George

George Alex Gino




Resenhas - George


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Fernando Lafaiete 16/08/2018

George: Vamos lutar contra o preconceito?
******************************NÃO possui spoiler*******************************

São livros como esse que me deixam com um sorriso no rosto. George é um livro perfeito? Obviamente não e eu concordo com o que a maioria das pessoas dizem... é um livro raso. Mas é um livro com bons diálogos, uma protagonista excelente e uma narrativa que transborda fofura enquanto lemos.

Alguns anos atrás nem seria cogitado a hipótese deste livro ser público. Os motivos? Os mais diversos possíveis, sempre respaldados por justificativas preconceituosas, sendo a mais manjada, a de que livros como este seria um desserviço e induziria crianças a pensarem que essas coisas são corretas. Cada um tem o direito de pensar o que quiser e sintam-se à vontade para comentarem o que desejarem, mas tenho que avisar. Comentários preconceituosos serão respondidos com educação, mas receberão respostas a altura.

Na minha infância/adolescência nunca imaginei que um dia leria um livro protagonizado por uma criança trans. E não estamos falando de uma personagem que acha ser. George é uma garota presa no corpo de um garoto, uma criança de 11 anos que sabe quem/o que ela é. Ela não acha nada, ela tem 100% de certeza. E quem melhor do que ela mesma para saber a este respeito? Sei que muitos dirão: Ela é só uma criança... está confusa... foi induzida... é só uma fase... falta de apanhar... impossível uma criança saber o que é, ainda mais se considerar trans etc...., mas estas questões não são o cerne aqui. A questão real é: George é trans e sabe disso.

A luta da personagem está atrelada ao desejo de interpretar em uma peça na escola uma personagem que admira, mas que é mulher. Como fazer os outros entenderem que mesmo tendo aparência de garoto ela é uma garota? Como enfrentar os preconceitos dos coleguinhas e a insegurança da professora? Como conversar sobre isso com a mãe e como fazer com que o irmão mais velho entenda?

A narrativa é uma delícia, os personagens são excelentes e apesar de ser uma história curta e rasa, o autor nos dá vislumbres de coisas importantes, como a importância do ambiente escolar quando o assunto é educação sexual, identidade de gênero e outros assuntos semelhantes. Nunca concordei e continuo não concordando com pessoas que afirmam que educação sexual e identidade de gênero são obrigações somente dos pais no quesito orientação. E o autor deixa claro isto, mesmo que de maneira breve, quando apresenta a diretora da escola.

O que mais me surpreendeu foi a segurança da protagonista, sua inteligência e determinação. Mais uma criança que entrou na minha lista de personagens favoritos.

Levando em consideração que George só tem 144 páginas, não iniciei a leitura esperando algo profundo. Muito pelo contrário, já sabia que seria superficial em vários aspectos. Ainda assim, achei um bom livro e adorei a experiência e oportunidade de tê-lo lido. Comecei a leitura com um sorriso no rosto e terminei de ler o último parágrafo com o mesmo sorriso. Se há algum defeito nesta história, é ela ser curta demais. Alex Gino poderia ter ido além e escrito um livro bem maior e mais profundo. O importante na verdade é que este livro existe e pode facilmente ser lido como uma introdução para quem deseja começar a se tornar uma pessoa mais empática e menos ignorante. O grande amigo do preconceito e da intolerância é a ignorância. Já temos ignorantes demais no mundo, não seja mais um!
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Bianca | @arteespressa 04/08/2018

