Enclausurado

Enclausurado Ian McEwan




Resenhas - Enclausurado


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Carol 09/06/2017

Resenha no site.

site: livroscomcheesecake.wordpress.com
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Tamires 10/11/2017

Enclausurado, de Ian McEwan
Em Enclausurado, o escritor britânico Ian McEwan faz uma releitura moderna e inusitada de Hamlet, de Shakespeare. No entanto, o narrador da história, aqui, ainda não nasceu. E esse pequeno detalhe faz toda a diferença na história.

“Deus, eu poderia viver enclausurado dentro de uma noz e me consideraria um rei do espaço infinito — não fosse pelos meus sonhos ruins.” Shakespeare, Hamlet. (epígrafe)

Trudy envolve-se em um tórrido caso extraconjugal com seu cunhado, Claude. O marido, duplamente traído, John Cairncross, é um poeta decadente e apaixonado pela esposa. E também o herdeiro único de um imóvel que vale alguns milhões em dinheiro. No meio disso tudo, mais precisamente dentro da barriga de Trudy, o nosso narrador descobre detalhes sobre o mundo, a humanidade, e os planos nada ortodoxos de sua mãe e seu tio para se apoderarem do bem mais precioso da família Cairncross: o imóvel.

“No meio de uma noite longa e serena, posso sapecar um bom pontapé em minha mãe. Ela acorda, perde o sono, liga o rádio. Uma maldade, eu sei, mas estamos os dois bem informados pela manhã.” (p. 12)

“Vejamos. Minha mãe preferiu o irmão de meu pai, traiu seu marido, arruinou seu filho. Meu tio roubou a mulher de seu irmão, enganou o pai de seu sobrinho, insultou gravemente o filho de sua cunhada. Meu pai é indefeso por natureza, como eu sou por circunstancias.” (p. 40)

“Deus disse: que seja feita a dor. E depois se fez a poesia.” (p. 53)

“Certos artistas, escritores ou pintores, florescem em espaços confinados como bebês em gestação. Seus temas estreitos podem desconcertar ou desapontar algumas pessoas (…) Alguns escritores de prosa cuidam apenas de seus egos. Também no campo científico há quem dedique a vida a um caramujo albanês ou a um vírus. Darwin consagrou oito anos às cracas. E mais velho e mais sábio, às minhocas. Milhares de pesquisadores passaram a vida correndo atrás do bóson de Higgs, uma coisinha de nada. Estar circunscrito a uma casca de noz, ver o mundo em cinco centímetros de marfim, num grão de areia. Por que não, quando toda a literatura, toda a arte e a iniciativa humana não passam de uma partícula no universo das coisas possíveis? E mesmo esse universo pode ser uma partícula numa infinidade de universos reais ou possíveis?” (ps. 69,70)

Descobri, com essa leitura, que "poetas nunca trancam o carro", e também que você pode conhecer uma pessoa por dentro, conhecer suas vísceras e as alterações de seus batimentos cardíacos e, ainda assim, não conhecê-la de fato ou entender suas motivações. Enclausurado é o tipo de livro que te prende até a última palavra, não só por ser um livro de suspense, mas por ser visivelmente bem trabalhado. "O resto é o caos."

site: http://www.tamiresdecarvalho.com/resenha-enclausurado-de-ian-mcewan/
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Brunno 02/07/2017

Enclausurado
Cada vez que eu me aventuro na literatura inglesa é uma experiência nova e maior. Esse cara, o Ian, está merecendo o Nobel há muito tempo. Desde "reparação", livro que deu origem ao filme, não paro de acompanhá-lo. Mas vamos aos fatos. A Trama é "simples": um feto tenta salvar seu pai de ser morto pelas mãos de sua mãe. Isso mesmo amigos. Ela abandonou o marido, ainda grávida dele e foi viver com o cunhado ( irmão do marido), e agora esse novo casal está tentando matar o ex dela para ficar com a casa de 7 milhões de libras. O fato é que o feto está ouvindo tudo e não está nada satisfeito com a ideia de vir ao mundo e não encontrar seu pai. Mas como um feto vai impedir um assassinato?
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Letra Capitular 25/07/2017

A casca de noz, resenha de Enclausurado de Ian McEwan
“Não são os parques temáticos do Paraíso e do Inferno que eu mais temo – brinquedos celestiais, multidões diabólicas -, e poderia viver com o insulto do esquecimento eterno. Nem me interessa saber se será uma coisa ou outra. O que temo é ficar de fora. Desejo saudável ou mera cobiça, em primeiro lugar quero minha vida, o que me é devido, minha fração infinitesimal de eternidade e uma chance confiável de me tornar consciente. Tenho direito a um punhado de décadas para tentar a sorte num planeta que gira sem o menor controle. Esse é meu brinquedo – a parede da vida. Quero dar uma volta. Quero vir a ser. Em outras palavras, há um livro que desejo, ainda inédito, ainda não escrito, embora já tenha início. Quero ler até o final a Minha história do século XXI. Quero estar lá, na última página”

O aclamado escritor britânico Ian McEwan, lançou em 2016 seu mais recente romance o “Enclausurado”, dono de uma extensa obra aclamada pela crítica internacional, laureado com alguns importantes prêmios literários entre eles o Booker Prize e o Whitbread Award; McEwan é um dos grandes romancistas do nosso tempo.

