As fúrias invisíveis do coração

As fúrias invisíveis do coração John Boyne




Resenhas - As Fúrias Invisíveis Do Coração


138 encontrados | exibindo 121 a 136
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 9 | 10


Wes Costa 30/12/2018

Resenha: Às Fúrias Invisíveis do Coração
Eu sempre achei difícil para os escritores conseguir transmitir de forma clara e tão reais as emoções de seus personagens, é um esforço e tanto que às vezes pode resultar em um grande desastre. Enfim. Eu sempre admirei escritores que conseguiram fazer esta façanha com suas obras. Emocionar seus leitores, cada qual com suas peculiaridades e sentimentos diferentes, é realmente quase uma missão impossível. John Boyne é hoje para mim um dos escritores que consegue fazer isto de forma majestosa, seus livros têm uma enorme carga emocional, e isso fez com que me apaixonasse pela sua escrita. Este foi o primeiro livro que li dele.

Cyril Avery não é um Avery de verdade ou, pelo menos, é o que seus pais adotivos lhe dizem. E ele nunca será. Mas se não é um Avery, então quem é ele? Nascido nos anos 1940, filho de uma jovem solteira expulsa de sua comunidade e criado por uma família rica irlandesa, Cyril passará a vida inteira à mercê da sorte e da coincidência, tentando descobrir de onde veio ? e, ao longo de muitos anos, lutará para encontrar uma identidade, uma casa, um país e muito mais. Além das incertezas de sua origem, ele tem de enfrentar outro dilema: é gay numa sociedade que não admite sua orientação sexual. Autor do best-seller O menino do pijama listrado, John Boyne nos apresenta à sua maior empreitada literária até então, construindo uma saga arrebatadora sobre aceitar-se e ser aceito num mundo que pode ser cruelmente hostil. Uma leitura necessária para os dias de hoje, que reitera o poder do amor, da esperança e da tolerância.

Em suma, eu me apaixonei pelo livro de todas as formas possíveis, John Boyne me arrebatou e me fez sentir todas as incertezas, paixões e perdas do personagem. Eu acabei criando uma empatia enorme pelo Cyril. Este é um livro que você precisa ler com bastante atenção e com a mente preparada para os baques que a história vai lhe dar. Eu acabei chorando em algumas partes, admito, mas foi isso que me fez achar a obra tão boa, esta capacidade de sensibilizar o leitor. Enfim, leiam, creio que não irão se arrepender.
pata 02/01/2019minha estante
Eu estou amando esse livro, já é o segundo livro que leio dele.


Wes Costa 03/01/2019minha estante
Este foi meu primeiro e eu achei tão maravilhoso. Sua escrita é maravilhosa e a história que nos é contado é encantadora.
É um bom livro para ler!


pata 06/01/2019minha estante
Quando eu leio os seus livros eu não leio eu sinto, faz sentindo?
Leia O Pacifista, Esse livro é maravilhoso.


Wes Costa 07/01/2019minha estante
Obrigado pela indicação. Vou para na minha lista de leituras obrigatórias




