Resenhas - A Garota Da Terra Do Vento

Mateus 31/05/2011

Quanto mais pensamos que novos livros não irão nos surpreender, mais aparecem livros capazes de tal feito. A Garota da Terra do Vento, primeiro volume da série Crônicas do Mundo Emerso, nos traz um livro totalmente original, com personagens únicos, capazes de nos entreter e emocionar de uma maneira não esperada. Este poderia ser um livro do gênero fantástico dentre vários outros perdido em uma estante, mas sua personagem principal é tão fascinante que tal coisa é impossível de ocorrer.

Uma personagem nunca foi tão detalhada, caracterizada e, por assim dizer, dissecada, como Nihal, a personagem principal deste livro, foi durante o desenrolar da história. Em toda a leitura podemos perceber que Nihal é uma grande guerreira, mas não uma guerreira qualquer: tem coragem, sabedoria e lealdade, mas acima de tudo tem defeitos, vários defeitos que às vezes até se sobrepõe às suas qualidades. Este é sem dúvida a chave da originalidade do livro.

Durante todo o tempo Nihal é jogado de um lado para o outro em suas emoções. Quando tem certeza de suas convicções na vida, algo novo ocorre e percebe que não tem mais certeza de nada. Quando se apega a alguém, essa pessoa é arrebatada de suas mãos para nunca mais voltar. E com isso a história vai fluindo, ao lado de Nihal e seus feitos, uma garota predestinada a grandes coisas mas que primeiro deverá entender porque existe a guerra e por quais motivos deve participar dela.

A Garota da Terra do Vento tem uma linguagem ao mesmo tempo diferente e simples, como se estivéssemos lendo um livro muito antigo. Os acontecimentos são cheios de ação e aventura, com um leve toque de romance e drama por trás de tudo que faz com que as coisas fiquem ainda melhor. Os personagens secundários, como Fen, Senar, Soana, Ido, dentre vários outros, são um pouco apagados pela personalidade forte de Nihal, mas mesmo assim são bem explorados. Talvez nos livros seguintes suas histórias sejam melhores caracterizadas. E é por isso, dentre outras coisas, que meu interesse pela série Crônicas do Mundo Emerso cresce cada vez mais.

Kely.Borges 21/01/2023

No início foi estranho, e no final parecia que eu estava no início
Aqui vemos a famosa jornada do heroi, mas não apenas isso, Nihal a nossa personagem principal mostra a sua evolução, saindo de uma adolescente mimada para uma garota, que por conta de vários fatores, acabou se tornando uma adulta rápido demais.
Devo lembrar que esse livro foi escrito nos anos 2000, mas especificamente 2006 e nessa época os livros de fantasia tendo uma personagem feminina como principal de toda a trama era bem incomum, porém não impossível. A história toda te prende, mesmo não entende nada no início, como todo bom livro de fantasia acaba por fazer, porém uma questão que me pegou muito foi o modo como os personagens interagem entre si. É muito tu pra cá, vós pra lá, parece até que eu tinha voltado para as aulas de português e estava aprendendo a usar os pronomes e os verbos kkkkk.
Por isso achei bem estranho, pois lembrava que já tinha lido outro livro da mesma autora e não tinha nada desse tipo de linguagem, talvez eu esteja ficando louca e esse caso seja mais um efeito Mandela que foi condicionado a minha memória de Dory, ou talvez não.
Contudo, a linguagem além de ser um dos pontos negativos para mim outro problema que acabei encontrado ao longo da leitura foram as birras que Nihal fazia, seja por algo bem simples ou algo grandioso e até mesmo culpar o seu passado por agir daquela forma.
Óbvio que toda a jornada do herói vai ter alguns problemas, mas nesse caso a Nihal é o problema em grande parte do livro. Porém, indo mais para o fim vemos como ela está se tornando mais madura e saindo dessas birrinhas e picuinhas que vimos ao longo de todo o livro. Sem dúvidas eu fiquei com mais vontade ainda de ler toda essa saga de Nihal e suas aventuras por todo mundo emerso. Por fim não posso esquecer daquele que já cativou o meu coração e será o próximo a ter um livro só seu, meu caro Senar.

