O peso do pássaro morto

O peso do pássaro morto Aline Bei




Resenhas - O Peso do Pássaro Morto


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Dear_poirot 13/07/2023

Quanto pesa um pássaro morto?
Livro: O peso do pássaro morto
Autor: @alinebei
Nota: 5 de 5

GATILHOS!!
Possíveis spoilers.

Seguindo na trilha da tristeza literária, esse talvez tenha sido o que mais me devastou e que me deixou por muito tempo ruminando o que eu havia lido. Lindamente escrito por Aline Bei em primeira pessoa e numa espécie de romance versado onde ela consegue enfatizar e ditar o ritmo de nossa leitura, jogando um holofote no sofrimento da personagem.

Temos aqui a vida de uma mulher, com nome nunca revelado, relatada em pontos chave de seu crescimento começando aos 8 anos de idade e terminando aos 52 e em cada passagem é visto um acúmulo de traumas e como cada um deles fica perpetuado em sua vida.

Li este livro em 2 dias, terminando 6 horas atrás, mas ele ainda está comigo e acho que continuará por um bom tempo. Pautado na perda e no sofrimento que o mundo impõe para uma mulher, a grande questão do livro é, como pesar isso? Como pesar uma tragédia imposta a uma mulher sem nenhum aviso e onde o amargo fruto disso não poder ser compartilhado, nem compreendido e muitas vezes até invertido contra a vítima (cultura do estupro!). Quanto custa carregar isso a vida toda? Quanto da vida de uma mulher é imposto pelo mundo sem que ela tenha chance de escolher?

E por que a personagem não tem nome? Porque ela pode ser qualquer uma das mulheres que a gente conhece que vivem a vida que julgamos, de forma superficial, como normal ou que as vezes até conhecemos bem, mas não fazemos ideia de quanto sofrimento ela vem carregando em segredo e qual o peso desse pássaro morto nas mãos dela.

O livro e incrivel mas não é fácil e não aconselho para quem tenha algum tipo de gatilho com estupro, depressão e para quem é sensível com animais.

***

Como combater a cultura do estupro?
É necessária uma reeducação e para alcançar isso o tema precisa ser levantado e discutido em todos os lugares. Estudando sobre o assunto, lendo livros e ouvindo podcasts de mulheres, eliminando piadas de cunho machista e a objetificação do corpo feminino do seu círculo de amizades, valorizando trabalho de mulheres, fomentando mulheres em cargos de liderança.

A vítima tem sempre razão (internalizar esse mantra)
Clara28_82 13/07/2023minha estante
eu AMEI o livro, ótima resenha


Dear_poirot 13/07/2023minha estante
Esse livro é incrível e muito real infelizmente. Obrigado




Bianca2282 02/04/2022

Sobre o peso da morte
Escrita sublime e sensível sobre o curso implacável da vida e da morte. O romance também chama atenção pela forma. Aline Bei @alinebei traz uma prosa muito poética e fluida neste seu primeiro livro. Li também ?Pequena coreografia do adeus?, gostei bastante também, mas achei esse ainda melhor. Recomendo a entrevista que ela deu ao @book.ster no podcast ?Daria um livro?.
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Amy 24/01/2021

Um livro que fala sobre perdas. Tem uma sensibilidade sem tamanho, é triste e real.
Adriano 25/01/2021minha estante
Recomendo Se deus me chamar não vou da Mariana Salomão Carrara


Amy 25/01/2021minha estante
Estou querendo ler esse também


Adriano 25/01/2021minha estante
Também é um romance de formação, sensível, solitário, triste, engraçado...




Kiki 08/05/2021

Lindo e triste
Que livro lindo, que livro triste.
Estava com receio de ler, justamente por saber que era triste. Ainda bem que superei o receio e li; o livro é de uma beleza tocante.
O livro pode ser considerado gatilho para muitas, pois aborda temas pesados e angustiantes como perdas, lutos, violências, falta de afetos, abandonos...
A forma da escrita dá uma singeleza poética ao livro, pois é lindo, apesar de tudo.
Daniel 08/05/2021minha estante
É muito bom mesmo




Le 21/07/2020

Livro bem rapidinho de ler, mas muito denso. Senti todo o peso da vida enquanto lia. Tantos temas pesados, tão difíceis de lidar expostos de forma tão crua e até dolorosa. Mas é uma boa leitura, proporciona bons momentos de reflexão.
camis 21/07/2020minha estante
ótimo!!!




Juliete Marçal 15/04/2020

"A cura não existe."
Esse livro é de uma força e de uma sutileza tão grande que fica até difícil falar dele. É aquele tipo de livro que te deixa sem palavras.