Tibúrcio 13/12/2018

Primoroso
Jonh Boyne (MEU AUTOR PREFERIDO, só pra lembrar) é um dos autores mais brilhantes que conheci nessas minhas leituras. Gente, eu leria até sua lista do mercado. Infelizmente, é um autor que passa batido nas prateleiras das livrarias. Seu único livro mais famoso é "O menino de Pijama Listrado" que, inclusive, foi adaptado para o cinema, MAS posso dizer que há outros títulos melhores, apesar da história de Bruno e Shmuel ser tão maravilhoso.
.
Em "As fúrias invisíveis do coração", Boyne apresenta uma escrita completamente madura, forte e avassaladora.
.
Cyrill Avery não é um Avery de verdade. Seus pais adotivos fazem questão de frisar isto. Nascido na década de 1940, filho de uma mãe solteira, humilhada e expulsa de sua comunidade, é criado por uma família rica irlandesa. Cyrill passa a vida inteira buscando sua identidade, casa, país, seu eu. Vive um dilema: é gay numa sociedade conservadora.
.
Se você acha o Brasil um país preconceituoso (QUE REALMENTE É, TENHA MEDO), Boyne escancara uma Irlanda absurdamente preconceituosa. Nos anos 40, a Igreja Católica tinha controle sobre o estado e sociedade. Por isso, era um dos piores lugares para um gay viver, e é justamente lá que Cyrill Avery nasceu.
.
O livro começa com o momento que a mãe biológica de Cyrill é expulsa do vilarejo pelo fato de ter engravidado precocemente. Sozinha, parte para Dublin onde entrega seu filho para adoção. Cyrill é adotado pelo casal Avery, Maude e Charles, apesar do conforto recebido, carinho não teve. Sua vida muda quando conhece Julian Woodbead por quem se apaixona, descobrindo que não se interessa por garotas.
.
Uma coisa interessante no livro é que a mãe de Cyrril apesar de não saber o paradeiro do seu filho, cruza seu caminho várias vezes.
.
Por ser um romance de temática homossexual, John não centraliza tudo nele e cria personagens secundários incriveis e de influência constante na história.
.
Vale ressaltar o feminismo presente na obra, principalmente nas duas mães de Cyrril, Catherine e Maude. São mulheres extraordinárias 😍.
.
Apesar de ser uma história aparentemente triste, há momentos de humor e felicidade, o que torna a história tão real. As ações são muito bem construídas e interligadas. Há momentos em que você ama o Cyrill e em outros se entristece com suas escolhas e erros devido o medo. Às fúrias invisíveis do coração é um livro doce e amargo, mas com uma verdade vesceral. Aliás, confesso que é um romance de temática homossexual mais lindo que já li.
Ana 30/12/2018minha estante
Ele se tornou meu autor favorito também! Fico triste por ele passar tão despercebido, ele é um autor excepcional porém pouco divulgado.




Ana 07/12/2018

Isso não é bem uma resenha (...)
Esse foi sem duvidas o melhor livro que li esse ano. Cada capítulo é um tiro na cara. Foi um livro que mexeu muito comigo e me fez ver o mundo de outra forma. Isso não é bem uma resenha pois o li em agosto, então a história não está tão fresca assim. Só queria deixar registrado que é realmente MARAVILHOSO.
Thaisa.Salvador 06/02/2019minha estante
Comecei a ler e estou muito impactada. ..o livro traz passagens muito fortes e chocantes


Ana 06/02/2019minha estante
Eu amei demais esse livro! Foi meu favorito do ano passado. Você vai amar!




Flavia Braga 23/11/2018

Fantástico!!!
Boas risadas e muitas lágrimas foram derramadas durante a descrição da vida de Cyril.
A história é contada em blocos de 7 anos, desde a gravidez da sua mãe até o final da sua vida, numa trama em que vários personagens vão e voltam, definindo o futuro e as escolhas de Cyril.
Uma história que apresenta o poder do amor, da amizade, da tolerância e de como uma simples ação, acolher alguém, pode mudar a história de uma pessoa.

É um daqueles livros que aquecem o coração e nos fazem pensar que poderíamos ser pessoas melhores.
comentários(0)comente



Douglas P Da Silva 26/10/2018

O pecado é causar dano a si mesmo ou ao próximo.
O livro é uma malha muito bem tecida de personagens. Cada personagem que aparece na história tem um papel pertinente em algum momento da narrativa. Conforme você avança pela leitura, você percebe o vai e vem de pessoas ao redor de Cyril e isso faz o livro se tornar ainda mais interessante. Ninguém que aparece no enredo, aparece sem uma função especifica, e para mim foi tenso quando determinados personagens se aproximavam e sumiam do foco narrativo.As Fúrias Invisíveis do Coração é um livro doce e amargo, mas principalmente, verdadeiro. Há momentos em que você ri, há momentos em que você chora, há momentos em que você sente medo. Se os livros aumentam a empatia de quem os lê, este é um dos melhores livros para tanto; lê-lo é como viver uma vida inteira nas páginas de um livro. John Boyne tem o dom de retratar pessoas, e aqui ele o faz brilhantemente, com uma escrita firme, madura e sem rodeios, uma história emocionante que o fará refletir, sentir e lembrar para sempre.
comentários(0)comente



