spoiler visualizarLaura 23/05/2021
Um Estudo em Vermelho: Começo fantásticos
A forma que o Sherlock é apresentado é surreal. A personalidade de Sherlock é tão única e intrigante que qualquer pessoa desenvolve automaticamente amor e ódio pelo personagem. O amor é devido a ele ser excelente em tudo que faz, um excelente profissional e extremamente focado, com uma personalidade única e inteligência de se invejar. Já o ódio, se deve ao fato dele ser absortamente arrogante, tão arrogante que às vezes chega a subir aquela pitada de raiva. Porém, esses traços do personagem são de extrema perfeição, por isso o sherlock se torna um dos melhores protagonistas que já vi, sendo ele, completo em todos os âmbitos.
O caso abordado no livro é de extremo fascínio, a cada pista e descoberta do Sherlock o leitor fica mais intrigado. Está certo que o caso não é de extremo mistério, uma vez as perguntas acerca do assassinato são respondidas rapidamente pelo próprio Sherlock. A forma que o Sherlock prende o assassino e logo em seguida é introduzido a segunda parte do livro (para mim a parte mais interessante) é de suma delicadeza. A forma que a história dos mormóns do deserto e a vingança foram introduzidas >jamais< seria esperada por ninguém. A história do assassino é algo completamente fora da caixinha, e por esse motivo prende o leitor em cada linha escrita.
Por último, vale ressaltar a forma que Arthur molda o narrador (Watson) para ser a exata personificação do leitor, pois pelo fato da história ser narrada pelo Watson (este que não chega nem perto de pensar como o Sherlock), ele fica com as mesmas dúvidas e confusões que nós leitores possuímos, além de conversar com o Sherlock e interagir com o cenário da forma que nós gostaríamos de fazer. Sem dúvidas, é um narrador personagem excelente.
Enfim, Um Estudo em Vermelho possui uma das melhores apresentações de personagens que já li, além de ser totalmente instigante e rápido de ser lido.