Walney 11/07/2021
Inquietação
O autor magistralmente vai narrando a história, que assombra, inquieta e faz pensar, perderíamos nossa humanidade nas mesmas circunstâncias? A estrada se mostra um caminho sem fim, sem começo e sem destino real é mais a dura experiência que é a vida, sempre em constante transformação. então teremos o seguinte enredo, caminhando por uma estrada o Pai e seu Filho tentam sobreviver ao mundo que se transformou, buscando comida, escapando do frio e dos "caras maus", da fome e das surpresas, os dois encontram uma mansão de carnívoros assassinos e uma casa que é sua salvação, por estarem quase mortos de fome, as perguntas do filho têm muito sentido, apesar de, as vezes, incomodar e é esse incomodo do livro que faz ele ser interessante, depois de encontrarem abrigo, seguem novamente pela estrada.
Depois de acharem um abrigo subterrâneo com mantimentos, precisam abandoná-lo e seguir na estrada, encontram outros que nem sempre são bons, os perigos e as perguntas são muitas e a luta pela sobrevivência constante, o menino muitas vezes atrapalha, mas o pai pacientemente tenta poupá-lo da culpa ou de sua inocência, nesta jornada em busca de esperança, abrigo, comida, em fuga do frio, das incertezas e do inesperado, caminham pela estrada que os prende e liberta, chegam ao litoral depois de alguma dificuldade, encontram um barco que é sua salvação, pois encontram outros viveres, são roubados e mostram os erros da humanidade, mas também a compaixão, as perguntas continuam incômodas, mas são necessárias para não se perder, quem realmente somos ou queremos ser. A morte no caminho é inevitável, mas a esperança chega na estrada para um novo inicio de incertezas.