Biblioteca Álvaro Guerra 25/09/2018

As Fúrias Invisíveis do Coração
Cyril Avery não é um Avery de verdade ou, pelo menos, é o que seus pais adotivos lhe dizem. E ele nunca será. Mas se não é um Avery, então quem é ele? Nascido nos anos 1940, filho de uma jovem solteira expulsa de sua comunidade e criado por uma família rica irlandesa, Cyril passará a vida inteira à mercê da sorte e da coincidência, tentando descobrir de onde veio — e, ao longo de muitos anos, lutará para encontrar uma identidade, uma casa, um país e muito mais. Além das incertezas de sua origem, ele tem de enfrentar outro dilema: é gay numa sociedade que não admite sua orientação sexual. Autor do best-seller O menino do pijama listrado, John Boyne nos apresenta à sua maior empreitada literária até então, construindo uma saga arrebatadora sobre aceitar-se e ser aceito num mundo que pode ser cruelmente hostil. Uma leitura necessária para os dias de hoje, que reitera o poder do amor, da esperança e da tolerância.

Esse livro se encontra disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535929775
comentários(0)comente



Wal 27/08/2018

Mais uma maravilha do John Boyne
Novamente John Boyne entrega uma estória maravilhosa, cheia de personagens complexos e bem desenvolvidos e uma narrativa bem feita, que te faz derramar lagrimas em muitos momentos.

O livro narra diferentes momentos da vida de Cyril, que vai desde o seu nascimento até a sua velhice, fazendo com que acompanhemos o seu amadurecimento e tudo pelo o que ele passou nos seus 70 anos de vida.

Somos apresentados neste livro a diferentes personagens que tiveram grande importância em diferentes momentos da vida do Cyril, como o Julian, A Maude e o Charles contantes na vida dele desde muito novo e que não foram os melhores exemplos a serem seguido e que acabaram tendo participação na construção da personalidade do protagonista que acaba por tomar várias decisões ruins mas que no final são compreensíveis dada a época e o país em que ele vive, além dos exemplos dele que não foram os melhores.

Existem ainda outros personagens de grande importância na vida do Cyril como a Alice, o Liam, Ignac, Bastiann e especialmente Katherine Gogin uma das personagens femininas mais forte e incrivel que eu já li, que apesar de varias adversidades da vida nunca baixou a cabeça e sempre fez o que sentia ser o certo a se fazer, sendo sempre forte e determinada se tornando definitivamente uma das melhores personagesn do livro.

O livro possui vários pontos positivos, principalmente o contexto histórico que mostra um lado triste e nojento da Irlanda e a dificuldade de ser gay e mulher em um país como a Irlanda que era um país dominado pela igreja e repleto de hipocrisia e maldade.

O epílogo foi um dos mais lindos que eu já li e definitivamente fechou o livro da melhor maneira possível deixando uma mensagem de esperança e de que por mais difícil que as coisas sejam um dia você vai encontrar a felicidade.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Gramatura Alta 20/06/2018

http://www.gettub.com.br/2018/06/as-furias-invisiveis-do-coracao.html
ALERTA: Este livro aborda temas fortes. Se você estiver deprimido ou passando por algum problema emocional, talvez este livro não deva ser lido por você neste momento.

Há uma teoria, chamada de A Teoria dos Seis Graus de Separação, que foi baseada num estudo científico que indica que são precisos apenas seis laços de amizade para que qualquer par de pessoas no mundo estejam ligadas. A explicação é longa, os exemplos inúmeros, contudo, o que esta tese levanta e confirma, e que traduzo em poucas palavras, é o fato de que o mundo é muito pequeno. Caso tenham ficado curiosos, vocês podem encontrar casos incríveis pela Internet, entretanto não é preciso muito para ver essa teoria tomando vida. As redes sociais e nosso constante ir e vir de relacionamentos mostram isso diariamente.

