Vamos Comprar um Poeta

Vamos Comprar um Poeta Afonso Cruz




Resenhas - VAMOS COMPRAR UM POETA


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Joyce585 30/06/2023

Comprarias um poeta?
Reflexões sagazes por meio de pequenas crônicas que formam uma história bem maior e nos faz perceber que apesar dos exageros, nossa sociedade não está tão distante daquela que aparece no livro. Comprar um poeta e observar as pessoas como se fossem meros números parece cada vez mais próximo da realidade.
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Monique | @moniqueeoslivros 29/06/2023

Vamos comprar um poeta
{Leitura 14/2023 - ?? Portugal}
Vamos comprar um poeta - Afonso Cruz
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Qual a utilidade da poesia na sua vida? Pode ser um tanto cruel pensar que a resposta talvez seja ?nenhuma?. É difícil imaginar uma utilidade prática para a arte. Mas, talvez, ela baste por ela mesma, e o mais importante seja pensar se a poesia precisa mesmo ser útil para ser essencial.
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O livro Vamos comprar um poeta, do escritor português Afonso Cruz, nos faz esse questionamento. Num mundo em que só o que pode ser medido, contabilizado e mensurado tem valor, uma menina pede ao pai que ele lhe compre um poeta. E a casa da família se transforma com o seu olhar.
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Nessa casa, moram o pai, a mãe e dois filhos ? um menino e uma menina. O pai é chefe de uma fábrica, o que faz com que ele tenha dinheiro suficiente para comprar um poeta (poesia não é pra todo mundo). Depois de escolhido na loja, o poeta é instalado em casa, no vão debaixo da escada, num divã. E começa a escrever. E a fazer pensar.
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O poeta provoca muitos sentimentos conflitantes nessa família tão ajustada ao capitalismo e que vive em busca de lucro. Numa sociedade em que as roupas possuem patrocínios, as pessoas são conhecidas por números e demonstrações de afeto são consideradas tolas, a poesia chega como um capricho de criança, e o poeta é um ser comprado em lojas, que passa o tempo lendo e escrevendo, o que é muito singular ali.
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A leitura e a poesia nos permitem imaginar. E a imaginação não é a utilidade da arte, mas sim o seu poder. Imaginar o lugar do outro, se colocar no lugar do outro, é o que faz, de fato, seres humanos serem humanos. E a literatura não precisa gerar lucro ? ou ser útil a alguma outra finalidade ? para ser importante e fundamental.
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Literatura é poder, e ler é essencial. Repito, então, a oração que aprendi com o poeta: ?Tenho milhas a percorrer antes de dormir.?.
JurúMontalvao 02/07/2023minha estante
?




Xico 28/06/2023

Numa sociedade dominada pelo materialismo, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação. É nesse cenário, onde cada espaço tem um patrocinador, cada passo é medido com exatidão, e até a troca dos afetos é contabilizada que uma menina pede ao pai um poeta. Essa é a premissa dessa obra fantástica criada pelo português Afonso Cruz um livro extremamente rápido de ser lido (pouco menos de 100 páginas), e carregado de bastante humor e uma ferida crítica ao mundo material. Afonso Cruz consegue com bastante leveza conduzir uma narrativa que nos faz pensar sobre a utilidade das coisas e o papel da arte em um mundo em que tudo precisa gerar lucro ponto final um livro aparentemente inocente, mas que faz pensar
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Jimsalabin 27/06/2023

Tenho milhas a percorrer antes de dormir.
Adorei esse livro
Pra mim foi mais um conto do que um romance
Ele é bem rapidinho

E é simplesmente um escritor defendendo a poesia
Sendo poeta (pelo menos tento ser rsrs)
Me senti orgulhosa
A historia é um ótimo exemplo do poder da poesia

E a sociedade distopica é bem colocada
Admito que gostaria de ter visto mais sobre a família no meio social

Quero ler mais livros do Afonso Cruz
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karolina 26/06/2023

muito bem, disse o pai, compramos um poeta.
"na loja havia poetas de muitos tipos, baixos, altos, louros, com óculos (são mais caros ), sendo a maior parte, sessenta e dois por cento, carecas, e sessenta e oito por cento de barba. [...] essas paragens são precisamente os momentos em que começam a fazer poemas nas suas cabeças. é um processo fascinante. não se irão arrepender de comprar um poeta."

esse livro se passa em uma sociedade dominada pelo materialismo, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação. nesse cenário, onde cada espaço tem um patrocinador, cada passo é medido com exatidão, e até a troca dos afetos é contabilizada, que uma menina pede ao pai um poeta

achei muitíssimo interessante, uma boa de uma critica social, vou dizer. e, apesar do livro ser em portugues de portugal, a leitura ainda sim foi bem fluída.

eu recomendo a leitura, fortemente. e abaixo, tem algumas frases que eu gostei muito do livro que vou deixar aqui:

- "um poeta é como quem sai do banho e passa a mão pelo espelho embaciado para descobrir o seu próprio rosto."

- "já que os estudos afirmam que os poetas vivem com pouca relação com a realidade e com quem os rodeia"

- "como é que o mar, tão grande, cabe numa janela tão pequena?"

- "estamos em crise, ó poeta. e ele levantou-se porque entrou uma mosca . foi atrás dela com o bloco e a caneta. [...] começou a torcer o esparguete até fazer a palavra ?bife?: prefere carne?"

