Assim na terra como embaixo da terra

Assim na terra como embaixo da terra Ana Paula Maia




Resenhas - Assim na Terra Como Embaixo da Terra


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Eduardo Mendes 06/03/2021

Desgraçamento
Assim Na Terra Como Embaixo da Terra foi mais um dica do meu amigo Carlos; que sabe do meu apreço por temas mais pesados, ou seja: uma história com muita desventura, infortúnio e danação! Ah, que gostoso!

A linguagem de Ana Paula Maia é direta, enxuta e desprendida da moralidade. A violência paira por todos os lados. Nas primeiras páginas nos é apresentada uma colônia penal longe da civilização, onde as regras da sociedade são apenas uma pequena lembrança distante.

Nesse cenário desolado conhecemos a rotina desta colônia penal, que vive seus últimos dias de vida mas ainda abriga alguns presos desafortunados e esquecidos pelo sistema. Somos apresentados também ao sádico comandante Melquíades, que gosta de caçar javalis… e pessoas!

Uma vez por mês ele sorteia alguns detentos, e lhes oferece uma chance de fuga. Suas tornozeleiras são retiradas, e eles têm a oportunidade de escapar dali pulando o muro, enquanto são caçados pelo comandante. No dia seguinte os sobreviventes são obrigados a enterrar os ex-companheiros mortos.

Com um ritmo crescente de muito suspense e algum terror, a história vai ficando cada vez mais assustadora, e você mais angustiado acompanhando uma aula de carnificina, descrita com a mais pura crueldade pela autora.

Um livro pra não te deixar esquecer que a crueldade e maldade estão em todo lugar, mesmo que a gente finja que não. Me deixou com mais vontade de conhecer livros da literatura brasileira contemporânea.

O final é sensacional!

Vem perder a fé na humanidade você também, vem!

site: https://jornadaliteraria.com.br/assim-na-terra-como-embaixo-da-terra/
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liv 06/03/2021

assim na terra como embaixo da terra
é muito pesado, tem muita violência explícita, mas é um livro maravilhoso! recomendo demais pra quem gosta do anime "attack on titan", traz reflexões interessantes de delírios dentro de muralhas.
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Bianca 24/02/2021

Uma crítica ao sistema penitenciário
Interessei-me muito pelo livro por saber que é um nacional e realmente valeu muito a pena!

Não é uma leitura leve,ela tem justamente esse intuito de provar reflexões importantíssimas sobre uma parte da sociedade que muito vezes é negligenciada por todo o resto.Nós temos que falar sobre os "apenados"(encarcerados)

Será que o sistema realmente funciona? Será que as prisões realmente são mecanismos socieducativos ou só servem de "tapa buraco"? Será que nós não estamos negligenciando o que está acontecendo dentro das prisões?Quais são as oportunidades que esses pessoas tem depois que saem de lá?

São algumas das indagações que esse livro me deixa.

"Achei que a justiça funcionava daquela maneira. Sabe,senhor, depois de tanto tempo confinado aqui dentro, a gente esquece de como é o mundo lá fora"

É uma enredo fictício que traz reflexões reais.Uma leitura descritiva que lhe faz sentir dentro da trama.

Também vemos como,além dos personagens estarem aprisionados na "Colônia",muitos estão mais encarcerados em suas próprias cabeças, não se deixando libertar pelos seus traumas!

"Do que omitiu,agora está aprisionado"
Bianca 09/03/2021minha estante
"Todos somos livres,porque no final todos estamos mortos"


Bianca 07/04/2021minha estante
Projeto:#LendoOBrasil




Gislaine 15/02/2021

Assim na terra como embaixo da terra
A história se passa em uma colônia penal que está prestes a ser desativada, restam poucos homens condenados por crises hediondos, e apenas dois funcionários, o diretor do lugar e um agente penitenciário. Melquíades, o diretor da colônia penal, ensandecido devido ao tempo de confinamento decide aplicar uma ?medida sócio educativa? que na verdade é uma ação chocante e violenta: ele caça os presos como se fossem animais ? javalis
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Ana Bellot 14/02/2021

No final, todos estaremos mortos e livres.
O universo narrativo de Ana Paula Maia faz constantes paralelos entre a liberdade do homem e dos animais. O ponto mais positivo da obra, para mim, são as analogias e correlações bem como as descrições fiés de feridas, machucados, sangue... Todo o horror e o medo são bem reais.
Porém, a escrita peca em certos pontos: muitas palavras repetidas, descrições extremamente curtas, alguna diálogos pouco naturais. Em certos trechos, tive a impressão que o texto não passou por revisor.
A história é boa, te prende até o final mas achei a narrativa e a escrita um tanto quanto aquém do universo. Mesmo assim, quero ler outras obras da autora.
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Paty-sama 05/02/2021

Existe alguma diferença entre o homem e um animal selvagem, ou a relação caça/caçador é o que dita o equilíbrio entre as espécies?
Ana Paula Maia mais uma vez debate essa linha entre o que nos torna humanos, e como nossa racionalidade é posta à prova em situações extremas. Afinal, é nossa mente racional ou nossos instintos que nos mantém vivos?
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Grace @arteaoseuredor 03/02/2021