Tiago.Guedes 17/11/2023

Mimada guerreira
O que dizer de Nihal neste primeiro livro da série crônicas do mundo emerso? A nossa protagonista se vê em meio a uma guerra no qual sua raça foi completamente dizimada ( soube depois pois foi criada por humanos). Durante sua jornada ela conhece muitas pessoas que lhe auxiliam a lutar e aprimorar suas habilidades, mas a agourenta vê boa parte morrer.
Um fato que me deixou puto com relação a protagonista é o fato birrento dela, uma rebelde, sem controle emocional que culpa o mundo por tudo e justifica suas ações por ver os terrores do mundo, como se todos os outros não tivessem sofrido nada pior.
A leitura é muito fluida e gostosa, mas Nihal não me cativou em nenhum momento, está mais para a garotinha bruta que só dá justificativas para fazer merda.

Marlos 12/07/2021

Um clichê bem contado.
É o primeiro livro de uma saga, onde uma jovem de origem misteriosa é conduzida pelos acontecimentos a enfrentar um tirano que busca dominar seu mundo por meio do ódio.

O livro não é original, traz diversos elementos presentes em outras fantasias, como a heroína que tem um segredo que a torna diferente e acima da média; o povo élfico retratado como decadente; e um tirano, outrora membro de um alto conselho de magos que traiu a confiança dos seus iguais, enganando-os.

O modelo de enredo me lembrou muito a saga "O Ciclo da Herança", fato que me cativou.

Adorei o fato de ser uma jovem heroina, pois até então, nos que havia lido, o protagonista era um menino.

Senti falta de acompanhar mais a empreitada da jovem Nihal durante seu treinamento e aprendizado.

Mas no geral gostei bastante!

Claudia 30/06/2021

Uma sobrevivente...
Essa história é bem diferente. Uma menina que quer ser guerreira e tem muito talento para isso desde pequeninha. Ela descobre aos poucos sobre a amizade, amor, família e além de tudo, percebe que a guerra não é só lutar e pronto. Há muitas coisas por trás de tudo. Uma mistura de drama e fantasia incríveis... Do jeito que eu gosto. Vou pro próximo para descobrir o que mais essa menina vai fazer nesse mundo louco que ela vive.

aqueleguii 07/07/2010

Um novo mundo...
Criaram-se tantos mundos, que poucos acabaram conhecidos. Tolkien, Lewis, Rowlling entre tantos outros autores e autoras, trataram de inventar cada detalhe, cada ponto no meio daquelas terras inexploradas.

Licia Troisi pode não ser tão brilhante, mas cria uma história ótima, de fácil leitura e com uma personagem extremamente cativante. Nihal definitivamente é íncrivel.

A história vale a pena e a vontade de continuar a ler é enorme. Nesse primeiro livro das Crônicas do Mundo Emerso, não faltam ocorrências para que você queira continuar.

Ótima pedida.

Lu 21/11/2010

Adorei!
Acompanhar a jornada de Nihal para se tornar um guerreiro foi uma experiência fascinante! Assim como o mundo criado pela Licia Triosi. Rico, perigoso, cheio de criaturas estranhas. É como uma excursão de férias para um lugar fantástico e cheio de conflitos. Um mundo em guerra. E não menos envolvente.

A narrativa não é muito complexa e poderia até ser um pouco mais detalhada. Mas é envolvente o bastante para deixar o leitor entretido por horas a fio, sem se cansar. E ansioso para saber o que vai acontecer nos volumes seguintes.

Destaque também para os personagens, que conseguem comover tanto pela doçura (Phos, Senar, Jona), quando pela arrogância (Supremo General da Academia). Além, é claro, da protagonista, Nihal.

Apesar de passar boa parte do tempo querendo dar uns cascudos na protagonista cabeça dura, não pude deixar de simpatizar por ela. Nihal me lembra um pouco a Katniss (de Jogos Vorazes) no que se refere à coragem, à independência. Mas é infinitamente mais vulnerável. E nem por isso é uma dessas mocinhas molengas que se vê por aí. CoffEverBloomcoff!!

Uma avenura fantástica para nenhum fã do gênero botar defeito!

Livro recomendado!

