As alegrias da maternidade

As alegrias da maternidade Buchi Emecheta
Buchi Emecheta




Resenhas - As Alegrias da Maternidade


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Rosana Miyata 12/09/2021

Maravilhoso!
Este é um livro que eu tinha há muito tempo na estante e quando eu terminei de ler pensei: "por que demorei tanto para ler?"
É simplesmente arrebatador, a história é bem dinâmica, forte, de sofrimento e superação. Além de que pude conhecer um pouco mais de outra cultura. Isso sem contar a edição da TAG que está lindíssima! Entrou para a minha lista de favoritos da vida! ??
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tata 08/09/2021

Alegrias?
Apesar de não ter sido meu primeiro contato com a cultura nigeriana, esse foi livro infinitamente mais triste.
O livro aborda toda a história da maternidade de Nnu Ego e o quão machista era sociedade em que vivia, impossível não se prender com a história de vida dessa mulher. Ótimo pra passar raiva de macho, chorar e entender melhor o papel da mulher na cultura da Nigéria.
Lendo o livro o seu desejo é que tenha um final feliz de todo jeito. Mas no mínimo, seria forçar uma história que infelizmente não é a realidade dessa cultura.
Achei a escrita da autora perfeita e de fácil entendimento, o que imagino que seja porque a mesma tinha local de fala com a realidade da cultura nigeriana.
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Maira Giosa 04/09/2021

Lançado pela primeira vez no Brasil pela Tag - em uma belíssima edição, com árvore genealógica e um apêndice com um alfabeto rúnico nigeriano - a obra de Buchi Emecheta fala a todas as mulheres, mães, futuras mães ou aquelas que não puderam/quiseram ter filhos. Porque As Alegrias da Maternidade é um título extremamente irônico.

Ambientado na Nigéria colonial, na recente (porém tão distante) década de 1940, quando os ingleses ainda eram os grandes senhores locais. A protagonista, fruto de um grande amor, foi "amaldiçoada" por seu espírito protetor e não conseguiu ter filhos no primeiro casamento, que deveria ter sido feliz.

Abandonada e casada com um homem "inferior", Nnu Ego dá à luz a nove filhos (dos quais sete sobrevivem), porém às custas de seu sangue, suor, lágrimas e felicidade. Vivendo na antiga capital, Lagos, ela faz o impossível para sobreviver à miséria e criar os filhos com dignidade.

De grande êxito internacional, a obra de Emecheta é um apelo não só a falta de responsabilidade do homem no cuidar da casa - um cenário que lenta, mas felizmente, vem mudando - mas também nos coloca no centro de uma tradição africana, quebrando diversos tabus regionais e dando lições de história sobre o povo igbo e o país.

É um livro de leitura extremamente rápida - devorei em uns poucos dias - e cativante. Torcemos para que Nnu Ego consiga superar sua condição desvantajosa em prol do progresso (deixar que os filhos estudem em Cambridge ou que as filhas tenham casamentos intertribais, com os iorubás), ao mesmo tempo em que desejamos profundamente que ela não perca suas raízes e tradições.

site: https://www.instagram.com/livrosdamaira/
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Martha.Lima 14/08/2021

Eu não consigo descrever a alegria de ter lido esta obra maravilhosa.
Uma leitura tão incrível que me causou arrepios em vários pontos.
Emecheta foi uma mulher incrível.
Minha gratidão eterna por esse presente a literatura.
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Jéssica Maria 11/08/2021

" Nós mulheres, fixamos modelos impossíveis para nós mesmas.
Esse livro foi o meu primeiro contato com Buchi Emecheta. É uma leitura que pela narrativa me impactou de forma positiva, principalmente o título que é uma ironia.

Contudo, a autora conta a história de maneira imparcial para que o próprio leitor reflita e conheça um pouco sobre a cultura nigeriana.

Conta-se a história de Nnu Ego filha de um grande líder da tribo igbo que de acordo com as tradições foi enviada à um marido em Lagos (capital da Nigéria) para poder satisfazer o sonho de tornar-se mãe. Na nova cidade e diante do choque cultural, submete-se a condições precárias a fim de praticamente sozinha cuidar dos seus filhos.

