George

George Alex Gino




Resenhas - George


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Rosana - @tudoquemotiva 02/06/2017

Aquele quentinho no coração
O livro vai contar sobre a história de George, uma criança trans que tem vergonha de mostrar seu EU verdadeiro por medo dos julgamentos. George é uma menina em um corpo de menino e ela acha que terá que ser assim para sempre, até que um dia sua professora anuncia que a classe vai encenar "A menina e o porquinho". O único porém é que George não pode nem tentar o papel de Charlotte (uma das personagens principais), por ela ser um menino. George quer ser Charlotte mais do que qualquer coisa e com a ajuda de Kelly, sua melhor amiga, eles elaboram um plano que requer muita coragem.

O livro não apresenta muitos detalhes e não é muito profundo sobre a transexualidade, o autor aborda a situação de forma leve, mas nada que pareça forçado ou jogado na história. Não me senti incomodada ao ler e a leitura flui que é uma beleza. Não há muita carga dramática e nem muita profundidade de personagem, mas o autor consegue tocar nosso coração.

“My point is, it takes a special person to cry over a book. It shows compassion as well as imagination...Don't ever lose that”

É legal ver como a personagem vai se desenvolvendo ao longo do livro e como ela lida com toda a situação. Com a ajuda da amiga e da peça teatral que se aproxima, George consegue entender a própria identidade e cria a coragem para lidar com a situação, para falar a verdade para a mãe e aceitar a si própria. Aceitar que ela pode ser quem ela quer ser, independente de qualquer situação.

É um livro muito amorzinho, que te deixa com um sorriso no rosto após a leitura e aquele quentinho no coração, sabe? Te deixa com a sensação de que o mundo pode ser um lugar melhor e que devemos aceitar as pessoas como elas são, sem julgamentos.

É fácil torcer por cada vitória da George. É um livro infantil, que te prende do começo ao fim, que passa uma mensagem muito linda tanto para crianças quanto para adultos. O livro é narrado em terceira pessoa e mostra o dia a dia de George, como todos seus problemas e conflitos.
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Bela Lima 12/05/2017

George é uma garota.
George é um pequeno garoto no terceiro ano – ou ao menos isso é o que todos acham, porque na verdade ele não é ele, mas ela. George é uma garota.

“Para ser sincera, não sei o que pensar de uma pessoa que não chora no final de A menina e o porquinho.”

Ninguém sabe disso e George também não sabe como dizer, esse é o seu pequeno (grande) segredo, assim como a bolsa com revistas femininas (o que é uma revista feminina?), que George imagina que são suas amigas, que a apóia e a entende.

Quando o dia da audição para A Menina e o Porquinho se aproxima, George decide tentar o papel de Charlotte, a aranha, esperando que estar na frente de tantas pessoas, da sua mãe e do seu irmão, faça com que todos percebam que ela é uma menina. Que ela é uma menina independente do que seu corpo mostre.

“-A questão é a seguinte. Eu não quero ser Wilbur na peça — disse ela para Kelly.
-Ah. Isso não é problema. Tem muitos outros papéis na peça. (...) Vamos falar com a Sra. Udell e ver que papel você pode pegar.
-Eu não quero qualquer papel — disse George.
-E quem você quer ser? Templeton, o rato? Avery? — tentou adivinhar Kelly. — O Sr. Zuckerman? O Sr. Arable? Quem mais tem na peça? — perguntou Kelly com incredulidade.
-Eu quero ser Charlotte — sussurrou George.”

George é um livro que gostei, embora não seja realmente tão aprofundado como eu esperava. Ele é pequeno, passar super rápido e trata de maneira simples os transgêneros, que são pessoas que não se identificam com o gênero imposto no nascimento.

Mas, ao mesmo tempo que eu não gostei desses fatores, eu gostei disso.

Algumas pessoas podem ter visto o livro como superficial e, sim, ele foi, mas eu gostei dele assim; o livro é uma introdução ao tema, algo que qualquer um independente da idade pode ler mesmo que não conheça o assunto profundamente.

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2017/05/resenha-george.html
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Eli Coelho 26/03/2017

Um livro necessário, mas claramente infantojuvenil
Achei a trama bobinha e com nenhum aprofundamento teórico e psicológico das personagens. De certa forma tudo se resolve de modo fácil, sem os preconceitos, traumas que se espera infelizmente. Isso não desmerece o livro, visto que a proposta é mesmo de uma escrita e público pré adolescente.

