Em Nome dos Pais

Em Nome dos Pais Matheus Leitão




Resenhas - Em nome dos pais


74 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5


joaoaranha 08/08/2021

Ótima Saga. Necessária Rememória.
Terminei de ler, num domingo de manhã, "Em nome dos pais", de Matheus Leitão, pela Intrínseca, em que conta a saga do jornalista para entender e esclarecer a saga de tortura e violência que seus pais (Miriam Leitão e Marcelo Netto), além de vários outros militantes do Partido Comunista do Brasil no Espírito Santo, sofreram pelas mãos da ditadura militar no Brasil.

A história é contada de forma que nos leva a mergulhar nela com muita facilidade. Ao mesmo tempo, nos presta um serviço extremamente importante, de pôr à tona essas histórias, de várias que aconteceram nesse período tão nefasto de nossa história - mas que não deve ser esquecido jamais, para que nunca mais volte.

Em tempos onde temos uma ruptura da democracia acontecendo aos nosso olhos (com quem está no poder), histórias como essa se fazem cada vez mais importantes. Leitura muito boa e muito reflexiva.

Recomendado.

comentários(0)comente



Noemy.Nayara 27/07/2021

O livro é narrado em uma linguagem clara, contando fatos históricos de maneira muito envolvente.

Matheus nos conta a história não apenas dos seus pais, mas parte da história do Brasil.

A narrativa nos é apresentada assim como foi ao autor, portanto, é intercalada entre o passado e o presente.

Deixando várias perguntas sobre os acontecimentos da ditadura, e curiosidades sobre o desfecho da história.

Como ele irá descobrir os responsáveis por condenar e torturar seus pais na prisão.

As descrições das torturas que eles sofreram são terríveis e de partir o coração.

Em pensar que nosso país passou por tantos horrores e não falamos disso o suficiente para ainda ter pessoas defendendo o regime militar.

O interessante é que durante o livro você pode ir pesquisando sobre os fatos e tendo ainda mais conhecimento.
comentários(0)comente



ericahmachaddo 18/07/2021

Necessário
É um livro pesado apesar da escrita ser fácil. Livro extremamente necessário. "Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repetí-lo".
comentários(0)comente



GreiceLague 10/07/2021

Senti a necessidade de fazer seguidas pausas durante a leitura, os relatos de torturas e agressões psicológicas foram demasiadas intensas ao meu ver. Um livro extremamente necessário, cheio de fatos históricos e pontuações interessantes do autor que me fez analisar não só a ditadura militar mas também no meu íntimo pessoal.
comentários(0)comente



Rodrigo.Yugi 26/06/2021

Em busca de um passado
O autor corre em busca de resgatar um passado doloroso para ele e para sua família. Um relator honesto e tocante.
comentários(0)comente



Kammler 10/05/2021

Uma face da história
Matheus Leitão se propõe a contar a versão dos fatos vividos pelos presos políticos da ditadura, mais específicamente seus pais. Como toda história, mostra uma das verdades, sendo que o livro em si mostra a faceta da esquerda e as incertezas, injustiças e punições vividas por quem esteve envolvido com o partido comunista ao fim da década de 1960 e início da década de 1970.

O relato muitas vezes íntimo me provocou inúmeras sensações: dor, lágrimas... um texto com caráter auto jornalístico que representa muito bem uma busca incansável de um filho apaixonado pelos pais.

O final me doeu intensamente. É o fim de uma história que não acabou, que nunca foi terminada. Ficou como ferida aberta pra mim, da mesma maneira que deve ter ficado em Miriam, Marcelo e Matheus.

Não é um dos livros que eu considero ?indispensável? na vida de alguém, mas definitivamente um livro que eu recomendo. É uma história real, intensa e com muitos aprendizados.

É uma visão majoritariamente esquerdista sobre o regime militar, mas uma visão necessária. Aos curiosos sobre o tema: deixo minha indicação. Leiam o livro de ?Mateus? Leitão
comentários(0)comente



Marcus.Dionizio 04/05/2021

Revoltante
"quando não expurgamos violações de direitos humanos, um ex-militar acusado de ter estuprado uma presa política indefesa durante a ditadura pode levantar a dúvida de que ela mentiu. Isso em sua casa de praia, sem nunca ter enfrentado um julgamento."

Narrado em primeira pessoa, a obra apresenta a busca do autor pela história dos pais, que foram presos e torturados pela ditadura militar no Brasil.

Matheus é muito corajoso e não tem medo de enfrentar os possíveis torturadores de seus pais. As entrevistas são incríveis.

