Lugar Nenhum

Lugar Nenhum Neil Gaiman
Neil Gaiman




Resenhas - Lugar Nenhum


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Moony 12/07/2021

Gaiman é como um abraço
Sempre que pego um livro do Gaiman pra ler é com a certeza de que não sairei decepcionado.

Esta talvez seja a mais juvenil de suas obras, o que não é um problema - personagens únicos pegam sua mão com carinho e o levam ao maravilhoso e bizarro universo da Londres de Baixo, em uma metáfora sobre os esquecidos do mundo que, embora já batida, não deixa de ser intensa e fascinante.

Ainda prefiro Deuses Americanos, mas Lugar Nenhum condensa da mesma forma a esquisitice cálida do Gaiman e é perfeito para imergir e terminar em uma sentada só.
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Milly 02/07/2021

A história é bem envolvente e o final é muito bom. Gostei do mistério, e não teria suspeitado do vilão se não fosse por um spoiler.
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Vane Chase 22/06/2021

É interessante, é envolvente e definitivamente uma ótima opção de leitura, mas na minha opinião faltaram alguns elementos essenciais. Muitos detalhes da construção de mundo ficaram superficiais, o que é até compreensível em um volume único mas ainda incomoda. Várias coisas confusas como o Richard ter visto a Door na calçada. Poderia ser facilmente explicado pelo fato de que ela quis abrir uma porta até ele mas ela dizer que também não entendia acaba com o argumento. Além disso, o protagonista faz tão pouco que a história seria praticamente a mesma sem ele e simplesmente foram jogados feitos importantes pra ele na tentativa de justificar a presença, mas que na realidade só ficaram forçados. O final foi previsível, o que não é necessariamente algo ruim mas considerando minhas outras críticas poderia ter tido algo um pouco mais inesperado. Só consegui pensar nesse livro como um tipo de Alice no país das maravilhas pra adultos, o que, pelo menos pra mim, tornou a experiência mais interessante.
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Lais Souza 20/06/2021

Os livros do Neil gaiman sempre me trouxeram um sentimento especial, e esse não foi diferente, como sempre ele nos trás para um mundo totalmente fantástico e diferente de qualquer coisa que você já tenha visto, aqui ele nos apresenta a uma Londres diferente, Londres de baixo, um submundo, repleto de pessoas excêntricas e cheio de perigos, a gente acompanha as aventuras e situações que os personagens passam sempre sem ter ideia onde aquilo vai levar, é sempre uma surpresa. Achei muito interessante e perspicaz o paralelo que ele fez entre o submundo e as pessoas que vivem as margens da sociedade e como elas parecem invisíveis para nós.
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Frederico Gouveia 03/06/2021

Um livro morno
Começou bem aclamado pra mim, com personagens bem característicos e marcantes, situações que prendiam a atenção e uma narrativa interessante, eu comecei com uma perspectiva e recebi um clichê Alice no país das maravilhas da metade pro final, começou a ficar meio maçante e até pensei em parar de ler, porém continuei pela curiosidade e pela busca de um bom plot, não gostei muito.
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Erik.Felipe 03/06/2021

Muito bom!
No começo do livro a leitura não estava me prendendo muito, porém do meio para o final do livro ficou muito bom e não consegui parar de ler.
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Liv 31/05/2021

Bom demais
Quem poderia saber, que a submundo debaixo de Londres que guardaria histórias fantásticas e tesouros ja esquecidos pela humanidade?
A historia no início, vai por cenas, e passando em cada personagem até tê-los juntos. Isso foi fundamental pra eu n parar a leitura.
O Richard, ele dar raiva e ao mesmo tempo consegue se engraçado em n entender hora nenhuma que estar em um mundo completamente diferente da Londres de cima.
Adorei o fato de ter esse tema na história, de saber pra onde vão os tesouros ou coisas sem importâncias, e como o autor soube usar isso em favor de toda a história.
Amei.
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Gabriela Paulino 30/05/2021

Me surpreendi muito positivamente com "Lugar nenhum", de Neil Gaiman. Estive bastante distante do gênero da fantasia nos últimos anos, e tinha me esquecido do quanto é boa a sensação de descobrir um novo mundo na literatura e compreender como ele funciona. Temos aqui uma fantasia urbana que nos apresenta um cenário não muito bonito (a Londres de Baixo definitivamente não é a minha definição de lugar agradável), mas isso não tornou minha experiência de leitura menos prazerosa. Outro ponto positivo são os personagens, os quais considerei muito carismáticos (principalmente o Marquês de Carabás) e que foram um elemento essencial para que eu estabelecesse uma boa ligação com a narrativa.