O primeiro ponto que chama atenção em "O Peso do Pássaro Morto", não tem como não ser diferente, é a diagramação do livro, que acompanha a prosa da autora. Basicamente, a forma acompanha o conteúdo.

Nesse livro de prosa poética nós temos uma narrativa em primeira pessoa. Uma mulher, cujo nome não sabemos, está narrando os acontecimentos da sua vida. Mais especificamente, é uma história narrada através das perdas, dores e vazios da personagem. Essas perdas, ela narra através de idades específicas, ou seja, são nove capítulos nomeados conforme a idade da protagonista: 8, 17, 18, 37... até o último capítulo: 52 anos. Cada capítulo tem uma perda, como se fossem fragmentos do diário dessa mulher de acordo com as suas idades.

"entendendo que o tempo
sempre leva
as nossas coisas preferidas no mundo
e nos esquece aqui
olhando pra vida
sem elas."

É possível perceber a diferença da narrativa que muda de acordo com a mudança das idades. Um dos meus capítulos favoritos é o primeiro, "Aos 8 anos". A autora consegue colocar tanta inocência e pureza nessa narrativa, que parece mesmo, ter vindo da cabeça de uma menina de oito anos.

"pensei que a carla voltaria quando cansasse de morrer
e imitaria as borboletas no pátio pro meu medo passar.
Fiquei esperando."

A escrita da autora é maravilhosa! Ela cria umas figuras de linguagem tão bonitas, que me tocaram profundamente, como por exemplo, os aviõezinhos de papel que deveriam levar cartas para os mortos e que insistem em cair no quintal da vizinha, e também o cachorro que se chama Vento.

Dizer sobre o que trata o livro é bem complicado, eu diria, que é um livro que fala do acúmulo do peso que segue a personagem e as lembranças tristes que foram as que mais marcaram ela, fazendo com que a mesma se transformasse no próprio peso.

Aqui nesse livro, quando a autora fala de perda, ela não deixa de falar da morte e de mostrar que a gente morre um pouquinho por dentro cada vez que uma coisa muito triste e dificil acontece na nossa vida. Ela propõe refletir sobre quantas dores emocionais fortes uma mulher consegue suportar em sua vida, os sonhos que não foram realizados, a vida que não foi vivida, o desejo de ser livre como o vento e voar como os pássaros, além de trazer uma visão diferente da maternidade que nem sempre é um mar de rosas.

"mas pra mim era tudo tão
Tarde
o tempo
escorria sem
sono das minhas
mãos."

O livro é escrito de uma forma bastante fluída. Tem muita força e sutileza nas palavras, e tem momentos em que ela é muito crua. A sutileza e a força acabam justamente nessa crueza.

É uma leitura pesada, melancólica e doída, mesmo assim, eu acho que ela manteve a poesia até o fim, mesmo que uma menina de 8 anos veja mais poesia na vida do que uma mulher de 52 que já passou por todo o sofrimento que a protagonista sofreu.

"ser adulto por vezes não deixa a beleza das coisas entrar tão facilmente,
a gente começa a
desconfiar."

Leitura super recomendada! Vale muito à pena! A cada página lida é possível sentir a sensibilidade da autora.

OBS: Sim, a resenha ficou enorme, e, ainda assim, há muito a ser dito e escrito sobre "O Peso do Pássaro Morto". ;)

^^
Bruna Varela 15/04/2020minha estante
Sua resenha ficou muito boa! Esse livro é incrível mesmo, um dos favoritos da minha vida.


Juliete Marçal 15/04/2020minha estante
Obrigada! :) Nossa, esse livro traz tantas reflexões! Foi uma leitura surpreendente e sensível! :)


Eric Luiz 15/04/2020minha estante
Um dos meus favoritos e uma das minhas melhores leituras de 2019.


Glaucia 15/04/2020minha estante
Nossa amiga já terminou,agora fiquei com mais vontade ainda de ler ele??


Juliete Marçal 15/04/2020minha estante
Eric, impossível passar por esse livro e não se identificar com as perdas da personagem, mesmo que elas sejam simbólicas na nossa vida e não diretas, de alguma forma a gente vai se relacionar. Com certeza uma das minhas leituras favoritas tbm!