Livro difícil de ser digerido pela quantidade de absurdo que o ser humano é capaz de fazer. Mas extremamente necessário para sempre nos lembrar de nunca mais aceitarmos nós submeter a tais violações de direito.
comentários(0)comente



vivimaciell 01/05/2021

Em nome de todo uma geração
Eu já conhecia a história de prisão e tortura da Miriam Leitão, mas esse livro é muito mais do que isso é um mergulho em memórias duras e sofridas, que precisam ser lembradas, ditas e conhecidas. Como jornalista, eu aprecio muito o self journalism, é isso Matheus faz com maestria.
comentários(0)comente



Vicenza Marques 20/04/2021

Livro Necessário
Bom, o livro é bem tenso e cheio de detalhes da ditadura brasileira, por isso não recomendo ler ele com pressa; irá precisar de umas pausas no meio para digerir tudo o que aconteceu com as vitimas da ditadura.
Achei que o autor, deixou um pouco o enredo muito arrastado, lento e angustiante e, as vezes, cansativo; porém acredito que essa tenha sido a intenção.
Eu recomendo esse livro a todos que tem curiosidade na historia do Brasil e que acha que não existiu ditadura, entender o que aconteceu é de suma importância principalmente nos dias de hoje.
LEIAM E REFLITAM
comentários(0)comente



Eliz 12/03/2021

Ditadura
Relato forte, embora não seja o mais dramático que já li sobre o período. O final é simbólico e um triste retrato de como encaramos nosso passado, como nação: não há dialogo
comentários(0)comente



danda 14/12/2020

Em nome dos pais foi um livro um tanto difícil de ler... Embora o autor tenha narrado a história de forma amenizada é impossível não se sensibilizar tanto com os jovens que sofreram torturas como as angústias do autor na busca por respostas.
O livro de forma geral traz uma narração muito interessante de forma não linear dos fatos somada a uma perspectiva positiva não dos acontecimentos mas do crescimento espiritual que a busca por respostas levou o autor e seus familiares.
comentários(0)comente



Bruna 07/12/2020

Raiva, medo, angústia, revolta e admiração
Obra que inspira, porque não fala só do passado, mas também do presente e do futuro, por conta das consequências daquele tempo extremo que não deve ser esquecido e nem retornar, jamais.
comentários(0)comente



Marta Araújo 12/10/2020

Conta a história de uma família e também a história do nosso país! É envolvente, bem escrito e trás reflexão!
comentários(0)comente



Karla 27/09/2020

É nossa história também
Matheus Leitão escreveu neste livro parte da história dos pais, a história dele e a do Brasil, que é a nossa história também. É um livro emocionante, que embrulha o estômago em muitas partes, mas traz ambiente de paz em muitos outros. É também uma história de perdão. Matheus conta os detalhes da busca pelo passado dos pais quando foram presos e torturados pela ditadura militar. Este livro é mais um documento que nos mostra a importância de o nosso País reconhecer o que aconteceu naqueles anos e punir os responsáveis. Eu espero um dia ainda ver isso acontecer.
comentários(0)comente



Douglas | @estacaoimaginaria 13/08/2020

Um relato necessário sobre uma parte da nossa história
Ao som de “Cálice”, de Chico Buarque e Milton Nascimento, eu iniciava e terminava a leitura de “Em nome dos pais”, de Matheus Leitão. Assim como a música, eu só “soube” desse livro no ano passado, até que o comprei. Desde que tinha lido sobre, ainda mais pelo autor ser filho da jornalista Míriam Leitão, pensei: preciso ler esse livro. E, como a música de Buarque e Nascimento, o livro de Leitão é uma viagem à história do Brasil, mais precisamente, do regime militar.

E a obra “nada” mais é do que a busca de um filho para entender o passado da vida dos pais, Marcelo Netto e Míriam Leitão, vítimas da ditadura militar e do seu terrorismo praticado por 21 anos, a partir de 1964, quando aconteceu o golpe. O livro “Em nome dos pais” é resultado de uma série de investigações, entrevistas e outros mecanismos para chegar à verdade, começando pelo delator de dentro do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), que resultou na prisão do casal, e outros militantes, na década de 70, ponto de partida da história de Matheus, que entrelaça presente e passado.

