A ilha do Dr. Moreau

A ilha do Dr. Moreau H. G. Wells




Resenhas - A Ilha do Dr. Moreau


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Clio0 09/04/2024

Não sei bem o que dizer de um livro que tem uma via ética tão crítica.

A Ilha do Dr. Moreau traz a história de um médico-cientista que ao fazer experimentos em animais cria o embrião de uma nova civilização. Pendrick é o observador que insere o leitor nessa ilha de quimeras, tomando para si o papel de juri, mas não de executor.

O sofrimento físico de cobaias sempre foi um dos tópicos mais controversos da pesquisa - mas e se além disso, estivessemos criando um sofrimento psíquico e moral? É o que diria o ser que entende não ser fera e nem humano.

A dualidade dos instintos e da mente estão presentes nos pequenos cenários observados, como funções ritualísticas, a aceitação de ofícios, a rejeição do corpo. O horror de Pendrick ao relatar tais coisas pode ser sentido em como ele se perde em algumas descrições que Wells fez questão de intercalar com momentos de surto.

É uma leitura pesada apesar de breve. Recomendo principalmente aos primeiranistas de qualquer área por ser esse o tipo de questionamento que estão sendo ensinados em tal momento.
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Diego Lima 09/10/2022

Mais resenhas atrasadas 3/3
Após ser resgatado de um naufrago, Prendick encontra-se em um novo perrengue ao ser abandonado a deriva pelos seus resgatadores; porém logo é salvo mais uma vez por algum deles. Entretanto, a ilha a qual passará a viver por tempo indeterminado é carregada por diversos mistérios, dos quais mudará complementarmente a vida de nosso protagonista.

Por ser uma obra curta, acaba que carecendo de desenvolvimento dos personagens, principalmente em questões de motivação para os eventos macabro ocorridos na ilha. Todavia, podemos imaginar ser apenas a ambição humana em transcender questões de natureza divina. Experimentaremos o pior do ser humano quando desvia de um senso moral.

Apesar de todo o exposto, se você gosta de mistério, suspense e um pouco de horror, é um livro bastante interessante - mesmo deixando a desejar em alguns pontos -, pois, é de suma importância entendermos nossas limitações como seres finitos.
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Gustavo RAS 26/11/2012

Um livro excepcional. É muito interessante como o Wells traz esse paradoxo: O homem tentando humanizar os animais e ele, ao mesmo tempo, se animalizando; e o incrível é que essa é uma tendência contemporânea. Quantas vezes não vemos que a forma do tratar humano em relação aos animais - especialmente domésticos - não é um tratar deveras humano. As expectativas que depositamos sobre esses animais, as roupas que os forçamos usar -os animais na ilha também com a humanização se cobriram com roupas, dado ao sentimento de pudor. Em contra partida, quantas vezes também não vemos, hoje em dia, homens movidos somente pelo instinto, desprezando aquilo que nos faz diferente dos animais, a razão, a capacidade de pensar, discernir e ponderar ideias. Fica claro no livro, quando o Prendick sai da ilha, que ele encontra na sociedade verdadeiros "monstros", tais quais ele encontrou na ilha, mas aqueles da sociedade não se mostram monstros no seu aspecto físico, mas na maneira de se comportar e a forma como conduzem seus pensamentos. O horror que Prendick passou na ilha, não se limita a ilha. É um horror mascarado, mas também encontrado no seio da sociedade humana.
O Dr. Moreau, apesar de ser criticado por suas experiências, não se faz tão diferente dos homens presentes tbm na sociedade. Um ser humano vazio, movido puramente por uma egoísmo no pensar. Moreau não demostrava nenhuma razão convincente para realizar aquelas atrocidades, ele não fazia para desenvolver a medicina ou reverter aquilo em algo benéfico à sociedade. Ele fazia puramente pelo egocentrismo e pelo sentimento de poder. Ele brincava de deus, criando e punindo suas obras de arte imperfeitas.

