Vamos comprar um poeta

Vamos comprar um poeta Afonso Cruz




Resenhas - VAMOS COMPRAR UM POETA


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Bia Guimares 22/03/2023

Recomendo!
Eu gostei muito desse texto! Não é tão fácil de ler, mas é rápido e me fez refletir bastante.

O texto mostra um sociedade que só se importa com números e com a economia, uma sociedade na qual os artistas são vendidos como animais de estimação.

O que ficou pra mim: a arte não precisa ser útil, mas ela é muito importante, ela transforma, ela salva!

Recomendo muito essa leitura!!
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Steph.Mostav 07/11/2021

A utilidade do inútil
A premissa desse livro é realmente muito boa: criticar a lógica de lucro e consumo aplicada a todos os âmbitos da vida, desde o profissional ao pessoal, passando também pela arte. Se arte não tem valor para o mercado, escultores, pintores, escritores no geral e poetas em específico não tem utilidade alguma além de adornos para famílias que buscam um substituto para animais de estimação (que também não tem valor para o mercado). O que é afeto, o que é amor, o que é beleza, o que é ficção para quem busca dinheiro acima de tudo? Isso mesmo, nada. Tudo aquilo que nos faz humanos, que faz a vida ter um significado profundo e importante emocionalmente, nada disso tem valor para o capitalismo, para a produção e utilitarismo acima de todas as coisas. A cultura, a literatura, os laços de amor e amizade são inúteis num sentido material e não podem ser mensurados por conta disso, e é neste infinito que eles preenchem nossa existência do que seria apenas um vazio dominado pela exploração e pelo mercado. É a ficção que nos permite imaginar um futuro no qual as desigualdades e as injustiças sejam atenuadas até desaparecerem, assim como é através da imaginação que criamos aquilo que ainda não existe, que pode ou não ter uma utilidade prática.
Quanto ao enredo, ele é bastante simples e até previsível, o que decepciona um pouco comparado com o potencial que nos é apresentado na sinopse. A melhor parte do livro é o apêndice, infelizmente bem curto, que discute com um pouquinho mais de abrangência as discussões que a história apenas levantou em suas poucas páginas.
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Jp.S 19/11/2021

A IMPORTÂNCIA DA POESIA
Um livro qua recomendo para qualquer um, até para aqueles que não curtem ler poesias, este livro lhe trás a percepção que a poesia esta em tudo, que ela é importante e divertida, ela é suave e incorpora toda a nossa responsabilidade comunicativa, que nela a riquezas muito maiores que ser direto e realista, que falar pouco não traz nada de novidades constantes e que o afeto não é nada sem a poesia, como um escritor fico agraciado por aprender mais sobre esta perspectiva que já me domina, que aprendo com ela, que não vivo sem cultura ou que sou agora um realizador cultural, por fim é uma leitura necessária para todas as reflexões e respostas futuras
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Carol Martins 23/06/2022

Sobre o inutilismo e outras coisas
Um livro rápido, interessante e com uma linguagem própria. Não sei descrever bem o que senti lendo essa história, mas é interessante, nos fazer pensar um pouco sobre as coisas importantes da vida, sobre coisas e inúteis, consumismo, capitalismo exacerbado e por aí vai. Acho que nem todo mundo vai gostar, mas realmente é interessante.
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Monique @librioteca 10/10/2021

Valorizemos a arte...
Nessa sátira de uma sociedade distópica, os afetos são precificados, os artistas são transformados em “animais de estimação”, e a cultura é entendida como uma inutilidade. Alguma relação com a realidade que vivemos? Ao meu ver... toda!!

A cada dia que passa estamos mais à sombra dos números e da razão, vivenciamos a desumanizando do outro e sentimos o crescimento da valorização do supérfluo. Além disso, a ignorância daqueles que se recusam a olhar o outro, parece que se alastra na surdina, matando (literalmente) o que há de melhor em nós, numa escalada escabrosa em um mundo cada vez mais bizarro.