Fofo, mas raso.
Sou daquelas que prefere começar um livro sem ler a sinopse. É loucura, mas às vezes funciona. Quando eu comecei a leitura de George e me deparei com alternância entre "ele" e "ela" foi confuso, achei até que se tratava de erro da editora. Mas poucas páginas depois percebi do que se tratava.
O tema é necessário, principalmente por se tratar de algo que as pessoas ainda não compreendem completamente. O autor foi genial ao abordar isso de forma leve e simples, da perspectiva de uma criança. A ideia para o enredo foi sensacional. Entretanto, a forma como autor a desenvolveu foi muito rasa.
No início claramente conseguimos enxergar que o autor estava inspirado. A forma como ele transmitiu o medo de George com relação ao seu segredo nos atinge como um soco. Pela primeira vez nos meus 20 anos consegui sentir e perceber o que uma pessoa nessa situação passa. Obrigada, Alex Gino.
Porém, quando chega no momento da história em que George resolve se abrir... é decepcionante. Tudo acontece de forma corrida. Faltou algo. Faltou o clímax que nos faria chorar e querer abraçar essa criança pra protegê-la do mundo. Posso dizer que o único momento em que fiquei ansiosa foi na noite da pessa. Depois disso, tudo se torna ainda mais corrido.
Como consequência, o final deixou muito a desejar. A ponta ficou solta. Talvez o intuito tenha sido justamente esse, deixar em aberto pro leitor imaginar. Mas por se tratar de um tema que é novo pra mim, não consigo sequer tentar.
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Rafael 10/07/2018

Seja quem você é.
Em Junho, comemorou-se o Orgulho LGBT e, curiosamente, tive a oportunidade de ler três histórias envoltas nessa categoria e George, um livro que eu havia ganhado há um tempo em um sorteio da Galera Record, foi um deles - os outros foram À Primeira Vista e Estamos Bem.

Apesar de ser um livro extremamente curto - 144 páginas, e o que torna qualquer informação um possível spoiler - e que poderia ter mais alguns pontos reforçados, Alex Gino conseguiu mostrar a dificuldade de ser uma pessoa trans, ainda mais sendo uma criança, onde todos em volta levam como brincadeira ou algo passageiro. Não sei se quando o autor o desenvolveu foi pensando em um público infantil, igual ao selo pelo qual a obra foi lançada aqui no Brasil, mas talvez tenha sido isso, mais como uma introdução ao assunto, o que explica a forma "rasa" de algumas situações.

Mas não tem como não gostar de George e Kelly! Os dois são fofos e fortes; e com uma mentalidade mais madura do que muitos adultos, nos conquistando desde a primeira aparição. E também é necessário elogiar os demais, principalmente o irmão e mãe de George e suas trajetórias durante a história; porém senti falta de ver outras reações de alguns outros personagens.

No geral, é uma leitura curtinha mas quem consegue nos conquistar pela delicadeza e leveza que trata um assunto tão sério e necessário. A escrita de Alex também é fluída, o que não torna o livro cansativo. Recomendo para quem quer conhecer mais sobre transgêneros; sendo até mesmo um livro que poderia ser usado para com crianças em escolas.

site: http://crushforbooks.blogspot.com.br/
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bi 28/05/2018

d i f e r e n ç a s
George é uma menina no corpo de um menino. Ela ainda não contou para ninguém como se sente, mas já pensou várias vezes em contar para a sua mãe. Ela quer que todos vejam como ela é uma menina, não quer mais ficar se escondendo no banheiro com revistas de meninas, se imaginando como seria se usasse aquele biquíni ou aquela saia. George é apaixonada por Charlotte, a aranha da peça "A Teia de Charlotte" e ela vê uma oportunidade em mostrar a todos que ela é menina encenando Charlotte na peça do colégio. Porém a professora nega já que ela "é um menino" e meninos não devem interpretar meninas. George terá a ajuda de Kelly, sua melhor amiga, para conseguir esse papel e mostrar a todos quem ela realmente é.

"Você é forte. Mas o mundo nem sempre é bom com as pessoas que são diferentes."

Sabe quando você começa a ler um livro e ele aquece seu coração? Pois então, me senti assim o tempo inteiro que fiz essa leitura. Terminei em poucas horas, mas não porque queria que acabasse, mas sim porque não queria deixar esses personagens. George e Kelly são os personagens mais fofos e fortes que conheci nos últimos tempos. Tão pequenos mas ao mesmo tempo tão grandes e com muitas coisas pra ensinar para os mais velhos. A história é toda contado de um jeito tão sensível, tão puro e singelo. É lindo! Não é uma história longa, mas apenas o essencial para se tornar uma das melhores leituras do ano. Demorei tanto para pegar esse livro pra ler e agora que finalmente li, quero reler e espalhar para todo mundo esse ponto de vista de uma criança transgênera, o quão difícil pode ser caso não tenha as pessoas certas ao lado. Só espero que todos que estejam lendo isso, sintam o carinho que estou sentindo por essa história e pegue também para ler. Não vão se arrepender!