O intuito do Wells com esse livro, foi mais crítico do que qualquer outra coisa. O fato, creio eu, dos personagens não serem mais profundos e o fato das partes mais dramáticas- morte do Moreau e saída do Prendick - não serem mais detalhados, é pq eles não eram realmente importantes para a sustentação da crítica. O Wells, vejo eu, criticou a religião - instrumento alienador e controlador das massas -, o processo colonialista - já que os impérios do velho mundo, ao chegarem nas terras recém-descobertas, encaravam os nativos como animais e utilizavam do caráter moralizador e, principalmente, do discurso humanizador para tentar controlá-los - e por fim, uma crítica social no ponto em que o homem tenta humanizar os animais, enquanto ele mesmo sofre um processo interno de animalização.
Professor_estudante 26/07/2013minha estante
Eu ainda não tinha relacionado o livro com a expansão do imperialismo europeu. Concordo totalmente com sua interpretação. A conversão forçada dos indígenas ao cristianismo - a Lei... - a tortura - a casa da dor - para aquele que insiste em outras crenças... Wells mostra sua genialidade e compreensão profunda do mundo.





Glaucio 11/02/2014minha estante
Um livro inesquecível, talvez por ter lido na adolescência. Estou querendo reler, mas com medo de estragar as boas lembranças que tenho da história.
Já ouviu falar no livro "a filha do louco" escrito por outro autor e que tenta pegar carona na continuação da história? Se sim, conhece alguma coisa acerca da qualidade deste livro?
Parabéns pela ótima resenha


Tati Diorio 21/04/2020minha estante
Ótimas observações, Gustavo. Essas ideias que você levanta deveriam estar também no posfácio do livro.


Maria Cláudia 06/06/2020minha estante
Eu terminei de ler ontem e tive uma percepção bem diferente da sua, que a propósito adorei e abriu ai da mais minhas impressões do livro. Eu li pela ótica científica, e ética de sua parte. Levei em consideração a questão da vivisseccao dos animais e até onde os limites da ciência alcançam em relação a testes e pesquisas. Toda essa questão do imperialismo me passou bem despercebida... agora quando reler vou me atentar a isso também.


Rodrigo 26/02/2021minha estante
Que resenha idiota...




Raiane.Priscila 18/01/2024

Loucura
Eu realmente não consigo entender como a mente desses autores funciona. Ele conseguiu pensar em algo tão complexo que eu fiquei o tempo todo tentando imaginar a aparência das criaturas, mas minha mente é muito limitada e a ideia parecia absurda demais para meu cérebro. Livro fascinante.
Carolina 18/01/2024minha estante
Tem um filme antigo, com o Marlon Brandon, veja se achar, acho que vai te ajudar nessa parte dos personagens.


Raiane.Priscila 18/01/2024minha estante
Muito obrigada




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Bjlins 18/05/2021minha estante
Deve ser louco esse livro.


Diana279 18/05/2021minha estante
Siim, mas é muito bom.


Bjlins 18/05/2021minha estante
Show???




Francisco 27/08/2021

Regressão total do Povo Animal
O navio Lady Vain naufragou em fevereiro de 1887 no Oceano Pacífico e Edward Prendick, um inglês com formação científica voltada para história natural, sobreviveu ao naufrágio e foi recolhido e tratado pelo navio Ipecacuanha, cuja tripulação é liderada por Montgomery. No entanto, o Ipecacuanha era uma embarcação incomum por ter o encargo de levar vários animais selvagens a uma ilha desconhecida em meio ao Oceano Pacífico.

Montgomery é um ex-aluno de medicina londrino que mora nessa ilha desconhecida e desempenha a função de assistente de pesquisas científicas misteriosas do Dr. Moreau, que recebe e instala de forma hospitaleira Prendick em sua residência. Contudo, Moreau e Montgomery utilizam-se de todos os artifícios possíveis para evitar que Prendick tome conhecimento sobre a natureza de suas pesquisas realizadas em um laboratório na ilha.

Quando Prendick toma conhecimento de que Moreau e Montgomery estão realizando a vivisecção em animais selvagens em suas pesquisas científicas, vindo a transformar-lhes em criaturas monstruosas com algumas atitudes antrópicas (como a fala e o modo de portar-se quando se locomove), o denominado Povo Animal, passa a ser perseguido por toda a ilha. Logo, Prendick deverá encontrar uma forma de sobreviver e por um fim às pesquisas execráveis de Moreau e seu assistente Montgomery.