Esta teoria, o fato de estarmos mais próximos das pessoas do que imaginamos, é impressionante. Mas é impressionante na mesma medida em que é frustrante. É impressionante, pois há, agindo em todos os momentos, essa... imediação desconhecida; dando um exemplo comum, às vezes esperamos eras para encontrar alguém – seja um amigo, um amor, um familiar – que descobrimos, depois, que é primo de um conhecido, que estudou com aquele amigo de longa data, que trabalhou na empresa x, com o vizinho da casa ao lado. E é frustrante, justamente por haver essa imediação desconhecida, por podermos procurar alguém por anos, quando essa pessoa está tão perto, sem nunca percebermos, ou apenas percebermos tarde demais.

AS FÚRIAS INVISÍVEIS DO CORAÇÃO conta a história de Cyril antes mesmo de ele nascer. A narrativa é ambientada na Irlanda extremamente patriarcal, machista e homofóbica de 1945, logo após o encerramento da Segunda Guerra Mundial, e acompanhamos o desenvolvimento de nosso protagonista desde seus primeiros meses na barriga da mãe até os seus últimos dias de vida, décadas depois. Boyne mostra o conceito perturbador que se tinha dos relacionamentos homoafetivos, da AIDs, do pensamento da época quanto às mulheres, e a mudança (ou estagnação) dessas questões ao longo do tempo.

Por esses fatores e a somatória de alguns outros, esta foi uma leitura difícil de se fazer. Eu demorei quase três meses para finalizá-la, isso porque tinha de fazer pausas para conseguir digerir um acontecimento doloroso no livro, e então seguir em frente, seguir para o próximo acontecimento tão doloroso quanto – senão mais. Um dos aspectos mais horríveis – e mais consistentes, já que arquiteta os fatos para tornar a vida de Cyril concreta – nestas páginas, é o conhecimento de que todo o preconceito pontuado, todo o ódio descrito, cada atentado contra as pessoas, principalmente as medidas tomadas contra os homossexuais, ocorreram de verdade no século passado. E pior: que ainda ocorrem. Além disso, não havia um âmbito na vida do protagonista em que houvesse alegria: o contexto familiar dele é, na maior parte do livro, de relacionamentos superficiais; o amoroso é caracterizado por um amor obsessivo e sua impossibilidade de se tornar real e, quando tem uma perspectiva positiva, a supracitada alegria não é duradoura; o sexual é perigoso e abastado de saídas rápidas, homens desconhecidos, carregado com o medo de ser descoberto e punido. O livro não tem nada de leve, e as fúrias invisíveis, sem sombra de dúvidas, assolam o coração de quem lê.

É importante ressaltar que autor equilibra tal angústia constante com doses muito bem-vindas de humor, construindo uma narração irônica, com personagens que temperam ainda mais essa zombaria na contradição do ser, fazer e agir. Cyril é um personagem extremamente inocente, inocência que inspira preocupação e até raiva no leitor (em alguns momentos quis abraçá-lo e protegê-lo do mundo, em outros, quis chacoalhá-lo até que acordasse pra vida e percebesse o quê, de fato, estava acontecendo), e acaba por se meter em situações e conversas que dão certo alívio cômico à história. É dolorosamente engraçado, ou burlescamente doloroso, dependendo do ponto de vista.

A experiência de acompanhar toda a vida do protagonista é muito rica. Não sou muito adepta a livros que narram tanto tempo de história, já que os poucos que li no mesmo estilo, não foram lá grande coisa. A leitura da obra de Boyne fora muito boa, pois a transição de fases – infância, adolescência, vida adulta, meia idade, velhice – de Cyril foi congruente, recheada de fatos históricos, englobando personagens e uma sucessão de acontecimentos que enlaça a história como um todo, mostrando a conexão presente, embora nem sempre evidente, que existe entre os que fazem parte das muitas linhas desta leitura. Eu senti nessa evolução certa intimidade com o protagonista. A visão ampla de estar com um personagem durante todos os seus dias, dá a oportunidade ao leitor de refletir quanto a sua vida, quanto a seus amores, e possibilita observarmos o amadurecimento do protagonista, a resiliência inegável que ele demonstra, o aprendizado e ampliação de empatia e compreensão que ele pode causar em quem o lê.