Só fiquei insatisfeita com a edição da Intrínseca, que apesar de oferecer um bom conteúdo com prefácio do autor e extras no final, está impressa em Ivory slim, um papel MUITO fino, frágil e transparente, o que muitas vezes atrapalha a leitura.
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Portela.Filho 28/05/2021

Bom, somente bom!
É um bom livro somente, não recomendo para quem nunca leu o autor.
Trata-se de uma história de dois mundos distintos na mesma cidade, o livro é uma viagem então se vc não gosta desses livros muito ?viajados? não leia.
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MelodyHoly 22/05/2021

Bom
Lugar Nenhum é um livro de narrativa ok, plot previsível e até meio fraco, e construção de mundo fantástica.

Foi a minha segunda leitura de Neil Gaiman (a primeira foi Coraline, que eu amei), e é realmente um livro bom. Não MUITO bom, mas é uma leitura que vale a pena e nem sequer pode ser considerado perda de tempo.

A história segue Richard Mayhew, um homem que tem uma vida bem ok, com emprego, casa e uma noiva, ele entende ter tudo o que poderia querer (embora não esteja exatamente feliz). Em um momento, enquanto está indo a um jantar com sua noiva, Jessica, eles se encontram com uma garota jogada na rua, claramente machucada e ensanguentada; enquanto Jessica quer ignorar a garota e seguir para o compromisso, Richard decide ajudar e, quando a menina pede para não ir ao hospital, ele a leva para casa e cuida de seus ferimentos.

A garota, Door (sim, literalmente porta, e sim, isso faz sentido), está sendo perseguida por dois homens, o Senhor Croup e o Senhor Vandemar, que deixam bem claro tanto para o leitor quanto para Richard as intenções que têm com ela (lê-se: assassinato).

Depois que Richard consegue ajudar Door a fugir, procurando por um conhecido da garota e lidando com estranhezas como ter que se desculpar com um rato, ela vai embora de sua casa e ele se prepara para continuar com sua vida comum.

Porém, entretanto, todavia, Richard se vê em uma situação onde é como se ele simplesmente não existisse em sua vida em Londres. Ninguém o vê ou o ouve, seu apartamento não é seu nem seu trabalho está lá, seus amigos e até Jessica não o conhecem e Richard não vê outra opção a não ser procurar ajuda a partir de uma pessoa que consegue vê-lo.

Richard consegue se reencontrar com Door e Marquês de Carabas, o homem que havia ajudado Door a ir embora, e a partir daí a aventura de Richard pela Londres-de-Baixo segue.

O livro traz reflexões interessantes sobre a relação coisas-que-a-gente-acha-que-quer-mas-na-verdade-não-quer e sobre a situação de moradores de rua também. A fantasia, toda a parte da Londres de Baixo e como as coisas funcionam por lá e tudo muito interessante e quase que visível enquanto se lê. Foi a minha parte favorita.

Sobre o enredo, eu pessoalmente achei um pouco fraco e corrido demais, além de várias partes serem confusas ou deixadas de lado. Confesso que desanimei quando vi que uma informação que eu estava super ansiosa pra saber não ia ser trabalhada no livro.

Eu gostei da construção dos Senhor Croup e Senhor Vandemar. Apesar de não mudarem em nada da primeira aparição até a última, eu gosto como eles são consistentes; o nível de sinistro deles é muito bom ?

De modo geral, ainda é Gaiman e eu não me decepcionei do que esperava para uma fantasia adulta. É sinistro e divertido ao mesmo tempo, com passagens esquisitas, algumas nojentas e algumas esquisitas.
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Tevo 21/05/2021

Fantasia Fluída.
Foi minha primeira experiência completa com alguma obra de Gaiman e devo confessar que esse livro me instigou bastante a conhecer mais o autor. A história da contrução do próprio livro já é por si só muito interessante. Mas a História consegue ser ainda mais.
Richard é um cara normal, com uma vida boa, mas bem comum mesmo... Chegando até a ser chata, talvez. Porém, no dia que está indo junto com sua noiva acompanhar o chefe dela em um jantar, ele se depara com uma garota ensanguentada na rua, bem em sua frente. Mesmo com a insistência da noiva para não fazerem nada e seguirem seu dia, Richard decide prestar socorro aquela moça e a leva para casa. Ele percebe que aquela garota tem atitudes esquisitas, além de estar sendo perseguida por dois homens muito estranhos. E depois de entrar em contato com um tal Marquês De Carabás a pedido da garota, a vida de Richard muda completamente.
Gostaria de detalhar mais, porém poderia sair algum spoiler. Então fica a sugestão: leia esse livro. Mas não leia criando super expectativas, esse não é um livro de detetive. Leia deixando a história fluir e aceitando o enredo. Acredito que se você ler deixando a história correr, a leitura ficará bem mais agradável. Enfim, boa leitura !
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Coruja 13/05/2021