No que concerne ao desfecho, é irrefutável que o fim de Edwards foi inspirado em Viagens de Gulliver, de Swift, muito semelhante em muitos aspectos com esse livro (inclusive o estilo narrativo).

H. G. Wells é considerado o pai da ficção científica que deu origem a grandes nomes como Ray Bradbury, Arthur Clarke e Isaac Asimov. Esse foi o primeiro livro do autor que li e posso afirmar que a escrita de Wells é incrível, com muitos detalhes (mas que não tornam a leitura enfadonha) e com uma capacidade de captar a atenção do leitor a cada página, com críticas à dogmatização de religiões ou correntes ideológicas e até mesmo no que diz respeito ao preconceitos e à ética científica. Consequentemente, em minha concepção não poderia avaliar esse livro com menos de quatro estrelas e deixo aqui a minha recomendação.
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Matheus 27/10/2021

O livro trás uma discussão muito boa sobre ética, biologia e sociologia, através do relato do personagem principal somos levados a ilha do Dr Moreau, que faz experiências transformando bichos em seres "antropomorfos", o livro tem ritmo rápido e HG Wells sabe descrever as cenas muito bem.
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13marcioricardo 19/12/2023

Gostei.
Sempre ouvi muitas críticas a Wells, mas também sempre vi ser mencionado por grandes autores.

É um misto de literatura com entretenimento. Como tal, apesar de por vezes parecer simplista, na verdade, como esclarece o prefácio, podem existir várias mensagens a decifrar.
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Rodrigo 22/12/2021

Eu não sei pq ainda tento dar atenção pra esse estilo de livro. Particularmente achei o livro fraco e chato, " ain o autor traz a humanização dos animais enquanto ele mesmo se torna um animal" chato do mesmo jeito. Não chegar a ser um livro podre, mas simplesmente não prende, sabe aqueles livros q você ler chega e no final e não lembra de nada ? Pois esse é exatamente assim.
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R.Sanches 22/03/2021

Moreau e sua mania de ser deus
H.G.Wells faz o leitor refletir sobre a natureza, sua "criação ou evolução". Nessa obra ele deixa sua contribuição como biólogo, dá diversas referências sobre zoologia e confessa seu ponto fraco em botânica. Afirma as teorias de Darwin e rechaça Lamarck.
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Alberto 20/10/2021

Uma ilha de críticas
Eu conhecia a história do livro e imagina que seria algo puxado para o terror ou suspense, mas foca mais em um aspecto crítico à sociedade, e nem tanto na tensão da situação, que não é nada demais. Achei melhor dessa forma, pois ainda é atual.
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Lucianalg 18/05/2021

O que é a humanidade?
O livro apresenta de forma incrível a presunção de que a humanidade seria uma evolução mas traz através do doutor a imagem do homem como uma besta que faria de tudo para atingir seus objetivos.
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Carla 15/08/2020

Wells parece nos fazer alusão de que o homem é um animal, com os mesmos instintos de qualquer outro animal, porém se considera superior pela sua capacidade de linguagem e pensamento e nesse caso em específico pelo domínio da ciência. Esse livro retrata muito bem o complexo de Deus de alguns homens que se acham no direito de brincar com vidas apenas para satisfazer suas curiosidades. Moreau é um dos personagens mais desprezíveis que eu já li, sua arrogância e crueldade por se achar melhor que todos e se achar superior às demais vidas, torturando por puro capricho e ego me deixaram realmente incomodada. No mais, devo dizer que Wells está acabando com minha vida de leitora, pois não consigo achar nenhuma outra história, que não seja escrita por ele, interessante.
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Otavio.Guassu 01/10/2023

?Existe, embora eu não saiba como existe ou por que existe, uma sensação de infinita paz e segurança na contemplação dos céus estrelados. Deve existir, penso eu, nas vastas e eternas leis da matéria, e não nos problemas cotidianos e nos pecados e sofrimentos dos homens, aquele algo em que a parte de nós que é mais do que um mero animal encontra seu alívio e sua esperança. Tenho esperança, porque sem ela não conseguiria viver.?
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