afora pode revelar muitas verdades como também diversos perigos, principalmente do próprio homem. Enfim, recomendo a leitura e pretendo ler outras obras da autora.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



ELOISA 05/06/2021

Esperava mais!
Por ser uma história de fantasia, esperava mais ?
O que me fez finalizar a leitura, foi a curiosidade em descobrir o real motivo do povoado perder a audição e a visão com o passar do tempo ?

A história em si não prende muito?, o romance entre Fei e Li Wei é água morna ?.

A leitura é cansativa ?, pois a escritora destina muitas páginas a uma única cena (como leitora, tive a sensação de que lia, lia e lia e parecia que estava na mesma página ?).

Sobre os protagonistas da história, tive a sensação de que eles não exerceram um papel forte ?, se aventuram em uma parte da história, mas fica aquela sensação; ok! E o que mais???? ?????

Acho que faltou aprofundar mais a mocinha, fazer dela uma mulher emponderada, que toma suas próprias decisões, que luta pelo seu amor...
Já o mocinho, poderia ser mais "rebelde" deveria lutar mais pelo amor deles, salvar sua donzela em perigo...

O romance da história ??????, deveria estar mais presente e ser mais trabalhado, pois o "casal" passa grande parte de suas vidas distantes, vivem um presente com leves declarações e no futuro já estão casando ??, achei superficial ? já que era um dos temas principais da história

Gostei da atmosfera da história ?, consegui me ver na montanha ?, consegui sentir as textura das rochas ? e o cheiro das árvores ?, tive medo na cena do cesto suspenso na tirolesa, gostei da energia da escola Paço do Pavão ?, consegui sentir a sombriedade da mina ???

Diagramação pequena ?
comentários(0)comente



Sofia Trindade 08/08/2016

Fei é uma artista incrível. Seus desenhos tem a missão de mostrar para seu povoado as notícias do dia, pois por serem surdos essa é uma das poucas comunicações que lhe restam. Há muitas gerações que seu povoado não ouve e para desespero de todos alguns estão ficando cegos. Como boa parte das pessoas do povoado precisa trabalhar nas minas, para garantir a troca de comida por minérios, enxergar é mais do que necessário.

O que surpreende Fei é que no meio de tantos acontecimentos algo estranho e extraordinário acontece com ela... Fei consegue ouvir. Com essa novidade a moça decide descer a montanha até a cidade e conversar com os responsáveis pela comida de seu povoado. Junto com um antigo amor de infância, Fei descobre que as coisas não são como eles imaginavam e a partir daí ela terá que tomar inúmeras decisões que irá mudar não só sua vida, como a de todo seu povo.

Silêncio é meu primeiro contato com Richelle Mead. Já havia ouvido falar de outros livros da autora, mas calhou que essa acabou sendo minha primeira "aventura" com Richelle. O livro começa muito tranquilo e detalhado com a personagem principal, Fei, explicando como tudo funciona em seu povoado. Por ser um livo onde sua grande maioria é surda os diálogos são diferenciados do que costumamos ler, mas isso em nenhum momento foi um empecilho para realizar a leitura.

A obra tem uma carga muito boa de informações que poderiam ser mais exploradas. Entendo que o foco da autora pode ter sido Fei e seu povo, mas a impressão maior que ficou foi de que muita coisa poderia ser desenvolvida em outros livros e não ter encerrado daquela maneira.

Em sua maioria a leitura foi muito parada, sem nada de importante acontecendo para elevar mais a emoção de quem está lendo e quando acontecia era algo muito rápido, confuso e não tão desenvolvido como deveria ser. Epílogos sempre são os pontos altos em uma história, para mim, só que nessa situação acabou se tornando algo estranho que transpareceu uma pressa em terminar a história mais rápido do que deveria.

Algo que se tornou estranho na história também foi a forma como foi introduzida a mitologia para "explicar" algumas coisas do enredo. Do nada temos seres mágicos e protetores para colocar ordem em tudo e mudar a história, o que acabou se tornando uma pequena bagunça que contribuiu para minhas dúvidas e suposições do que se desenrolou no fim da trama.

Quanto a diagramação do livro minha única reclamação é em relação ao tamanho da fonte, em algumas partes meu único problema era o tamanho da letra que estava muito pequena. A capa está divina e a modelo escolhida foi perfeita para passar as características de força que Fei apresenta.