"O que quero dizer é que só uma pessoa especial chora por causa de um livro. Mostra compaixão além de imaginação."

site: instagram.com/leituradiferente
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Clara 02/05/2018

Um livro tão importante que fala sobre aceitação de uma forma tão simples e tão sensível.. Super rapidinho de ler, vale super a pena dedicar algumas horas do seu dia lendo ele!
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Adriana 03/01/2018

Um pouco de amor em tudo
"Quem é você?
O que você é?
E como isso afeta seu modo de ver o mundo?" Essas são as perguntas implícitas no livro que já falei aqui. George, de Alex Gino. Uma narrativa simples pelos olhos de uma menina "presa" no corpo de um menino. E as dificuldades que sente em ter de fazer coisas de menino: jogar bola, se vestir de forma sem graça, e o pior, ir ao banheiro de meninos, com aquele cheiro que a lembra o que os outros querem que ela seja. A vontade de se sentir quem ela é de verdade; ser aceita por isso, o apoio familiar, o bulling ainda que disfarçado de algo normal. Acompanhe a linda e doce George, e sua trajetória em ser quem ela é em essência e lidar com sua família e a aceitação dela.
Passamos a leitura com a sensação de que o gênero não é o real foco do livro, mas a mensagem que ele passa: o autoconhecimento, a amizade, o amor.
Ser ele ou ela não faz de você melhor ou pior, faz de você quem você é.
Seja você... #grupodaone #livro #sejavocê #galerajunior #diversidade #transgenero

site: https://www.instagram.com/p/BQ28AQHjJ2b/?taken-by=resuminuto
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Douglas P Da Silva 04/12/2017

Super indico!
É uma leitura rápida, principalmente pelo livro ser muito curtinho — pouco mais de 100 páginas —, mas carrega mensagens tão profundas em passagens tão sutis que torna-se marcante de alguma forma. Narrado em terceira pessoa, apesar de todos à sua volta tratarem George como o que veem, um menino, durante a escrita é sempre usado o pronome feminino para se referir à ela. Sempre A George. E acho que isso resume muito bem o que o livro quer passar: devemos aceitar que o modo como uma pessoa se vê não deveria afetar o modo os outros a veem. Pois personalidade independe de gênero ou sexualidade, e, sim, do caráter.
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Luísa 03/02/2019

George é um livro sobre uma criança que nasceu com o sexo biológico masculino, mas que se identifica com o gênero feminino. Em outras palavras, George é uma menina transexual.

Ela tem aproximadamente 11 anos, e o livro conta sua história na medida em que a menina vai tomando maior consciência da sua transexualidade e tenta se assumir para seus amigos e para sua família.

Um ponto muito positivo do livro é que, desde o princípio, a narradora se refere a George utilizando os pronomes femininos, o que contribui muito para o pleno entendimento do leitor a respeito da personagem. Outro ponto interessante é o livro ser um infanto-juvenil, então os assuntos são abordados com leveza e naturalidade, e as cenas se passam principalmente na escola de George, o que contribui para gerar identificação por parte do público-alvo.

Algo que me incomodou um pouco foi um foco constante na performance da feminilidade e em estereótipos de gênero. Eu, particularmente, tenho bastante dificuldade com essa abordagem, então fiquei com um pé atrás em relação ao livro devido a esse enfoque. No entanto, em alguns trechos, a questão da performance foi bem trabalhada, como em momentos em que a mãe de George diz que ela não pode fazer determinada coisa pois tal coisa é de menina, e George pensa "mas eu sou uma menina", revelando que não é puramente uma questão de querer fazer algo que não é permitido aos meninos, mas de efetivamente ser uma menina, por isso não entender a proibição.

De modo geral, achei uma leitura válida, bastante introdutória no tema dentro do âmbito da ficção, mas que me fez refletir algumas coisas. Não sou muito envolvida em questões referentes à transexualidade, tanto no âmbito teórico, referente ao conceito de gênero, quanto no âmbito prático, no que diz respeito à luta por direitos efetivamente, talvez por isso não tenha compreendido plenamente alguns aspectos da construção da personagem.

Em todo caso, recomendo a leitura para quem queira iniciar o envolvimento com esse tema, por ser um livro leve e sem grande complexidade.
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Simeia Silva 26/09/2016

Fofura ao extremo...
RESENHA COMPLETA NO BLOG

Confesso que quando comecei a ler o livro, fiquei tentando entender o que de tão maravilhoso a galera que já leu encontrou nesse livro. Mas a medida que a história foi acontecendo, eu fui me encantando por George, me solidarizando com as suas dúvidas, com a sua dor, com a mágoa que ela sentiu com a reação da mãe, e aí eu entendi a opinião dos meus colegas literários. O irmão de George é uma lindeza a parte, juro que fiquei imaginando o personagem toda hora que ele era citado. A melhor amiga de George e a amizade das duas, foi tudo lindo, maravilhoso.

O autor conseguiu me pegar e me fazer continuar lendo e torcendo por George até o final, que aliás, foi uma gracinha. Apesar de que eu queria mais, para saber o que viria depois.

Confesso que esperava uma coisa mais densa quando solicitei o livro, mas como o livro foi publicado pelo selo Galera Junior e o público alvo seria os adolescentes, talvez até crianças mais novas, achei super válida a forma leve e suave com que o autor abordou o tema LGBT/Transexual.

Esse assunto até hoje, infelizmente, é um tabu em muitas casas pelo mundo afora, e cara, isso é muito triste. O colega de classe lhe chamando de esquisita. A professora olhando feio para George depois do teste, lhe julgando, lhe dizendo que o papel seria de uma menina e que um menino não poderia fazer o papel(como se um ator não pudesse fazer papel de mulher), doeu, e foi triste saber que tudo isso existe ainda na vida real. Mas que booom que existem pessoas como a diretora da escola que enxergou tudo e aceitou George como ela era, muito antes da própria mãe dela. Que ótimo que ainda temos familiares como o irmão mais velho dela, que a aceitou desde sempre como uma pessoa normal, porque sim, opção sexual não muda nada no que a pessoa é. E claro que eu não poderia esquecer da aceitação terna, meiga, fofa, da amiga de George, a Kelly.

Enfim, esse livro é muito fofo, leve, mas que nos passa uma carga pesada de sentimentos, e siiim, ele deveria estar na estante de muitas escolas e na mesa e na cara de muitos pais por aí. Ninguém precisa aceitar a opinião e nem a opção sexual do outro, mas respeitar a escolha e a vida do outro, é essencial para um mundo, um futuro melhor. E sinceramente, eu espero que o mundo que meus filhos irão viver, seja melhor do que esse que eu estou vivendo agora.

Quanto a diagramação, eu confesso que não curti muito a capa do livro, olhei para ela e procurei entender, comecei a pensar se por acaso o título parecido com o logo do Google, com a cabeça da George escondida ali, não tinha a ver com a descoberta interior de George, com a ideia dela ter se "pesquisado" e se mostrado sem medo de ser feliz. Sei lá, posso estar errada com esse pensamento, mas né, a gente é livre pra filosofar,hahaha. Quanto a parte de dentro, as folhas são amareladas e as letras tem um tamanho ótimo para leitura. Quanto a revisão, só achei um errinho.

Leiam e se encham de amor. E viva o amor e o respeito as escolhas do próximo. E pra você aí: SEJA QUEM VOCÊ É.
beijokas


site: http://www.sentaaileitor.com.br/2016/09/na-estante-george-alex-gino.html
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Tiago sem H - @brigadaparalela 30/07/2017

Sem muitas delongas, George não se tornou um dos meus livros favoritos da vida, mas faltou algo para que isso não acontecesse e logo, logo, comento sobre isso. Partindo desse princípio, já está altamente recomendado. Agora voltemos para nossa opinião normal.