Antes de tudo faz-se um livro necessário e que pode servir a professores para inserir o tema de diversidade, gênero, sexualidade. Penso que esse livro merecia uma continuação ou mesmo ser maior e abarcar talvez as questões sobre o amor e a aceitação da família (o pai não existe no livro) e dos colegas da escola (que por fim não souberam da condição de Melissa)

RECOMENDO para pré-adolescentes e para adultos sem grandes expectativas
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@clubethebookonthetable 26/03/2017

Ser diferente
Alex Gino nos apresenta ao mundo dos transgêneros. Transgêneros são pessoas que tem uma identidade de gênero não condizente com o seu sexo atribuído.

O protagonista GEORGE é um menino que se reconhece como menina e se sente preso ao corpo masculino.

A obra contempla a luta do protagonista em entender primeiramente quem ele é, em ser aceito pela família, pela escola e conseguir se impor da forma como ele se reconhece.

A questão da discriminação, do bullying, da amizade, da naturalidade com que esse tema deveria ser abordado na sociedade se faz presente na narrativa e principalmente, como tudo na vida, demonstra que até para nós conseguirmos ser o que somos, requer determinação, resiliência e coragem.

A narrativa é em terceira pessoa e apresentou alguns erros ortográficos e de concordância. Mesmo assim não anulou a importância da obra que é de grande contribuição, esclarecendo sobre o assunto, mostrando os obstáculos, a fragilidade de cada ser humano e por que não dizer que a obra é um convite ao desenvolvimento da empatia por pessoas "diferentes" de nós.
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vinicius.fagundes.93 25/03/2017

George é um livro de ficção juvenil, escrito por Alex Gino e publicado no Brasil em 2016 pela Galera Júnior. O livro conta a história de George, uma criança que, apesar de ter nascido menino, se vê como uma menina. George mantêm isso em segredo de todos a sua volta, inclusive de sua mãe e de seu irmão, e até mesmo de sua melhor amiga, Kelly, pois tem medo de que ninguém a entenda.

A vida de George se torna ainda mais complicada quando sua professora anuncia que a turma vai encenar a peça A Menina e o Porquinho na escola. George quer muito interpretar sua personagem favorita, a aranha Charlotte, mas a professora diz que ela não pode, porque ela é um menino. Isso, claro, deixa George muito triste. Porque ninguém mais consegue vê-la como a menina que ela é?

Mas George não vai desistir tão facilmente. Com a ajuda de Kelly, ela cria um plano para conseguir interpretar o papel que quer na peça, e finalmente mostrar a todos que ela realmente uma menina.

George é um livro que vem me chamando a atenção faz tempo. O tema de personagens transgêneros tem sido bem falado ultimamente, e George foi a primeira vez que eu vi o tema ser explorado do ponto de vista de uma criança. George é uma personagem muito encantadora, do tipo que você se apaixona logo nas primeiras páginas. Sabe quando você fica meio angustiado lendo um livro, porque não quer que o personagem sofra? Bem assim.

George é uma leitura muito rápida. O livro tem menos de 150 páginas, acho que eu conclui a leitura em menos de 3 horas, mas aí depende da sua velocidade de leitura. Acho que a leitura é rápida assim porque, por ser um livro direcionado para um público infantil, a história e a escrita em si são bastante simples. Ao mesmo tempo em que isso é um ponto positivo, pois facilita o entendimento da história para um público mais jovem, também pode ser um ponto negativo, já que a história nunca se aprofunda realmente nos dramas que George passa.

A escrita é, como eu disse, bem simples. Como o livro é narrado por uma criança, eu realmente não esperava nada muito elaborado, então não fiquei decepcionado. Na verdade, isso até contribuiu bastante pra história, porque parece mesmo que a história está sendo contada por uma criança. E George parece ser uma criança meiga e inocente, o que só me fez torcer ainda mais para que tudo acabasse bem pra ela.

Como eu já disse, George é a protagonista da história, mas não é a única personagem. A mãe de George, e seu irmão mais velho, Scott, são personagens importantes, já que são a família dela. Scott é um irmão mais velho bem típico, sempre falando de videogames e de filmes violentos, mas eu achei bem legal o fato de que ele nunca é particularmente malvado com George. Parece que em histórias desse tipo, os protagonistas sempre tem um irmão mais velho meio bully, mas Scott não é nada assim.

