Mandy 02/04/2023
Particularmente achei que os personagens, e até os acontecimentos em si, demoraram um pouco para evoluir e isso tornou a leitura um tanto desinteressante no início. Porém, ainda que tardio, a partir da metade do livro as coisas se tornaram mais interessantes, os acontecimentos passaram a instigar e surpreender.
A história trata muito das relações humanas, a infidelidade, problemas conjugais, egoísmo, ganância, desejos e, principalmente, a valorização dos bens materiais.
Algo muito diferente, que acontece em poucas leituras, é trazer como uma das personagens principais algo inanimado. Aqui, o centro de todo o enredo gira em torno de uma única coisa: a Casa Espanhola. E é justamente por ser alvo de interesse ou ter algum tipo de relação com todos as pessoas da história que ela é a grande responsável por aflorar do lado sombrio ao mais bonito, trazendo à tona o que cada um tem dentro de si.
Embalada pela melancólica, emocionante e linda melodia do violino de Isabel Delancey, a narração inteira é totalmente fiel à realidade, escancarando o lado ruim do ser humano e do que ele é capaz para conseguir o que quer. Em contrapartida, também reforça que ainda há bondade em qualquer lugar que seja e, claro, fazendo jus ao título, traz, ainda que em meio a todo o caos, o amor.