Na presente narrativa é possível pensar em várias nuances, sem querer apresentar julgamento a cultura alheia, o que me chamou a atenção é a figura da mulher em que na tradição da tribo igbo a identidade dela é servir o marido e procriar.

Nnu Ego é passiva e objurgada por esse costume.
É possivel inferir que ela é vista como prisioneira da maternidade, tanto pelo desejo de tornar-se mãe como após o nascimento, sendo que carrega o pesado acerca da criação dos filhos.

A submissão dos personagens a uma sociedade colonizada, em que a mulher além de servir ao patriarcado deve-se prestar a servidão ao modelo inglês.

Encerro, com uma das raras tomada de consciência de Nnu Ego sobre sua condição: "Mas quem foi que escreveu a lei que nos proíbe de investir nossas esperanças em nossas filhas? Nós mulheres corroboramos essa lei mais que ninguém. Enquanto não mudarmos isso, este mundo continuará sendo um mundo de homens, mundo esses que as mulheres sempre ajudarão a construir.
Laura.Kitty 14/08/2021minha estante
Amei a tua resenha!!! Que livro maravilhoso


Jéssica Maria 16/08/2021minha estante
Também eu adorei, Laura! Fiquei curiosa depois que você mencionou no nosso grupo.




Aninha 11/08/2021

Emocionante
A estória acontece na época em que a Nigéria era colonizada pela Inglaterra. Mostra o sofrimento do seu povo, as diferenças de vida destinadas as mulheres e aos homens, e o significado de família. Durante a leitura gostei de conhecer um pouco sobre os costumes e crenças dos nigerianos.
Nnu Ego é uma mãe com o perfil muito semelhante a maioria das mães, ela é forte. Desde pequena sua criação a fez acreditar que os filhos fazem uma mulher, e por amor aos filhos ela doa-se por inteira e sempre tem o coração cheio de esperança.
O livro conta a trajetória de vida dessa mulher, a forma como tudo é contado proporcionou uma imersão tão grande na personagem. Diversas vezes me peguei torcendo por ela, sorrindo com ela e sofrendo com ela. Recomendo a leitura para todos, principalmente mulheres, mães e filhos. Que livro, que mãe e que mulher! Sentirei saudades da Nnu Ego.
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Kira 07/08/2021minha estante
Aaaaa ? ??


Aninha.Costa 07/08/2021minha estante
Ai amiga pesado!




arlete.augusto.1 06/08/2021

Impactante
Tenho lido muitos livros de autores nigerianos, que são ótimos contadores de histórias. Buchi Emechata supera-se neste livro sensível, humano, criando uma personagem feminina forte, orgulhosa, que fica no nosso coração ao final da história, uma das grandes personagens da literatura, na minha opinião, com suas imperfeições, suas contradições, suas dificuldades de seguir a tradição de sua orgulhosa tribo igbo. Filha preferida de um grande líder, criada com fartura e carinho pelo pai, a quem ama e respeita profundamente, Nnu Ego tem pleno conhecimento de seus deveres com seu povo e a responsabilidade de honrar e respeitar o nome do pai. Numa cultura em que a mulher é propriedade do pai e depois do marido, e espera-se dela que dê filhos homens aos seus maridos, a quem deve respeito absoluto, não há margem para questionamentos. Mulheres estéreis ou que tenham só filhas são descartáveis, vistas como desgraçadas. Em seu primeiro casamento, aos 16 anos, Nnu Ego não engravida e acaba sendo vista como estéril e devolvida ao pai, que arruma outro casamento para a filha. Pensa que está escolhendo alguém especial, um homem que saiu da tribo e foi para Lagos, a grande cidade e é visto como vencedor. A realidade mostra-se bem diferente, e, Nnu Ego tem que engolir seu orgulho para honrar seu pai e as tradições. Os filhos vêm, junto com a Segunda Guerra e todas as dificuldades que a vida na cidade exige principalmente das mulheres igbo. São muitos os desafios a serem vencidos por Nnu Ego em anos de guerra e profundas mudanças culturais na Nigéria.
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Flavissíma 05/08/2021