Sobre marginalizados, compaixão e diferentes significados de heroísmo
Mais uma releitura, embora esta estivesse prevista há tempos na minha lista: a primeira vez que li Lugar Nenhum foi numa edição da Conrad (tanto tempo atrás que não tenho nem o registro de quando o li), texto que foi editado por Gaiman, com vários cortes e acréscimos, saindo por aqui pela Intrínseca em 2016, com nova tradução e o aviso de ser o “texto preferido do autor”.

Não tenho mais a edição da Conrad - que doei quando comprei a nova - para fazer o cotejo de ambas. Mas, ao reler minhas impressões mais antigas do livro, vejo que achei o texto por vezes cansativo, sensação que não tive dessa vez. Talvez seja uma questão de mudança de perspectiva (que teve muita desde aquela primeira leitura), mas não posso deixar de pensar que o novo trabalho de edição tenha feito diferença na fluidez do texto.

Quando escrevi algumas impressões sobre Lugar Nenhum em 2010 - não com uma leitura fresquinha na cabeça, mas de memória, dentro de um artigo maior sobre o Gaiman - minha atenção estava inteiramente voltada para a estranheza e a aventura da Londres de Baixo e o enredo de mistério envolvendo a morte do pai de Door. Como de hábito, uma releitura significa que você não está tão aflito para saber como a coisa toda se resolve e há tempo de sobra para admirar a construção de mundo e dos personagens, tudo o que tio Neil consegue empacotar aqui.

Como várias outras aventuras fantásticas, essa aqui começa com o herói passando por um portal para adentrar um mundo paralelo que ele não sabia existir bem debaixo do seu nariz. É Alice despencando pela Toca do Coelho ou Lucy descobrindo Nárnia dentro do Guarda-Roupa. Gaiman gosta desse tipo de enredo: Tristan em Stardust e Coraline passam por experiências bem parecidas a de Richard.

E sim, nosso herói improvável em Lugar Nenhum é Richard Mayhew, que pode até parecer um pobre tolo à primeira vista - preso na rotina de seu trabalho no mercado financeiro, com uma noiva autoritária e destinado a uma vida bastante comum -, mas surpreendeu bastante ao longo do enredo. A questão é que, cinicamente, confundimos gentileza com uma vocação para servir de capacho e, bem, lá está Jessica para mandar e desmandar no noivo e nos passar essa impressão.

Da primeira cena que Richard nos é apresentado, a gentileza é sua principal característica. Na chuva, meio nauseado pela quantidade de brindes que tomou em sua despedida dos amigos, ele ainda assim se importa com a moradora de rua que passa por ele e dá a ela seu guarda-chuva. O início de toda a enrascada do livro é quando ele ignora Jessica e ajuda Door (que ferida e desesperada, desejou que a porta que abriu a levasse para alguém seguro e confiável). Quando Anaesthesia lhe é designada por guia, ele conversa e se preocupa com ela - e talvez seja o único que se importe quando a garota desaparece.

Vez e outra, Richard demonstra civilidade, compaixão e uma bondade inata, algo que se alia a um grande autocontrole (mesmo com toda a estranheza em que logo se vê mergulhado, ele não se desespera ou dá um ataque histérico - o que seria bastante desculpável considerando que de uma hora para a outra as pessoas simplesmente deixam de enxergá-lo), pragmatismo e , sim, coragem. Tudo isso somado o tornará um herói capaz de passar por provações e obstáculos mortais - um Galahad moderno (e sim, isso me fez lembrar do conto Cavalaria, um dos meus favoritos do Gaiman). Gaiman aqui identifica heroísmo não com ser mais forte, de duelar e vencer o combate, mas de demonstrar compaixão, solidariedade, autoconhecimento.

Voltando um pouco, Richard ajuda uma jovem que basicamente desaba aos seus pés ferida e é assim que seus problemas começam. Door, que faz parte de uma família de abridores de porta (quer elas existam ou não, estejam proibidas e suas chaves, perdidas), acaba de ter todos os seus parentes assassinados pelos temíveis Croup e Vandemar. Parte da nobreza da Londres de Baixo, Door tenta descobrir porque sua família foi morta e sobreviver, ela mesma, à caçada que os assassinos mantêm contra ela.