Eu ri e chorei constantemente entre um capítulo e outro, mas os sentimentos hostis fizeram parte desse envolvimento, o que não facilitou a leitura. Senti raiva pelo protagonista, pelos personagens que lhe faziam mal (que são muitos), pelo desprezo e falta de importância que seus pais lhe davam e pelo desencontro e desconhecimento de Cyril para com alguém tão fundamental e que expressa tão bem quão impressionante e frustrante o mundo é. Portanto, este é um livro que indico para todos, embora não seja um livro que eu indique ser lido a qualquer momento, apenas por ler. É uma obra que requer preparo psicológico (e preparo do coração de quem pretende conhecê-la).

Há, nesta história de edição bonita, com letras grandes e diagramação impecável, uma tristeza desesperadamente esmagadora, embora jovial e com tons brilhantes entre os escuros. Com explanações sobre a passagem do tempo, sobre nossos amores (os bons e os ruins), nossas diversas e incansáveis dores e da ironia presente em nossas vidas, AS FÚRIAS INVISÍVEIS DO CORAÇÃO nos (re)conecta com os alicerces imprescindíveis que existem a nossa volta e em nós mesmos, quebrando a distância que impomos em nossas relações e evidenciando o amor, não importando o nível de separação (seja um, sejam seis), a quilometragem ou nossas preferências.

“– O mundo – comentou ele, algumas semanas depois de conhecê-la – é um lugar terrível e a nossa desgraça foi ter nascido nele.
– Mas está fazendo sol – sorriu ela. Portanto, nós contamos pelo menos com isso.”

site: http://www.gettub.com.br/2018/06/as-furias-invisiveis-do-coracao.html
comentários(0)comente



Karini.Couto 14/05/2018

Bom dia pessoas lindas! Sentiram minha falta? Eu senti a de vocês!!! Hoje vim falar de um livro que li faz um tempinho e que me surpreendeu muito.


As Fúrias Invisíveis do Coração carrega um nome para lá de conhecido e aclamado por muitos.. John Boyne, com certeza já ouviram falar do autor e se não ouviram.. Corram para pesquisar!

Uma história fantástica, reflexiva e tocante! Trata de assuntos diversos, e tem como tema principal o amor e o preconceito. Nesta história impactante iremos acompanhar a vida de Cyril, um jovem que veio de uma mãe solteira. O livro é ambientado em meio ao século XX até os dias atuais em uma época muito conservadora e onde a religião dominava em grande parte - Irlanda do Norte. Cyril teve sua vida logo cedo revirada ao ser entregue a um orfanato e mais tarde à uma família que não cumpriu bem seu papel no quesito paternal amoroso ou fraternal amoroso; porém apesar disso, teve boa educação e não lhe faltou as demais coisas necessárias. Sua família se baseia em um pai que sonega impostos e pode ser preso, enquanto sua mãe adotiva parece alheia ao mundo se preocupando apenas com seu mundinho.
Em dado momento Cyril conhece Julian, filho de um advogado, nesse período, eles passam um tempo juntos e vão se conhecendo e acontece uma certa ligação imediata.
Eles acabam indo estudar juntos e com isso dividem um dormitório intensificando ainda mais a amizade que surgiu entre os dois anos atrás e logo Cyril passa a ter certeza que não é como nenhum outro. Ele é homossexual e seu amor se volta para Julian. Em tempos conservador ao extremo; imaginasse que a vida de Cyril não será fácil.. E ele terá de enfrentar muitas coisas e situações..

Voltando à ambientação da história.. O livro é narrado em primeira pessoa e se passa no pós guerra e em um período que a religião dominava a população com uma tirania e punho de ferro!

O que se pode esperar dessa história? Emoções a flor da pele, grandes reflexões e angustias e também sentimentos que extravasam às páginas atingindo o leitor em cheio e emocionando do começo ao fim! Apesar disso, não pensem que é apenas drama e sofrimento.. A história tem vários momentos de descontração genuínos e isso é uma coisa que achei mais que incrível em um tema como esse. John Boyne sabe distribuir cada item na medida certa e com isso nos presentear com uma história que certamente irá se tornar querida em sua estante.

