Fernanda631 05/07/2023
Achados e Perdidos
Achados e Perdidos foi escrito por Stephen King.
Achados e Perdidos, é o segundo livro da Trilogia Bill Hodges, essa continuação é dada de uma maneira diferente. King na sua genialidade nos presenteia com uma estória dentro da história, é como se pudéssemos dar um leve respirada da aura anterior sendo inseridos em outro contexto, com novos acontecimentos, dramas e personagens, ao mesmo tempo em que é deixado claro que a história principal ainda não acabou e temos muito ainda para ler.
John Rothstein, é um escritor de Best-Seller autor da trilogia, Jimmy Gold, trilogia essa que arrastou milhares de fãs pelo mundo e devido a maneira abrupta que John resolveu finalizar a obra, seus fãs ficaram profundamente irritados e decepcionados. O autor vive de maneira reclusa sozinho em um lugar isolado da civilização, certa noite o seu “maior fã”, Morris Bellamy junto com seus comparsas invadem a casa de John em busca de dinheiro e com o objetivo de deixar claro o seu descontentamento.
Bellamy e sua turma roubam uma grande quantia em dinheiro do escritor e alguns cadernos inéditos em que o autor anota seus pensamentos, ideia para livros, etc, durante o roubo as coisas saem do controle e eles acabam assassinando John. Embora desesperado para ler os cadernos, o ladrão tem medo de ser pego e enterra tudo que achou (incluindo o dinheiro), porém ele é preso logo em seguida e deixa o seu tesouro precioso enterrado.
Peter Saubers, tem 13 anos e desde o acidente com o Mercedes (Esse mesmo) a sua família vive uma situação delicada, e é exatamente este jovem que encontra o tesouro perdido de Bellamy. Conhecendo exatamente a sua família, Peter resolve não revelar que encontrou o dinheiro e entrega-lo para seus pais, mas sim enviar para sua casa de forma anônima quantias do dinheiro por correio em um intervalo de tempo como se fosse uma espécie de anjo da guarda, enquanto guarda os cadernos para si.
Após 35 anos Morris Bellamy é solto e o seu principal objetivo é recuperar o seu tesouro escondido, porém quando vai no lugar onde enterrou, descobre que o tesouro já não está mais lá e se encontra em posse de um garoto. E é exatamente nesse momento que King mostra toda a sua ja conhecida genialidade e, junta de maneira fácil e organizada as histórias do primeiro e segundo livro, até então elas estavam apenas próximas, mas agora em diante elas se tornam praticamente uma só.
A irmã de Peter, é amiga de Barbara (irmã de Jeromé) e com medo do que possa vir acontecer, ela pede ajuda e é assim que o detetive Bill Hodges e a sua empresa de investigação Achados e Perdidos entram na história. Embora pareça meio fácil demais o enredo, vale ressaltar que o “vilão” deste livro não deixa a desejar e nos causa certo medo do que ele está disposto a fazer para recuperar o tesouro da sua vida e nos deixa pensando até onde o fanatismo e a falta de percepção da realidade pode levar.
É verdade que a participação de Bill Hodges não é excessiva, porém ele desenvolve novamente um papel crucial, e o fato de King colocar outra história no meio da trama principal não deixa a leitura maçante e desanimada. Para quem ficou se perguntando sobre Brady, ele aparece também e o livro termina dando um sinal do que acontecerá no próximo.
Se feita uma análise bem específica, Achados e Perdidos, o segundo livro da trilogia Bill Hodges, de Stephen King, pode ser considerado um desabafo do próprio autor com situações que estes profissionais se deparam ao longo do ano. Dando continuidade à primeira história de romance policial da carreira, aqui no segundo volume da trinca literária, King traz uma história com mais cara dele do que o primeiro volume, mas ao mesmo tempo mantendo as características daquilo que é algo novo na vida profissional dele: justamente o romance policial.
Achados e Perdidos é mais um romance policial com algumas gotas de suspense levemente aterrorizante, por isso se você tem medo de terror, pode ler sem receios e de coração aberto. Embora não estejam necessariamente interligados, aconselho que leiam os livros na ordem para não ficar perdido com os personagens e com as referências do acidente do Mercedes.