Claustrofóbico é bom demais!
?Assim na terra como embaixo da terra, Ana Paula Maia.
.
?Ana Paula Maia é carioca, já escreveu vários romances, ganhou o Prêmio São Paulo de Literatura, em dois anos consecutivos, também é roterista, tendo feito o roteiro para a série do Globoplay chamada Desalma.
?Esse livro se passa em uma colônia penal, onde nenhum preso jamais fugiu. Ela agora será desativada e os presos passam a ser caçados iguais a javalis, pelo Diretor Melquiades que enlouqueceu.
O local em si é marcado por histórias de horror, antes de virar a colônia. Seus presos tem que fugir antes que morram e sejam enterrados naquele lugar, um dos detentos, o índio Bronco Gil, pretende virar caçador em vez de caça e fugir antes que seja tarde. As autoridades e a sociedade pouco se ocupam do lugar.
Atmosfera do livro é claustrofóbica e tensa, te prende e o suspense está sempre presente. Através desse livro forte, tem várias críticas ao sistema prisional.
Gosto desse escritora, já li Guerra dos Bastardos e Carvão Animal, recomendo todos!!!
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Maro 30/01/2021

Tu acaba o livro querendo escrever um TCC sobre ele. É isto.
Esta é minha primeira leitura de Ana Paula Maia. E a conclusão não tem como ser outra: preciso ler mais livros dela! Que mulher f*d@!

A narrativa toda tem um quê foucaultiano, a Colônia e suas dependências, as paredes altas e grossas, quase como um panóptico. Mas não importa bem onde está o vigia, e sim quando VAI ACONTECER. (o quê? leia!)
O livro é simplesmente arrebatador. É visceral, é cruel, é forte, é fétido, é a natureza humana nua e crua. Mas é também a animalização do ser humano em situação de cárcere. É a vida daqueles para os quais a sociedade dá as costas.
E a categoria "ser humano em situação de cárcere" não se restringe aos prisioneiros. Porque aprisionar é, em certa medida, ser também prisioneiro. Nesse espaço isolado do mundo, para vigiar os presos, é preciso estar preso junto a eles. Qual o impacto disso sobre os aprisionadores? E sobre os aprisionados? Não estão também os aprisionados "vigiando" os aprisionadores? Uma violência justifica outra violência sobre o primeiro agente? As situações do cárcere não são, per si, também uma violência? Quem são os algozes? Até onde o entendimento particular de justiça é realmente justo? O que é, enfim, justiça? Quem tem o poder de traçar essas linhas? Quanto vale a vida de uma vítima para um assassino? E quanto vale a vida de um assassino para um carcereiro? Quanto, enfim, vale a vida de um ser humano? E de um animal? E de um ser humano animalizado?

É impressionante como em tão poucas páginas Ana Paula Maia consegue trazer uma história tão forte e capaz de gerar tantas discussões sociopolíticas (diria também culturais) interessantes. Essa história é potente, rápida e dolorosa, como um soco no estômago - ou um tiro no peito de um rifle CZ.22 fabricado na Tchecoslováquia e de longo alcance? rs
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Julia 27/01/2021

Leitura instigante
"Assim na Terra Como Embaixo da Terra" traz um enredo com um sutil suspense que prende a atenção do leitor. É um livro bem escrito e um bom título da literatura nacional. O único ponto que senti que deixou a desejar foi um maior desenvolvimento sobre o passado dos personagens principais, mas isso não influencia negativamente na experiência, apenas torna a leitura rápida. É um bom livro para pessoas que gostam de estórias fluidas com eventos sequenciais.
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Picón 25/01/2021

Árido...
Seco, claustrofóbico, asqueroso, desolador... Todas as marcas da Ana Paula Maia estão aqui.
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Rafa 19/01/2021

O livro narra o cotidiano de uma colônia prisional isolada em vias de desativação. A instituição foi criada para ser um modelo de detenção do qual preso algum jamais fugiria. Nos últimos dias de funcionamento, pouco a pouco, os horrores vividos ali vão sendo revelados. Os presos, cada qual com sua história, estão sempre planejando a própria fuga, sem saber se vão acabar mortos pelos guardas ou pelo que os espera do lado de fora da colônia!!

Com toda certeza, esse livro foi a grande surpresa positiva de 2020 pra mim! Diferente de tudo o que estou acostumado a ler, essa foi uma história das mais interessantes!

Ao autora foi direto ao ponto. Não ficou descrevendo os personagens, nem abrindo tramas paralelas. Focou numa história só e, pra mim, foi muito feliz ao fazer isso. Com uma narrativa crua e instigante, a história é bem amarrada e presta um papel de crítica ao sistema penitenciário brasileiro e a como a sociedade enxerga os detentos com considerável força.

Achei que sair da minha zona de conforto literária valeu a pena! Assim na Terra como Embaixo da Terra (título que combina muito com a trama) me conquistou com sua dualidade: a simplicidade estrutural concomitante com uma história complexa!

Essa foi a leitura do mês de dezembro no @clubedosthrillers. Começo aqui o balanço das leituras de 2020 dizendo que entrar para o clube foi muito importante pra mim!! Ali, conheci pessoas formidáveis e tive experiências marcantes!! Há muito não me sentia tão bem!! Que em 2021 seja ainda melhor!!
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Re Vitorino 10/01/2021

Ela não decepciona nunca
Uma vez que comece você não vai descansar até concluir a leitura. É um livro voraz, uma escrita dura, sem floreios mas nem por isso se exime de detalhar de forma precisa cenas de violência perturbadoramente possíveis. Na minha humilde opinião Ana Paula Maia é uma mas das melhores autoras brasileiras da nossa geração. Se não a melhor.
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leilakelly 05/01/2021

de 0 a 100 km
esse livro tem velocidade. não que seja rápido, mas ele tem velocidade. começa devagar, vai acelerando aos pouquinho até você perceber que está correndo.

angústia e medo te acompanham pela caminhada. uma leitura rápida e rasteira.
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Silvio 31/12/2020

Uma leitura excelente e fluida, Ana Paula Maia é uma das melhores escritoras contemporâneas brasileiras.
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