Mesmo tendo aquela facilidade de ler o livro faltou muito para que Silêncio fosse o livro que marcaria minhas leituras do mês e me mostraria algo novo que eu nunca havia lido. O livro é bom, não na medida e expectativa que eu carregava, e isso foi em partes decepcionante.

site: http://formula-amor.blogspot.com/2016/08/resenha-silencio.html
comentários(0)comente



Fernanda | @psiuvemler 29/04/2017

Silêncio | Blog Psiu, vem ler!
Sabe quando uma história é tão sensacional que você simplesmente não acha um jeito de falar por medo de não conseguir transmitir a grandiosidade do enredo? Foi assim comigo ao finalizar a leitura de Silêncio, da autora Richelle Mead. Fiquei um tempo sem saber como começar essa resenha, mas agora as palavras parecem fluir naturalmente e espero que vocês possam aproveitar a publicação.
Beiguo sempre foi um vilarejo calmo, onde todos se entendiam e viviam em paz, cada um cuidando de suas tarefas, lutando pela sobrevivência. O local estava situado no topo de uma das montanhas mais altas da região e “apenas” uma coisa impedia o povo de se locomover para outros lugares: eles eram surdos. Essa condição impossibilitava que ouvissem as inevitáveis avalanches que aconteciam na descida da montanha e isso fazia com que ficassem presos lá em cima.

Desse jeito, eles levavam a vida isolados de qualquer outra pessoa ou civilização que estivesse presente aos arredores. A sociedade de Beiguo era dividida em duas classes principais: artistas e mineradores. Mas as coisas começaram a ficar tensas quando, misteriosa e inexplicavelmente, os moradores passaram a perder a visão e foram obrigados a formar uma nova classe: os pedintes, abandonados à própria sorte na rua, sem ver ou ouvir qualquer coisa, dependendo apenas da boa ação de alguém que resolvesse dar-lhes algo.
No meio disso tudo, quem nos mostra todo esse mundo é Fei, uma artista que perdeu os pais e está lutando para esconder a crescente cegueira da irmã, também artista, dos anciãos do Paço do Pavão – escola onde estudam e exercem função, criando os registros com notícias para os outros moradores – a fim de evitar o destino de pedinte que a aguardava. As estruturas do vilarejo são atacadas quando, inconformada com a atual situação de seu povo, Fei junta-se a um minerador – em uma época onde qualquer aproximação era estritamente proibida – para tentar buscar um futuro melhor para o povoado.
Toda atitude tomada por Fei foi extremamente necessária para a vida de todos os personagens, uma vez que foi a partir dela que as mudanças começaram. O povoado era dependente de uma cidade localizada ao pé da montanha e sua sobrevivência partia da troca de minérios extraídos da montanha por comida. Todos já estavam bem acomodados a essa vida até o dia em que a cidade resolveu cortar o envio de mantimentos e levar todos ao pânico geral. Ninguém acreditava que as coisas poderiam melhorar. Pelo contrário, estavam cada vez piorando mais, uma vez que menos minério estava sendo extraído na medida que os trabalhadores perdiam a visão e, muitas vezes, a vida.
A aventura começa mesmo quando Fei descobre que sua audição voltou, depois de vários séculos e apenas para ela, motivo suficiente para que ficasse um pouco transtornada. Foi ótimo acompanhar a forma como a protagonista ia conhecendo o mundo através dos diversos sons que ouvia e que lhe provocavam inúmeros sentimentos, indo desde a emoção até o medo que causava dores de cabeça. Após esse acontecimento, Fei passou a pesquisar cada vez mais sobre o passado de seu povoado e sobre a vida de seus ancestrais quando estes ainda tinham os privilégios da audição, tentando descobrir o motivo de apenas ela ter sido atingida por isso e acabou encontrando diversas histórias da cultura local há tanto tempo esquecidas.
Esse livro foi de uma grandeza incomensurável para mim, de forma que mal estou conseguindo descrever o enredo e isso me leva à preocupação de esquecer alguma característica importante. Foi incrível acompanhar o crescimento de cada um dos personagens e a evolução da relação entre eles. O povoado era bastante rígido em suas crenças, de modo que Fei e Li Wei – o minerador que se tornou minha mais recente paixão literária – precisaram sair escondidos para correr atrás de seus objetivos.
Todos os personagens, sejam eles de caráter bom ou duvidoso, merecem destaque. Pessoas que foram encontradas ao longo do caminho e que ajudaram o casal a descobrir uma maneira de salvar o vilarejo, seja através de dicas ou lugares para descanso. Os moradores de Beiguo são bem inconstantes, uma vez que, mesmo revoltados com os acontecimentos, não gostaram nadinha das atitudes tomadas por Fei e Li Wei.
A edição da Galera Record ficou sensacional, o que justifica o fato de que a capa foi a primeira coisa que conquistou minha atenção. O trabalho interno também está ótimo. Encontrei poucos erros de revisão. Não há o que reclamar acerca da diagramação, uma vez que as margens e espaçamentos são de ótimo tamanho e a fonte é confortável para leitura. Uma coisa que eu achei que fosse estranhar no início foi a forma como os diálogos acontecem. Não possuindo a capacidade da fala, as comunicações não são indicadas com travessão, como eu estava acostumada, mas sim através da formatação em itálico. Depois que me acostumei com esse fato, achei até divertido.
Richelle Mead é conhecida mundialmente pelas obras da série Academia de Vampiros, mas essa foi minha primeira experiência com a autora e eu não poderia estar mais satisfeita. O final da história foi simplesmente perfeito, de forma que fiquei um tempo refletindo sobre tudo o que aconteceu, sem conseguir decidir o que faria em seguida.
Enfim, é um livro que recomendo, sem dúvidas, para todos que estiverem em busca de uma história repleta de aventuras, segredos e descrenças, com direito a uma pitada de fantasia e e um romance na medida correta, sem doçuras desnecessárias.