- "aos poucos fui começando a perceber o que o poeta dizia e já não era uma algaraviada, ouvia efetivamente palavras. mas ainda passava muito tempo a tentar perceber aquelas mentiras. metáforas. metáforas? sim, confirmou o poeta.

- "sem metáforas, por exemplo, não é muito interessante falar. eu posso dizer que uma janela é uma janela, mas isso já toda a gente sabe. com a poesia posso dizer que uma janela é um bocado de mar ou uma cotovia a voar. mentiras. Por vezes são as únicas verdades. tem de concordar, ó vate, são mentiras."

- "vocês não percebem que eu estou a acumular cultura? para quê? para montes de coisas. montes? isso é uma quantidade? gasta um bocadinho connosco para demonstrar o valor da transação. irritei-me e respondi, muito agressiva: a cultura não se gasta. quanto mais se usa, mais se tem."

e é isso, não abandonem seus poetas em um parque, e boa leitura ?
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Cakki 26/06/2023

Se não fosse pelo colegio nem saberia que esse livro existe!
Um livro rápido de se ler e uma otimo distopia
Amei o fato do nome das pessoas serem números
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Laiane 24/06/2023

Que livro interessante, sensível, inteligente e certeiro.
Nessa obra distópica, a sociedade apenas valoriza e vê sentido naquilo que é utilitário, material, e menospreza a subjetividade, o poder criativo, as metáforas.
Na história tudo é marcado e qualificado por números, até mesmo as pessoas,os seus nomes, e os seus sentimentos.
Os poetas podem ser comprados, assim como objetos, pois são vistos como seres pitorescos.
Entretanto, durante a leitura, percebemos que a obra mostra que o mais importante são as coisas imateriais, e a arte para o acréscimo da sociedade.
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mimist 23/06/2023

Precisamos de mais poetas!
Já parou pra pensar em um mundo sem arte? Sem literatura? Sem poesia? Já parou pra pensar no caos que seria?

Agora imagina que você vive em um mundo onde absolutamente tudo é contabilizado, a quantidade de comida que você come, de água que você ingere, da água que você gasta no banho e até mesmo o afeto. O afeto é uma coisa que você tem que pensar bem antes de demonstrar, porque nesse mundo afeto não gera lucro, chega a gerar até um certo prejuízo.

Esse é o mundo que Afonso Cruz criou no livro "Vamos Comprar um Poeta". Um dos livros mais rápidos e mais incríveis que já li.

Basicamente tudo é contabilizado e tudo gira em torno de lucro, não sendo muito diferente do mundo em que a gente vive, né? E essa é a parte triste desse livro: a grande semelhança com a realidade.

Ao invés de as pessoas terem animais de estimação, elas possuem artistas. No caso da família da protagonista, resolvem comprar um poeta. Em um mundo que nada está em contato com seus sentimentos, como deve ser viver com um poeta em casa? Que reflete absolutamente sobre tudo e que consequentemente nos coloca para refletir também sobre a importância da arte na nossa vida.

Uma obra incrível, rápida e espetacular! Simplesmente amei.
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Elisa.Campestrini 23/06/2023

A utilidade da poesia
?O que é aquilo, ó poeta?
Uma janela.
Parece uma frase, talvez um verso.
É uma janela. Tem vista para o mar.
Li a frase de vinte e três letras. Dizia assim: Como é que o mar, tão grande, cabe numa janela tão pequena?"

Gostei muito do livro, e vale a pena ler o apêndice que traz reflexões muito interessantes sobre a cultura e o papel da poesia na sociedade.
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Priscila385 22/06/2023

Legalzinho
Essa leitura foi recomendada pra minha irmã de 10 anos, achei a ideia geral interessante e li também.
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Taina 18/06/2023

Leve
Uma história leve e descontraída sobre a questão da utilidade e inutilidade. Ela se passa numa sociedade ficcional onde se discutem a aplicabilidade do trabalho do artista e do poeta.
A história é engraçadinha, mas as reflexões do posfácio é que trazem uma conclusão profunda e certeira - e que acabam por justificar o texto. Particularmente, pretendo levar pra vida as considerações finais do texto.
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Fernanda 16/06/2023

Muito bom
Um livro bem gostosinho de ler e bem rápido também. Apesar de não ser um livro grande, achei que contou a história muito bom e sendo bem direto, gostei muito de acompanhar a evolução da personagem que narra a história em detalhes pequenos ao longo da trama.
Giovana.Jobim 21/06/2023minha estante
Finalmente leu, fe!




Carlinha 13/06/2023

Foi uma leitura bem leve e gostosa, eu tava num momento meio parada com as leituras e foi muito bom pra retomar.
Os capítulos são bem curtos então vc vai lendo e nem percebe.
O apêndice no final enriquece muito a história, acho que termina de fechar o livro sabe.
Super recomendo!
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rosas_moving_castle 12/06/2023

Curtinha pois to com sono
Eu achei esse livro cirúrgico demais, a maneira que ele escreve e conta a historia e incrivel nada q eu tenha visto em outro autor

todas as analises sobre por que fazer arte? por que consumir arte? oq a arte muda na nossa vida?

juro foi uma leitura sensacional e se puder pretendo comprar o livro pra poder reler sempre q precisar de uma motivacao pra continuar fazendo arte
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Italo 11/06/2023

Curtinho, divertido, poderoso em sua simplicidade
Um livro curtinho, que dá pra ser lido de uma vez só. Os capítulos são bem pequenos e não há muitos personagens. Parece que tudo nesse livro é feito pra ser fácil.

Ao final da história há um apêndice que enriquece muito a leitura.
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