No Brasil a Companhia das Letras, nos brinda com a edição e publicação de suas obras. A sua mais recente traz uma grande história de paixão e crime, onde quem narra toda a história é um feto na barriga de sua mãe. Apesar da aparente estranheza que isso causa ao leitor, nas primeiras páginas o autor inova ao apresentar toda narrativa pelo olhar sobre o mundo de dentro de um útero.

Mesmo com a imobilidade do narrador McEwan apresenta uma tragédia shakespeariana, onde o feto descobre um plano de sua mãe e seu amante para matar o seu pai, para herdar uma mansão de 7 milhões de libras.

O corpo de sua mãe funciona como um radar onde o bebê consegue se relacionar e sentir o mundo a sua volta, captar sons, movimentos e emoções, sentir o inebriante vinho, se incomodar com as relações sexuais de sua mãe. McEwan consegue contar uma história envolvente e apesar da motivação pesada que o livro apresenta, – um projeto de assassinato – a história tem uma leveza e um sutil humor característico do mundo britânico.

Apesar do final do livro aparecer para min nas primeiras páginas, o texto de McEwan é surpreendente, sua história interroga nossa forma de viver, como observamos o mundo a nossa volta. O narrador observa um mundo que vai mal, e uma Europa vê refletida em um mundo de guerras e caos humanitário, ao mesmo tempo que tem fome de viver.

Com todas as características de uma grande história o enclausurado, um romance aparentemente simples, é uma leitura obrigatória!

site: https://letracapitularblog.wordpress.com/category/ian-mcewan/
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Josiane.Corsino 27/07/2017

Uma boa experiência de leitura ao mesmo desconfortável, inquietante...não encontrei humor em nenhuma página como muitos leitores encontraram. Ian foi longe demais ao submeter o narrador na condição de terrível impotência diante de tanta aberração humana...ouvir as tramas da própria mãe com o tio amante é de uma covardia sem limites com o narrador (no caso o feto)..a vontade é de fechar o livro, mas o desejo de saber o desfecho da estória é maior...realmente uma estória inusitada!
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gustavoclr 04/08/2017

Grande final
O livro começa bem chato. O narrador (um bebê dentro da barriga da mãe), é filho de um poeta, e talvez por isso ela faça tantas divagações da vida. Para quem gosta de um falatório bonito, vai dar 5 estrelas pro livro, mas eu que gosto de uma boa história, me vi entediado no começo. Uma vez que o livro avança e você se acostuma com o jeito de falar do narrador, a história lhe envolve. Com pontos altos ao longo da história, o livro mereceria apenas 3 estrelas se não fosse pelo final maravilhoso.
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Jess 31/08/2017

"Meu pai sorridente, o novo e difícil rumor de sua decência e talento. A mãe a quem estou ligado e fadado a amar e odiar. O priápico e satânico Claude. Elodia, a poetista que sabe escandir, dátilo digno de confiança. E eu, que covardemente me absorvi de buscar vingança, que me absolvi de tudo menos de pensar. Esses cinco personagens se exibem diante de mim, desempenhando seus papéis nos fatos tal como se passaram, e depois como poderiam ter se passado e ainda podem se passar. Não tenho autoridade para dirigir a ação. Só posso assistir."

Ele assiste e nos conta. Nosso narrador é um feto. Um narrador que sente, julga, opina, divaga e nos conta uma história. Os pais e os outros personagens que seriam os principais, são meio que coadjuvante nessa trama.

Eu vi esse livro em um quadro do Fantástico e achei a premissa tão boa: um feto que percebe adultos planejando um assassinato... fiquei uooou. Achei bem interessante e diferente de qualquer outro livro mas tive algumas dificuldades na leitura.

Estou acostumada a ler livros com uma escrita mais fácil e Enclausurado é mais pesado, tinha palavras que eu não conhecia.Também fiquei esperando uma reviravolta ou algo surpreendente acontecer mas quando você entra no livro, já percebe como vai ser o final. Alguns momentos também fiquei meio incomodada com o próprio narrador pois ele apresenta questionamentos muito maduros, e na minha cabeça assimilar aquele discurso com um feto não estava dando certo.

