Angel Sakura 26/04/2017Resenha do Blog Eu Insisto.com.brO que dizer deste livro que eu não esperava nada, mas que conquistou meu coração? Eu comecei Um Amor para Lady Johanna despretensiosamente, olha essa capa e me diz se dá pra levar a sério? Queria uma leitura leve, com 100% de certeza de final feliz e foi isso que encontrei, porém com muito mais. Esse era um livro bem escrito, com alguns pensamentos profundos e questionamentos coerentes, posso dizer que valeu cada segundo que passei com ele. Já quero tudo dessa autora na minha mesa pra ontem. Existem autores que são assim, do nada já chegam se instalando e dizendo que vieram pra ficar, e eu estou feliz por isso. Sinceramente, eu quero recomendar esse livro pra todo mundo. Não é o mais perfeito ou o mais original, mas, por Deus, como foi divertido.
“Obediência não é submissão.”
Esse é um romance de época, leitura que em geral eu gosto por não ser tão complexa. É quase sempre uma diversão culpada, mas vem desse estilo os livros que eu mais releio. Este livro é protagonizado pela bela e jovem Johanna, que trás consigo uma história trágica. Ela é viúva, mesmo sendo nova, e está sendo levada para seu segundo casamento. Johana não gosta muito da ideia, já que seu primeiro casamento foi um inferno cheio de abusos psicológicos e físicos. Começamos o livro com um padre dando um sermão sobre o amor de Deus e como as mulheres estão lá embaixo, abaixo dos animais pra dizer a verdade. Daí eu pensei, pronto mais um livro pra eu pensar em como seria queimada na fogueira no passado, mas pasmem o livro dá uma lição sobre como, nós mulheres, somos maravilhosas, além de dar um show sobre empatia entre mulheres. Então, o rei John (que era apenas o maior desocupado do mundo) ordena que a Johanna se case. Para fugir da escolha do Rei, o irmão da jovem faz uma proposta irrecusável para um escocês e casa sua irmã por lá. É claro que vemos algo estranho, vejam só, não é comum um rei se intrometer na vida de alguém assim e ficamos curiosos com os motivos pelos quais ele quer tanto quer Johanna perto dele. Graças ao irmão, Johanna consegue fugir das mãos do rei e ter a chance de criar uma vida nova neste novo lugar.
“- Minha irmã teve acesso a alguma maldita informação secreta, e John não quer que seus pecados do passado retornem para assombrá-lo. (…) É um quebra-cabeça, MacBain, mas quanto mais eu reflito sobre isso, mais me convenço de que meu rei, na verdade, tem medo do que Johanna sabe”
Gabriel é um bravo guerreiro escocês que não suporta ingleses. Super normal, já que eles estavam sempre lutando pelas terras da região. Gabriel é líder de dois clãs, os MacBain e os MacLaurin. É complicado porque apesar de eles terem o mesmo líder, ainda se mantém como dois clãs diferentes. Visando o melhor pro seu povo Gabriel aceita o casamento, mesmo que isso signifique ter uma inglesa em seu clã, em sua cama e em sua vida. Com a Lady Johanna, Gabriel leva também as terras desejadas. Bom negócio, e ele fica bem feliz ao perceber que a moça também era agradável aos olhos. Gabriel é um amor de pessoa, mas eu me irritava com a capacidade de mandar a Johanna ir descansar. CARACA, pára mano. Ela é humana e é capaz de fazer alguma coisa além de cumprir seus ideais do que uma mulher deve fazer. Além do machismo forte dele, que eu apenas perdoei porque quando era necessário ele apoiava a mulher. Porém, tirando esses defeitos ele era um cara bem aceitável, que não seria capaz de machucar uma mulher e era respeitoso de forma que não era ofensivo. Eu gostava do fato dele poder aceitar quem a Johanna era e lhe oferecer a segurança que ela tanto precisava.
“Johanna — Estou convencida de que cada mulher tem a responsabilidade de ajudar às outras. Quando uma de nós sofre, acaso não sofremos todas? [..] — Os que fazem as leis são os homens, não as mulheres. Dizem-nos que são eles que interpretam as idéias de Deus, e nos consideram tão ingênuas a ponto de acreditar. Não somos inferiores. — disse, com convicção — Como mulheres, temos que permanecer unidas. (…)
— Comecemos por nos ajudar entre nós. — explicou Johanna — Mais adiante, quando tivermos filhos, os ensinaremos a amar e respeitar uns aos outros. Tanto os homens quanto as mulheres foram feitos a imagem e semelhança de Deus.”
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