Um título abertamente irônico
Buchi Emecheta me deu muitos tapas na cara e abrindo os meus olhos sobre a consciência de ser mãe (E eu sou mãe). Com um título irônico, ela mostra que as alegrias da maternidade vai muito além de conceber, gerar e cuidar. Retratado na Nigéria, algo que me encantei pelas descrições das paisagens e de cada tribo, a personagem foi criada sabendo que têm que ser esposa, dona de casa e gerar filhos (principalmente filhos homens). Ela nunca foi dona de si, sempre pertenceu ao pai, ao primeiro marido, ao segundo marido e depois aos filhos! Ermecheta expõe muitos abusos psicológicos e físicos que a personagem sofre e que existe o Patriarcado, onde ela não pode expor o que pensa, o que deseja, porque simplismente tem bocas para cuidar e alimentar, e mesmo assim a personagem Nnu Ego bate de frente. Teve alguns capítulos que eu tive sentimentos de raiva e de ódio quando se mostrava o machismo no seu ponto mais alto...Mas ao mesmo tempo e um livro que aborda a cultura Nigeriana, onde o que eu acho um horror para eles é totalmente normal, há um julgamento e ao mesmo tempo não há...
Eu indico esse livro para todas as mães e não mães! Simplismente maravilhoso!
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Paulo1584 03/08/2021

As ironias da maternidade
Larguei esse livro na metade há um mês e dei um tempo, pois não estava conseguindo avançar. Foi um tempo bastante preciso, pois quando retomei não consegui largar até terminar.

Nnu Ego é uma personagem muito resiliente e Buchi Emecheta, por meio da história dessa mulher que coloca os filhos acima de tudo em sua vida e que sofre muito ao longo dos anos por conta das condições decorrentes do fato de ser mãe de muitos filhos num contexto em que a situação das mulheres é bem difícil. Por meio dos encantos e desencantos de ser mãe, a autora consegue construir uma narrativa bastante humana, pelo fato de suas personagens serem contraditórias dentro de suas construções, mas não uma contradição que faz desconfiarmos da autora e sim de a admirarmos, pois essa história é bastante dolorida e nós conseguimos entender as crenças das personagens mesmo discordando de algumas.

É importante entender que a narrativa se passa em meados do século XX e que não deixa de citar as questões políticas, como o domínio da Inglaterra sobre a Nigéria (onde se passa a história) e o uso de soldados nigerianos para a segunda guerra mundial.

Buchi Emecheta constrói uma narrativa bastante reflexiva do ponto de vista dos costumes e da cultura do seu contexto. É sensível, sagaz, uma obra diferente do que costumo ler e que foi uma ótima leitura.
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Luciana Luz 01/08/2021

As Alegrias da Maternidade
Que história!
Ao fim entendemos o título e toda a ironia contida. Emecheta nos apresenta mulheres incríveis em sua força e capacidade de não desistir mesmo quando tudo enpurra para o contrário.
Que oportunidade para conhecer outras culturas!
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Jéssica 30/07/2021

Não se engane com o título, recomendo a vc futura mãe ou não
"Os homens...a única coisa em que eles estavam interessados eram em bebês homens para dar continuidade a seu nome. Mas por acaso uma mulher não precisava trazer ao mundo a mulher-bebê que mais tarde geraria filhos homens? Deus, quando você irá criar uma mulher que se sinta satisfeita com sua própria pessoa, uma ser humano pleno, não o apêndice de alguém?[...]"

Bom, esse livro me proporcionou tantas sensações e epifanias ao ponto de crer que está resenha será uma daquelas que se assemelham a um vômito de ideias.