Para isso, ela tem a ajuda do Marquês de Carabas, um vigarista astuto de várias vidas, que negocia na base de favores; de Hunter, a maior caçadora de bestas da Londres de Baixo e também de Richard, que após ser apagado da lembrança da Londres de Cima, procura o grupo para tentar reaver sua vida de antes.

O que impressiona nessa que seria uma típica jornada do herói, é o ambiente em que tudo isso acontece. A Londres de Baixo é costurada de partes esquecidas e descartadas da cidade de cima (e dá para inferir que todas as grandes e antigas cidades do mundo têm essa versão espelhada de si), algumas delas em que o tempo literalmente parou. Sua geografia é formada pelas estações de metrô de Londres: há de fato uma corte do conde (Earl’s Court) num vagão obscuro; monges em Blackfriars e um anjo em Islington. Aqui se abrigam seres e criaturas tão antigas quanto o mundo, mas também pessoas simples - os destituídos, os órfãos, os abandonados, aqueles pelos quais passamos nas ruas como se fossem invisíveis, que vivem completamente à margem da sociedade.

Por alguma razão, Lugar Nenhum me faz pensar no soneto gravado na base da Estátua da Liberdade, em Nova York: “?venham a mim as multidões exaustas, pobres e confusas ansiosas pela liberdade. Venham a mim os desabrigados, os que estão sob a tempestade?. Esses ‘pobres exaustos e desabrigados’ são exatamente aqueles que formam a população das Cidades de Baixo. E essa talvez seja a maior sacada do livro: a forma como Gaiman dá protagonismo aos marginalizados, onde mesmo o mais secundário dos personagens tem seu momento de destaque, sendo possível perceber enredos muito maiores por trás de suas breves participações.

Eu leria páginas e mais páginas sobre a história do Conde, sobre como Vandemar e Croup começaram sua maldita associação, sobre o resto da família de Door e de onde veio sua habilidade, sobre a hierarquia dos diferentes povos e comunidades que se encontram no Mercado Flutuante - ratos, lamias, cogumelo, corvos, pastores, e por aí afora -, sobre a miríade de favores que todo mundo parece dever ao Marquês, sobre como o Marquês se tornou quem é. Há tanta possibilidade nesse mundo criado para Lugar Nenhum que não me espanta Gaiman estar escrevendo uma continuação (nem que ela se inspire na crise de refugiados para tanto).

Inclusive essa edição traz como extras um capítulo cortado - com Croup e Vandemar antes de seguir para o trabalho com a família de Door - e um conto publicado anteriormente em algumas antologias, Como o Marquês Recuperou seu Casaco. Para ser um volume perfeito de colecionador, só faltava trazer as ilustrações maravilhosas do Chris Riddell - mas essas, por enquanto, só na edição em inglês (aparecendo em português, trocarei de novo de edição...).

site: https://owlsroof.blogspot.com/2021/05/lugar-nenhum-sobre-marginalizados.html
Maria 13/05/2021minha estante
Sua resenha ficou tão linda que despertou em mim o desejo de uma releitura.


Coruja 13/05/2021minha estante
Obrigada, Maria! Releituras são importantes, a gente percebe nelas o quanto nós mesmos mudamos com o tempo. Enfim, fico feliz que tenha gostado!




gabsquerido 29/04/2021

Bem legalzinho e divertido de ler
foi um livro bem legal de ler, alguns gatilhos, mas enfim, é um livro de terror né?

gostei bastante da construção da londres de baixo, dos personagens e do final.
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Michel 18/04/2021

Divertido e estranho.
O história tem uma pegada bastante curiosa no meu ponto de vista. Em alguns momentos fiquei entediado, e confesso que mesmo com toda discrição da cena e cenário, não consegui criar um ambiente concreto na minha imaginação. Talvez isso se deve ao fato de eu não conseguir assimilar uma cidade abaixo de outra cidade ( onde eu moro as galerias de esgoto não passamos de tubos de concreto bem limitados).
Por outro lado quando eu fui pego pelo enredo e pelos diálogos, não consegui mas parar de ler.
Um livro legal e divertido, porém bem estranho para os meus padrões de normalidade.
É evidente a crítica social que esse
livro traz consigo. Me fez refletir o quão pouca importância damos as pessoas jogadas nas ruas, e como elas passam despercebidas aos nossos olhos diante de nossas correrias diárias.
Gostei da leitura e recomendo como um livro pra se divertir, porém se quiser ir mais a fundo encontrará algumas questões importantes e que devem ser pensadas e analisadas.
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