As alegrias da maternidade

As alegrias da maternidade Buchi Emecheta
Buchi Emecheta




Resenhas - As Alegrias da Maternidade


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CInt_lo 02/10/2020

Um título que conota um sentido mas que se mostra bem irônico ao longo do percurso em que nos apegamos a história.
LINDO E DOLOROSO
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JAlia.Ferronato 31/03/2021

Comecei a ler "As alegrias da maternidade" com altas expectativas e não me decepcionei.

Tudo no livro me deixou muito curiosa: a narrativa, a cultura, o período histórico, os personagens, e a leitura é um exercício em empatia. Recomendo muito.
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Pandora 16/06/2020

A Buchi Emecheta é magnífica. Uma narradora cirúrgica, seca, brutal extremamente competente no registo da história das mulheres nigerianas durante as primeiras décadas do século XX.
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"As alegrias da maternidade" é pura mágoa, recebimento e cumplicidade. Buchi escreve para as mães, na qualidade de mãe sobre a experiência de ser mae. É uma honra poder ler a Buchi. Abri esse livro, aprender com esse livro, ouvir esse livro é um presente imerecido para qualquer pessoa.

Não há livro de história que vá ensinar tão bem como foi para as mulheres nigerianas enfrentar o êxodo rural de suas terras ancestrais para Lagos no início do século XX e todas as implicações disso. Ela aborda as relações de trabalho entre ingleses e africanos; as relações entre homens e mulheres dentro e fora do casamento; a relação entre mulheres; a sociabilidade entre as etnias Igbó e Ioruba em Lagos; o encaixe dos nigerianos dentro do contexto do Imperialismo Inglês antes e durante a 2° Guerra isso tudo e um pouco mais em uma linguagem clara, objetiva, sintética sem dramas mesmo abordando situações dramáticas.

É um livro imenso, simples, direto, objetivo no qual acompanhamos toda a vida de Nnu Ego como filha, esposa, comerciante, mulher, sobretudo MÃE que carrega em si todos os galhos da árvore chamada família, um trabalho que a escraviza da sola do pé a raiz do cabelo. Durante a vida toda e até depois da vida a generosidade de Nnu Ego parece não ter fim.

Obrigada Buchi por ter deixado essa herança para minha geração. É por conta de pessoas como você que podemos refletir sobre a maternidade e não fazer dela o nosso objetivo primeiro e último de vida. Por mulheres como você somos pessoas em busca de liberdade, você nos ajudou a enxergar nossas algemas e assim procurar meios de nos livrar delas. Isso é um milagre! Obrigada! Que você esteja em paz!
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Chrisna 29/03/2021

A outra face da maternidade
Sem palavras para esse livro, deixarei as frases que mais me tocaram o coração e minha mente ficou horas refletindo:

"Não era justo, ela achava, o modo como os espertos dos homens usavam o sentido de responsabilidade de uma mulher para escraviza-la na prática. Eles sabiam que nunca passaria pela cabeça de uma esposa tradicional como ela a ideia de abandonar os filhos."

"Estavam diante da oportunidade de tirar as famílias do tipo de vida que vinham levando; nunca antes lhes ocorrera que aquilo fosse pobreza. Por acaso não estava praticamente todo mundo vivendo do mesmo jeito?"

?Deus, quando você irá criar uma mulher que se sinta satisfeita com sua própria pessoa, um ser humano pleno, não o apêndice de alguém??

"Alguns pais, em especial os que têm muitos filhos de diferentes esposas, podem rejeitar um mau filho, um amo pode rejeitar um criado perverso, uma esposa pode chegar ao ponto de abandonar um mau marido, mas uma mãe nunca, nunca pode rejeitar seu filho. Se ele for condenado, ela será condenada ao lado dele..."

"Tirar meus filhos de mim é como me tirar a vida que sempre conheci, a vida com a qual estou acostumada?

"A alegria de ser mãe era a alegria de dar tudo aos filhos, diziam."
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Line 31/12/2020

Eu diria " a não alegria da maternidade"
Quando vi a sinopse desse livro me interessei logo de cara, maternidade é um assunto que me interessa e muito, pois não tenho esse desejo de ser mãe, e esse livro só me ajudou ainda mais a não querer ter.