Logo nas primeiras páginas Nnu Ego nos é apresentada em pleno desespero e tristeza, buscando uma forma de se livrar desse sentimento como se desfaz do leite materno que escorre de seu peito, o que já se opõe ao título da estória, isso causa ao leitor uma estranheza e curiosidade em saber o que pode estar acontecendo com aquela mãe para que se encontre nessa condição.

No primeiro capítulo conhecemos a história dos pais de Nnu Ego, como cresceram, se conheceram e a geraram. Ao meu ver, Buchi Emecheta usa disso para nos introduzir as origens e costumes do povo de Ibuza, na Nigéria no inicio do século passado, por volta de 1920, e assim contextualiza os valores culturais em que Nnu Ego se constituiu individuo bem como seu papel naquela tribo, na qual os homens possuem diversas esposas e amantes das quais é considerado proprietário, as mulheres são só recebem algum tipo de respeito e valor quando geram um filho homem. Ou seja, a materdida é sinônimo de identidade, você não é uma mulher completa caso não tenha capacidade de dar filhos homens a seu marido.

Buchi narra como se o nascimento de Nnu Ego fosse algo místico, seu pai um importante líder africano perdidamente apaixonado pela mulher arisca e impotente, descrita praticamente como uma deusa, que fora sua mãe. Dessa forma, ao nascer, Nnu Ego se vê pertencente a uma família próspera e privilegiada em Ibuza.

Devido a adversidades em seu primeiro casamento, Nnu ego é enviada para Lagos, capital da Nigéria, para uma segunda tentativa matrimonial. Lá, se depara com Nnaife, um homem de sua tribo já adaptado as mudanças decorrentes da colonização inglesa que ocorria na época. Seu marido era o oposto do homens de sua tribo, era baixo, rechonchudo e trabalhava lavando roupa e peças intimas dos brancos. Porém, ainda sim aquele homem podia lhe proporcionar o que mais desejava na vida, ser mãe.

Buchi Emecheta é a melhor contadora de história que eu já vi, sua escrita é tão envolvente e detalhada que quase não parece um obra fictícia, é como se ela estivesse apenas relatando algo que viveu, e bem..... não deixa de ser, ela nos proporciona uma riqueza de conhecimento cultural de seu povo.

Acredito que isso tenha sido o mais surpreendente nessa leitura, acompanhar uma personagem fiel a seus crenças e valores sofrendo um choque cultural com os novos costumes impostos pela colonização.

Sobre a maternidade, a trajetória de Nnu Ego me gerou uma cascata de emoções, apesar da enorme divergência entre culturas, é possível se identificar com ela.

Como mulher, Nnu Ego sofre em dobro em condição de submissão, tanto em relação aos colonizadores quanto a seu marido,em decorrência da tradição próprio povo que vive a base de uma sociedade patriarcal. Dessa forma, vemos uma mulher totalmente conformada com sua realidade e com alguns lapsos de consciência, tão curtos que é quase como se os deveres atribuídos a ela como mãe e mulher a despertassem desse delírio momentâneo.

Ao fim da leitura refletimos que mesmo tendo uma distância gigantes entre culturas, tempo e até mesmo localização, a mulher ainda é prisioneira ao ideal de maternidade, somos prisioneiras da expectativa que nos é imposta de ser mãe, em alguns casos, do desejo de ser mãe, muitas vezes da incapacidade de ser mãe OU mesmo quando SE É MÃE, somos prisioneiras da forma de criar e educar os filhos da "forma correta" - qualquer desvio de comportamento do filho é responsabilidade da mãe. Quando nos veremos livres disso?....

Com certeza é uma leitura e experiência que vou querer revisitar SE, por acaso, um dia desejar ser mãe.

Acredito que a continuação do trecho que coloquei no início seja a melhor forma de finalizar essa resenha.

"[...] Afinal nasci sozinha e sozinha hei de morrer. O que ganhei com isso tudo? Sim, tenho muitos filhos, mas com que vou alimenta-los? Com minha vida.Tenho de trabalhar até o osso para tomar conta deles, tenho que dar-lhes meu tudo. E se eu tiver a sorte de morrer em paz, tenho que dar-lhes minha alma."
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