Os Demônios

Os Demônios Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Os Demônios


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Tiago Fachiano 14/01/2023

O homem criou Deus para evitar o suicídio
Nesse livro fantástico do Dosto ele utiliza um fato veridico na Rússia para criar uma história envolvente e que renderá inúmeras análises filosóficas.

O caso foi um grupo de amigos que tramaram um pequeno golpe e utilizaram de ações torpes como justificativa a favor de uma "causa comum".

Dosto utiliza da ausência de Deus como forma trazer a tona os riscos e perigos da vida humana. Mesmo que munidos de uma "boa intenção" o ser humano pode ser cruel para conquistar seu objetivo.

Um livro que levarei anos digerindo... Certeza q deixei passar muitas questões e com certeza irei reler (em algum momento da vida).
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Gabrielli 12/01/2023

Uma obra monumental
A narrativa em formato de "novelão" me surpreendeu muito, foi a leitura mais "viciante" de Dostô até agora. A forma com a qual ele apresenta para nos a Rússia pré-revolução e como surgiu e se desenvolveu o espírito revolucionário é sensacional. Tipo de livro que tem milhares de camadas e releituras são muito bem-vindas!

Fazer essa leitura com um background da Rússia da época e das próprias ideias do autor é muito interessante, porque distancia muito da realidade política ocidental. O cristianismo ortodoxo, a visão de que a Mãe Rússia salvará o mundo, a morte de Deus, o liberalismo francês que deu início a tais ideias... Tudo é de uma riqueza profunda.
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Cintia295 05/01/2023

Esse releitura foi muito mais proveitosa e enriquecedora, tinha alguns pontos que não tinha entendido direito e que agora ficou fechadinho.
A escrita do Dostoiévski é simplesmente magnífica, linda. O homem realmente sabia escrever e transmitir tudo nos livros, seja raiva, ranço, ódio, salvação, amizade, amor. Ou a falta dessas emoções kkkkk.
Sobre os personagens tinha esquecido como alguns era insuportável, mal, chato, possessivo um verdadeiro demônio em forma de gente sem compaixão nenhuma.
Só leiam, só leiam.
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Erudito Principiante 03/01/2023

Os revolucionários na visão de Dostoiévski
Minha segunda leitura de Dostoiévski foi de difícil digestão, como eu já esperava após ler O Duplo. Mas isso não significa dizer que não gostei.

Em Os Demônios acompanhamos algumas pessoas em uma cidade provinciana tendo que lidar com suas rotinas e cotidianos sem maiores problemas, até que um grupo de revolucionários socialistas/progressistas começa a se infiltrar lentamente nessa sociedade, abalando aos poucos sua rotina. Falando dessa maneira parece muito simples, porém Dostoiévski costura a história de forma detalhada, construindo os personagens lentamente. Aliás, na minha modesta opinião acho até que a história demora bastante para desenvolver, sendo apenas na segunda metade do livro que vemos alguns sinais do que irá acontecer. O autor usa o interessante artifício de o narrador ser um dos personagens, ou seja, tudo é narrado em primeira pessoa, como se fosse um testemunho pormenorizado.

A história inicia mostrando a vida do intelectual fracassado Stepan Trofímovitch, vivendo às custas da viúva rica Varvara Petrovna na condição de preceptor. Os amigos de Stepan dão sutis sinais de fazerem parte de um grupo subversivo, mas aparentemente são inofensivos. As coisas começam a esquentar um pouco com o aparecimento de Nikolai Vsêvolodovitch Stavróguin e Piotr Stepanovitch Verkhôvenski, que acabam por serem os líderes dos subversivos.
Stavróguin é mais de ação e poucas palavras, enquanto que Verkhôvenski fala pelos cotovelos e se autodenomina o porta-voz da liderança revolucionária nacional perante o grupo local.

Os Demônios aos quais Dostoiévski se refere são justamente os revolucionários e seu total desprezo pela ordem vigente, preceitos morais, religiosidade ou qualquer outra coisa que se interponha entre seus objetivos. A história seria a versão de Dostoiévski para um assassinato que ocorreu em 1869. O jovem Ivan Ivanov foi morto por se desentender com o líder do grupo subversivo local Serguei Netcháiev. O desenrolar da investigação e posterior julgamento foi acompanhado por Dostoiévski, inspirando-o a escrever sua obra, que culminará no assassinato de um dos personagens nos moldes do crime real.