Leiam!
comentários(0)comente



Thalita Branco 04/04/2018

Resenha ~ As Fúrias Invisíveis do Coração - John Boyne
Catherine Goggin é expulsa da pequena cidade onde vive por estar grávida sendo solteira. Ruma então para Dublin onde dá a luz a um menino. Sem condições de cuidar dele, entrega o bebê para uma freira corcunda, que o redireciona para a família Avery.

Ainda que não seja um Avery de verdade, Cyril cresce no conforto e na mordomia mesmo que lhe falte afeto. Sua mãe adotiva, Maude, passa os dias fumando feito uma locomotiva e escrevendo enquanto seu pai adotivo Charles corre o risco de ser preso por não declarar o imposto de renda. Eis que surge Julian, filho do advogado de Charles, e Cyril se encanta com o menino nos breves momentos que passa com ele.

Anos mais tarde o caminho dos dois volta a se cruzar quando os jovens passam a estudar na mesma escola e dividir o dormitório, tornando-se melhores amigos. Cyril então já tem certeza que não é igual aos outros meninos. Não se interessa por garotas e é completamente apaixonado por Julian.

Narrado em primeira pessoa, acompanhamos a vida de Cyril em intervalos de sete anos. Conforme a criança vai crescendo, cresce também a sua angústia e tentativa de se encaixar em um país que é totalmente intolerante com homossexuais, fazendo com que Cyril passe por momentos solitários e tristes. Aliás, tristeza não falta nesse livro. John Boyne apunhala nosso coração logo no primeiro capítulo.

Mas, incrivelmente, o livro tem vários momentos bem humorados, sarcásticos e irônicos que me arrancaram gargalhadas. Algumas passagens poderiam ser um pouco mais curtas, mas o ritmo de leitura é excelente e fui ficando cada vez mais curiosa para saber sobre a vida de Cyril. E angustiada também! Esporadicamente o personagem se encontra com a mãe biológica, ambos sem saber da verdade, e minha vontade era gritar de frustração frente a esse e outros acontecimentos.

Cyril não é um homem perfeito, ele também magoa muita gente, mas é impossível não criar empatia com o personagem e desejar que ele encontre a felicidade. As Fúrias Invisíveis do Coração é um livro que deveria ser lido por todo mundo. A narrativa de Cyril começa logo após a Segunda Guerra Mundial, mas quanta intolerância e preconceito existe ainda em 2018? Com certeza um das melhores obras do John Boyne e um dos melhores romances que já li.

site: www.entrelinhasfantasticas.com.br
Fabio.Madeira 04/04/2018minha estante
Adorei a resenha!


Thalita Branco 04/04/2018minha estante
Obrigada :)




Matheus 23/03/2018

Acontece a vida e acontece a morte
John Boyne, autor de tantas histórias já conhecidas por tocar no fundo de nossas almas, nos entrega Em As fúrias invisíveis do coração seu livro mais sensível e brilhante.

Cyril não é um Avery de verdade. E a vida trata de mostrar isso para ele. Após diversas situações, acaba sendo adotado por um casal incomum e se vê crescendo num país fechado e intolerante, onde mentir sobre si mesmo e, principalmente, para os mais próximos acaba sendo uma forma de sobreviver. O livro, contado em capítulos com uma diferença de 7 anos cada, mostra todo um período de vida e crescimento do personagem que se confunde com a própria história da Irlanda, seu país.

"O mundo é um lugarzinho bem filho da puta, não?"

O número 7 é diversas vezes associado a espiritualidade e transformação, e isso fica bem visível no livro. Como cada capítulo mostra um Cyril diferente, com sentimentos diferentes e muitas vezes em lugares diferentes, acompanhamos seu amadurecimento junto com personagens fortes (como todos na obra do Boyne). Julian, melhor amigo de Cyril e a toda impossibilidade entre eles; Catherine e a luta de toda uma vida; Charles e Maude, feitos um para o outro e que desconhecem o amor em sua forma mais simples e pura; Alice e sua maneira de ver mundo que fez questão de a magoar tanto; Ignac e sua resiliência que nos encanta e, claro, Bastiaan, o melhor dos homens.

