Se eu fechar os olhos agora

Se eu fechar os olhos agora Edney Silvestre




Resenhas - Se eu fechar os olhos agora


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MVGiga 16/05/2011

Bem Vindo ao Mundo Adulto
Dois garotos de 12 anos, na década de 60, encontram um cadáver perto de um rio, avisam a policia local sobre o incidente e resolvem investigar por conta própria quem são os “verdadeiros culpados” do homicídio. Durante a ingênua investigação conta com o auxilio de um cozinheiro aposentado, com um passado comunista.

O que eles não desconfiam é que estão prestes a embarcar em um mundo complexo onde as intrigas, violência, abusos sexuais e a impunidade fazem parte do contexto.

Este livro me fez voltar aos meus 12 anos. Claro que não investiguei nada sobre nenhum assassinato (a não ser nas paginas de Agatha Christie ou nas paginas da coleção Vagalume). Porém, muitas duvidas que os garotos refletem durante o desenvolvimento da história, eu também tentava achar respostas e ainda continuo a procurar.

O universo lúdico que eles criaram em torno de si, a maturidade fez o favor de desconstruir aos poucos levando estes garotos precocemente ao mundo adulto e selvagem.
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G. Norris 16/05/2011

Interessante
Confesso que peguei esse livro para ler depois da polêmica do premio Jabuti. Fiquei curioso sobre o que falaram do assunto...

Bem, a historia é sobre dois meninos que encontram uma mulher morta e resolvem investigar como ela morreu. Com a ajuda de um aposentado (vitima da ditadura de Getulio Vargas), acabam se envolvendo em uma história policial cheia de mistério e (algumas previsíveis) reviravoltas.

Bem escrito e com personagens sólidos, o livro não é um "vira-página", mas consegue prender sua atenção. Os diálogos são um pouco confusos no começo, mas nada que algumas páginas lidas não resolvam.

Há algo na escrita de Silvestre que me chamou a atenção, já vi esse estilo de escrita antes, mas não consegui identificar corretamente quem ou qual autor possui as mesmas características. Se alguém souber e puder compartilhar, agradeço.

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Juliana Costa 15/05/2011

"Os mortos não ficam onde os enterramos."

Abril de 1961: você está se divertindo com seu melhor amigo em um lago, o local preferido de vocês dois, quando encontram o corpo de uma mulher morta. Ou melhor, brutalmente assassinada e, pelos indícios, abusada sexualmente. O que você faria? Esse é basicamente o drama por que passam Paulo e Eduardo, ambos de 12 anos. Depois de serem considerados suspeitos por terem encontrado a moça morta, os dois decidem se aprofundar no assassinado. Afinal, quem n㬬o se perguntaria por quê e como aquilo aconteceu? Os meninos, inexperientes em -quase- tudo, não conseguiriam jamais entender o crime sozinhos: com ajuda do velho morador do azilo Ubiratan, o que antes poderia parecer uma brincadeira de criança sem gravidades se torna uma perigosa jornada. Juntos, Paulo, Eduardo e Ubiratan começam a desvendar toda a história por trás desse tenebroso crime.

Edney Silvestre: o gênio por trás disso tudo. Edney (Olá, sr. Silvestre, posso lhe chamar de Edney? Posso? Obrigada.) já era jornalista da Rede Globo e apresentador do programa Espaço Aberto Literatura no canal Globonews e, além de “Seu eu fechar os olhos agora” é autor de “Dias de cachorro louco” e “Outros tempos”, todos publicados pela editora Record. Aliás, “Se eu fechar os olhos agora” lhe rendeu o Prêmio Jabuti na categoria romance em 2010.

Não sei se Silvestre teve mais uma vantagem sendo jornalista, mas o livro é muito bem estruturado e sua história é bem interessante - apesar de que, só de ler a sinopse, já dá para notar isso. Com os numerosos diálogos bem desenvolvidos durante a narrativa, o autor lhe proporciona uma leitura agradável. Contudo, preciso admitir que o caro Edney pecou em algumas partes deixando a narrativa longa e cansativa demais - mas, graças a incrível história que você criou, a gente te perdoa, Edney. Lembro de ter lido em uma entrevista com o autor em que ele falava que sempre ouviu os escritores dizerem que os personagens ganhavam vida e faziam o que queriam e sempre achou que era mentira, mas, depois de escrever seu próprio romance, ele contestou que é verdade. Na realidade, acredito que os personagens não ganharam vida só para o autor, mas também para cada leitor que se emocionou e se surpreendeu com a grande história de Paulo e Eduardo. Aliás, é isso que Se eu fechar os olhos agora é: um grande livro.
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Josh 10/04/2011

Envolvente e abrasador
Comecei a ler esse livro como paradidático indicado pela minha professora de língua portuguesa. Li a sinopse antes e me interessei pelo livro. Comecei a ler (não tive escolha)e me surpreendi logo nas primeiras linhas, quando Silvestre faz um contraste do real com o improvável. Pelas descrições e também pelas linguagens que estruturam certos personagens, o livro fica um pouco pesado em relação as palavras,mas segundo minha professora "não é por causa de certas coisas que o livro vai deixar de ser bom" e também "o autor precisou tornar aquele personagem o mais próximo da realidade.
Não só o crime que envolve a história, mas também o contexto político-econômico do Brasil naquela época, que tece relações com a própria história.
Enfim, não tenho críticas negativas sobre o livro e sugiro para cada pessoa que deseje ler um romance mais maduro. Silvestre merece o prêmio de melhor autor estreante, assim como o prêmio de melhor romance de 2010. Surpreendente.
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Daniel.Faria 20/03/2011

Se eu fechar os olhos agora
Se Eu Fechar Os Olhos Agora é o primeiro romance do jornalista e escritor Edney Silvestre. A trama é muito interessante, se baseia entre o policial e o romance e tem como plano de fundo momentos históricos do cenário político e cultural do Brasil e do mundo.

A história se passa nos anos 60, em uma cidade da zona do café fluminense (RJ). Os dois principais personagens, Paulo e Eduardo, ambos de 12 anos de idade. Em abril de 1961, no dia em que Yuri Gagarin saiu da órbita terrestre, durante uma ida ao lago próximo a cidade, os dois encontram o corpo de uma linda mulher, morta e mutilada. Assustados vão a policia, onde acabam sendo tratados como suspeitos. São libertados pouco tempo depois, quando o marido da vítima, um dentista, velho e frágil, confessa o crime. A brutalidade do assassinado, a indiferença da polícia e a falta de lógica da explicação oficial para o crime intrigam os meninos. Tudo parece complexo demais, para ser solucionado rapidamente e da forma como foi feito. É nesse momento que os dois invadem a casa do dentista a procura de provas e em seguida conhecem um velho misterioso, ex-preso político da ditadura Vargas e dele os meninos ouvem um aviso que marca o começo de acontecimentos inimagináveis: Nada neste país é o que parece.

Paulo e Eduardo, que são amigos inseparáveis, decidem investigar o crime por conta própria e contam com a ajuda do velho Ubiratan. Em pouco tempo, entre pistas desencontradas, eles percebem que a jovem mulher tem uma estranha ligação com os homens mais importantes da cidade e um passado nebuloso e cheio de contradições. A cada passo da investigação as descobertas são ainda mais assustadoras e envolvem violência sexual, racismo, corrupção e alianças políticas, tudo se mistura, e se vêem em um grande cabeçalho.

Em uma época da vida, marcada por descobertas, em que o mundo se apresenta perfeito e sem manchas, Paulo e Eduardo encontram um caminho terrível e que marca suas vidas para sempre.

Em uma entrevista no Programa do Jô, o jornalista disse que passou com um esboço na cabeça durante 20 anos, porém não sabia como contá-la, pois o livro tem uma excelente narrativa, é como se fosse um dos meninos relembrando a história, passo a passo, detalhe por detalhe, e foi em uma certa ocasião que veio as seguintes palavras na cabeça do jornalista...."Se eu fechar os olhos agora, ainda posso sentir o sangue dela grudado nos meus dedos. Para um primeiro romance, na minha opnião o Edney se saiu muito bem, peca um pouco pelo time, pois ao mesmo tempo em que cadencia o texto, ao fim parece apressá-lo, porém nada que diminua essa trama ou a maneira como foi contada. A capa é do Henri Cartier Bressom, e segundo Edney, ela tem um caráter labiríntico e retrata exatamente a cena do crime. Espero que você tenha gostado, adquira o livro e descubra o desfecho desse quebra cabeças.
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Rubens 08/01/2011

Um romance policial bem construído, de leitura envolvente e fácil. Toda a estória do assassinato é contada através de referências históricas do Brasil dos anos 1960. Leitura agradável.

`Os mortos não ficam onde os enterramos` (p. 289)
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Luis 04/12/2010

Sob as bênçãos do Jabuti
A recente polêmica envolvendo o prêmio de maior prestígio da Literatura Brasileira, não pode nem deve, ocultar o fato primordial que marca a estréia de Edney Silvestre no mundo das letras : "Se Eu Fechar os Olhos Agora" é sim, um grande livro.
Para quem não está ligado no noticiário : O romance do jornalista conquistou o Jabuti 2010 na categoria ficção. No entanto, o prêmio para livro do ano ficou com "Leite Derramado", de Chico Buarque, que, ironicamente, havia perdido em sua categoria para "Se Eu Fechar..."
Em protesto contra essa aparente distorção patrocinada pelo regulamento, a Record, editora de Edney, decidiu não mais inscrever suas obras no Jabuti. Alegam que Chico , a despeito da qualidade de sua obra literária, ganhou o prêmio, muito mais por sua exposição midiática do que pelos méritos de seu livro.
Discussões à parte, o repórter da Globo, ao passar ao outro lado do balcão, mostra uma sensibilidade ímpar ao criar um trama policial diferenciada, sem abrir mão das ferramentas tradicionais do gênero, mas repleta de leveza e de uma aguda inteligência, demonstrada pelo autor em suas incursões televisivas, tanto na Globo (é titular do programa "Brasileiros" e tem um quadro no RJ-TV, aos sábados) quanto na Globo News (apresenta o Espaço Aberto- Literatura).
O livro conta a história de um assassinato no interior Fluminense (Edney nasceu em Valença) investigado por dois meninos de 12 anos, Paulo e Eduardo. A amizade dos garotos, em um momento decisivo da vida, traz à história um frescor juvenil que me fez lembrar as primeiras alegrias literárias, encarnadas, por exemplo, nas obras de Marcos Rey, editadas na saudosa Coleção Vaga Lume.
O pano de fundo histórico, o romance se passa em 1961, no breve Governo Jânio Quadros, e a presença de um terceiro personagem chave, o velho comunista Ubirajara, que auxilia Paulo e Eduardo na investigação, é o mote para a exposição de uma visão de mundo que marcou profundamente a geração de Edney. A utopia do progresso científico (vivia-se a euforia da corrida espacial) e social descambaria para a desilusão promovida pelos descaminhos da Ditadura.
Os diálogos curtos e as descrições precisas, talvez influência de sua rotina jornalística, dão agilidade às mais de 300 páginas que contam essa história envolvente e sensível. Como seu autor.
Sob as bênçãos do Jabuti, nasce um ficcionista.
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Jeffer 29/10/2010

Nada extraordinário
Um livro bem escrito mas não o considero tão bom ao ponto de figurar na minha lista dos 10 melhores já lidos. Apenas um bom romance policial, com uma pitada de fundo histórico, a là Jô Soares. Não creio q ireir relê-lo, então devo vender o meu exemplar breve.
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Lima Neto 13/10/2010

livro interessante, mas, para mim, longe de figurar entre os grandes livros da literatura brasileira na atualidade, longe de surpreender. a história tem um certo pendor para o policial ao mesmo tempo que flerta com uma crítica política e social, no entanto, essa "indecisão" acaba tornando o livro "nem tão um nem tão outro" e nós, leitores, acabamos meio que gostando mais de um do que do outro, e nunca do livro inteiro.
Aline 17/01/2018minha estante
Não entendi por que foi tão aclamado, premiado e talz. Achei um livrinho mediano, ainda que o final tenha sido bem escrito e comovente...




Julhama 03/09/2010

"Se eu fechar os olhos agora, ainda posso sentir o sangue dela grudado em meus dedos."

Com essa frase Edney Silvestre começa seu romance Se eu fechar os olhos agora. Um começo impactante, que já mostra a que o livro veio. A partir daí tem-se o desenrolar de uma história tão impactante como essas palavras acima.