Alex Gino irá nos apresentar uma história em que sua protagonista é uma personagem transgênero, nesse caso, George é um menino com cerca de dez anos que não se sente a vontade com seu próprio corpo, por que na verdade, George é uma menina no corpo de menino. Toda a trama irá girar no momento em que sua classe irá encenar uma peça de "A Menina e o Porquinho" e George quer representar Charlotte, mas é barrado por ser um "menino".

Com toda essa frustração, George se abre para sua melhor amiga Kelly que à primeira vista, se sente chocada pela revelação da amiga, mas logo depois se torna uma leal confidente. Enquanto isso em casa, as relações familiares estão bem complicadas, uma vez que sua mãe também está prestes a descobrir a verdade.

A grande pegada que torna esse, um livro que aquece o coração e que deveria ser lido por todos, principalmente alunos em idade escolar inicial é a proposta de discussão sobre identidade de gênero e descobertas sobre a própria sexualidade, mas de uma forma totalmente inocente. Boa parte da história é ambientada na escola, e com isso teremos os tradicionais alunos cometendo bullying, o que ao mesmo tempo se torna algo clichê, mas verídico na maioria dos casos.

Livros que trabalham a identidade de gênero e a própria sexualidade em si, ainda são pouco lidos por grande parte da população de leitores, principalmente os livros com personagens transgêneros, estes são quase raros eu diria. Um detalhe de escrita que demonstra essa pouca familiaridade é o fato do narrador sempre se referir a George como menina e os outros personagens tratarem ela como menino. A cabeça dá um nó as vezes.

Um dos pontos que acredito que não tenha feito o livro se tornar um favorito da vida, é que por mais que a história seja significativa, seja importante em diversos aspectos, o autor apenas pincelou o tema. Compreendo que George pode ser tratado como um livro de introdução à essa temática, mas com todos os dilemas que envolve as questões de gênero, sobretudo quando se tem uma personagem criança/adolescente, ele poderia ter aprofundado um pouco mais entorno dessa narrativa. No final, a história é super rápida de ser lida, e ouso dizer que alguns aspectos foram trabalhados de forma bem rasa. O livro é sensível, é fofinho, dá vontade de abraçar George em diversos momentos, mas em se tratando de narrativa, George merecia algo mais.

Outro ponto em que acredito que o autor falhou é quando ele reforça a ideia de gênero imposta pela sociedade, sendo que seu livro representa totalmente o oposto dessa delimitação, por exemplo, quando George escolhe intimamente a cor rosa por que assim todos saberiam que ela era uma menina, ou quando sua amiga diz para ele usar saias. Esses pensamentos podem ser justificados quando se pensa que é um diálogo de crianças e elas reproduzem o que os adultos fazem, mas fica meio que fora do contexto da obra em âmbito geral.

Por fim, George é um livro ambíguo. Ao mesmo tempo que é um livro que aborda um assunto que precisa ser falado, precisa ser entendido e que contribui para despertar uma empatia sobre as pessoas transgêneros, é um livro que trata o assunto de forma rasa e que entra em desacordo com sua própria proposta. Ainda assim, é um livro que recomendo principalmente por conta da protagonista que é um amor de pessoa e que espero que tenha sido feliz (quem leu entenderá).

site: http://brigadaparalela.blogspot.com.br/
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Rosana - @tudoquemotiva 02/06/2017

Aquele quentinho no coração
O livro vai contar sobre a história de George, uma criança trans que tem vergonha de mostrar seu EU verdadeiro por medo dos julgamentos. George é uma menina em um corpo de menino e ela acha que terá que ser assim para sempre, até que um dia sua professora anuncia que a classe vai encenar "A menina e o porquinho". O único porém é que George não pode nem tentar o papel de Charlotte (uma das personagens principais), por ela ser um menino. George quer ser Charlotte mais do que qualquer coisa e com a ajuda de Kelly, sua melhor amiga, eles elaboram um plano que requer muita coragem.