"Então se virou e sorriu de um modo que dizia que não havia ninguém no mundo que ele quisesse ver mais do que a mim."

Repleto de mulheres fortes e donas do próprio destino que ajudam a trilhar a vida de Cyril juntamente com o próprio país em busca de sua felicidade e liberdade. É fácil em diversos momentos sentirmos ódio pelas suas escolhas e dúvidas, onde mesmo sem a intenção acaba magoando aqueles próximos a ele (bom lembrar que as pessoas mais próximas de nós são as que mais têm o poder de nos machucar), como também é fácil sentir compaixão e amor por seus acertos. Afinal, Cyril também é um homem. E, como homem, merece ter a chance de amadurecer nos percalços da vida.

Livro muito mais que recomendável, com ensinamentos maravilhosos sobre a vida, amizade, amor, companheirismo e solidão, no final só conseguia pensar naquela música do Cazuza em que, sabiamente, ele dizia: A vida é bela e cruel, despida, tão desprevenida e exata que um dia acaba.
comentários(0)comente



lia.hallais 25/02/2018

As lições visíveis do coração
Uma história incrível! Uma saga sobre o amor e infelizmente sobre preconceito. Ao ler esse livro chorei e me surpreendi ao entender que o amor não precisa de empatia e sim de respeito e de amor. Não evoluímos. Sentirei saudades Cyril Avery! Aprendi mais com você em uma semana donaue em 45 anos de vida.
comentários(0)comente



Ju Zanotti 16/01/2018

Resenha detalhada em: https://goo.gl/9zy4Jq
Mas uma vez John Boyne entrega uma narrativa em que se torna impossível para o leitor virar a última página indiferente a tudo o que leu. Um drama que por alguns momentos parece forçado, mas que nem por isso deixa a desejar. Acompanhar o desenvolvimento de Cyril, um personagem real, com falhar reais, foi uma experiência e tanto. Não posso dizer que Boyne é um dos meus autores favoritos, apesar de suas obras mexerem comigo, sinto que falta algo para me sentir arrebatada, contudo, suas histórias são bem desenvolvidas e conseguem mexer com os sentimentos do leitor.

lia.hallais 25/02/2018minha estante
Me senti arrebatada!


Ju Zanotti 26/02/2018minha estante
?


lia.hallais 26/02/2018minha estante
Pela história! Pela narrativa.


Ju Zanotti 27/02/2018minha estante
Ah desculpa tinha mandado um coraçãozinho "alt+3" acho que o skoob não aceita o código rsrsrs


VinAcius49 30/04/2018minha estante
undefined




PorEssasPáginas 31/12/2017

Resenha: As Fúrias Invisíveis do Coração
John Boyne é aquele tipo de autor brilhante, do qual eu leria até sua lista de compras, mas que infelizmente às vezes passa batido da maioria dos leitores. Seu mais prestigiado romance, que inclusive foi adaptado para o cinema, foi O menino do pijama listrado, porém – ao menos na minha opinião – não é, nem de longe, o melhor livro dele, apesar de ser muito bom. É em livros como As Fúrias Invisíveis do Coração que realmente o leitor se depara com o ápice do talento do escritor, em uma obra madura, sincera e visceral.

Se você acha que o Brasil é conservador (e realmente é, tenham medo), não conhece a Irlanda dos anos 40. Lá, a Igreja Católica tinha controle completo sobre o Estado e a sociedade, e os padres mandavam e desmandavam na vida das pessoas, inclusive na sua vida íntima. De fato, era um dos piores lugares para um homossexual viver, e foi justamente lá que Cyril Avery nasceu. Sua história – e o livro – começa com a de sua mãe, Catherine Goggin, uma jovem de dezesseis anos que foi expulsa do pequeno vilarejo de Cork por ter engravidado precocemente e partiu, sozinha, para Dublin, onde entregou o filho para a adoção. Cyril foi adotado pelo casal Avery, Maude e Charles, mas apesar de ter recebido conforto, nunca teve carinho e sequer era considerado “um Avery de verdade”. A vida pacata de Cyril, entretanto, toma um novo rumo quando ele conhece Julian Woodbead e, aos poucos, ao desenvolver um sentimento diferente pelo rapaz, descobre que não se interessa por garotas: em um país intolerante comandado pela Igreja, Cyril é homossexual.