Ele retrata a solidão, a sobrecarga e a compulsão pela maternidade que chega a ser angustiante e como algumas questões é semelhante aos dias de hoje. Livro incrível que aborda um tema que muito pouco é falado "a não alegria da maternidade"

A Nnu Ego sente a diferença cultural e os costumes quando se muda pra Lagos, logo começa a comparar com sua cidade antiga, e aos poucos vai se habituando porém não esquece dos seus costumes e religião. E você vai percebendo a mudança cultural dela ao longo do livro.

O livro todo de certa forma retrata toda uma tristeza e o final então, é de doer o coração. Enfim, recomendo e muito o livro, amei muito essa leitura, me fez refletir e conhecer muita coisa.
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Jéssica Maria 11/08/2021

" Nós mulheres, fixamos modelos impossíveis para nós mesmas.
Esse livro foi o meu primeiro contato com Buchi Emecheta. É uma leitura que pela narrativa me impactou de forma positiva, principalmente o título que é uma ironia.

Contudo, a autora conta a história de maneira imparcial para que o próprio leitor reflita e conheça um pouco sobre a cultura nigeriana.

Conta-se a história de Nnu Ego filha de um grande líder da tribo igbo que de acordo com as tradições foi enviada à um marido em Lagos (capital da Nigéria) para poder satisfazer o sonho de tornar-se mãe. Na nova cidade e diante do choque cultural, submete-se a condições precárias a fim de praticamente sozinha cuidar dos seus filhos.

Na presente narrativa é possível pensar em várias nuances, sem querer apresentar julgamento a cultura alheia, o que me chamou a atenção é a figura da mulher em que na tradição da tribo igbo a identidade dela é servir o marido e procriar.

Nnu Ego é passiva e objurgada por esse costume.
É possivel inferir que ela é vista como prisioneira da maternidade, tanto pelo desejo de tornar-se mãe como após o nascimento, sendo que carrega o pesado acerca da criação dos filhos.

A submissão dos personagens a uma sociedade colonizada, em que a mulher além de servir ao patriarcado deve-se prestar a servidão ao modelo inglês.

Encerro, com uma das raras tomada de consciência de Nnu Ego sobre sua condição: "Mas quem foi que escreveu a lei que nos proíbe de investir nossas esperanças em nossas filhas? Nós mulheres corroboramos essa lei mais que ninguém. Enquanto não mudarmos isso, este mundo continuará sendo um mundo de homens, mundo esses que as mulheres sempre ajudarão a construir.
Laura.Kitty 14/08/2021minha estante
Amei a tua resenha!!! Que livro maravilhoso


Jéssica Maria 16/08/2021minha estante
Também eu adorei, Laura! Fiquei curiosa depois que você mencionou no nosso grupo.




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Taissa 16/11/2021

Maternidade sofrida
Estava na minha estante há tempos e resolvi finalmente lê-lo. Não sei se o fato de estar grávida tenha alguma relação com a escolha do livro, mas adianto, de antemão, que a obra não trata de uma maternidade alegre. Pelo contrário. Buchi Emecheta, escritora nigeriana, cuja história se confunde um pouco com a da protagonista, narra no livro os costumes, a cultura e o machismo da sociedade nigeriana, a pressão que recaia sobre as mulheres de terem filhos homens, os papéis que desempenhavam e os seus sofrimentos. Uma leitura interessante, mas doída. Vale a pena!
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Aila Cristina 04/01/2021