A mãe de George é um caso interessante. Apesar de amar muito a filha e querer o bem dela, a mãe não entende muito bem o que significa quando George conta pra ela que é uma menina. No início, ela simplesmente acha que George é gay, e é até bastante rápida em aceitar isso. Mas quando George explica melhor, ela se mostra mais resistente a ideia. Ao longo da história, isso é mais explorado e o relacionamento das duas acaba se desenvolvendo bastante. Eu achei ótimo a forma como o livro tratou isso, mostrando que as vezes, os pais simplesmente precisam entender mais o que os filhos estão passando, e precisam mostrar mais apoio.

A melhor amiga de George, Kelly, é uma menina excêntrica e é bastante divertida. A reação dela quando George conta que é uma menina é simplesmente “Então, seja uma menina, ué!”. Ela é uma ótima amiga para George e ajuda a amiga nos momentos mais importantes da história. Kelly é a responsável pelos momentos mais engraçados do livro, e ajuda a balancear os momentos mais tristes.

No geral, George é uma leitura leve que fala de um tema bastante pesado. Acho maravilhoso que exista uma história que mostre de uma forma tão delicada e singela o que se passa na cabeça de uma criança transgênera e espero ver mais livros com esse tema, porque a representação ajuda muito em semear a aceitação. Eu gostaria de que a história fosse um pouco mais aprofundada em algumas partes, mas no geral, foi uma leitura maravilhosa.

Recomendo George para todos que querem abrir um pouco a cabeça e enxergar um pouco do mundo através dos olhos de uma criança maravilhosa. Com certeza, uma das melhores leituras que fiz esse ano.

site: http://laoliphant.com.br/resenhas/resenha-george-alex-gino
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Nicole 05/03/2017

Se possível, por favor, leia
Um livro extremamente sensível, delicado, uma imersão nos sentimentos do outro, uma aula de empatia!

Recomendo!
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Aline Marques 09/02/2017

Na dúvida, respeite! [IG @ousejalivros]
Essa é a história de Melissa, mas ninguém sabe disso. Todos a tratam por George e esperam que ela aja como tal, afinal, quem melhor do que alguém que não ela, para ditar quem ela deve ser?

Um pouco confuso? Então, vamos simplificar...

George é uma menina em um corpo de menino e, apesar de se sentir a vontade para poder escolher O QUE quer ser quando crescer, ela tem medo de falar em voz alta sobre QUEM realmente é.

Através de uma narrativa leve, o leitor descobrirá mais sobre os sentimentos de uma criança que deseja a chance de ser feliz, refletindo sobre o impacto das opiniões individuais na vida dos outros.

O livro é curto, divertido e encantador, ideal para pequenos e jovens leitores, o que não significa que seja dispensável para os maiores. Apenas não é intenso o suficiente.

Se não consegue se decidir sobre ler ou não essa história, volte ao primeiro parágrafo e troque o pronome ELA por VOCÊ. Quem sabe sabe assim, fica mais fácil colocar em praticar a empatia e abandonar o preconceito?
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Fagner 29/01/2017

Quem você realmente é ?
Em George, livro escrito por Alex Gino, somos convidados a ver o mundo pelo olhar da Melissa, uma garota de 10 anos, que nasceu George e tem um sonho: Fazer com que os outros a percebam como realmente ela é. Uma menina.
Um livro corajoso, feito para os pequenos e que aborda um assunto tão delicado e incompreendido por muitos, as pessoas transgêneros.
O conflito vivido pela personagem pode nos fazer refletir sobre como as vezes é difícil ser quem realmente somos de verdade.
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Tiago sem H - @brigadaparalela 30/07/2017

Sem muitas delongas, George não se tornou um dos meus livros favoritos da vida, mas faltou algo para que isso não acontecesse e logo, logo, comento sobre isso. Partindo desse princípio, já está altamente recomendado. Agora voltemos para nossa opinião normal.

Alex Gino irá nos apresentar uma história em que sua protagonista é uma personagem transgênero, nesse caso, George é um menino com cerca de dez anos que não se sente a vontade com seu próprio corpo, por que na verdade, George é uma menina no corpo de menino. Toda a trama irá girar no momento em que sua classe irá encenar uma peça de "A Menina e o Porquinho" e George quer representar Charlotte, mas é barrado por ser um "menino".

Com toda essa frustração, George se abre para sua melhor amiga Kelly que à primeira vista, se sente chocada pela revelação da amiga, mas logo depois se torna uma leal confidente. Enquanto isso em casa, as relações familiares estão bem complicadas, uma vez que sua mãe também está prestes a descobrir a verdade.

A grande pegada que torna esse, um livro que aquece o coração e que deveria ser lido por todos, principalmente alunos em idade escolar inicial é a proposta de discussão sobre identidade de gênero e descobertas sobre a própria sexualidade, mas de uma forma totalmente inocente. Boa parte da história é ambientada na escola, e com isso teremos os tradicionais alunos cometendo bullying, o que ao mesmo tempo se torna algo clichê, mas verídico na maioria dos casos.

Livros que trabalham a identidade de gênero e a própria sexualidade em si, ainda são pouco lidos por grande parte da população de leitores, principalmente os livros com personagens transgêneros, estes são quase raros eu diria. Um detalhe de escrita que demonstra essa pouca familiaridade é o fato do narrador sempre se referir a George como menina e os outros personagens tratarem ela como menino. A cabeça dá um nó as vezes.

Um dos pontos que acredito que não tenha feito o livro se tornar um favorito da vida, é que por mais que a história seja significativa, seja importante em diversos aspectos, o autor apenas pincelou o tema. Compreendo que George pode ser tratado como um livro de introdução à essa temática, mas com todos os dilemas que envolve as questões de gênero, sobretudo quando se tem uma personagem criança/adolescente, ele poderia ter aprofundado um pouco mais entorno dessa narrativa. No final, a história é super rápida de ser lida, e ouso dizer que alguns aspectos foram trabalhados de forma bem rasa. O livro é sensível, é fofinho, dá vontade de abraçar George em diversos momentos, mas em se tratando de narrativa, George merecia algo mais.

Outro ponto em que acredito que o autor falhou é quando ele reforça a ideia de gênero imposta pela sociedade, sendo que seu livro representa totalmente o oposto dessa delimitação, por exemplo, quando George escolhe intimamente a cor rosa por que assim todos saberiam que ela era uma menina, ou quando sua amiga diz para ele usar saias. Esses pensamentos podem ser justificados quando se pensa que é um diálogo de crianças e elas reproduzem o que os adultos fazem, mas fica meio que fora do contexto da obra em âmbito geral.

Por fim, George é um livro ambíguo. Ao mesmo tempo que é um livro que aborda um assunto que precisa ser falado, precisa ser entendido e que contribui para despertar uma empatia sobre as pessoas transgêneros, é um livro que trata o assunto de forma rasa e que entra em desacordo com sua própria proposta. Ainda assim, é um livro que recomendo principalmente por conta da protagonista que é um amor de pessoa e que espero que tenha sido feliz (quem leu entenderá).

site: http://brigadaparalela.blogspot.com.br/
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Tamara 20/01/2017

Assim que vi esse enredo, imediatamente fiquei intrigada, por ele trazer um transgênero que se descobriu muito cedo, e então imaginei que o livro seria de uma pureza ímpar. E realmente o foi. George me surpreendeu em todos os sentidos: começando pela forma como tudo foi abordado, sem exageros, fazendo com que tudo parecesse ser bastante real, até a abordagem dos preconceitos e a maturidade do personagem de dez anos, que era tão novo mas ao mesmo tempo já era tão sábio, dando-nos uma grande lição e deixando quem lê essa obra encantado com cada página lida.
O tema do menino que se sentia uma menina, por si só, é um ponto mais que positivo. Em tempos de divulgações e discussões dos vários gêneros, é importante que isso seja também trazido para a literatura, a fim de desmistificar preconceitos e quebrar barreiras e nesse sentido "George" cumpre muito bem o seu papel. Além disso, toda a inocência de George, dá um charme a mais para a obra e seu desejo puro e sincero de ser reconhecido como uma menina é bastante tocante. Ainda, gostei muito de como a autora abordou a aceitação e o preconceito das pessoas ao redor, demonstrando reações bastante verdadeiras e diversas, como ocorre normalmente.
Particularmente não encontrei pontos negativos a destacar, o livro apenas não se tornou meu favorito por ter sido curto demais, e quando comecei a me envolver com ele, a obra estava no fim, e confesso que fiquei com muita vontade de conhecer uma vida futura daquela criança.
Quanto aos personagens, George, que queria ser conhecido pelo nome de Melissa, é um menino tímido que passa o tempo que pode observando revistas femininas, apenas para saber o comportamento das meninas e para ter esperanças de realizar o seu sonho de ser uma delas. É um garoto calado, comportado e que muitas vezes sofre Bulling calado, porém, não permite que isso abale seu espírito sonhador. Sua mãe e seu irmão, também são personagens muito importantes para a obra e são cativantes, além de Kelly, a melhor amiga de George que lhe dá um apoio imenso e compreende todo o sentimento do amigo, mesmo ela sendo tão nova. Quanto aos personagens secundários, temos os colegas de George na escola, que como várias crianças reais, são muitas vezes cruéis e intolerantes com a situação.
O livro é dividido em doze capítulos curtos, narrado em terceira pessoa e possui menos de duzentas páginas, o que fez com que minha leitura, em ebook, fosse rápida e durante ela não encontrei erros.
Recomendo a obra para os leitores que gostam de histórias infanto-juvenis, que trazem lições para o leitor e deixam um gostinho de "Quero mais".


site: Resenha postada originalmente em http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2017/01/resenha-george.html
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Thamyres Andrade 19/01/2017

George se mostra encantadora
Tô tentando descobrir até agora como faz pra parar de sorrir depois de terminar esse livro. A junção de um tema tão emergente e tabu com uma escrita super leve, deram um toque todo especial à história.
George é um menino. Não, uma menina. Uma menina que se sente presa no corpo de menino. Isso. É uma criança trans.
Confuso? Que nada!
A forma como o autor conduz a narrativa, bota abaixo essa ideia de que pessoas transgêneros são como bichos de 7 cabeças.
Ele descreve com facilidade a rotina de um menino e, ao mesmo tempo, consegue mostrar com clareza a ótica infantil e como ele se sente em diversas situações. Não é difícil perceber que George é infeliz e vive aflita por ser tratada sempre no masculino, quando acha que o certo deveria ser o contrário. Ela quer que as pessoas entendam. Ela quer poder ser quem é por dentro. Quer interpretar Charlotte na peça da escola. Ser vista como uma menina.
Em alguns momentos, os pensamentos da personagem são tão reais e tangíveis que fui tomando certa afeição por ela. Em certo ponto, as páginas foram afinando e eu só desejava ler mais e mais.
No início confesso que demorei um pouco a me sentir confortável lendo "a George". Mas a cada capítulo eu levava uma bofetada maior que a outra e, finalmente, acostumei com o artigo feminino. É íncrível como às vezes a gente vai sendo desconstruído sem perceber, né? É só estar com a mente aberta o suficiente pra que isso aconteça.
Bom... Perto do fim, lágrimas brotaram nos meus olhos e eu comecei a enxergar meio embaçado. Foram lágrimas de revolta. De compreensão. Sim, eu compreendia e compreendo. Alguns trechos tiveram um significado pessoal pra mim. Passagens que doeram e exerceram poder de libertação, talvez.
É claro que, analisando minuciosamente, sempre há o que melhorar. Particularmente, eu acredito que inúmeras cenas poderiam ser trabalhadas mais a fundo, em vez de funcionar apenas como elos, duplicando ou até mesmo triplicando as 140 páginas da obra. Mais questões polêmicas do meio LGBT também poderiam ser abordadas. Mas entendi que o objetivo do autor foi dar o primeiro passo. E que passo! Tomara que trabalhos semelhantes possam surgir e que George encoraje outros escritores a darem vida a personagens que se sentem incompreendidos, tanto quanto eles existem na vida real. E que as pessoas se mostrem mais dispostas a acolhê-los, seja nos livros ou fora deles.
Por um mundo com menos Jeffs e mais Kellys.
A história não chega a dar margem pra uma continuação, mas eu ficaria muito feliz se houvesse um sucessor, mostrando mais do universo transgênero.
Alex Gino, vc sambou lindamente na cara da sociedade.
Definitivamente, comecei 2017 com o pé direito. Nota 5.
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Joel 10/01/2017

Acho que faltou algo
Bom, não sei se foi pelo fato de ter criado uma grande expectativa do livro, mas achei que faltou algo. A história do livro é linda, mas acho que o Alex Gino poderia ter explorado mais os diálogos, os questionamentos da George, preencher aquelas lacunas de espaço e tempo. O fato de ser o primeiro livro do autor pode justificar essas falhas. Contudo, super recomendo a leitura, o assunto é valioso e é necessário que seja divulgado, o livro tem uma leitura fácil, rápida e atrativa.
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Ingrid Micthell 09/01/2017

Resenhado por- Daniele Costa
Desde o começo George percebe-se como uma criança diferente das outras porque, no fundo, George é uma menina, só que ela não veio do jeito certo para ser uma menina, isto é, ela veio biologicamente com todos os acessórios de um menino e, infelizmente, como uma menina em um corpo de menino ela não pode ser quem realmente é. Porém, George vê sua chance de mostrar ao mundo sua verdadeira identidade em uma peça de teatro na escola na qual quer muito ser a corajosa e sábia Charlotte em quem se inspira.

George é um livro curtinho e dá para ler em uma ou duas horas, mas as reflexões com certeza vão perdurar por muito mais tempo, pois é com George que descobrimos o quanto é difícil ser diferente em um meio que já tem tudo categorizado com "normal" em rosa ou azul, torcer para Corinthias ou Flamengo, ser macho ou fêmea. Quando já crescemos achando que isso é o modo natural da vida, quando sabemos que desde o início dos tempos as coisas não acontecem de acordo com a mídia e a nossa cultura machista e intolerante acredita e tenta nos forçar a acreditar também.

Alex Gino tratou de toda a questão de George com bastante delicadeza, mostrando que não se trata de uma escolha e que vai muito além disso, fala do desconforto de George em se sentir como uma garota, mas se ver presa em um corpo alienígena e incapaz de poder mudar sua própria situação.

Amei a forma como a melhor amiga de George tratou toda a situação, mesmo havendo um estranhamento no começo, mas que apesar disso, conseguiu aceitar George em sua totalidade e conseguiu entender as necessidades da amiga antes mesmo dela, ouso dizer, e viu isso com a naturalidade de uma criança que ama a melhor amiga. Simplesmente lindo e me apaixonei pela Kelly por isso também.

Outro personagem que me cativou bastante foi a delicadeza do irmão de George, Scott, ao ser o primeiro a saber de toda a situação e entender sem julgar a revelação do irmão.

A mãe de George foi um caso a parte, mas consegui compreender seu lado também. As vezes é difícil para um dos progenitores se deparar com um caso, pois já conseguem imaginar por todas as dificuldades pelas quais os fillhos vão passar e sabe-se que a sociedade tende a rejeitar e marginalizar os diferentes, ou melhor, os que não seguem o padrão, então ao mesmo tempo que conseguimos sentir a dor de George pela rejeição da mãe, também podemos compreender os motivos pelo que tentou fazer isso.

George é uma leitura que deveria ser obrigatória, pela leveza da escrita e a seriedade do conteúdo. Só digo uma coisa: LEIAM! Não vai levar muito do seu tempo, mas a história de George vai aquecer seu coração.


site: https://resenhaatual.blogspot.com.br/2016/09/resenha-george-alex-gin.html
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Karen Sales 05/01/2017

Resenhas: instagram.com/kahbooks
George é o primeiro livro destinado ao público infantojuvenil publicado no Brasil, que traz uma protagonista transgênero e vai relatar o assunto pelo ponto de vista de uma criança. George nasceu com o corpo de menino, mas ela não se indentifica com seu gênero de nascimento. A realidade é que George sabe que por dentro é uma garota e se indentifica como tal, porém esconde esse fato de todos e acha que terá que guardar esse segredo para sempre.



Quando sua professora anucia que a turma irá encenar "A Menina e o Porquinho", George vê na oportunidade de representar Charlotte - a aranha que ajuda o protagonista -, a chance de mostrar para todos quem ela realmente é, porém a professora não aceita que ela a interprete, justamente por ser "um menino". Mas com a ajuda de sua melhor amiga, a garotinha elabora um plano que ao executá-lo, todos saberão que ela pode sim ser Charlotte e também quem ela é de verdade.



Mais do que uma historinha fofa, George é uma história acima de tudo educativa e traz uma mensagem muito forte sobre representatividade. Narrado em terceira pessoa pela visão da George, conhecemos um pouco da infância dessa garotinha presa num corpo que não a representa e vemos sua luta secreta para conseguir lidar com tudo isso. Imagina o quanto isso deve ser duro!





Ao longo da narrativa leve e doce, são levantadas de forma bem sutil, algumas questões sobre a transexualidade, como a diferença entre ser transgênero e ser gay. A condição transexual inicialmente pode ser confudida com a orientação sexual, e a própria família da George tem essa dificuldade de diferenciar as duas coisas, porém orientação sexual é diferente de identidade de gênero e o livro nos ensina isso de uma forma muito simples.



George é aquele tipo de livro que deixa o nosso coração aquecido, pois foi escrito de uma forma bastante delicada e singela. E ter uma história voltada ao público infantojuvenil abordando esse tema tão importante, faz dele um livro essencial de ser lido e amplamente discutido. Uma histórinha encantadora que o incentiva, acima de tudo, a SER QUEM VOCÊ É!
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