Cih @cinthyan.leu 14/07/2021

Uma fantasia espetacular!
Ok,vamos começar já com o elefante da sala? Rocco se você está lendo isso por favor REVISE ESSA TRADUÇÃO!
A tradução é mais do que péssima,está totalmente automática,parece google tradutor. Os diálogos parecem estar com dialetos ou em uma linguagem tão estranha que em 1800 seria extremamente estranha! Além de ter frases que não fazem sentido tbm,e palavras traduzidas incorretamente,o primeiro diálogo do capítulo 20 é um exemplo disso? Mondo Emerso e Mondo Sommerso acabaram na tradução brasileira como uma coisa só e fez o diálogo PRINCIPAL e entrada pro próximo plot do livro dois ser totalmente entendido de modo incorreto!
Ou seja,a história obviamente perde leitores ai!

Sobre o livro? o universo da autora é maravilhoso e impecável! Cavaleiros de dragões são meu ponto fraco,eu confesso,mas aqui funcionam maravilhosamente!
A parte política consegue ser totalmente fiel a uma história medieval desde suas partes boas,até suas partes podres e corruptas! O universo mágico é fantástico e detalhado! As batalhas são incrivelmente bem descritas.

Este não é um livro como a maioria dos leitores atuais tem encontrado! Não é um livro com milhões de plots,os acontecimentos são muito mas são narrados de forma lenta e fluída,no estilo Tolkien,Martin ou Rothfuss! Pros amantes de alta fantasia é um prato cheio!

Falando em Rothfuss a jornada de herói,que aqui é na verdade de uma heroína,me lembrou muito a do personagem Kvothe em O Nome do Vento? Nihal iniciou a história como uma criança que sonhava em lutar,e que se viu diante dos seus sonhos do modo mais devastador!
Os preconceitos e a hostilidade que ela sofre durante a sua entrada a academia pra treinar pra ser uma cavaleira de dragão foram mto semelhantes ao de Kvothe? pena que Nihal diferente do Kvothe não soube reagir e se tornou uma criança mimada que não sabe lidar com os próprios sentimentos!
Mas no final senti seu crescimento e espero grandes coisas dela nos próximos livros!

Senar,vimos mto pouco dele,mas o pouco que vi já amei e tbm espero grandes coisas dele! Aos outros personagens secundários todo são espetaculares,até os construídos pra que nós os odiemos!

Me senti apaixonada por tudo (tirei uma estrela pela tradução de merda) e estou ansiosa pelos próximos livros!

Tulliu Cardia 30/01/2009

Não gostei desse livro. Muito chato e sem graça. Aquela história sem sal nem açucar, que vc vai lendo só pq começou. Nihal é simplesmente horrível. Para ela nao tem lei, faz o que quiser, e só faz merda. Livro ruim.
Nao recomendo

Madelyne 06/09/2010

Me surprendeu...
Comprei a série do Mundo Emerso, por dois motivos, gosto do tema fantasia e o preço estava realmente convidativo, mas me surpreendi...

O autora pode-se dizer seguiu a linha do Senhor dos Anéis, mas colocou no papel principal uma mulher, uma heroína. Até por aí nada de muito estranho nos dias atuais, mas no decorrer da narrativa, haverá o conflito entre a o papel feminino esperado e guerreira, o que é interessante e inteiramente verdadeiro, para todas mulheres q se aventuram fora dos parametros habituais.

Outro ponto interessante no livro é a seriedade q a guerra é tratada, o livro mostra toda a dor que advem da guerra, e apesar de nem sempre termos a opção de escolher entre a paz e a guerra, esta sempre cobrará um alto preço.

Livro q é indicado para o publico juvenil, mas que tb pode servir de lição para adultos.

Recomendo a leitura.

Dani 21/11/2021

Heroína atormentada
-> Disponível no Kindle Unlimited :)

"Os guerreiros não choram, os guerreiros não têm medo"

O Mundo Emerso é assolado pela guerra contra o Tirano, que já dominou cinco das oitos terras livres, mas a Terra do Vento ainda vive distante dessa realidade. É lá que cresce Nihal, uma jovem de características peculiares que passa seus dias brincando de guerra, seu sonho é se tornar um guerreiro. Até que a realidade chega subitamente na vida de Nihal, forçando-a a deixar cedo demais a sua infância.

Apesar da linguagem da narrativa ser "formal", uma linguagem meio medieval de mundo de fantasia, a escrita é direta e fluída. A história irá abordar a infância e adolescência de Nihal, e os acontecimentos no mundo vão se agravando conforme esse tempo passa. Esse é o primeiro livro de uma trilogia, ele é introdutório, mas não deixa de ser interessante.