As [não] alegrias da maternidade
Primeiro livro que li da Buchi Emecheta e primeira vez que participo de uma leitura coletivo. Gostei muito das duas experiências. O livro e sua ironia-dualidade com relação ao título, desde o início, me chamaram muito atenção. As alegrias da maternidade levantam questões sobre o ser mãe dentro e fora das culturas africanas. Apresenta questões relacionadas as desigualdades de gênero nas diferentes culturas. A autora transita muito bem nas diversas narrativas das personagens, em seus dilemas e contradições, o que os torne ainda mais humanos. De uma lado temos, a luta pela sobrevivência, pela alimentação, escolarização e por outro lado, temos os festejos pelo nascimento de mais um membro da família, um casamento ou qualquer acontecimento marcante para a cultura ibgo. O livro também nos apresenta aspectos perversos do processo de colonização, e como isso afetou toda a organização social das comunidades nigerianas, trazendo mudanças, que na maioria das vezes, não foram positivas. Além disso, trechos do livro apresentam aspectos do racismo manifestado pelos colonizadores, mas também apresenta como as pessoas nativas da Nigéria construía seus próprios padrões de beleza. A autora expõe aspectos da vida em comunidades agrícolas e caçadoras e o choque de cultura na mudança para uma cidade mais “colonizada”, algo que também chamou muito a minha atenção. Além, os aspectos culturais, sobretudo, na alimentação. Sempre que leio literatura africana, esses aspectos são os que mais penso, tentando perceber aproximações com os nossos hábitos alimentares. Por fim, o livro reforça que as cobranças sobre ser mãe e o próprio ser mãe, ainda afeta muitas mulheres, que como a Nnu Ego, vivem as alegrias e dores da maternidade.
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Lorena 02/01/2022

Em minha humilde opinião o livro deveria chamar " As tristezas da maternidade" posso estar sendo um tanto quanto realista demais, porém essa história só fala sobre sofrimento, dificuldades e tristezas.

Nnu Ego sofre do início ao fim, casa-se com um homem que nem sequer conhecia e deposita toda sua esperança em gerar filhos, principalmente homens como exigido em sua cultura. Gostei de Nnu principalmente por sua força e coragem, eu não me vejo em sua pele, principalmente por termos cultura totalmente diferentes. Me dói ver mulheres como apenas "procriadoras".

A escritora nigeriana : Emecheta, mostra o quanto o ideal de um povo se sobressaí e deve ser obedecido a risca.
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Camila 14/03/2021

Vontade constante de abraçar Nnu Ego
Apesar do tema forte, o estilo de escrita é muito agradável de ler.
As Alegrias da Maternidade mescla sentimentos de "que privilégio morar em um local com cultura diferente dessa" e "isso parece tão familiar e atual".
Um livro que merece ser lido por todas as mães e as não mães, mas que seria muito benéfico para a sociedade se também fosse lido por homens pais e não pais.
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Catharina.Mattavel 12/08/2020

Um dos melhores do ano....
As Alegrias da Maternidade foi o livro escolhido para a primeira leitura coletiva que organizei por aqui. Apesar de se mostrar um enredo promissor, não imaginava o tamanho impacto que Buchi Emecheta teria não só na minha consciência mas de todas as participantes. Fizemos algumas chamadas para expor todos os sentimentos e reflexões que a leitura nos causou, mas o sentimento que fica é que Buchi aborda tantos pontos acerca do "ser mulher" e da maternidade que poderíamos manter as chamadas todos os dias.

Nossa protagonista Nnu Ego é filha de um guerreiro igbo e quando foi enviada a capital nigeriana para ser esposa de um homem escolhido pelo pai, Nnu Ego se percebe como incompleta, já que não consegue engravidar de jeito nenhum. O sentimento de insuficiência na protagonista é tão grande que percebe-se nas primeiras páginas o que uma cultura violenta de opressão patriarcal desencadeia.

A história é ambientada no século XX, dentro de uma Nigéria colonial, entre Ibuza (comunidade igbo) e Lagos. Acompanhamos a trajetória de uma mulher que representa inúmeras no mundo inteiro, uma mulher que continua se deparando com a violência mesmo depois de ter cumprido seu "papel de mulher" colocando filhos no mundo. Quanto mais velha, mais solidão a maternidade compulsória reflete em Nnu Ego, seja como mãe ou esposa mais velha submissa.

