Thila 17/08/2016
"Bem, Estrela querida, no final das contas a gente conseguiu fazer essa flor brotar. Beijo, Pa."
Resenha publicada no blog Nunca Desnorteados
Aqui estou eu pela milionésima vez para falar de um assunto que pouco gosto: Lucinda Riley e seus livros tremendamente incríveis! Mal pude conter a emoção de ter esse livro em mãos mas juro que tentarei não dar spoilers, ser o mais breve e normal possível! - Universo me mande forças para me conter e não escrever demais.
A Irmã da Sombra é o terceiro livro da série As Sete Irmãs e dessa vez temos como protagonista a tímida e delicada Estrela que, como pudermos perceber nos livros anteriores, é um tanto calada, misteriosa e muito próxima de sua irmã Ceci.
Sempre foi difícil para Estrela se expressar e principalmente falar o que sente, portanto aceitar a morte de seu pai, Pa Salt, estava sendo uma tarefa imensamente difícil para superar. Não houvera sequer um funeral, um instante para lamentar sua partida e dizer adeus. Tudo aconteceu rápido demais; ela jamais havia imaginado que a próxima reunião de todas as irmãs em Atlantis seria para compartilhar a terrível notícia.
Agora você deve estar imaginando: Como será que Lucinda narrou o encontro da irmãs pela visão de Estrela?...
Ao contrário dos dois livros anteriores, todo aquele começo com a distribuição das cartas, a apresentação da Esfera Armilar e o encontro com o advogado de Pa que foi narrado na visão de Maia e Ally, não é narrado novamente por Estrela. O primeiro capítulo já retrata a nossa protagonista em seu lamento e em sua confusão emocional 2 semanas após o recebimento da notícia. É claro que ela relembra alguns momentos, mas de uma forma bem vaga (achei bem positiva essa mudança de não narrar tudo de novo).
Abrir a carta, ler a tradução de sua frase da Esfera Armilar e descobrir o lugar que suas coordenadas apontavam, eram outras tarefas árduas para ela. Simplesmente não conseguia pois o que quer que houvesse dentro da carta e caminhar em direção das pistas para descobrir o seu passado, significaria aceitar que Pa tinha partido e ainda não estava preparada para deixá-lo ir.
Depois de voltar para Atlantis mais uma vez e, surpreendentemente, sem a companhia de Ceci, Estrela finalmente consegue abrir a sua carta no lugar que se sentia mais próxima de Pa: O jardim que cultivaram juntos.
Agora a pergunta é: Quais são as pistas das origens de Estrela?
Suas coordenadas revelavam que sua origem estava ali mesmo na Inglaterra, seu objeto era uma pequena caixa de joias que continha uma pequena estatueta felina feita de onix com o nome Pantera gravado na base e, finalmente, a tradução de sua frase era:
"O carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro."
Estrela entendeu que tratava-se de sua relação com Ceci. Uma era a antítese da outra, mas ela sabia, claramente, quem era a irmã da sombra... Inicialmente, essa grande aproximação, quase inseparável, não parecia importar quando estavam 'espremidas' em uma família grande, assim poderiam recorrer uma à outra, mas agora essa relação estava mudando...Estrela sabia que para seguir em frente precisava conquistar sua 'liberdade' e claro, sua voz.
"Já está na hora de eu ter uma vida de verdade"
Além de todas essas revelações, Pa deixou no verso da carta um endereço anotado em um cartão de visita que tinha como instrução perguntar por uma mulher chamada Flora MacNichol no estabelecimento. O seguinte endereço era:
Livraria Arthur Morston
Kensington Church Street, 190
Londres W8 4DS
Estrela acaba deixando isso um tanto de lado, entretanto, como se o destino estivesse lhe mandando um sinal, ela avista a livraria dentro do ônibus em seu caminho para ir ao curso de culinária que estava fazendo. Deixou o fato mais uma vez de lado até que, pela segunda vez, se depara novamente com a livraria ao lado da loja que Ceci a havia levado para escolher móveis para colocar no novo apartamento que estavam dividindo.
Decidida, finalmente ela volta ao endereço e entra na livraria.
"Eu me demorei ali fora, pois sabia que entrar me faria embarcar em uma jornada que eu não sabia se queria fazer."
Na livraria, Estrela se depara com uma das pessoas mais interessantes e singulares que já havia conhecido: Orlando - dono da loja, amante declarado da literatura, fissurado em livros raros e suas diferentes edições e meticuloso em relação à sua rotina e horários.
Após perguntar para ele sobre Flora, Orlando começa a rir e diz que era uma ironia e tanto ela estar perguntando sobre MacNichol enquanto segurava um livro de Beatrix Potter.
Qual seria a relação dessas duas mulheres?... Depois de conversarem e ter ficado claro que Estrela tinha um conhecimento enorme sobre livros, ela saí de lá com um emprego e com a esperança de que estava no caminho certo para descobrir o seu passado.
Meu Deus, já escrevi demais, sorry produção!! Juro que vou ser bem breve agora
Dias se passam e Orlando revela que precisa ir ao High Weald em Kent para o aniversário de seu sobrinho, Rory, na casa de sua família e a convida para ir junto já que seu irmão, Mouse, que tem um conhecimento maior sobre Flora e fez transcrições dos seus diários, também estaria lá.
Estrela se apaixona de cara com a casa. Era tudo que sempre sonhou! Totalmente diferente da caixa de vidro sem identidade na qual morava com Ceci. Apesar dos seus incontáveis defeitos, High Weald era simples, adorável, confortável, particular e com um jardim encantador. Só havia uma coisa que a incomodava naquele lugar: a presença fria e amarga de Mouse. Entretanto, quais fossem os seus sentimentos em relação à ele, saber sobre o seu passado era uma causa superior. Assim somos levamos à 1909 onde entramos em um cenário londrino cheio de reviravoltas, com bailes, festas luxuosas, segredos sem fim e, como se não bastasse, temos a presença da turbulenta família real.
Agora qual a relação de Estrela com Flora MacNichol, a tão aclamada escritora e ilustradora, Beatrix Potter e com a família real? Esse é um mistério tão grande quanto o sétimo aro vazio na esfera armilar e que você só descobrirá as respostas lendo, é claro :)
Não vou me estender falando o quanto Lucinda Riley é INCRÍVEL e possui uma habilidade sobrenatural para escrever - já falando - mas uma coisa eu digo com 100% de certeza: Pa Salt está vivo e vou defender isso até o final do sétimo livro se for preciso! Hahaha
"Existe um momento na vida de qualquer ser humano em que é preciso esquecer a própria tragédia e estender a mão para quem precisa."
Leiam, leiam e leiam
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