Um dos pontos que me conquistaram nessa história é a trajetória que Nihal percorre ao longo dos anos e sob o cenário de um mundo tão interessante quanto o Mundo Emerso. Nihal quer ser um guerreiro, é determinada e tem talento, mas está longe de ser perfeita, ela ainda é muito nova e ingênua, tem medo, é arrogante, e não sabe muito bem o por quê dela querer lutar. Tudo isso é natural pela pouca idade da garota, e se agrava pelas descobertas que ela irá fazer e pelas situações pelas quais irá passar.

Outro ponto legal do livro são os demais personagens que passam pela vida de Nihal: Senar (de inimigo para melhor amigo), Soana (a maga), e Ido (o mestre cavaleiro de dragão). De longe o Ido é um dos melhores personagens do livro, além de ser o único gnomo cavaleiro de dragão, ele dá uns tapas (metafóricos) bem dados na Nihal, e faz ela questionar seus impulsos e motivos.

Esse é uma das minhas histórias favoritas, e para quem gosta de alta fantasia com dragões e guerreiros é uma boa escolha de leitura. O único defeito desse livro é a capa, horrível, e a edição da Rocco que deixa a desejar (folhas brancas, etc.), mas no Kindle Unlimited dá para ler ele de boa.

Liddy 15/11/2010

Se eu disser que tive vontade de matar a protagonista dessa história alguém vai ficar com raiva de mim? O.o

A Nihal era promissora. Ela seria uma protagonista briguenta e independente, sem falar que seria um dos raros casos em que o personagem principal não é bom em tudo o que faz. O problema veio com o perfil psicológico da personagem e a forma com que a escritora colocou isso no papel.

Tudo bem a Nihal tem características mais humanas, ela é falível, isso eu entendi... mas a atitude dramática dela, de achar que apenas ela sofre no mundo inteiro foi egoísta demais.

E o Senar? Ah, no começo ele parecia tão interessante... mas então ele se dobrou e ficou parecendo um cachorrinho. Onde está a iniciativa desse homem!? Os dragões então?
>.<

Noturninha 04/12/2014

Decepcionante :(
Finalmente consegui terminar esse livro! Raramente faço resenhas, mas quando faço é para falar muito bem ou o contrário. Eu era doida para ler essa série, mas pelo visto, criei expectativas demais.
A história é muito boa. O Mundo Emerso é bonito, a história é interessante, mostra um povo bem diversificado com humanos, ninfas, semi-elfos, dragões. Mas, infelizmente, o livro não foca tanto na história. Mas nada que fizesse a gente se perder. Muito pelo contrário, a gente consegue viver bem o mundo que se passa.
Mas aí vem os pontos negativos: A começar que o livro é escrito em segunda pessoa. Pode ser irritante no começo, pois não estamos acostumados, mas depois se torna normal. Mas sei que muita gente pode desanimar com isso.
No entanto, Nihal é a personagem mais irritante que já conheci depois de Bella Swan. Eu não sei qual foi a intenção da autora em relação a protagonista, só sei que não me pareceu que ela conseguiu passar a personagem como gostaria. A gente vê Nihal desde o 13 at.é os 17, então acompanhamos o crescimento. Mas eu, sinceramente, não vi tanto crescimento assim.
Nihal é uma guerreira, mas não age como tal. Ela é prepotente, teimosa, egoísta, mimada, birrenta e imatura. Tudo o que um guerreiro não deveria ser. Ela desobedece milhões de ordens, não consegue manter a bunda no lugar, coloca a vida de muita gente em risco apenas para conseguir cumprir seus próprios caprichos.
A seguir, alguns SPOILERS de leve:
Primeiro, ela se apaixona a primeira vista por um homem e se torna insuportável. Em umas 5 páginas, ela já está apaixonadíssima e isso não me convenceu.
Segundo, ela decidiu que queria aprender magia. Encheu o saco, foi, aprendeu e durante o livro, isso foi deixado de lado. Parece até que ela só quis aprender por capricho, por falta do que fazer, pois você quase não a vê usando seus poderes.
Terceiro, o que ela teve que fazer para conseguir provar que ela era capaz de ser um Cavaleiro de Dragão foi RIDÍCULO. Acredito que algumas pessoas pensem que tudo o que ela fez é sinal de uma garota persistente. Pra mim, foi sinal de menina birrenta e mimada, que consegue tudo o que quer, na hora que quer. Imaturidade para alguém que quer tanto ser uma guerreira.
Quando ela, finalmente, consegue um mentor decente, ele coloca na sua cabeça nada mais que a verdade. Ele briga com ela, humilha, tudo para que ela aprenda. E vê-la humilhada me fez feliz, pois ele dizia tudo o que eu queria dizer para ela.
No entanto, ele dá ordens, ela não obedece, se ferra por isso e NÃO APRENDE COM OS ERROS. Isso se repete mais de 5 vezes enquanto estava com este mentor e mais de 10 vezes durante o livro. Caramba, será que ela não é capaz de pensar? Ela não tem respeito por ninguém e isso é irritante. Ela não tem consideração por ninguém. Até um dragão teve que sofrer com a persistência de menina mimada de Nihal.
Nihal acha que só ela sofreu, que só ela tem sede de vingança, que só ela viu o mundo horroroso, ela é o centro do universo. Ela jamais olha além do próprio umbigo.
A única parte boa do livro foi lá pras últimas 30 páginas, que foi quando a personagem foi se encontrando.
Não tenho vontade de continuar a série. Pois pegar um livro de 320 páginas e só gostar de míseras 30 páginas é desgastante.

Lore 13/07/2021

Afinal a jornada do herói de difere da jornada da heroína
Eu não sei pq esse livro não teve hype. Na verdade eu tenho minhas suspeitas: Lícia Troisi não faz parte de nenhuma panelinha literária, não tem hot, não tem 10 plots por capítulo. Você precisa apreciar o livro, entender que ele é o começo de uma jornada linda pela busca da centralização das mulher com a guerreira.

É bonito e é gostoso ler a história da Nihal, que começa como uma criança de 13 anos e evolui para uma p*t@ duma mulher. Ela erra e não tem a perfeição da heroínas que eu vinha lendo até agora. Como é bom ver que a adolescência foi levada em consideração na construção dessa personagem, que ela não é uma heroína que do nada vira a pessoa mais sábia e estrategista do mundo.

AGORA A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: O QUE A ROCCO ARRUMOU NESSA TRADUÇÃO????

Fabricio~Raito 10/09/2010

Agradável surpresa.
Confesso que, antes de conhecer a história de Crônicas do Mundo Emerso, não colocava muita fé, tampouco a capa me chamou a atenção (diferentemente de várias outras pessoas). Porém, me vi envolto numa história agradável, instigante, e mesmo possuindo um caráter mais infanto-juvenil, já ganhou a minha admiração. Sem contar que Histórias Medievais não faziam tanto o meu tipo, mas agora já subiram mais um degrau no meu gosto.

Nihal, a protagonista desta primeira trilogia, é uma guerreira por excelência. Desde criança gosta de batalhar, de criar confusão e de manejar espadas. Na sua adolescência, este desejo se torna quase que incontrolável (reforçado por motivos pessoais que vocês saberão ao ler), e no decorrer de fatos tristes e um tanto quanto clichês, Nihal parte em busca de realizar seu sonho: se tornar um Guerreiro Dragão.

Não dá para ignorar eventos e passagens pra lá de "batidos", assim como as milhares de vezes que Nihal chora. É um pouco incoerente uma pessoa que quer se tornar um guerreiro, para se vingar, se mostrar tão frágil e chorar desenfreadamente ao ser chamada a atenção. Mas taí uma moeda, com suas duas faces: ao mesmo tempo que os leitores mais críticos desaprovam este fato, é através dele que podemos, de fato, ver o amadurecimento da personagem, que no meu ponto de vista, foi bem detalhado. Ao contrário de algumas histórias que o protagonista deseja se tornar um herói, nunca viu uma espada, e no próximo capítulo já destruiu o vilão mais forte de todos os tempos.

A trama é recheada de personagens cativantes, batalhas e momentos críticos, que vão, pouco a pouco, traçando o destino de Nihal. A leitura é agradável, apesar de termos e jargões não muito utilizados. O espirito da história é bem jovial, o que reflete na maneira como a autora expõe os pensamentos. A descrição dos reinos e paisagens é satisfatória, dando uma oportunidade de imaginar as várias cidades do Mundo Emerso, cada qual com suas características próprias.

Crônicas do Mundo Emerso é a primeira trilogia, de três. Seguida pela Trilogia da Guerras do Mundo Emerso e depois pela Trilogia Lendas do Mundo Emerso.