Cris 30/12/2020Amor, família e amadurecimento "Eis o que mais eu aprendi: idade não garante sabedoria, da mesma forma que não garante inteligência. (...) Algumas pessoas nascem com capacidade para se tornarem sábias, outras não, e em outras ainda a sabedoria parece evidente mesmo numa idade precoce." Pág. 16
Russel vive uma vida confortável ao lado da esposa, Vivian e da filha de 6 anos, London.
Ele tem um bom emprego, uma boa casa, e um bom relacionamento com sua família.
Apesar disso, ele tem um sonho de abrir sua própria agência de publicidade, e devido ao fato de estar insatisfeito com seu chefe, ele resolve largar tudo e trabalhar por conta própria.
Esta decisão acaba afetando profundamente seu casamento, ele passa a viver de economias, o negócio não vai como ele esperava e Vivian decide voltar a trabalhar.
Por conta do novo emprego, que exige muitas horas de trabalho e viagens a trabalho, Russ se vê sozinho com a filha, e precisa aprender a lidar com todas as dificuldades de se criar uma criança enquanto tenta fazer seu negócio alavancar.
A narrativa do Nicholas Sparks sempre me conquista de cara, as histórias que ele escreve me faz ficar entretida logo nas primeiras páginas.
Russ é o típico bom moço: é romântico, apaixonado, dedicado e gentil. Ele é tão bonzinho, que deu raiva durante a leitura por ele não se impor em muitas situações.
Enquanto Vivian se mostra uma personagem muito egoísta e esnobe, foi difícil me colocar no lugar dela.
O livro me surpreendeu porque na verdade, não é só uma história de amor, mas sim, uma história familiar. Tudo gira em torno da família, e do amor que Russ sente por sua filha. Foi interessante ver um homem lidando com as tarefas domiciliares enquanto a mulher trabalha fora.
É muito bonito de se ver como o personagem amadurece ao longo da história. E também achei que o autor abordou muito bem as dificuldades de um casamento e de se viver em família. Indico muito pra quem gosta de um romance mais adulto.
A história segue um rumo que eu não esperava e como sempre, ele me arrancou muitas lágrimas no final.
"Em outras palavras, a culpa nem sempre é inútil. Ela pode nos impedir de cometer o mesmo erro duas vezes." Pág. 164
site:
https://www.instagram.com/li_numlivro/