Algo bem interessante é que a história da mãe de Cyril não termina aí, no momento em que ela entrega o filho para adoção; os caminhos de Cyril e Catherine se cruzam por toda a obra. Catherine é uma personagem importante e que influencia o livro de diversas maneiras. As Fúrias Invisíveis do Coração, aliás, é um livro com diversas personagens femininas fascinantes, mesmo sendo uma obra que acompanha a vida de um personagem homossexual. Não poderia deixar de ser, sendo John Boyne o autor, um escritor que cria personagens de maneira brilhante, mas é sim um pouco a se ressaltar. Muitas vezes, na ânsia de retratar um bom romance gay, alguns autores esquecem de retratar os outros personagens ao redor, especialmente as mulheres.

É angustiante acompanhar a vida de Cyril. Você se afeiçoa rapidamente por ele, mas logo percebemos o quanto sua vida será difícil, afinal, ele precisa esconder quem realmente é, e ninguém consegue ser plenamente feliz se não for verdadeiro consigo mesmo e com as outras pessoas em sua vida. Além de esconder sua orientação sexual – e as consequências disso, como, por exemplo, precisar arranjar namoradas e fingir que gosta delas -, Cyril ainda precisa conviver com seu amor não correspondido, o melhor amigo Julian, durante anos. Gradualmente, vemos como a soma de todas estas dores corroem Cyril, como a depressão se infiltra pelas frestas de sua mentira e como isso o leva a considerar o suicídio várias vezes.

Mas nem tudo é tristeza, e temos momentos de felicidade também, e John Boyne os retrata naturalmente. Afinal, o que é a vida de todos nós senão uma colcha de retalhos de pessoas, momentos, tristezas e alegrias? É incrível como o autor constrói uma teia eficiente de acontecimentos e personagens que se interligam, acrescentando cada mais doses de complexidade a eles, mas jamais se perdendo, tudo se encaixando perfeitamente no final. Outro ponto maravilhoso é como todos os personagens, especialmente Cyril, são reais; nós nunca deixamos de amar Cyril, porém algumas vezes ficamos surpresos com os erros intensos e gigantescos que ele comete, na maioria das vezes, por medo. E no fim, nós compreendemos, porque é assim que nos sentimos quando cometemos os maiores erros de nossas vidas: com medo.

“Largue, disse a mim mesmo.
Largue.
Simplesmente caia…” Página 286.

O livro também retrata um dos romances homossexuais mais bonitos e verdadeiros que já li – aliás, este é um dos melhores romances em livros que já li. John Boyne consegue retratar, de maneira belíssima e simples, um relacionamento com seus altos e baixos, as diferenças entre os parceiros, e principalmente o amor – carnal e terno – entre os dois personagens.

As Fúrias Invisíveis do Coração é um livro doce e amargo, mas principalmente, verdadeiro. Há momentos em que você ri, há momentos em que você chora, há momentos em que você sente medo. Se os livros aumentam a empatia de quem os lê, este é um dos melhores livros para tanto; lê-lo é como viver uma vida inteira nas páginas de um livro. John Boyne tem o dom de retratar pessoas, e aqui ele o faz brilhantemente, com uma escrita firme, madura e sem rodeios, uma história emocionante que o fará refletir, sentir e lembrar para sempre.

site: http://poressaspaginas.com/resenha-as-furias-invisiveis-do-coracao
Lilia 03/10/2018minha estante
Maravilhosa sua resenha! Fiquei muito emocionada e perturbada com este livro. Ele nos leva a uma reflexão profunda sobre a sociedade brasileira atual.
E concordo plenamente sobre o autor. É o 5º livro que leio do John Boyne e penso que cada um é melhor que o outro! Uma injustiça somente O Menino do Pijama Listrado ser conhecido por causa do filme.




138 encontrados | exibindo 121 a 136
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 9 | 10


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR