Jaguadarte0 01/02/2024
"Ninguém nasce mau, assim como ninguém nasce sozinho...."
Da pra dizer que cada livro de Rainha Vermelha tem um ritmo diferente um do outro. O primeiro é mais frenético, o segundo é mais contido e o terceiro é ambos. A Prisão do Rei da ênfase ao relacionamento de Maven e Mare, nos revelando mais sobre o vilão dessa história, por assim dizer. Embora todo o momento em que Mare está presa seja tediante, os diálogos e interações que ela tem com Maven são de extrema importância, dando mais camadas não só pra relação de ambos, como para o personagem dele em sí.
Não quer dizer que não haja momentos de tensão. Ocorre que o livro agora é narrado por Mare, Cameron e Evangeline. Na visão de Mare temos apenas monólogos e interações com Maven e alguns prateados. Na de Cameron podemos ver um pouco o lado político da Guarda Escarlate e o embate de ideologias e objetivos lá dentro. Já na de Evangeline, temos não só uma visão de como é ser uma prateada nobre em meio a todo aquele caos, como também descobrimos mais sobre a personagem.
Em suma, é um livro que traz muitas novidades para a saga, novos pontos de vista, novas revelações e etc. Mas isso é feito em um ritmo muito flexível, diferente do primeiro livro que conquistou tanta gente. Aqui o ritmo muda, aqui os momentos de tensão não são apenas em batalhas, mas em discussões e decisões políticas. Essa mudança de narrativa pode afetar negativamente a experiência de muitos leitores, e eu entendo o desgosto deles. Contudo, ainda assim acho que é o livro da saga que mais se sobressai até então.