Os revolucionários da vida real, conforme previu Dostoiévski, foram ganhando força através de seu discurso sedutor de igualdade e ao mesmo tempo afirmando que a sociedade precisava ser destruída para que algo novo (e melhor, segundo eles) pudesse nascer das cinzas do caos disseminado pelos mesmos. Menos de meio século após a primeira edição de Os Demônios a Rússia caía aos pés dos bolcheviques. O resto é história?
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lisa 19/12/2022

eu tinha expectativas bem grande para esse livro. sinceramente acho que é para ser uma das últimas leituras do dostoiévski, quando vc estiver acostumado com as ideias nas quais ele frequentemente desenvolve em outros livros e com o ritmo lento. esse livro é MUITO LENTO. tem MUITA informação desnecessária. é cheio de detalhe específico sobre a política da época, o que as vezes não é nem um pouco interessante ou fácil de entender. tem personagens que literalmente não são nem um pouco fascinantes.
mas o que definitivamente se destaca, rouba toda a cena e garante a nota alta que eu dei pra ele é o personagem do Pyotr Verkhovensky, que é claramente visto como uma espécie de "vilão" pro autor. ele faz tudo acontecer e não é tão difícil se sentir curioso pelo próximo movimento dele.
não gostei nada do Stavrogin, que supostamente deveria ser um personagem que chama a atenção (acho que ele só fez pose e mta m3rda). outro ponto positivo foi o Kirilov, as discussões dele eram interessantes.
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Ale 12/10/2022

"Os Demônios existem indubitavelmente, porém a interpretação deles pode ser bem multifacetada."
Um crime espantoso ocorrido em Moscou, no ano de 1869, deixa um documento intrigante: tratasse da " Catequese do revolucionário", um texto redigido por Serguei Netchaiev, líder carismático de uma organização estudantil e principal mandante do crime em questão (Deixei um trecho da "catequese" na segunda e terceira imagem). A par desse fato, Dostoievski empreende na Criação de "Os Demônios", definitivamente, seu grande romance político e uma das grandes obras das letras cristãs.

No enredo profético de "Os Demônios", Dostoievski faz um amplo estudo da psique revolucionária; dando ênfase na nocividade de ideias niilistas e materialistas, o autor adverte para as catástrofes que poderiam resultar desse tipo de pensamento. Um personagem se destaca nesse aspecto: Piotr Stepanovitch, personagem que faz absolutamente de tudo que possa ter alguma serventia para a "causa geral", mesmo que isso signifique incentivar o svicidio de um dos seus camaradas ou cometer ,ele mesmo, um homicidi0.

Enfim... Dostoiévski fez o desenho perfeito do típico revolucionário que, ignorando completamente o excessivo elemento desordeiro presente em sua própria alma, age para que, através da transformação radical da sociedade, exista ordem plena no mundo.

Dostoievski dispensa comentários, mas quero salientar o leque de sensações que a leitura de "Os Demônios" me causou. A narrativa me fez rir, fez meu coração bater mais forte, me fez chorar, etc... Ler Dostoievski é absolutamente singular.


site: https://www.instagram.com/leiturasdoale/
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tortajulia 09/10/2022

"Não há nada secreto que não se torne evidente."
"Os demônios" de Dosteiévski é um livro complexo e denso, de forma que foi uma leitura desafiadora para mim. No início, principalmente nas primeiras 200 páginas, foi difícil me localizar em relação aos personagens. Todavia, me interessei muito pela história e pelos caminhos que Fiódor Dostoiévski traça ao longo dessas 700 páginas.

Como personagem principal se faz presente Nikolai Stravrógin, rapaz de 29 anos que pode ser comparado a Hamlet da obra shakesperiana. É associado a um grupo revolucionário liderado por Piotr Stiepánotvitch, mesmo que não possua aspirações desse tipo. Durante a narrativa, podemos acompanhar as inúmeras vozes que levam os demônios de jovens engajados politicamente a remorsos e assassinatos.