site: http://www.psiuvemler.com.br/2016/08/resenha-silencio-richelle-mead.html
comentários(0)comente



Nanda 01/08/2016

Conheci a escrita da Richelle com o spin-off de Academia dos Vampiros, Bloodlines, e fiquei muito empolgada com a escrita da autora. Ainda não cheguei a terminar a série, mas quando vi Silêncio na lista da Galera fiquei curiosa pela história, e também porque essa é uma das poucas capas da autora que eu gostei (sim, julgo pela capa mesmo).

Comecei a leitura com uma expectativa de leve, que não foi de tudo suprida. O ritmo dos acontecimentos, assim como o marasmo do início, não conseguiu prender minha atenção, motivo pelo qual demorei muito para concluir a leitura. O livro é muito descritivo, e isso não é de todo ruim, pois dá uma ambientada bem boa para a narrativa, porém a meu ver algumas partes foram excessivas, o que dificultou a fluidez da trama.

Eu gostei muito de como a autora trabalhou a questão da surdez e da utilização dos outros sentidos. Fei, assim como todos os personagens, foi muito bem construída e passa realmente a aura de uma mulher forte. Porém, me incomodou bastante que fosse preciso de um cara forte e com espírito rebelde para que ela pudesse se colocar à prova. E me incomodou ainda mais quando boa parte das cenas foram em função de criar um romance entre os dois. Peço perdão a quem shippa, mas para mim a química ali passou longe.

Um dos melhores pontos do livro é o relacionamento de Fei com sua irmã Zhang. Mesmo com todas as dificuldades, ela nunca se deixou abalar por saber que existia alguém que precisava dela. E a recíproca é verdadeira. Achei lindo como Mead retratou a força que uma dava à outra.

A premissa do livro é excelente, porém penso que a autora se perdeu um pouco no caminho. O início lento deu lugar a um desenvolvimento rápido, que tornou difícil acompanhar os acontecimentos mais para o final. Acredito que ela inverteu as posições de "menos é mais" e isso fez o conceito cair um bocado.

A crítica social ao sistema de castas é claramente visível na narrativa, assim como um foco político que aparece na medida certa. Richelle mostrou como é fácil manipular a população, principalmente os menos instruídos, e como a posição social reflete na multidão. Esse é outro ponto excelente de Silêncio, a quebra dos padrões e uma desconstrução muito boa dos preconceitos. A própria protagonista tem embrenhado nela esse preconceito, mesmo que ela não se ache melhor. E eu achei ótimo ver como ela reflete sobre isso e amadurece ao longo do enredo.

Silêncio é um bom livro da Richelle, mas não considero o melhor dela. Depois que são superadas as primeiras "estranhezas" é até possível fazer uma leitura proveitosa. Porém, recomendo a leitura, pois é válida principalmente no quesito de desconstrução.

site: http://www.entrelinhascasuais.com/2016/08/resenha-silencio-richelle-mead.html
comentários(0)comente



vinicius.fagundes.93 25/03/2017

Silêncio é uma fantasia YA, escrita por Richelle Mead, autora das séries Vampire Academy e Bloodlines, lançada pela Galera Record em 2016. O livro acompanha a jovem Fei, que vive em um vilarejo no alto das montanhas onde, por alguma razão misteriosa, toda a população é surda. Fei é uma das aprendizes de artistas que tem como obrigação registrar os acontecimentos do vilarejo com suas pinturas, que mostrar situações como os mineiros trabalhando nas minas de metais preciosos, ou os carregamentos de comida que o vilarejo recebe, que são cada vez menores.

