spoiler visualizarAdriana 01/12/2011
E a história de Roland e seus companheiros em busca da Torre Negra continua em seu sexto volume, “Canção de Susannah”.
Esse livro, mais do que os outros da série, traz uma maior sensação de continuidade. Não se trata exatamente da continuidade dos acontecimentos que encerraram o volume anterior, tampouco se trata de dizer que os outros não tiveram nenhuma continuidade, é óbvio que sim, visto que se trata de uma série; Mas esse volume serviu para explicar melhor alguns acontecimentos anteriores, além de “amarrá-los” melhor, dando mais forma para os inimigos que o grupo de Roland deve enfrentar, além de explicar melhor as realidades, mundos paralelos que fazem parte da trama.
Confesso que as partes que o próprio Stephen King entra como personagem da história me deixaram dividida. Se por um lado podemos ver tais partes até com certo toque de ridículo e egocentrismo por parte do autor, por outro, não raro é possível sentir certo cinismo e ironia do próprio ao narrar tais passagens. Conclusão: elas podem não ser minhas partes preferidas do livro (e de fato não são), mas tampouco as encaro com tanta seriedade a ponto de julgá-las ridículas, e, além do mais, são cenas bastante inusitadas.
Nesse volume a ação não fica em suspenso, esperando apenas os momentos finais para acontecimentos mais marcantes e/ou revelações sobre a trama (é claro que, como sempre, o final acaba de modo a deixar um “gancho” para a continuação – nesse caso, o parto de Susannah – mas tal final não é o único momento importante do volume), o que é bom, pois, apesar desse tipo de estrutura presente nos anteriores não ser ruim, acabaria se tornando repetitivo e cansativo encontrá-la também nesse volume.
“Canção de Susannah” prepara muito bem o palco para o ato final da série “A Torre Negra”.