A história se passa nos anos 50. Paulo e Eduardo são dois grandes amigos de infância de uma cidadezinha do interior. Entre eles, há muitas diferenças. Paulo é órfão de mãe e mora em uma casa simples com seu pai violento e seu irmão mais velho que é, digamos, bem pervertido. Eduardo mora em uma casa confortável, com seus pais amorosos. Os meninos são opostos: Eduardo é racional, Paulo intempestivo... Mas ainda assim são grandes amigos. E numa tarde tudo isso poderia mudar.

para ler o fim dessa resenha, acesse: http://espanadores.blogspot.com/2010/09/se-eu-fechar-meus-olhos-agora.html

Mais livros, mais resenhas, em: www.espanadores.blogspot.com

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Tarcísio 20/07/2010

Depois de um início meio sonolento e sem motivação, "Se eu fechar os olhos agora" pega ritmo e prende a atenção. Escrita de forma muito simples e direta, usando e abusando de diálogos curtos, a história é original e interessante.

Edney Silvestre, repórter da Globo, demonstra muito talento ao descrever as angústias, as curiosidades e a coragem de dois meninos de 12 anos junto a um velho que mora no asilo da pequena cidade do interior do Rio de Janeiro. Narrando a busca dos personagens pelo esclarecimento de um crime misterioso, o autor mostra com muita propriedade os hábitos e a cultura do Brasil da década de 60.

A leitura é agradável, leve, fácil e rápida. O final é muito prazeroso, não exatamente pelo que foi escrito, mas pela forma com a qual foi escrito.
Livros.Libertam 25/02/2023minha estante
Detestei, um saco , fraquíssimo pra um Jabuti




Felipe 30/04/2010

Surpreendente
Eu já era fã de Edney Silvestre de suas entrevistas com escritores no “Espaço Aberto – Literatura” da Globonews, por meio do qual ele mostra todo seu conhecimento literário e promove grandes entrevistas. Quando ele lançou “Se eu fechar os olhos agora” eu fiquei curioso para conhecer sua literatura. Não se decepcionei nem um pouco, a obra é literatura de alta qualidade.
A trama é de um romance social-político-sexual-policial, onde não faltam nem mesmo incestos, outros assassinatos e estupros. As reviravoltas fogem do óbvio, e deixam o leitor surpreso com as revelações feitas aos poucos e com o clímax final.
O prefácio e os capítulos finais são em tempos próximos ao presente, mas grande parte do livro se desenrola no início da década de 1960, em uma cidade do interior fluminense em plenos meses Jânio Quadros.
Os protagonistas principais são dois garotos, Eduardo (o intelectual) e Paulo Roberto (o ingênuo), eles encontram o corpo de uma mulher que foi brutamente assassinada. Depois descobrem que se trata da mulher do dentista da cidadezinha, que confessa o crime. Porém, os garotos não se convencem da confissão e decidem investigar por conta própria o assassinato.
Neste intento, eles conhecem um idoso morador de asilo, que os auxilia na investigação. Durante o transcorrer eles se envolvem em uma trama que inclui os poderosos da cidade em práticas sexuais extremas, além de casas de prostituição e dos sonhos de um país que parecia entrar em uma era de prosperidade.
Nos capítulos finais o autor nos mostra o que aconteceu com a vida dos garotos após a os acontecimentos daquele mês de 1961. Um virou sociólogo outro engenheiro, mas não conto quem virou o que para aumentar a curiosidade de quem for ler o livro.
O livro de Edney Silvestre é muito bom, divertido e ainda nos faz refletir sobre os jogos de poder em nossas cidades
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Pedro Ivo 07/02/2010

O livro me ganhou no primeiro parágrafo.
Pelas entrevistas que o Edney Silvestre faz no seu programa da Globo News, eu esperava que ele tivesse algo a oferecer nesse seu primeiro romance. Mas fiquei positivamente surpreso, pois é muito melhor do que eu poderia esperar.
O livro é um policial, com uma trinca de detetives simpática e inusitada. Mas é antes de tudo uma crônica de costumes. Os personagens são muito bem construídos e cativantes - a um ponto que fica a vontade de saber mais sobre eles, até memso os cujas tramas são secundárias. É uma história sobre amizade, perda, passado e sordidez. Eu não esperava me emocionar e me emocionei.
Uma belíssima estréia. Recomendo.
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