O vilarejo envia carregamentos de metais para uma cidade que existe ao pé da montanha, e em troca a cidade envia carregamentos de comida. Mas problemas começam a surgir, já que parte da população do vilarejo começa a perder a visão, o que os impede de trabalhar nas minas. Menos trabalhadores significa menos minerais, que significa menos comida. A população passa cada vez mais fome, e ficam a mercê do ser misterioso que decide o quanto de comida será enviado em cada carregamento.

Numa certa manhã, Fei acorda e descobre que recuperou sua audição. Apesar de não saber o que causou essa mudança, Fei está determinada a utilizar sua nova habilidade para descer a montanha onde vive, e ir até a cidade de onde vem os carregamentos de comida, o que era impossível já que a população surda do vilarejo não consegue ouvir os deslisamentos de pedras da montanha. Fei, junto com Li Wei, um mineiro revolucionário e seu amigo de infância, decidem então se aventurarem montanha abaixo, e descobrem que a realidade pode ser bem mais complicada do que imaginavam.

Eu tinha ouvido algumas criticas negativas sobre esse livro, lido algumas resenhas mais ou menos, assistindo alguns vídeos não muito positivas, então entrei nessa leitura com expectativas meio baixas. Ainda mais porque gosto bastante dos outros livros da Richelle Mead, principalmente os livros da série Vampire Academy, que eu gosto bastante. E acabou que o livro não foi a decepção que eu achei que seria. Mas também, isso não quer dizer que ele foi excelente. Na verdade, ele acabou caindo no meio termo.

O que me chamou a atenção nesse livro logo de cara foi o conceito. A ideia de um vilarejo em que todos são surdos há gerações, e ninguém sabe o porque, até que um dia, uma pessoa recupera a audição é bem interessante. E é muito legal ver um livro com tantos personagens deficientes, já que é bem raro ver esse tipo de representabilidade na literatura YA. Esse conceito foi um dos meus pontos favoritos do livro.

Outro ponto positivo é a escrita da Richelle Mead. Como eu já disse, gosto bastante dos livros dela, e Silencio foi mais uma prova de que ela escreve bem pra caramba. A minha parte favorita foi o momento em que Fei descobre que consegue ouvir, e precisa descobri novas maneiras de descrever os sons. É o tipo de coisa que nem passa pela minha cabeça, já que eu estou acostumado a ouvir, mas foi incrível ver uma coisa que eu experiencio todo dia sendo descrito de uma forma totalmente nova.

Mas é claro que nem só de positivos vive esse livro, né? E o primeiro ponto negativo é que, na minha opinião, é que ele, no geral, não é característico o suficiente. O tal vilarejo onde vive Fei não é diferenciado do resto do mundo, eu não sei dizer exatamente onde ele fica, só que ele fica no continente asiático. Partindo da mitologia, acho que ele seria na China, mas mesmo isso é um chute meu, e não uma certeza que o livro me passou.

Outra coisa que precisava de mais caracterização são os personagens. Fei é a que recebe mais caracterização, obviamente já que ela é a protagonista, mas mesmo ela não é tão explorada como eu gostaria. Li Wei e os outros personagens não são descritos ou explorados o suficiente para serem marcantes. Principalmente porque não existem tantos personagens asiáticos na literatura YA, teria sido uma ótima chance de trazer uma protagonista asiática marcante.

E o final também foi meio decepcionante. Depois de passar o livro inteiro seguindo os personagens e vendo o quanto eles estavam sofrendo, o final veio meio que de repente, do nada, sabe? Acho que esse é um daqueles livros que se beneficiaria muito de ter umas 50 páginas a mais, pra explorar mais os pontos que ficaram meio esquecidos.

No geral, Silêncio não foi a pior leitura desse ano, mas também não foi a melhor. Como eu já disse, tenho a impressão que esse livro precisa de mais páginas, de mais exploração dos personagens e da mitologia. Entre os livros da Richelle Mead, eu fico com Vampire Academy e Bloodlines. Silêncio é uma leitura rápida, mas infelizmente, não é nada memorável.

site: http://laoliphant.com.br/resenhas/silencio-por-richelle-mead
comentários(0)comente



Viviana 23/03/2017

Silêncio
O contexto da história é deprimente: o povoado de mineiros no qual a protagonista Fei mora passa fome. Os habitantes são surdos e a maioria da população depende do produto das minas para intercambiar por comida. Mas agora os casos de cegueira também estão aumentando e a irmã de Fei é uma das pessoas afetadas o que arrisca seu emprego como calígrafa do povoado. O começo é bom, tem um pouco de romance, muita aventura e perigo. Só que perto do final o rumo que a história toma me decepcionou muito. Então... Difícil recomendar mas, gostos pessoais aparte, é uma fantasia bem original.
comentários(0)comente



111 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR