Rita 29/07/2016
"Com quantas lutas e dores viemos ao mundo não lembramos, mas normalmente é uma questão fácil sair dele"
Como estudante do 5° ano de medicina e como alguém que nos últimos anos tem presenciado o sofrimento alheio nas mais diversas formas e intensidades, esse livro foi especialmente importante na minha formação. Está na lista daqueles raros livros que quero e devo reler uma ,duas ou mais vezes.
Como uma pessoa qualquer, que culturalmente abomina a morte, que a ignora, a ponto de não falar abertamente sobre ela, esse livro foi um sopro de sabedoria.
O autor, Paul, que desde sempre quis entender o sentido da vida e, especialmente, da morte, teve na sua doença terminal as respostas que ele nunca encontrou mesmo sendo médico (neurocirurgião)e lidando com doenças comumente fatais. E teve também a coragem de enfrentar um diagnóstico sombrio, da morte precoce e de uma vida inteira de planos interrompida e teve, acima de tudo, a generosidade de nos deixar suas palavras de experiência, de sabedoria e de amor. Não se entregando ao sofrimento que a doença lhe causava, pois, nas suas palavras: "mesmo se estivesse morrendo, até morrer de verdade, eu ainda estava vivo"