Mayla Viviani 30/12/2018
Assim que li a resenha de O Projeto Rosie já fiquei com muita vontade de conferir o livro e foi o que fiz recentemente, e o livro não me decepcionou, então é claro que já peguei logo sua continuação para continuar conhecendo um pouco mais do incrível Don Tillman.
No primeiro livro temos o geneticista Don Tillman, socialmente inepto e cheio de manias, que de uma hora para outra decide criar o projeto esposa, onde ele cria uma série de requisitos para eleger a sua esposa ideal. E pelo acaso do destino ele acaba encontrando Rosie, o contrário de tudo que sua metódica lista elencava. E assim eles se apaixonam e se casam.
Rosie muda tudo na vida de Don. Depois do casamento, devido ao desejo de Rosie de se tornar médica, eles se mudam da Austrália para Nova York. Don aceita muito bem as mudanças em sua vida, deixa muita coisa de lado para agradar Rosie, como por exemplo o Sistema de Refeições Padronizadas.
Don também faz novos e bons amigos, sua lista antes tão reduzida, aumenta um pouco, além de Cláudia, Gene e seus filhos, Don agora tem o casal Dave e Sonia, George, baterista de uma velha banda de rock que ainda se aproveita do pouco da fama que lhe resta. Tudo está dentro da normalidade, até que Rosie lhe dá uma notícia. Ela está grávida, Don será pai.
"- Somos cientistas – lembrei. – Não deveríamos nos deixar derrotar pelos problemas. Se pensarmos com bastante afinco, iremos encontrar uma solução."
E é a partir daí que a vida de Don dá um loop. Ele agora tenta se reorganizar e entender como lidar com essa nova fase da sua vida. Ele conta com a ajuda de seus novos amigos, porém mesmo assim ele acaba se metendo em enrascadas, tudo devido a sua inaptidão social e sua preocupação em não chatear Rosie, para que seus níveis de cortisol aumentem e prejudiquem Bud - apelido que eles deram ao bebê. Sigla que significa Bebê Único em Desenvolvimento. Sem querer ele acaba magoando Rosie e sua missão a partir de agora será mostrar a ela - e a si mesmo - que é capaz de exercer essa nova função em sua vida.
O Efeito Rosie não foi uma continuação tão boa. Eu amei o primeiro livro, me apaixonei de cara por Don, e assim como a Rô citou na resenha dela, ele é o Sheldon Cooper de The Big Bang Theory encarnado, enquanto lia era a fisionomia dele que vinha na minha mente, embora no livro ele seja descrito como parecido com o autor Gregory Peck . Neste livro Don continuo sendo engraçado, as situações que ele se metia devido ao seu jeito - devido a sua doença, Síndrome de Asperger - continuaram ótimas e cômicas, além de despertar um sentimento de empatia em nós, o que me revoltou foi a Rosie, eu não conseguia entender os motivos dela, e em muitas partes achei ela uma chata, isso que me fez "desgostar" um pouco da obra.
O livro ainda apresenta aqueles termos científicos que tanto gosto, assim como no primeiro, a vida acadêmica está bem presente em todo o enredo.
Os personagens secundários são ótimos, gostei de cada novo personagem apresentado, apenas Lydia, uma terapeuta, me irritou um pouco no começo, porém depois eu entendi seus motivos.
A diagramação do livro é simples e está perfeita, não me recordo de ter encontrado qualquer erro de revisão. A capa não é tão bonita, a primeira edição do primeiro livro era linda, não gostei tanto dessa nova edição, é uma capa que não chama tanta a atenção.
Enfim, eu recomendo o livro, porém com algumas ressalvas, pois o primeiro livro é perfeito, já esse deixa um pouco a desejar.
E vocês, já leram o livro, o que acharam? Contem para mim!!!
"Eu ainda teria, quem sabe, entre quarenta e cinco e cinquenta anos de vida para dar outras contribuições, para viver uma vida que valesse a pena."
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