Os relatos do autor começam com ele contando como começou a ouvir palavras como “perseguição” e “prisão”, quando ainda era pequeno, proferidas pelos pais, aos sussurros. A palavra “tortura” só veio depois… mas esse é o início, como aquilo acabou se tornando uma missão para ele, ao longo dos anos, a partir de algumas conversas com o pai, com aquilo que conseguia “pescar” antes de o pai, principalmente, dar por encerrada a rememoração do passado – ainda mais um tão marcante, mais pela violência, mas também pela resistência a um regime totalitário.

Matheus Leitão mostra a ditadura enquanto conta a história dos pais, a partir do que ouviu e investigou ao longo de anos. Isso, somente, já mostra uma profundidade enorme do livro, com uma carga emocional e ao mesmo tempo um capítulo da história do Brasil sendo contado, diferente dos livros de história, por exemplo.

Para tanto, ele reconta como foi uma das frentes da esquerda na luta contra a ditadura, nesse caso, em Vitória (ES), berço do pai Marcelo, e depois de Míriam – e mais de 40 anos depois, destino do próprio Matheus em busca da verdade. E esse é apenas um capítulo desse período perturbador, que muitos hoje pedem a volta ou o chamam de revolução – até porque esses não sentiram na pele o que foi o regime.

Em certos momentos, o autor chama seus pais pelos respectivos nomes, narrando suas ações. Para mim, isso representa uma tentativa de se afastar da história, tentar ser o mais “imparcial” possível, mas ainda assistir relatar o que seus pais viveram. Então há um diálogo interessante entre a história e o emocional, e a pessoalidade, se é que me entendem. E ainda assim foge do subjetivismo, porque há a história e os fatos.

Há partes mais densas para ler e outras mais instigantes, com diálogos. Sendo um livro de memórias e sobre um assunto tão forte como a ditadura, principalmente todos os horrores dela, é de se imaginar que será uma leitura mais “devagar”. O que não é em nenhum ponto negativo. E essa é minha leitura. Para outras pessoas pode ser diferente. Mas há algo nesse livro que se aproxima muito de uma estrutura narrativa de um romance, e isso ajuda muito na leitura.

O autor consegue equilibrar muito bem ao contar a história do pai, contar a história da mãe e contar parte da história da ditadura, revelando nomes e protagonistas daquele tempo – como o tal delatador e militares que teriam participado da tortura dos pais. Aliás, acho que esse é o ponto principal da obra. É a busca de Matheus pela verdade, iniciando por Foedes, o delator, seguindo pelo capitão Guilherme e outros militares. Há diálogos emocionantes e reveladores, em ambos casos.

Aliás, eu me emocionei muito lendo essa obra. Em diversos momentos, senti certa angústia, conhecendo os fatos ao mesmo tempo que Matheus… e o que mais me marcou é que uma das partes mais emocionantes foi, justamente, a conversa do jornalista com um militar que estava lá na época que Míriam e Marcelo foram presos – e torturados. Esse trecho foi o mais sensível, na minha visão.

Outro ponto importante é que Matheus Leitão nos mostra um pouco do seu trabalho jornalístico, e também como era ser jornalista na época dos pais, aos 20 e tantos anos, a partir dos relatos de Míriam, principalmente. O trabalho da imprensa, que sofria censuras à todo instante. E consigo me colocar no lugar deles, confesso. Me vi lá, tendo sensações parecidas, tentando lidar com tudo isso. Espero não termos que lidar com isso novamente.

Ou seja, ao passo que é uma obra que nos mostra apenas um capítulo da história, é uma aula de jornalismo investigativo, que resultou nesse livro. Há os relatos de tortura, física e psicológica, como agiam os militares na época, a volta às prisões, sem falar na “casa da morte”, cenário de crueldades inimagináveis. E há métodos jornalísticos que o levaram às suas descobertas – como o jornalista precisa agir, certos momentos, para chegar à verdade, ainda mais uma que é parte da vida dos seus pais.

Ao finalizar a leitura, me pego pensando no trecho de “Cálice”, que toca ao fundo: “Como é difícil acordar calado; Se na calada da noite eu me dano; Quero lançar um grito desumano; Que é uma maneira de ser escutado; Esse silêncio todo me atordoa; Atordoado eu permaneço atento; Na arquibancada pra a qualquer momento; Ver emergir o monstro da lagoa”. O que fica disso tudo, tomara, é a lição de que nenhum regime totalitário é saudável. E Matheus Leitão consegue deixar isso muito claro. Que seu livro seja exemplo, da busca pela verdade, mas também para nos lembrar do nosso passado sangrento.

site: https://estacaoimaginaria.com/2020/06/26/resenha-em-nome-dos-pais-matheus-leitao/
comentários(0)comente



74 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR