Se eu fechar os olhos agora

Se eu fechar os olhos agora Edney Silvestre




Resenhas - Se eu fechar os olhos agora


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Tarcísio 20/07/2010

Depois de um início meio sonolento e sem motivação, "Se eu fechar os olhos agora" pega ritmo e prende a atenção. Escrita de forma muito simples e direta, usando e abusando de diálogos curtos, a história é original e interessante.

Edney Silvestre, repórter da Globo, demonstra muito talento ao descrever as angústias, as curiosidades e a coragem de dois meninos de 12 anos junto a um velho que mora no asilo da pequena cidade do interior do Rio de Janeiro. Narrando a busca dos personagens pelo esclarecimento de um crime misterioso, o autor mostra com muita propriedade os hábitos e a cultura do Brasil da década de 60.

A leitura é agradável, leve, fácil e rápida. O final é muito prazeroso, não exatamente pelo que foi escrito, mas pela forma com a qual foi escrito.
Livros.Libertam 25/02/2023minha estante
Detestei, um saco , fraquíssimo pra um Jabuti




Ricardo 13/10/2022

Uma história visceral
Acompanhando dois garotos e um velho, vamos descobrindo mais sobre o assassinato de uma mulher tida como 🤬 #$%!& pela cidade, a mulher do dentista. E o fato de duas crianças descobrirem além do que a polícia descobriu não se deve a suas excepcionais habilidades, mas ao fato de que ninguém liga para o tipo de mulher que morreu. Com o passar da narrativa vamos descobrindo mais sobre os personagens e sobre a sociedade dos anos 60.

A escrita é algo muito notável e diferente, com os diálogos sendo reproduzido de forma muito fiel a como falamos, o que inclusive causa certo incômodo às vezes pois o autor reproduz todas as interrupções muito comuns em uma conversa oral. Uma coisa que também causa certo incômodo é o excesso de texto em outros idiomas, às vezes quebra um pouco o fluxo da narrativa. A história também dá certo pulos de um acontecimento pro outro, mas não vejo como algo negativo, embora se estivermos desatentos podemos nos perder um pouco entre um capítulo e outro.

É uma história muito cativante, sempre repudiando de maneira brutal o que merece ser repudiado, e com um final belíssimo, muito tocante, que me levou às lágrimas. Com certeza uma leitura que valeu muito a pena.
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gabi.acervodagabii 21/03/2021

"os mortos não ficam onde os enterramos"
depois de um início um pouco monótono e desmotivador, o livro pega ritmo do meio para o final. a escrita é simples e direta, por isso a leitura não fica maçante em praticamente nenhum momento, e o autor (que também é jornalista) contextualiza MUITO bem a história no brasil da década de 1960.
depois de engatada, a leitura é rápida e fluida. edney silvestre escreve tão bem que o desfecho do livro é até relevado. fiquei imersa na história a ponto de criar minhas próprias teorias e suspeitar de vários personagens.
com exceção dos protagonistas, os demais personagens são machistas e misóginos. em diversas situações senti grande repulsa, tanto pelo crime em si quanto pela forma com que a vítima foi tratada antes e depois de morta. ainda que de uma forma velada, em uma análise sobre o contexto, é possível fazer recortes de raça, classe e gênero.
no mais, a história é muito bem amarrada. a partir de um certo momento, você fica mais intrigado em descobrir o porquê de anita ter sido assassinada do que por quem. é um livro que merece ser mais conhecido e divulgado.
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Jessé 09/05/2020

E se eu abrisse os olhos agora? O que eu perceberia?
Paulo e Eduardo descobrem um corpo morto na beira do lago. Eles estavam ali para brincar, mas acabaram se deparando com uma cena sangrenta e macabra de assassinato. A mulher assassinada era Anita, esposa do dentista da cidade. Duas crianças de cara com a morte, com a podridão da vida. Certamente eles não seriam os mesmos depois daquilo.

Junta-se aos dois garotos o velho Ubiratan, que mora no Asilo São Simão e não tem ninguém com quem conversar ou jogar xadrez, o que o obriga a escapar diversas vezes, pulando o muro da instituição, para ver algo de interessante na cidade. De modo muito inusitado, o velho e os dois moleques entram no arriscado empreendimento de tentar descobrir quem matou Anita, mas eles não esperavam que essa morte envolveria a elite da cidade e toda a classe política econômica que comandava aquele pedaço de terra.