Pois bem, vivendo nesse mundo em estágio terminal, se ainda temos a capacidade (e privilégio) de ver além, então, é nosso dever resistir e exaltar o lugar, e a importância, que a cultura deve ocupar na sociedade. Afinal, a arte é o que representa a valorização do imaterial, é o que alimenta a nossa alma, e é a esperança que ainda nos separa da barbárie.

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Fabi 07/01/2021

?É na inutilidade que está o altruísmo e aquilo que o ser humano considera naturalmente mais nobre?. Que conto maravilhoso! Recomendo a todos, é uma ótima reflexão de vida!
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Marcella.Salmazo 25/04/2021

terminei e amei! livro curto (96 paginas) mas poderoso. de uma sensibilidade incrível, que fala sobre o utilitarismo da vida.
estamos sempre focados em cifras, em produtividade, que deixamos passar as coisas simples. nos forçamos a não dar valor no que não produz - não seriam esses os vagabundos? o livro mostra uma sociedade que conta tudo, passos, metros, litros; e descarta o afeto, a arte e tudo o que for contraproducente. mas como em toda sociedade, existem os rebeldes. e eles vão salvá-la.
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babi 07/03/2021

forte e complexo
achei muito legal a ideia da história, representa muitas coisas do nosso cotidiano que as vezes passam despercebidas. adorei a forma de divisão do livro e como a história flui rapidinho, li em uma sentada.
recomendo pra quem quer uma leitura rápida com um bom senso crítico
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Mila Campos 05/07/2023

"A cultura não se gasta. Quanto mais se usa, mais se tem."
"Vamos comprar um poeta" tem uma escrita fluida e envolvente, que nos leva a uma reflexão profunda sobre o valor da arte e da cultura em meio a uma sociedade tão voltada ao materialismo. O autor expõe esse triste cenário cada vez mais recorrente em que a sociedade valoriza mais os números e lucros do que a arte.

O livro narra a história de uma família que decide "comprar" um poeta para viver em sua casa com o objetivo de trazer um pouco de sensibilidade e humanidade para o cotidiano. Essa premissa já nos mostra a criatividade absurda do autor ao abordar o tema de uma forma tão original e instigante.

Além da crítica social tão bem explorada, "Vamos comprar um poeta" também exalta a importância da arte como uma forma de resistência e transformação. O livro nos mostra que, ao esnobar a arte e a cultura, estamos deixando de lado uma poderosa ferramenta para lidar com as adversidades da vida e para enxergar o mundo de forma mais profunda e significativa.

P.s.: não abandonar os poetas nos parques.?
Kai 05/07/2023minha estante
quero leerrr




Livia Lucas 22/10/2020

Este livro veio a mim como um afago em dias turbulentos. Estava estressada, preocupando-me com números e pensando se conseguiria alcançá-los. Mas, despretensiosamente, iniciei essa leitura gostosa e rápida numa tarde que permiti pausar o reboliço que virou a minha mente nos últimos dias. Ao escolher este livro fui me deixando levar pelas metáforas do poeta comprado, enxergando a beleza do mundo através das palavras, com seus vários significados e sentidos para além das definições do dicionário.

A estória se passa num universo distópico em que os números e a racionalização exacerbada ganham um espaço elementar na composição da narrativa, mostrando a característica capitalista e utilitária daquela sociedade, em que as pessoas quantificam até sentimentos e as mínimas demonstrações de afeto, as quais são tão corriqueiras em nosso cotidiano real. Basicamente tudo é mensurado, a preocupação das pessoas nesse mundo ficcional é a economia, a taxa de juros, o lucro, o consumismo, a bolsa de valores. A arte é reduzida a "inutilidades", como se a cultura não fosse útil para a formação do caráter do indivíduo e tampouco importante para termos uma interpretação mais sensível sobre as coisas ao nosso redor.

A narrativa é feita por uma criança, que não demonstra a ingenuidade e a curiosidade que é tão comum na infância, por ser totalmente influenciada pelos números e por essa racionalidade. Porém, quando a menina convence seu pai a lhe comprar um poeta - que são vistos como animais de estimação -, ela acaba se transformando em uma também, interpretando o mundo através de rimas, metáforas, hipérboles, brincando com as várias mutações das palavras, e assim, entra no mundo da "inutilidade" da arte por influência das reflexões ambíguas do seu poeta.

