História do novo sobrenome

História do novo sobrenome Elena Ferrante




Resenhas -


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tacizera 21/04/2024

História do novo sobrenome
Estando no final do último livro agora, esse segundo é o meu favorito da tetralogia com toda certeza do mundo.
A escrita da Elena Ferrante é coisa de louco, eu me sentia íntima da Lenu enquanto lia o desenrolar da vida dela e das relações com as outras personagens, em especial a Lila, claro, com quem ela tem essa rivalidade tácita que se separa por um fio de cabelo da forte amizade de uma vida inteira. Já que mesmo com as diversas intemperanças que elas enfrentam, sempre voltam a orbitar em volta uma da outra.
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m.cIara 20/04/2024

Equilíbrio controlado de lirismo.
Um conto de fadas é, na sua essência, uma provocação. Próspera com a pretensão de que o mal e a magia são viáveis e visíveis, e que um final feliz do tipo "o amor vence tudo" é inevitável, esperado e verdadeiro. Nunca sabemos o que o príncipe e a princesa recém-casados fazem dentro do castelo durante todo o dia, depois de descer o ecrã protetor do "felizes para sempre". Será que a princesa conseguiu mesmo livrar-se dos trapos e da fuligem, ou será que o pó das fadas se transformou em pó normal que ela terá de limpar? A fascinante obra de Elena Ferrante, A história de um novo nome, dá-nos um vislumbre dessa realidade para duas jovens, Elena Greco e Lina Cerullo, que estão tentando alcançar a sua versão de princesa-felicidade. O romance é marcado por um ritmo narrativo hábil, um equilíbrio controlado de lirismo, sarcasmo mordaz e cliffhangers devastadores ao longo de todo o percurso. Mas ainda mais notável é o fato de a história manter, de alguma forma, o seu feroz domínio da fantasia intrínseca. Elena e Lina procuram e encontram os seus príncipes e realizam os seus sonhos, apesar da sua realidade desanimadora. A História do Novo Sobrenome é o segundo livro da extensa série de romances napolitanos de Ferrante. A saga começou com o aclamado A Amiga Genial, ambientado na Nápoles operária dos anos 50. Elena, que narra o livro da perspetiva da idade adulta, conhece Lina na primeira classe. Competindo pela atenção dos rapazes e dos professores, são opostos que traçam linhas entre si e as ultrapassam com a mesma rapidez. Lina, mal-humorada mas bonita, não tem meios para continuar a estudar, mas casa-se aos dezasseis anos, enquanto Elena, mais inteligente do que bonita, é aceite num liceu de prestígio. A ambiguidade permanece: cada uma delas inveja o que a outra tem, uma desejando a liberdade moderna dos estudos e a outra a segurança convencional do casamento. O livro termina com uma nota de grande drama quando Lina, na sua glória conjugal, é cruelmente recordada da vida que abandonou por "amor". O segundo livro, que pode perfeitamente ser lido sozinho, complica ainda mais as histórias entrelaçadas das amigas. A "história de um novo nome" refere-se à transformação de Lina em Signora Carracci, a mulher bem arranjada do merceeiro Stefano; a adúltera que dorme com o homem que a sua melhor amiga ama e tem um filho dele; a mãe volátil que entretém calmamente a amante de Stefano que vive em sua casa. Com efeito, ela torna-se a mulher que ambas admiravam quando eram raparigas: embora "quisessem ser esposas, ao crescer [elas] tinham quase sempre simpatizado com as amantes, que lhes pareciam mais espirituosas, mais combativas e, sobretudo, mais modernas". Lina tem as duas coisas e, ao ler os cadernos que lhe foram entregues para serem guardados, Elena também o faz. No momento em que a sua própria ascensão é posta em marcha, Elena admite que, sem Lina, "o tempo acalma-se e os factos importantes deslizam ao longo do fio dos anos como malas num tapete rolante de um aeroporto; apanhamo-los, pomo-los na página, está feito". Por outro lado, com Lina, "o tapete abranda, acelera, desvia-se bruscamente, sai dos carris. As malas caem, abrem-se, o seu conteúdo espalha-se por aqui e por ali. As coisas dela acabam entre as minhas". Este caos é o que nos interessa, e até Elena sabe que sem Lina é apenas um "quase". Embora o título do romance derive da história do novo nome de Lina, também avança o de Elena. Os pormenores da adolescência de Elena (mesmo os mais "picantes") são incluídos num romance que ela escreve enquanto estuda na prestigiada Scuola Normale Superiore di Pisa, onde conhece o seu noivo. A mãe dele lê-o e adora-o, envia-o para uma editora e o livro sai na primavera seguinte. Para os seus pais analfabetos, o sucesso de Elena é um motivo de orgulho ainda maior do que o facto de se ter tornado uma boa esposa, especialmente quando diz à mãe que vai manter o seu nome de solteira - Greco - nas capas dos seus livros depois de casar. Assim, tal como Lina, Elena também tem um novo nome que reforça a sua reputação, mas, ao contrário de Lina, pode escolher não ficar presa a um casamento. Não se pode ignorar a camada adicional de atribuição de nomes ao nível do autor: A história de Elena é escrita por uma mulher chamada Elena, que é notoriamente reservada e até há rumores de que é um homem. O fato de uma prosa tão sintonizada com as chaves moduladoras da amizade feminina e com o desejo de independência ser escrita por um membro do sexo oposto seria magistral, se não fosse ligeiramente irritante. Mas também seria muito adequado à visão que "Ferrante" tem da ficção: "Acredito que os livros, uma vez escritos, não precisam dos seus autores. Os verdadeiros milagres são aqueles cujos criadores nunca serão conhecidos".
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gabi1062 19/04/2024

Profundo
?Como é fácil falar de mim sem Lila: o tempo se aquieta, e os fatos salientes correm pelo fio dos anos como bagagens na esteira de um aeroporto; você os apanha, os coloca na página, e está feito?.

O Segundo livro da tetralogia de Elena Ferrante acompanha a trajetória de Lina e Lenu no final de sua adolescência. Cheio de reviravoltas, achei particularmente que a segunda edição se aprofunda nos personagens e suas histórias que o primeiro.

Ansiosa pelo o que me aguarda nos próximos dois livros.
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Roberta Amaral 19/04/2024

Perfeito tbm, aqui as amigas estão mais crescidas e é incrível ver o lado das duas o desenvolvimento de outros personagens... confesso que nesse aqui eu fui muito mais team lenu
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Aline.Bernardi 19/04/2024

Potente
Nesse livro, já estamos mais apegados a todos os muitos personagens da história. As gurias passam pela adolescência com as incertezas e a intensidade típicas dessa fase. A gente passa por uma mistura de emoções como tristeza, alegria, inveja, raiva, medo, ansiedade, amor, e, apesar disso tudo, é possível perceber a conexão de amizade e amor entre elas. Elas estão se descobrindo e se auto conhecendo juntas. É muito bonito.
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malu 15/04/2024

Eu realmente espero chegar no ultimo livro e descobrir porque a lila e tao ma as vezes por que e uma parada que eu nao consigo entender e eu entendo que a amiga genial e a LENU mas precisava a lila ser tao ruim ?
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Juliana2931 14/04/2024

A continuação da história das meninas, já estou íntima delas, por isso posso falar assim.
Não dá pra começar por esse, tem que ler o primeiro.
É como se eu tivesse encontrado uma amiga num café e ele tivesse me contando fatos da sua vida.
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Jullyana.Chagas 13/04/2024

Eu gostei muito desse livro, não conseguia parar de ler e quando não estava lendo pensava na vida de lina e lenu, me senti envolvida pela história e suas vidas tão complexas e cheia de acontecimentos surpreendentes. Ansiosa para os próximos livros.
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Amanda Milani 17/04/2024minha estante
Sua resenha tem spoiler. Seria bom sinalizar




JanaAna90 10/04/2024

A continuação da série vai aprofundando ainda mais a vida dos personagens. Se o primeiro foi bom esse é ainda melhor, mais denso e profundo nas questões do cotidiano, não mais de adolescentes mas de jovens adultos.
Apesar da simplicidade da escrita, Ferrante nos toca pela forma como aborda temas como machismo, o papel da mulher na sociedade, o abismo entre pobres e ricos, as dificuldades em estudar quando se é pobre, as pequenas conquistas, a amizade e dentre tantos outros temas que nos faz sofrer, sorrir, torcer e vibrar a cada página.
O interessante é como a autora consegue nos fazer amar e odiar os mesmos personagens ao nos contar suas histórias; parece uma conversa com alguém que conhecemos e convivemos que nos separados e que agora temos notícias. Assim como nossa vida, a vida dos personagens é uma montanha russa, com seus altos e baixos.
Entre uma conversa e outra, entre um capítulo e outro a gente vai curtindo e se deixando levar por histórias tão cativantes de pessoas que nos parecem tão reais.
Ferrante me conquistou com sua tetralogia e estou confiante que os próximos serão tão bons quanto os primeiros. Sigo para o livro seguinte com saudades desse e feliz porque sei que ainda tenho mais dois para ler.
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mafemontt 10/04/2024

"...o tempo simplesmente deslizava sem nenhum sentido.."
Elena Ferrante foi capaz de me fazer todos os sentimentos possíveis com esse livro.

Ao final me fez refletir tudo que elas passaram, e o mais importante que não tem como acertar sempre, e que nem todos os erros são irreversíveis. Esse livro mostra o que é viver, e como é estar a mercer de sentimentos incontroláveis, de formas boas e ruins, mostra todos extremos da vida, mas de uma forma cativante principalmente.

Eu passei o livro inteiro amando e odiando todos personagens, isso ao extremo, alguns personagens só ódio, mas como a Elena escreve você consegue entender o porquê cada personagem age como age.
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