Escrito de forma rápida e intensa, quase como um torpedo, o livro de estreia do autor Edney Silvestre nos presenteia com vários momentos belos e catárticos. Todas as personagens têm os seus esqueletos no armário. Todos os traumas nos são apresentados, ou melhor, são jogados na nossa cara. Em algumas ocasiões podem até causar desconforto, mas a crueza de tudo também encanta ao não nos poupar nenhum detalhe sórdido das pessoas que habitam aquela cidade.

Ao final, o livro é uma síntese da história do Brasil e seus sucessivos golpes, conchavos, lascívias e dissabores. É uma leitura que deixa um gosto amargo na boca. Porém, fica aquela esperança de que afeições verdadeiras e amizades reais possam ser maiores do que o horror espalhado pela humanidade. Ainda existem Paulos e Eduardos no mundo, felizmente.

site: https://sobreoquelievivi.blogspot.com/2020/05/se-eu-fechar-os-olhos-agora-edney.html
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Gustavo.Borba 24/01/2021

Só abrindo os olhos
#LivrosQueLi
 
Se eu fechar os olhos agora, de Edney Silvestre. Ed. Record. O livro relata a investigação do assassinato de uma mulher cujo corpo foi encontrado por dois meninos de 12 anos, que se juntam a um idoso de um asilo. Acompanhamos paulatinamente as descobertas desses inusitados investigadores, de forma que ficamos a todo momento imaginando quem teria cometido o crime, e quais as motivações. Nos sentimos instigados a todo momento com as novas descobertas. E também nos enojamos com o que as investigações revelam de tudo o que está em torno à vítima e às pessoas com quem ela se relacionava. Não pude deixar de pensar na alegoria sobre o Brasil, em que as elites governam, têm a posse de todas as fontes de riqueza, exploram o povo e ainda nos violentam, nos vilipendiam, nos retiram o direito à dignidade, nos assassinam e ainda saem ilesos de tudo isso. Também considerei como símbolo de um Brasil que se urbaniza e alimenta crenças em possibilidades de desenvolvimento os dois garotos protagonistas, inocentes diante do jogo sujo que os cerca, assim como associei o idoso investigador com uma esquerda militante (ele era partidário do PCB) que tenta expor as artimanhas de nossas elites, mas sempre presa às velhas metodologias do passado, sem se preocupar em realizar a necessária atualização, chegando sempre perto de desvendar o jogo que nos escraviza, sem conseguir alcançar sua meta. Enfim, gostei bastante da leitura, me estimulou a ler outros livros do autor.
 
#livros #ler #lendo #livro #euamolivros #euamoler #estantedelivros #leiamais #leitura #leituras #livrosemaislivros #lido #resenhadelivros #indicacaodelivros #lendolivro #lendoagora #resenhaliteraria #literatura #literaturabrasileira 
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Gabriel 31/03/2023

Um livro sobre amizade
Esse livro foi, certamente, surpreendente em como a história foi desenrolada.

Gostei de como a amizade entre o Paulo e o Eduardo foi retratada ao longo do tempo e em como eles interagiam com as pessoas (eles realmente pareciam ter 12 anos).

Achei a ambientação e as alusões históricas muito boas, sem ser exagerado.

Porém, não fiquei muito envolvido com o mistério sobre o assassinato (e talvez esse nem fosse o foco do autor, afinal). Achei certas tramas um pouco mirabolantes de mais.

As vezes era irritante como o Ubiratan ficava falando sozinho e as falas dos meninos era ignorada (ficava fácil de se perder na leitura).

Apesar de não ter achado o fechamento sobre o arco do assassinato nada de mais, o final dado aos meninos foi muito interessante (achei crível). Não ficou muito claro para mim como o senhor foi de fato se envolver na investigação.
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Otávio - @vendavaldelivros 08/06/2023

“Quem compra peças talvez não se sinta à vontade para conviver com elas. De igual para igual. Não aqui. Nesta cidade.”

No começo dos anos 60, em uma cidade do interior do Rio de Janeiro, dois meninos na faixa dos 12 anos encontram o corpo de uma mulher em uma mata, com sinais brutais de violência. Pouco tempo depois, o marido assume o crime e vai preso. Os meninos, porém, não acreditam na culpa do marido e iniciam, por conta própria, uma investigação que terá a companhia de um idoso morador do asilo da cidade. Tudo poderia ser um romance policial “comum”, mas não é o caso desse livro.

Publicado em 2009 e escrito pelo jornalista Edney Silvestre, “Se eu fechar os olhos agora” é um livro que tem aquela característica que buscamos em boas histórias: é difícil de largar. Empolgante, envolvente, com diálogos rápidos, mas recheados de significados intrínsecos, o enredo consegue fazer com que dois garotos de 12 anos ajam de acordo com suas idades, mas não percam sua humanidade e o despertar para a dor dos outros.

Nesse livro, o autor explora a hipocrisia da sociedade brasileira do começo dos anos 60 com tamanha maestria que, mesmo sem citar o golpe de 64, conseguimos entender as estruturas que possibilitaram aquela tragédia acontecer. Não satisfeito em mostrar esse cenário, Silvestre cutuca a ferida da ditadura Vargas, lembrando que 64 não seria a primeira ditadura que viveríamos e que ali também escorreu o sangue de brasileiros pelas mãos do Estado brasileiro.

O livro também aborda questões fundamentais como o racismo, a misoginia e o machismo, com um texto que muitas vezes é cru e doloroso. Além disso, fala dos poderes e das oligarquias que comandam nosso país há mais tempo do que o necessário, com suas raízes envolvendo a justiça e a política de forma imoral.

A história tem um final com um baita plot twist e vi comentários de pessoas que se decepcionaram, mas não foi o meu caso. Acredito que o final desse livro só deu “números finais” a tudo que havia sido costurado nas páginas anteriores. Cidades de interior costumam esconder suas caveiras nos armários, mas dificilmente essas caveiras se mantêm lá por muito tempo.
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Lena 27/08/2020

Um livro que me despertou emoções boas e ruins, mas a experiência de lê-lo, foi maravilhosa. Descobri este livro por meio de um clube de leituras, do qual participo (@indiesbookclub); e tenho muito a agradecer a eles por terem me proporcionado a descoberta deste livro que já se tornou um de meus favoritos da vida. O melhor de tudo foi a possibilidade de discutir com amigos sobre o progresso da leitura, e compartilhar ideias e insights sobre a história. É um livro que tem muito a contar, e eu posso até dizer que é um livro sobre a sociedade brasileira e sua podridão... Essa nossa nação que nasceu do estupro, da corrupção, da violência e da exploração.
O mais lindo e tocante do livro, sem dúvidas, é a amizade de Paulo e Eduardo. Vemos a maneira como os dois compartilham as descobertas do mundo e a perda da inocência, e é muito fácil nos identificamos com os dois, pois quem nunca teve uma amizade de infância que nunca esqueceu e carrega sempre no coração?
Este livro tem tudo o que é necessário para se tornar um cânone de nossa literatura contemporânea e merece ser descoberto por mais pessoas assim como eu o descobri.
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Lucas1429 04/05/2021

O Brasil de 61 ainda é o mesmo do Edney de agora, e de seus seguidores
Aqui, Edney, um grande jornalista e prosador contemporâneo, disseca um tema batido mas não abatido, o da sociedade de espúrias à brasileira: traz corrupção, aliciamento político e comportamento cultural conservador expostos na década de 60, pré-ditadura, e décadas depois ainda vigente por aí, por aqui.

A trilogia que ele planejou, trazendo Paulo neste, Bárbara em "A Felicidade é Fácil" e os unindo em depoimentos da derroca diversas do Brasil em "Vidas Provisórias", e a mim lendo-os de trás pra frente (na época não sabia de suas ligações), confirma que tudo continua igual - não perde-se nada nem confunde-se -, seus temas recorrentes nas três obras permitem um acesso a mais, porém de menos quando mudanças ocorrem à uma nova ordem, revolta, golpe, e os dissabores egoístas humanísticos se sobressaem ao coletivo, ao utópico. Seus personagens presenciam tudinho. E por vezes, reproduzem. Ele, democrático e assertivo, escancara como o deve ser feito.

Os protagonistas Paulo e Eduardo, oferecem uma jornada típica de romance de formação (seus 12 anos não serão os mesmos), com ingredientes do policial (o que essa mulher assassinada fez ao Poder?) ao histórico (era um ex Rio capital), escritos com maestria pelo Edney - sério, seríssimo. Seu final, particularmente agridoce, mas sensível e sensato, denota tudo o que expus desde o começo da impressão, sua escrita, e, portanto, para nós, sua leitura, é síncrona com o Brasil do hoje, de Bolsonaros, de milícias, de negacionismo, da direita ininteligível exacerbada, do conformismo cultural em manter comportamentos e reproduzi-los mesmo depois de esmiuçados à nossa fuça. Aí é que tá, a literatura está pra expiar essas demandas, e que bom que existe um quinhão de pessoas que a valorizem. Leiam esses autores que nos querem bem. Esta é, ainda, sua melhora obra.
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Daniel.Faria 20/03/2011

Se eu fechar os olhos agora
Se Eu Fechar Os Olhos Agora é o primeiro romance do jornalista e escritor Edney Silvestre. A trama é muito interessante, se baseia entre o policial e o romance e tem como plano de fundo momentos históricos do cenário político e cultural do Brasil e do mundo.

A história se passa nos anos 60, em uma cidade da zona do café fluminense (RJ). Os dois principais personagens, Paulo e Eduardo, ambos de 12 anos de idade. Em abril de 1961, no dia em que Yuri Gagarin saiu da órbita terrestre, durante uma ida ao lago próximo a cidade, os dois encontram o corpo de uma linda mulher, morta e mutilada. Assustados vão a policia, onde acabam sendo tratados como suspeitos. São libertados pouco tempo depois, quando o marido da vítima, um dentista, velho e frágil, confessa o crime. A brutalidade do assassinado, a indiferença da polícia e a falta de lógica da explicação oficial para o crime intrigam os meninos. Tudo parece complexo demais, para ser solucionado rapidamente e da forma como foi feito. É nesse momento que os dois invadem a casa do dentista a procura de provas e em seguida conhecem um velho misterioso, ex-preso político da ditadura Vargas e dele os meninos ouvem um aviso que marca o começo de acontecimentos inimagináveis: Nada neste país é o que parece.

Paulo e Eduardo, que são amigos inseparáveis, decidem investigar o crime por conta própria e contam com a ajuda do velho Ubiratan. Em pouco tempo, entre pistas desencontradas, eles percebem que a jovem mulher tem uma estranha ligação com os homens mais importantes da cidade e um passado nebuloso e cheio de contradições. A cada passo da investigação as descobertas são ainda mais assustadoras e envolvem violência sexual, racismo, corrupção e alianças políticas, tudo se mistura, e se vêem em um grande cabeçalho.

Em uma época da vida, marcada por descobertas, em que o mundo se apresenta perfeito e sem manchas, Paulo e Eduardo encontram um caminho terrível e que marca suas vidas para sempre.

Em uma entrevista no Programa do Jô, o jornalista disse que passou com um esboço na cabeça durante 20 anos, porém não sabia como contá-la, pois o livro tem uma excelente narrativa, é como se fosse um dos meninos relembrando a história, passo a passo, detalhe por detalhe, e foi em uma certa ocasião que veio as seguintes palavras na cabeça do jornalista...."Se eu fechar os olhos agora, ainda posso sentir o sangue dela grudado nos meus dedos. Para um primeiro romance, na minha opnião o Edney se saiu muito bem, peca um pouco pelo time, pois ao mesmo tempo em que cadencia o texto, ao fim parece apressá-lo, porém nada que diminua essa trama ou a maneira como foi contada. A capa é do Henri Cartier Bressom, e segundo Edney, ela tem um caráter labiríntico e retrata exatamente a cena do crime. Espero que você tenha gostado, adquira o livro e descubra o desfecho desse quebra cabeças.
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Pedro Ivo 07/02/2010

O livro me ganhou no primeiro parágrafo.
Pelas entrevistas que o Edney Silvestre faz no seu programa da Globo News, eu esperava que ele tivesse algo a oferecer nesse seu primeiro romance. Mas fiquei positivamente surpreso, pois é muito melhor do que eu poderia esperar.
O livro é um policial, com uma trinca de detetives simpática e inusitada. Mas é antes de tudo uma crônica de costumes. Os personagens são muito bem construídos e cativantes - a um ponto que fica a vontade de saber mais sobre eles, até memso os cujas tramas são secundárias. É uma história sobre amizade, perda, passado e sordidez. Eu não esperava me emocionar e me emocionei.
Uma belíssima estréia. Recomendo.
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Jeffer 29/10/2010

Nada extraordinário
Um livro bem escrito mas não o considero tão bom ao ponto de figurar na minha lista dos 10 melhores já lidos. Apenas um bom romance policial, com uma pitada de fundo histórico, a là Jô Soares. Não creio q ireir relê-lo, então devo vender o meu exemplar breve.
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Luis 04/12/2010

Sob as bênçãos do Jabuti
A recente polêmica envolvendo o prêmio de maior prestígio da Literatura Brasileira, não pode nem deve, ocultar o fato primordial que marca a estréia de Edney Silvestre no mundo das letras : "Se Eu Fechar os Olhos Agora" é sim, um grande livro.
Para quem não está ligado no noticiário : O romance do jornalista conquistou o Jabuti 2010 na categoria ficção. No entanto, o prêmio para livro do ano ficou com "Leite Derramado", de Chico Buarque, que, ironicamente, havia perdido em sua categoria para "Se Eu Fechar..."
Em protesto contra essa aparente distorção patrocinada pelo regulamento, a Record, editora de Edney, decidiu não mais inscrever suas obras no Jabuti. Alegam que Chico , a despeito da qualidade de sua obra literária, ganhou o prêmio, muito mais por sua exposição midiática do que pelos méritos de seu livro.
Discussões à parte, o repórter da Globo, ao passar ao outro lado do balcão, mostra uma sensibilidade ímpar ao criar um trama policial diferenciada, sem abrir mão das ferramentas tradicionais do gênero, mas repleta de leveza e de uma aguda inteligência, demonstrada pelo autor em suas incursões televisivas, tanto na Globo (é titular do programa "Brasileiros" e tem um quadro no RJ-TV, aos sábados) quanto na Globo News (apresenta o Espaço Aberto- Literatura).
O livro conta a história de um assassinato no interior Fluminense (Edney nasceu em Valença) investigado por dois meninos de 12 anos, Paulo e Eduardo. A amizade dos garotos, em um momento decisivo da vida, traz à história um frescor juvenil que me fez lembrar as primeiras alegrias literárias, encarnadas, por exemplo, nas obras de Marcos Rey, editadas na saudosa Coleção Vaga Lume.
O pano de fundo histórico, o romance se passa em 1961, no breve Governo Jânio Quadros, e a presença de um terceiro personagem chave, o velho comunista Ubirajara, que auxilia Paulo e Eduardo na investigação, é o mote para a exposição de uma visão de mundo que marcou profundamente a geração de Edney. A utopia do progresso científico (vivia-se a euforia da corrida espacial) e social descambaria para a desilusão promovida pelos descaminhos da Ditadura.
Os diálogos curtos e as descrições precisas, talvez influência de sua rotina jornalística, dão agilidade às mais de 300 páginas que contam essa história envolvente e sensível. Como seu autor.
Sob as bênçãos do Jabuti, nasce um ficcionista.
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Lari Guimarães - @lendocomanatureza 09/04/2023

Não prometeu nada e entregou tudo!
Os primeiros capítulos são bem cativantes e logo de cara percebi que esse livro seria bem mais pesado e viol*nto do que eu esperava!

Porém, lá pela metade do livro, senti que meu ritmo tinha desacelerado e a leitura estava bem maçante, quase abandonei. Mas ainda bem q não fiz isso...

Nos últimos capítulos eu chorei que só e errei feio sobre quem era o ass@ssino, e a motivação mais ainda. Que treta...
Indico bastante!
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Lara 15/07/2020

A leitura é instigante. Além da história ser incrível e trazer vários ensinamentos sobre desigualdade social, ainda dá uma aula de história sobre o Estado Novo, Era Vargas e ditadura. Você se apega desde o primeiro momento aos personagens. Com certeza será aquele livro de cabeceira que você relê várias vezes e não cansa.
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