Quem dúvida que a arte tem o poder de transformação? Ela nos molda e nos ajuda a resolver questões, e até mesmo nos deixa mais alegres. Vivemos numa sociedade imediatista e utilitária, esquecemos que a importância da cultura, que ultimamente vem sofrendo - principalmente no Brasil - com ataques constantes. E "Vamos comprar um poeta" é uma crítica a isso. Um livro que indico a todas e todos.
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Le Vieira 13/09/2023

Inutilidades
Não sei se posso classificar esse livro como uma distopia, mas uma sociedade em que tudo é definido pelo seu valor lucrativo e a cultura não tem sua importância reconhecida com certeza é um cenário pós apocalíptico.
Trazendo esse contexto combinado a uma escrita fluida e divertida, esse livro me fez lembrar da importância da poesia em minha vida. Não consigo sequer me imaginar vivendo como os personagens dessa história, que por sinal apresentam um excelente desenvolvimento.
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Dudu Menezes 11/03/2022

"Nunca se abandona a poesia; nem num parque, nem na vida"
Eu não queria apenas recomendar esse livro. Eu queria poder distribuí-lo para todas as pessoas possíveis. Convidar elas a se sentarem, comigo, em um banco de uma praça qualquer, para reencontrar - ou, talvez, encontrar pela primeira vez - os seus "poetas abandonados".

"Vamos comprar um Poeta", de Afonso Cruz, é um livro incrível! Certamente farei uma resenha para o canal do Sujeito Literário no YouTube, mas a sensação que eu tenho é que mesmo gravando o vídeo não vou conseguir esgotar tudo o que gostaria de falar sobre a obra.

A cultura liberta! A poesia liberta! Afonso Cruz, liberta! Sentar, em um banco de uma praça, liberta. Mas, para isso, é preciso conseguir olhar para além do número de carros e pessoas que por lá transitam. Enxergar adiante da distância que existe entre todos, os passos que gastamos para nos aproximarmos, ou nos afastarmos; enfim, todos os cálculos que fazemos, de forma inconsciente, e que nos aprisionam.

"Os que tenham ido
Olhando firme, ao reino outro da morte
Recordam-nos - se tanto - não como perdidos
De almas violentas, mas apenas
Como homens ocos
Os empalhados" (T.S. Eliot)

"Eu celebro a mim mesmo,
E o que assumo você vai assumir,
Pois cada átomo que pertence a mim pertence a você" (Walt Whitman)

"Tenho milhas a percorrer antes de dormir..."

Curiosamente, hoje, antes de ir trabalhar, "acordei" - se é que dormi - com uma frase na cabeça. Se era poesia, ou não, eu não sei, mas agradeço ao Afonso Cruz , porque certamente era uma inutilidade.

Tenho dormindo mal, ultimamente. Ontem não conseguia parar a leitura. E isso me fez bem. A primeira coisa que me veio à cabeça quando tive que dar jeito de começar mais um dia e ir para o trabalho foi que:

-Depois de tantas noites dormindo mal, eu NÃO preguei os olhos e, finalmente, pude sonhar...

Leiam!
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Taina.Cardozo 21/11/2022

Leitura divertida, mas sem perder a crítica
Muito bom! Recomendo a leitura para todos que acham que só precisam da matemática e do português, que as outras disciplinas são desnecessárias. Mas recomendo esse livro principalmente para aqueles (iludidos) que acham que só a economia importa! Não vou me aprofundar muito nessa resenha, vou deixar que você, leitor curioso, se divirta com a escrita tão leve e irônica que me encantou nesse livro ?
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Madu lea 13/12/2022

O livro trabalha com uma sociedade onde tudo é contabilizado, inclusive a braços e beijos.

O poeta neste livro vai nos trazer uma visão de mundo onde nada e contabilizado e por conta da sua forma de escrever o artista ira ajudar a família a se unir novamente.

Senti muita empatia com o protagonista e amei como o autor trabalhou com o fato de ele ser uma criança em meio aos adultos que estão ocupados demais com os problemas.
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