Resenhas -

maywin 01/03/2021

SOLITÁRIO s.f. que se passa ou que decorre na solidão, no isolamento.

Incrível como o autor passa tanto sentimento com só ilustração e pouquíssimo diálogo.

Ísis 26/02/2021

Impactante
Que lindeza essa leitura! Essa arte... tão expressiva. Adorei ver o dia a dia dos personagens, principalmente do protagonista. Me chamou muita atenção a forma dele ver o mundo. Um livro que me fez pensar sobre a coragem e o medo. Quem sabe os dois sentimentos possam mesmo coexistir, mesmo sendo tão ambíguos.

DAN LIMA 25/02/2021

Uma temática que transporta o leitor para várias dimensões, fazendo perder a noção da hora, do tempo...inacreditável!!!
O sentido da solidão em suas nuanças, a reflexão do ambiente em que se passa são profundas durante a leitura. É impossível não se sensibilizar.
A vida é uma Filosofia que nos oferece todos os dias a oportunidade de pensar, questionar e fazer acontecer.
Uma HQ de excelência, que mostra na sua essência a solidão e a empatia se comunicando. Parece um paradoxo, mas o significado é verossímil.
Final surpreendente e impactante.
Merece 10 estrelas. ;-)

Otávio Oliveira 24/02/2021

Um dos melhores do PN
Solitário é... um estudo. O Chabouté, aqui, dá uma aula de dinamismo. Apesar do ambiente confinado e da quantidade diminuta de personagens, a história é inacreditavelmente fluida, e, além disso, possui uma arte tão maravilhosa que muitas vezes eu me peguei impactado com acontecimentos simples e banais, isso porque, acima de tudo, é um exercício de empatia. Impossível terminar o quadrinho sem se sentir emocionado e sendo uma pessoa melhor.

Anny Karol 15/02/2021

Muito bom
Chabouté sabe como escrever (desenhar) uma história muito significativa com tão poucos diálogos. Desenho belíssimo e história fascinante!

olivaoliveira 30/01/2021

Meu corpo no aquário, minha mente no mar
O farol-aquário, labiríntico & circular, fecha o peixe num gotejo espiralar, que precipita sempre num mesmo lugar. BOOM - o ensejo pro olhar do peixe tocar o luar, atravessar a linha fria do horizonte, revelando galhos que, dançando sob a valsa soprada por centauros em instrumentos chaveados, clamam o peixinho de volta ao mar.

Flavia.Santana 25/01/2021

Solitário - Chaboutè
Quadrinho publicado em 2019 pela Pipoca e Nanquim.
Esse empolgante livro vai falar sobre uma pessoa, não nominada, que vive 15 anos sozinho em um farol que é afastado do resto do mundo.
A história começa com dois marinheiros, em alto mar, executando um trabalho. Um deles, novato nesse barco, e o capitão que vai revelar que tem o papel de levar insumos de necessidade básica ao farol para essa pessoa que mora lá e vive isolada, sem contato nenhum com qualquer pessoa e que nunca havia saído de lá. Isso porque nasceu com uma deformidade e esteticamente falando, seria uma pessoa feia, até mesmo monstruosa. Seus pais acabaram falecendo, antes disso contrataram os serviços desse capitão para levar mantimentos semanalmente com o intuito de que o solitário sobreviva isolado nesse farol. O novo marinheiro se interessa pela história de vida desse solitário e não consegue compreender como uma pessoa vive sozinha e sem experimentar os prazeres da vida. Então, começa a trocar brilhete escondido com ele querendo saber se precisa de algo.
A delicadeza ao mostrar os sentimentos mais puros e as descobertas inocentes nos faz enxergar a natureza sensível humana que muitas vezes não nos damos conta por já estarmos completamente inseridos em uma sociedade que cada vez mais só quer saber do proprio umbigo. Nosso soitário tem um dicionário que ele abre em uma página qualquer e escolhe uma palavra e começa a imaginar o que quer dizer, sua imaginação inocente nos leva a rir, se emocionar e até mesmo nos entristecer com a situação. Ele não tem uma percepção exata de como as coisas são no mundo fora daquele farol e por muitas vezes sua imaginação é cômica e bem ilusória.
O que faz essa narração sensacional são as técnicas utilizadas pelo autor. Uma delas, por exemplo, é que o leitor só descobre o rosto do solitário já passado da página cem e fica muito instigado para saber como é essa pessoa. As técnicas de comunicação empregadas ao dar ênfase a uma ave voando no início da história, onde sentimos a liberdade que ela tem e o farol que está ali parado, como uma espécie de prisão, nos mostram esse contraste entre liberdade e solidão e como o solitário vive em relação à esses dois termos. A imaginação aqui é muito bem exposta, nos mostrando que mesmo em momentos deploráveis e tensos ela nos ajuda a manter o equilíbrio e passar de uma melhor forma pelas dificuldades. Esta pode ser a única âncora que mantém uma pessoa com certa sanidade. Isto, vimos aplicado na prática na quarentena, onde as artes foram fundamentais para nos mantermos em pé.
O aspecto narrativo estratégico é muito interessante, são poucas as palavras utilizadas e ainda assim nos diz tão profundamente com as expressões fortes dos personagens, os movimentos de tudo ao redor. De forma lúdica, com um aspecto gráfico bem trabalho, jogo de luz e sombra feito de forma genial.
Este é um quadrinho que com toda certeza está nos meus top books da vida.