Avalio um livro de acordo meu gosto e minha experiência de leitura. Não achei o melhor livro do mundo, um livro que tenho vontade de reler e divulgar pro mundo mas gostei do desafio de ler, de conhecer uma história que parece clichê mas que teve seu diferencial. Gostei das críticas e posições do narrador. Depois que me ajustei com os pontos que critiquei, tive uma excelente leitura.

Enclausurado é um livro muito bom! Um bebê pra nascer, um pai, uma mãe, um amante, um assassinato. Vale a pena conhecer!

site: www.instagram.com/saymybook
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José 16/09/2017

O mais fraquinho de McEwan
Bom. Nada demais (menos que Amsterdã, menos que Reparação, no padrão de Sábado, de A balada de Adam Henry), mas ainda assim valendo muito a pena. O paralelo com Hamlet, o feto narrador (que sacada!), a capacidade de usar o tempo presente e fazer reflexões inusitadas (geniais), o final (sempre) muito bem construído. Ian McEwan nunca é óbvio.
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Monique @librioteca 12/10/2017

Bastante satisfeita com este meu primeiro contato com o trabalho do autor inglês Ian McEwan que, através de uma narrativa muito bem construída, divertida e bem humorada, nos leva a historia de um feto que se torna testemunha involuntária do planejamento de um crime, enfrentando assim diversas questões éticas e existenciais antes mesmo de nascer. Preso em sua “condição subjetiva”, o nosso feto/narrador nos envolve nessa premissa fantasiosa (inspirada na obra de Shakespeare: Hamlet) de vida e morte, sensibilidade e absurdo, nos lembrando a todo momento que mesmo imersos em nossos universos particulares, cheio de opiniões, e vontade, nem sempre podemos nos desassociar do todo vital do qual fazemos parte, desde do momento em passamos a existir nesse mundo, não é mesmo? Enfim, recomendo a leitura!!
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Josana.Baltazar 13/10/2017

Enclausurado
Muito bem escrito, adorei a abordagem .
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Diego.Levin 28/10/2017

Enclausurante
Leiam !

Inteligente
Humorado
Imperdível
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Leila de Carvalho e Gonçalves 02/11/2017

A Falha Trágica
Em "Enclausurado", Ian McEwan retoma um tema recorrente em seus livros de forma inusitada. O choque traumático da infância com o mundo frustrante dos adultos ressurge mordaz, entre trágico e cômico, destilando criatividade e fantasia.

Se você já leu "Hamlet", de Shakespeare, perceberá uma nítida semelhança entre ambas histórias. Não é por acaso que a novela abre com uma citação da tragédia: "Deus, eu poderia viver enclausurado dentro de uma noz e me consideraria um rei do espaço infinito ? não fosse pelos meus sonhos ruins".

Porém, ao contrário do atormentado príncipe, destronado pelo tio após matar o rei numa conspiração com a cunhada, McEwan escolheu um nascituro para protagonista e narrador. É ele quem ouve o planejamento do assassinato de seu pai, só que virado de cabeça para baixo e, praticamente, sem conseguir se mexer dentro do útero da mãe. Essa imobilidade é sua falha trágica e uma característica da dramaturgia shakespeariana.

Outra diferença é que ele não tem título de nobreza nem nome. É filho de um poeta e editor sem sucesso, John Cairncross, que presencia Trudy e Claude, respectivamente, sua esposa e seu irmão, viverem um tórrido caso de amor, sem imaginar que seu único bem, uma mansão de sete milhões de libras, faz parte dos planos do casal, aliás, um casal tão desprezível quanto Gertrudes e Claudius, os dois grandes vilões de "Hamlet".

O mais curioso é a sapiência dessa pequena criatura cuja verve eclipsa a leitura. Durante a gravidez, ele vem absorvendo inúmeras informações através dos podcasts que sua mãe escuta, logo, está sintonizado com o que acontece no mundo, conhece ciência e cultura assim como tornou-se um gourmand e refinado enólogo por conta do consumo exagerado de álcool que lhe chega através da placenta. Por sinal, essas constantes bebedeiras não parecem preocupar Trudy que também não demonstra o menor afeto pelo filho, ponto que o incomoda. Aliás, são inúmeras suas questões éticas e existenciais, dividido pelo amor, ódio e desejo de vingança. "Ser ou não ser", eis a questão.

Quanto aos comentários que McEwan apresenta um claro ataque contra o aborto, ele desmentiu essa ideia numa entrevista para o "Estadão", no último dia 25, até mesmo porque Trudy está no nono mês de gravidez e essa opção não faz o menor sentido.

Enfim, quem procurar em "Enclausurado", o autor de "Reparação" ou "A Balada de Adam" sairá frustrado. A novela não exibe a mesma dimensão sentimental, todavia, se você leu "Amsterdam" e "O Jardim de Cimento", reconhecerá o mesmo humor negro e olhar crítico crítica para a sociedade contemporânea. Com um desfecho impecável, eis um livro para ler, reler e aplaudir de pé.
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