Obedecendo valores tradicionais que inferioriza mulheres de todas as formas, nota-se os questionamentos que Nnu Ego e outras personagens começam a levantar. São momentos que nos dão esperança de haver mudanças, mas a opressão as dominam cada vez mais. Tudo isso em meio as consequências da colonização, de guerras e outros pontos históricos importantíssimos para o cenário do enredo.

Quando Buchi, com cinco filhos, sofre violências físicas e verbais constantemente, decide escrever essa obra de arte quase autobiográfica. Foi uma forma que encontrou de ter sua voz escutada finalmente, transformando-se em uma das grandes autoras de seu tempo e até atualmente, com enredos que demonstram a realidade de tradições ancestrais, patriarcalismo, machismo, sexismo e todas as formas de violência possíveis.

Queria poder falar muito mais sobre tudo que esta leitura oferece, mas não tenho capacidade de colocar em palavras a importância desta obra para quebra do imaginário idealizado e romantizado sobre a criação dos filhos e "as alegrias da maternidade".

site: https://www.instagram.com/p/CDUdcigjSUg/?hl=pt
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Daniela.Morais 24/02/2020

Li e ouvi
Foi muito gratificante poder ler e ao mesmo tempo ouvir o audiobook desse livro.
Todas as críticas positivas sobre a escritora e essa obra são verdadeiras: a história é muito boa e a narrativa é excelente.
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Paulo1584 03/08/2021

As ironias da maternidade
Larguei esse livro na metade há um mês e dei um tempo, pois não estava conseguindo avançar. Foi um tempo bastante preciso, pois quando retomei não consegui largar até terminar.

Nnu Ego é uma personagem muito resiliente e Buchi Emecheta, por meio da história dessa mulher que coloca os filhos acima de tudo em sua vida e que sofre muito ao longo dos anos por conta das condições decorrentes do fato de ser mãe de muitos filhos num contexto em que a situação das mulheres é bem difícil. Por meio dos encantos e desencantos de ser mãe, a autora consegue construir uma narrativa bastante humana, pelo fato de suas personagens serem contraditórias dentro de suas construções, mas não uma contradição que faz desconfiarmos da autora e sim de a admirarmos, pois essa história é bastante dolorida e nós conseguimos entender as crenças das personagens mesmo discordando de algumas.

É importante entender que a narrativa se passa em meados do século XX e que não deixa de citar as questões políticas, como o domínio da Inglaterra sobre a Nigéria (onde se passa a história) e o uso de soldados nigerianos para a segunda guerra mundial.

Buchi Emecheta constrói uma narrativa bastante reflexiva do ponto de vista dos costumes e da cultura do seu contexto. É sensível, sagaz, uma obra diferente do que costumo ler e que foi uma ótima leitura.
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Nina Madruga 07/02/2022

Muito bom!
Leitura forte e real!

A sensação ao longo da leitura desse livro foi de espanto referente a realidade tão diferentes mas ao mesmo tempo não tão distantes da minha. Diferente no sentido da cultura, das responsabilidades, mas crenças, nos costumes, na condição financeira e da visão de vida no geral. Não tão distante por se passar há menos de um século, no continente vizinho, mas ser o tipo de coisa que a gnt pensa que não existe mais a muuuito mais tempo.

É incrível ver as dores e as conquistas vividas por essa mãe. Nós podemos, ao longo da história, acompanhar o crescimento de Nnu Ego como pessoa, esposa, filha e, principalmente, como mãe. A transformação da personagem é gradual e impressionante. Como a vontade de ser mãe para satisfazer um marido e se privar mulher, passar a ser um instinto de dever para com o mundo e sua natureza.

Sem dúvidas a cena que mais me chamou a atenção foi a do tribunal. É triste e ao mesmo tempo chocante ver a dificuldade com que os povos com culturas diferentes vivem ao serem praticamente obrigados a se adequarem ao esperado pelo ?novo mundo?. Quando o livro me permitiu ver como é estar do outro lado da história, pareceu ridículo a atitude dos meus semelhantes, tão poucas vezes observada.

Não é muito o estilo de livro que tenho costume e preferência para ler, mas considerei está como uma experiência extremamente positiva e rica. No geral , excelente livro!
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