ana bia 08/04/2023
Depende de onde a história começa
Tá, vamos lá.
Descobri essa série nas bookredes e fiquei muito ansiosa para começá-la e, até o penúltimo livro, fiquei encantada com o universo.
Contudo, como nada é perfeito, veio a primeira percepção: não me conectei o suficiente com o roteiro da história. Entendi que era algo mais poético mas, mesmo assim, conforme os volumes continuavam a autora só adicionava coisas novas, maldições novas e personagens novas sem, na minha visão, explicá-las de maneira apropriada. Por que aquele desfecho do pai da Blue? E o tal demônio, o que ele era? A volta do Gansey foi muito emocionante, mas Cabeswater disse que criou algo próximo de um ser humano, então, o que mudou nele sem ser aquilo que ele disse no final? "A miscelânea de emoções que nenhum ser humano sentiu de uma vez só"? Não entendi direito, mas pode ter sido uma falha de interpretação minha.
Os personagens são ótimos, todos eles com suas particularidades e desafios, mas terminaram juntos e unidos com uma amizade mais pura e verdadeira. E, mesmo assim, não entendi a entrada no Henry nesse círculo...o lance da semelhança entre ele, Blue e Gansey. Achei meio...apressado e forçado esse lance da confiança. Deve ter algum sentido que não consegui captar.
Gostei muito da ideia de todos serem protagonistas dependendo de onde a história começava, combinou perfeitamente com o "tempo circular das linhas de ley".
Acho que o que quebrou a experiência pra mim foi a maneira como o livro foi escrito, achei pouco dinâmica, lenta e enrolada. Não me encaixo muito nesse tipo de escrita, a leitura deixou de ser prazerosa e tornou-se uma tortura para mim.
Enfim, amo Gansey e Blue, Adam e Ronan, bem como seus finais. Não é minha série favorita, nem de longe, mas tive alguns raros momentos de alegria, ansiedade e expectativa em determinadas cenas.