spoiler visualizarVânia 15/08/2017
Rosemary Beach #12
Capitão é um personagem que apareceu de "paraquedas" na duologia anterior, história do casal Mase e Reese.
Ele trabalhava administrando os novos restaurantes de uma rede de steakhouse da família Stout. Apesar de ser bom nisso, ele era uma pessoa inquieta, não gostava de ficar em local de aglomeração e já planejava terminar com aquele projeto, entregá-lo nas mãos do filho de algum figurão, para tocar o negócio, e partir. Queria abrir um bar para pescadores em alguma praia remota.
Não havia nada que o prendesse a Rosemary Beach.
Sua única família era sua meia-irmã Blaire (e aqui abro um parênteses: oh série para ter meio-irmão aqui e acolá!) e o sobrinho, mas ele poderia visitá-los de tempos em tempos.
Também não tinha uma parceira fixa.
A gerente do restaurante, Elle, com quem ele transava, achava que tinha-o sob seu poder, mas ele não estava nem aí para ela.
E para completar sua vontade em querer partir, havia uma certa empregada do restaurante que fazia com que ele se lembrasse de algo de seu passado. Algo bom, mas que havia terminado de forma trágica.
Sim, ele não via a hora de se mandar de Rosemary Beach.
Rose era baixinha - muito baixinha! -, tinha cabelos ruivos e se escondia atrás de um enorme óculos.
Trabalhava no restaurante com afinco. Ela tinha uma filha de nove anos para sustentar, Franny, que era todo seu mundo. E exatamente por causa da filha, ela havia chegado em Rosemary Beach.
Franny vinha perguntando sobre seu pai. Rose nunca havia mentido à filha algo sobre o pai estar morto, mas antes, ela realmente não sabia onde poderia encontrá-lo. Até que descobriu.
Mas antes que se achegasse a ele, proclamando que ele tinha uma filha, Rose queria ter certeza de que ele era digno de obter essa informação.
Como eles não se viam há dez anos, ela pintou os cabelos, colocou um enorme óculos no rosto e se candidatou ao trabalho.
A presença de Rose incomodava Elle, que vivia pegando no pé dela e reclamando com Capitão da necessidade de ela ser mandada embora. E apesar de Rose lembrar ao Capitão o que ele havia perdido, ele achava injusto mandar embora uma boa empregada apenas porque Elle sentia ciúme.
Mas, a verdade veio à tona.
Nesse meio tempo, Brad, chef do novo restaurante, se encanta por Rose e começa o seu plano de conquista.
Mas quando River descobre quem Rose é, ele não deixaria brechas para que Rose partisse de sua vida mais uma vez.
Além disso, como mostrado na duologia anterior, River "Capitão" guarda um outro segredo de seu passado: seu real trabalho.
Esse trabalho tem a ver com a paz de espírito na vida de Reese; com a relação dele com Major (primo do cowboy Mase) e pode, de maneira abrupta, fazer com que Rose e Franny sejam alvo de uma vingança.
Era matar ou morrer...
Sobre essa história...
Ainda tentando entender o objetivo deste livro...
Vamos lá.
Na história do casal anterior, Mase e Reese, a gente fica sabendo que a mocinha sofreu abusos por parte do padrasto.
O pai dela, Benedetto DeCarlo, uma espécie de mafioso de Chicago, volta à vida dela e dá um jeito de que esse pedófilo pague pelo que fez à sua menininha.
Esse "pagamento" veio através de Capitão.
Bom, então aqui, a gente fica sabendo qual era a real profissão dele.
A história de vida de River é contada neste livro através de várias memórias.
A mãe dele havia surtado com a separação dela e o marido. Na verdade, mais do que isso, ela passou a ser viciada em remédios e álcool. O marido até mesmo já tinha uma outra mulher, com filho, e não fez nada pela ex-esposa, que a cada dia piorava em suas atitudes.
River era filho único, até que Addy, uma menina vinda do foster care, é trazida para sua casa e fica sob sua proteção.
Os dois crescem juntos - a diferença de idade não era tão grande, ainda que River fosse muito alto para sua idade e Addy, muito baixa.
A cada vez que a mãe tinha um surto, descontava em Addy suas frustrações. River a escondia e conseguia acalmar a mãe.
Mas um dia, o surto foi forte demais e River viu a mãe chegar em casa toda ensanguentada, não dizendo coisa com coisa a respeito do que havia feito com Addy.
Desesperado e sentindo-se culpado, River some no mundo.
Sua vida acaba por esbarrar na de Benedetto e, a partir dali, não existia mais River, e nascia o Capitão.
Dez anos à frente, querendo construir mais uma vez uma nova vida, ele se depara com alguém que o faz recordar da garota que ele não conseguiu proteger; da garota que ele amou...
A história até é interessante, mas alguns pontos tornaram-na cansativa... para mim.
Primeiro, o vai e vem das lembranças. Presente-passado; presente-passado... aff... Chato isso.
Depois, sobre o antigo trabalho dele... Essa parte do enredo tinha tudo para ser a grande sacada da história porque, afinal de contas, esse foi o ponto principal do qual Capitão foi apresentado nos livros anteriores, Então, por que neste livro ele foi tão pouco explorado?
Quando chegou na hora da ação mesmo, a cena dá um pulo e, de repente, o cara já está no hospital? Assim, do nada?
Como disse em resenha anterior, a autora sempre gosta de colocar uma "perua" chata e manipuladora nos livros.
Mase foi premiado com duas em sua vida, a meia-irmã, Nan, e sua prima.
E por falar em Nan, o próximo lançamento é sobre ela. FINALMENTE.
Neste livro aqui, ela não aparece, mas é mencionada, para justificar como se dará sua história, e que ela ficará em meio a um triângulo amoroso.
Relendo as resenhas da série, percebi que fui perdendo o entusiasmo. Talvez porque não vi necessidade em certos livros, ou, outros, que tinham tudo para serem ótimos, se perderam no meio do caminho.
2 estrelas.