Juliete Marçal 15/04/2020minha estante
Glaucia, leia! :)




Ju Ghiaroni 20/01/2022

O melhor e o pior livro que já li
"O peso do pássaro morto" é um livro que retrata a vida de uma mulher desde a sua infância, com 8 anos, até sua vida adulta, com 52 anos. Sempre me falaram muito do livro, então decidi que já estava na hora de lê-lo. Foi um dos livros mais difíceis de ser lido, não porque ele é complicado ou apresenta uma leitura confusa, mas porque é um livro sofrido, triste, pesado. A cada página, você espera que algo diferente aconteça, que a personagem principal encontre algo bom em que possa se segurar. Você torce, você sofre, você fica feliz com os pequenos detalhes retratados durante a narrativa. É um dos melhores livros que já li porque me faz refletir sobre muitas coisas da vida, sobre a bondade, sobre a inocência existente dentro de cada um, sobre a esperança e é um dos piores livros que já li porque é um livro bem sofrido, bem duro, triste, que trabalha a solidão, a maldade existente dentro das pessoas, trabalha sobre o que é a morte.
É um livro emocionante. A autora consegue prender sua atenção e se você quiser e tiver tempo, consegue ficar presa(o) lendo o dia inteiro. É um livro impecável, desde a capa até o final da narrativa. Sinceramente? Entrou pro meu top 10 de melhores livros.
Mariana 20/01/2022minha estante
É nacional?


Ju Ghiaroni 20/01/2022minha estante
@Mari é sim!


Sandra216 20/01/2022minha estante
Uau! Sua resenha me convenceu... quero ler e logo ?


Mariana Macabú 20/01/2022minha estante
Esse livro é fantástico


Ju Ghiaroni 22/01/2022minha estante
@sandra Leia! Sério, você não vai se arrepender, juro


Ju Ghiaroni 22/01/2022minha estante
@Mariana Macabú, demais!! Me surpreendi muito




Thainá @thaii.limab 03/01/2022

"é só nisso que certos pais pensam, no filho crescendo e sendo alguém sendo que esse ser alguém envolve tudo menos Ser.'

Estou arrasada :'( que livro!
Tiago Absolão. 03/01/2022minha estante
"Ser alguém": bem sucedido financeiramente/carreira.


_valeriamagno 03/01/2022minha estante
É um dos meus favoritos. Amo a prosa poética da Aline Bei e a maneira que ela dança com as palavras.


Thainá @thaii.limab 03/01/2022minha estante
Esse livro é maravilhoso!


Janaina Edwiges 03/01/2022minha estante
Um livro tão dolorido! Gosto bastante da escrita da Aline Bei!


Thainá @thaii.limab 03/01/2022minha estante
Vontade de ler tudo dela!


Beto | @beto_anderson 03/01/2022minha estante
Ótimo livro




Victor.Marques 12/09/2023

A cura não existe..
Um livro tão denso e tão curto que não te deixa espaço pra digerir a página anterior, são tantos sentimentos, angústias e dores guardados que te consomem por dentro...tocou num lugar muito intimo pra mim e nem sei muito como elaborar essa experiência.

"entendendo que o tempo sempre leva as nossas coisas preferidas do mundo e nos esquece aqui olhando pra vida sem elas"
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Eduarda.Monnerat 21/12/2022

incrível, surreal, perfeito! Simplesmente um tapa na cara muito bem dado, merece ser lido todos os anos
gabrielach 21/12/2022minha estante
fiquei curiosa pra ler ??


schitini 21/12/2022minha estante
SIM, um dos meus favoritos




Laryssa.Rabelo 20/11/2020

Nó na garganta
Fiquei com uma tristeza tão grande lendo esse livro, um dor na garganta de tanto segurar choro, li perto dos outros e não recomendo. Leiam sozinhos em seus quartos com lenços de papel do lado, pq olha... Sem condições. Livro bom, porém muito triste
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rach 31/10/2023

Profundo.

?- não me importo - eu disse pra ele - que seja breve o nosso encontro.
porque no tempo da minha memória
somos pra sempre. não existe morrer dentro, é como uma canção. as canções não morrem nunca porque elas moram dentro das pessoas que gostam delas.?

Acompanhamos a vida de uma mulher que, em sua vivência, relata de acordo com a sua visão de mundo, principalmente por meio de toda bagagem adquirida ao longo da vida.
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juholvr 31/01/2022

???:*?livros que li em 2020?*:???
lido em 20 jan 2020
indicação da sis

p e r f e i t o

na lista dos meus preferidos da vida
desgraçado de tão bom
gostei muito da escrita da autora

morte de animais doem muito mais que de gente, fato. (vento
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@prazerliterariooficial 28/01/2023

Poeticamente Angustiante
Com suas letras, palavras, frases, escritas de forma poética, a narrativa torna-se angustiante a medida que passamos a conhecer suas percas e seus traumas.
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