O livro não apresenta muitos detalhes e não é muito profundo sobre a transexualidade, o autor aborda a situação de forma leve, mas nada que pareça forçado ou jogado na história. Não me senti incomodada ao ler e a leitura flui que é uma beleza. Não há muita carga dramática e nem muita profundidade de personagem, mas o autor consegue tocar nosso coração.

“My point is, it takes a special person to cry over a book. It shows compassion as well as imagination...Don't ever lose that”

É legal ver como a personagem vai se desenvolvendo ao longo do livro e como ela lida com toda a situação. Com a ajuda da amiga e da peça teatral que se aproxima, George consegue entender a própria identidade e cria a coragem para lidar com a situação, para falar a verdade para a mãe e aceitar a si própria. Aceitar que ela pode ser quem ela quer ser, independente de qualquer situação.

É um livro muito amorzinho, que te deixa com um sorriso no rosto após a leitura e aquele quentinho no coração, sabe? Te deixa com a sensação de que o mundo pode ser um lugar melhor e que devemos aceitar as pessoas como elas são, sem julgamentos.

É fácil torcer por cada vitória da George. É um livro infantil, que te prende do começo ao fim, que passa uma mensagem muito linda tanto para crianças quanto para adultos. O livro é narrado em terceira pessoa e mostra o dia a dia de George, como todos seus problemas e conflitos.
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LOHS 24/05/2017

Coisa mais linda do <3
George é um livro que me chamou a atenção logo que foi lançado aqui no Brasil. Em 2016 foi vencedor dos prêmios Stonewall Book Award e Lambda Literary Award (na categoria LGBT Crianças/Jovem Adulto), além de ser nomeado para outros grandes prêmios americanos. E, assim que o vi na Bienal do Livro em São Paulo no ano passado, não resisti e acabei comprando.

Alex Gino, escritxr de George, utiliza um pronome específico em inglês para pessoas que se identificam com mais de um gênero ou que não se identificam com nenhum. Confesso que não conheço um termo assim em português, então perdoem minha ignorância caso haja algum. De qualquer forma, Alex Gino acredita que os jovens precisam de ferramentas para discutir e refletir sobre assuntos reais do nosso mundo, como a causa dos transgêneros - tema de seu primeiro livro, George.

A protagonista que dá o nome ao livro, George, está no quarto ano do fundamental e esconde um grande segredo da família e da melhor amiga: George é uma menina, mas ninguém sabe porque ela tem um corpo de menino.

George, quando está sozinha em casa, se nomeia Melissa, lê revistas femininas e sonha em se maquiar e se vestir com todas as coisas lindas que ela vê nessas edições. E, embora tente criar coragem de contar à mãe que é diferente, ela nunca consegue.

"George abriu os lábios, mas não havia palavras na boca e apenas um pensamento no cérebro: Não! Ela sabia que mamãe só estava tentando ajudar. Mas George não tinha um problema normal. Não tinha medo de cobras. Não tinha tirado nota ruim em matemática. Ela era garota e ninguém sabia."
p. 38

As relações importantes para George ainda são limitadas. Ela vive com a mãe e o irmão mais velho, Scott, já que o pai mora em outra casa e é ausente na maior parte do tempo. A única amiga de George é Kelly, uma garota animada que vive com o pai músico e que nunca fala sobre a mãe.

O segredo de George será abalado com o anúncio da peça “A menina e o porquinho” para os alunos do quarto ano. George fica completamente encantada pela aranha Charlotte e até chora quando descobre seu triste fim. Só que quando George se candidata para o papel da aranha, a professora não quer deixar George pegar o papel porque ela é um menino. Tentando animar George, a professora oferece o papel de Wilbur, mas George não quer ser um porco sujo. George quer ser como a sábia aranha Charlotte que distribui ensinamentos e palavras difíceis ao porquinho. Extremamente triste por não poder ser Charlotte, George não quer nem saber mais da peça e até briga com a melhor amiga Kelly quando ela recebe o papel da aranha.

"Os filés de peixe e as ervilhas macias não exigiam muita mastigação, e logo o prato de George estava vazio. Ela pediu licença e colocou a louça na pia de aço inoxidável. Correu escada acima e fechou a porta do quarto na hora que as lágrimas começaram a cair. Ela se jogou na cama e chorou no travesseiro. Chorou por causa de Charlotte. Chorou por ter ficado com raiva de Kelly. Chorou porque a Sra. Udell achou que ela estava de brincadeira. Mas, principalmente, chorou por si mesma."
p. 59

Mas como são melhores amigas, George e Kelly logo estão em bons termos novamente. E Kelly, com toda a inocência de uma criança, compreende e aceita que George é uma menina também. Assim, Kelly bola um plano muito inteligente com George. Serão duas apresentações da peça, uma no período da tarde e outra no período da noite. Kelly decide que ela será Charlotte na apresentação durante a tarde e que George fará o papel da aranha durante a noite. Afinal, Kelly explica que George é uma Charlotte muito melhor que ela. E se a mãe de George assisti-la no papel da aranha, pode enfim compreender quem George é de verdade.

"- E é isso mesmo?
- Isso o quê?
- Você acha que é garota?
- Acho. - George ficou surpreso com a facilidade de responder aquela pergunta.
- Ah. - Scott mordeu um pedaço de pão e mastigou, pensativo.
(...)
- Estranho. Mas até que faz sentido. Sem querer ofender, você não é um garoto muito bom.
- Eu sei."
George e Scott, p. 101-102

Com uma leveza incrível, George é um livro infantil que pode ser muito apreciado pelos adultos também. É simplesmente impossível não abrir seu coração para George e todos os grandes problemas que ela deve enfrentar ao estar presa a um corpo que não parece seu. George é uma menina. Pensa em si mesma no feminino e sonha em usar vestidos e maquiagens. A única diferença é que ela tem um corpo de menino.

"- Quero dizer, ser gay é uma coisa. As crianças estão saindo do armário bem mais cedo do que quando eu tinha sua idade. Não vai ser fácil, mas nós vamos lidar com isso. Mas ser esse tipo de gay? - Mamãe balançou a cabeça. - É uma coisa bem diferente.
- Eu não sou nenhum tipo de gay.
Pelo menos, George não achava que era gay. Ela não sabia de quem gostava, na verdade, se de meninos ou de meninas.
- Então por que encontrei todas aquelas revistas de menina no seu armário? - Mamãe levantou a sobrancelha, e uma ruga curva se formou na testa dela.
George inspirou fundo, prendeu o ar e soltou. Depois, de novo.
- Porque eu sou menina."
George e sua mãe, p. 94

É interessante perceber as reações dos adultos ao redor de George e também como Alex Gino tratou bem a confusão que a sociedade faz entre pessoas homossexuais e transgêneras. Com uma narrativa extremamente bela e sutil, Alex Gino traz um dos temas taboo do momento. Fui completamente tocada e por isso recomendo o livro independentemente da sua idade atual ou do seu gênero. Simplesmente faça a si mesmo um favor e vá ler George!

site: http://livrosontemhojeesempre.blogspot.com.br/2017/04/george.html
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Bela Lima 12/05/2017

George é uma garota.
George é um pequeno garoto no terceiro ano – ou ao menos isso é o que todos acham, porque na verdade ele não é ele, mas ela. George é uma garota.

“Para ser sincera, não sei o que pensar de uma pessoa que não chora no final de A menina e o porquinho.”

Ninguém sabe disso e George também não sabe como dizer, esse é o seu pequeno (grande) segredo, assim como a bolsa com revistas femininas (o que é uma revista feminina?), que George imagina que são suas amigas, que a apóia e a entende.

Quando o dia da audição para A Menina e o Porquinho se aproxima, George decide tentar o papel de Charlotte, a aranha, esperando que estar na frente de tantas pessoas, da sua mãe e do seu irmão, faça com que todos percebam que ela é uma menina. Que ela é uma menina independente do que seu corpo mostre.

“-A questão é a seguinte. Eu não quero ser Wilbur na peça — disse ela para Kelly.
-Ah. Isso não é problema. Tem muitos outros papéis na peça. (...) Vamos falar com a Sra. Udell e ver que papel você pode pegar.
-Eu não quero qualquer papel — disse George.
-E quem você quer ser? Templeton, o rato? Avery? — tentou adivinhar Kelly. — O Sr. Zuckerman? O Sr. Arable? Quem mais tem na peça? — perguntou Kelly com incredulidade.
-Eu quero ser Charlotte — sussurrou George.”

George é um livro que gostei, embora não seja realmente tão aprofundado como eu esperava. Ele é pequeno, passar super rápido e trata de maneira simples os transgêneros, que são pessoas que não se identificam com o gênero imposto no nascimento.

Mas, ao mesmo tempo que eu não gostei desses fatores, eu gostei disso.

Algumas pessoas podem ter visto o livro como superficial e, sim, ele foi, mas eu gostei dele assim; o livro é uma introdução ao tema, algo que qualquer um independente da idade pode ler mesmo que não conheça o assunto profundamente.

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2017/05/resenha-george.html
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Jully @juliannevituri 30/09/2016

Delicado e encantador
George é um livro infantojuvenil LGBT sobre gênero e bullying.
Um livro pequenino que consegue nos encantar de um jeito profundo e intenso.
O primeiro livro que eu li que é infantojuvenil e aborda um tema tão sério e polêmico (principalmente por ser uma criança transexual), de forma tão encantadora, e com uma lição grandiosa.
Escrita leve, delicada e descontraída, com história realista, sem exageros e com um desfecho muito natural.
George tem 10 anos de idade, e na verdade é uma menina e obviamente prefere ser chamada como menina, de Melissa.
Melissa não se sente nada bem no seu corpo de menino, e enfrenta a família e as crianças da escola que a enxergam como um menino.
As crianças da escola sempre a incomodam por ser doce e sentimental, porque isso é "coisa de menina" e "George deve ser gay". Um preconceito e ignorância enormes. Até a professora a julga por ser "diferente". E como contar pra melhor amiga que ela é uma menina? Pior, como fazer a mãe entender que o menino que ela teve é uma menina?
Melissa enfrenta tudo isso ao longo do livro de uma forma tão delicada que até dá uma dorzinha no coração. Mas calma, não é um livro de todo triste e sim um livro com uma grande lição.
Melissa é uma personagem incrível, cativante, forte, amável e determinada e que com certeza vai te conquistar.

Quando terminei o livro, fui correndo conversar com dois amigos trans para me aprofundar um pouco mais no assunto e nos sentimentos da personagem.

E eu não só indico George, como acho que deveria ter esse livro em todas as escolas para quem sabe educar melhor crianças e jovens. Já que infelizmente ainda é um assunto que gera enorme preconceito em todas as idades e gêneros.

Para ver minhas fotos literárias e mais resenhas, me segue no Instagram: @juliannevituri

site: https://www.instagram.com/p/BK6-bIOBOJh/?taken-by=juliannevituri
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Eli Coelho 26/03/2017

Um livro necessário, mas claramente infantojuvenil
Achei a trama bobinha e com nenhum aprofundamento teórico e psicológico das personagens. De certa forma tudo se resolve de modo fácil, sem os preconceitos, traumas que se espera infelizmente. Isso não desmerece o livro, visto que a proposta é mesmo de uma escrita e público pré adolescente.

Antes de tudo faz-se um livro necessário e que pode servir a professores para inserir o tema de diversidade, gênero, sexualidade. Penso que esse livro merecia uma continuação ou mesmo ser maior e abarcar talvez as questões sobre o amor e a aceitação da família (o pai não existe no livro) e dos colegas da escola (que por fim não souberam da condição de Melissa)

RECOMENDO para pré-adolescentes e para adultos sem grandes expectativas
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