khaleesi daenerys 24/01/2021

Me deixou melancólica, um pouco triste e quase chorei no final.

Flora Airbender 16/01/2021

Poético e tocante
Uma história linda sobre solidão, empatia, imaginação e as aparências. Tudo isso retratado em belas ilustrações sem cores mas bem detalhistas. Também não há muitos diálogos, as imagens falam por si próprias.

jeffernandss 06/01/2021

Emocionante
Esse Graphic Novel é linda, e conta a história de um homem que vive em uma torre em meio mar, e o mesmo usa um dicionário e com ajudinha da imaginação para sonhar com o que tem fora daquele local que está "preso".
Que história linda esse autor é magnífico em poucas palavras consegue descrever uma história marcante. Super indico para quem quer começar a ler nesse mundo das Graphic Novels

My | @pagesandseasons 04/01/2021

Chabouté é um mestre
Essa foi minha terceira HQ do autor e estou totalmente tocada pela história.

Confesso que Um pedaço de madeira e aço ainda é minha preferida, mas essa é maravilhosa também.

anicca 31/12/2020

É interessante pensar no conceito de solidão sendo uma pessoa do século XXI, que dispõe de inúmeras tecnologias que facilitam a comunicação e que (segundo Bauman) minam a profundidade dos laços humanos.

Mas e quando se é isolado contra a própria vontade e apenas se pode contar com um dicionário para conhecer o mundo e suas possibilidades?

"Solitário" é uma obra excelente. A partir de metáforas (como as gaivotas a voar e o peixe enclausurado no aquário), ela nos faz mergulhar na vida de um homem curioso, esperto e sozinho. E também nos apresenta a dois velejadores e traz reflexões interessantes sobre agressão e silenciamento.

Os traços de Chabouté revestem a história com signficados tais que o "coração acaba ficando quentinho". Altamente recomendável!!

Jota 13/12/2020

Inesquqecível
A HQ conta a história de um homem disforme, que mora num farol construído numa ilhota, da qual o personagem nunca saiu. A rocha é seu navio de granito - uma embarcação imóvel, que não o leva a lugar algum. Após a morte dos pais, ele só consegue sobreviver no local porque seu pai pediu um favor a um amigo, comandante de um navio. Ele lhe entregou todo o dinheiro que tinha e recebeu a promessa que seu amigo levaria comida para seu filho na ilhota.

O comandante nunca tinha visto o protagonista, porém seu novo marujo se interessa pela história daquele personagem. Como ele é? Como ele vive sozinho? Certo dia, deixa uma cartinha durante a entrega da comida. Na carta, o marujo perguntava se o protagonista queria receber algo do mundo lá de fora da ilhota. É a partir da resposta do personagem que temos a evolução da história.

As ilustrações prendem o leitor, igual um filme mudo. Páginas e páginas sem diálogos, porque não é necessário, já que o desenho, por si, já diz tudo.
Impossível não pensar no contexto do personagem, não refletir sobre a história. Em um mundo cada vez mais individualista e egoísta, temos o hábito de enxergar apenas nossos problemas, e ignorar ou minimizar os problemas dos outros. Como teria sido a vida do protagonista se outra pessoa tivesse feito antes o que o marujo fez? E, trazendo isso para a vida real, quanto nós podemos transformar a vida de alguém que está passando por problemas, apenas dando um pouco da nossa atenção e do nosso tempo?


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