Cris Rosseto 09/01/2020
A resenha de hoje é sobre o livro Piano Vermelho do autor Josh Malerman, eu já havia tido contato com o trabalho desse autor anteriormente com o livro Caixa de Pássaros, porém confesso que a leitura não havia me agradado, então somente tomei coragem para ler Piano Vermelho, após uma indicação e muita insistência da minha prima. E sinceramente gostei bastante deste livro.
Detroit, ano de 1957, Philip Tonka, um músico, veterano da 2ª Guerra Mundial, após anos de serviço militar na banda do exército, agora divide-se entre o estúdio de gravação e a vida de civil. Juntamente com Duane Noles, Larry Walker e Ross Robinson formaram uma banda chamada “The Danes”.
Ao término da 2ª Guerra Mundial, os Danes conseguiram emplacar vários sucessos musicais, no entanto após alguns anos a banda caiu nos ostracismo, e agora dedicam-se ao lançamento de novos músicos, porém a vida desses jovens músicos muda drasticamente após a visita de um oficial do exército dos Estados Unidos.
Esse oficial traz uma proposta para que a banda trabalhe novamente para o governo dos Estados Unidos, os Danes juntamente com outros oficiais do exército norte-americano, o principal motivo da missão é a investigação e a localização de um som que está sendo emitido em algum lugar do deserto da África, e a única coisa que se sabe sobre este som é que são ondas extremamente altas que afetam desde os seres humanos e até mesmo o funcionamento do armamento bélico.
O grupo aceita a missão, porém justamente durante sua execução, algo acontece e a narrativa nos leva a Philip bastante machucado no hospital, não sabemos o que aconteceu com Philip, com a missão ou com seu companheiros.
O autor consegue manter um ritmo de suspense durante todos os capítulos, assim como no livro Caixa de Pássaros a narrativa é bem fluída, em terceira pessoa, já os pontos de vistas alternam-se entre Philip no hospital, Philip durante a missão e o da enfermeira Ellen, sendo que esta é responsável pelos cuidados de Philip no hospital, desta forma tendo ela uma participação muito importante durante a trama.
De um modo geral gostei do livro, só gostaria fazer uma consideração, o final do livro foi bastante corrido, do inicia à metade do livro havia uma narrativa bastante detalhada, já durante a narrativa final, os acontecimentos foram ocorrendo sem muitas explicações ou com explicações muito breves, mas mesmo assim gostei muito da leitura.
“O som é mais uma inundação do que uma reverberação. Mais como alguma coisa vindo em sua direção do que uma música. Como se o ar através do qual a canção viaja estivesse chamuscado, enegrecido, deixando uma trilha tão larga quanto o estúdio, e, talvez, quando toda a cidade além daquelas paredes.”
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