Inspirado em um caso verídico, "Os demônios" é um livro marcante!
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Rachel 29/08/2022

Late Bloomer
Antes de mais nada, adorei a leitura! Comparando o desenvolvimento da história, considero este livro como ?late bloomer?, pois o início é bem denso com muitos personagens e fica difícil entender o que o narrador vai contar! Mas ao longo da trama, nota-se que conhecer a personalidade de cada um permite ao leitor entender as suas atitudes nos eventos futuros. E que descarrilhamento de eventos! O último terço do livro é mais dinâmico e o leitor deve ficar atento a narrativa, uma vez que o narrador faz parte da história e tenta não dar spoiler sobre a sequência trágica de eventos. Alguns personagens tive pena, outros tive ódio e alguns achei justo o que lhes aconteceram. Recomendo esta leitura!
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Orochi Fábio 24/08/2022

Antes de 1917...
Nesta obra profundamente crítica, o autor exibe os possíveis antecedentes da Revolução Socialista de 1917, descrevendo as atividades de grupos jovens a questionarem todas as bases sociais: um dos mais violentos relatos de Dostoiévski dentre sua vasta paisagem de humanidades sombrias...
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Everton Godoy 12/08/2022

Me fez raiva, muita raiva!!
A respeito da leitura, é um pouco difícil de compreender.
Me abstenho de fazer qualquer tipo de comentário a respeito desse livro.
A única coisa que vou escrever é que fiquei com muita raiva no final e principalmente com o personagem Stavróguin!!
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JanaAna90 27/04/2022

Início aqui a resenha já informando que esse livro despertou em mim sentimentos de raiva, desânimo, tédio e paixão.
O início da história é uma loucura e confusão não conseguia entender e precisar o que o autor queria falar, eram vários recortes da vida cotidiana de vários personagens e sempre envoltos em fofocas e dissimulações, e isso foi bastante desanimador.
Depois até o meio do livro começamos a conhecer melhor os personagens e aqui o interessante é que não tem um personagem principal e sim vários personagens se destacam. O livro também abre margem para várias interpretações quanto a isso também. Falo isso porque para entender melhor o livro recorri a outras resenhas e comentários sobre o mesmo.
Dostoiévski trás através das histórias sua visão da Rússia, sobre política, sobre as lutas de classe, sobre a sociedade com críticas ácidas e ferrenhas.
Como a maioria dos livros de Dostoiévski, aqui tem crime, assassinato, disputa de mulheres, todo um tempero para apimentar a história.
Para mim, o livro só fica bom mesmo, da metade para o final, quando finalmente compreendo e quando de fato a história parece encontrar o rumo da proposta do tema abordado. E aí consigo enxergar a extensão da ideia do autor.
Durante a leitura final onde o desfecho dos personagens começa a se desenhar, surge sentimentos dos mais diversos de indignação quando vemos a impunidade, a tristeza de perceber as fragilidades de uma juventude alienada, de raiva diante do silêncio daqueles que poderiam e deveriam falar para salvar vidas. Enfim, o autor nos trás questões que me pareceu tão atual e que ainda não superamos enquanto sociedade.
É um livro que deve ser lido sem pretensão de ser ?o livro?, mas como todo livro nos possibilita altas reflexões. E o seu final é surpreendente e suscitou ainda mais indignação por ser tão atual, no que concerne a questão impunidade.
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Marcio 19/03/2022

Porcos no poder...
O livro é uma grande dissertação sobre o niilismo e o materialismo que enraizava-se na intelectualidade da época; nada diferente de  hoje onde esse mesmo pensamento de utilitarismo tomou todos os meios de discussão sufocando e matando qualquer outro tipo de abordagem, vista pelos doutores como ultrapassada, obscurantista entre outros adjetivos.

Em relação ao livro em si, independentemente do tema e da problemática abordada, sua leitura foi uma das mais difíceis do autor. (Ainda não li Irmãos Karamazov). O que salva a narrativa é o final absurdamente bom na minha opinião. O problema é a gigantesca contextualização do ambiente feita por Dostoiévski, o que é um ponto comum de suas obras, mas aqui é elevado a enésima potência.

Arrisco dizer que 70% do livro é basicamente a apresentação dos personagens e do contexto que se cria para o grande final. Realmente no final do livro cada linha das intermináveis descrições acaba fazendo sentido, mas acredito que poderia ser reduzido um bom trecho se determinados fatos e diálogos pudessem ser mais condensados...mas daí também não seria Dostoiévski sendo Dostoiévski. É uma questão irreconciliável.

De qualquer forma recomendo a leitura devagar e sem nenhuma pressa. Levei quase 2 meses pra ler as 777 páginas, mas não me arrependo.
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Bê. 03/03/2022

Que maratona?
Impossível dizer que foi uma leitura fácil? Apesar de Dostoiévski ser um autor muito recomendado, senti muita dificuldade de engrenar na leitura.
O livro é denso, na primeira parte tive a sensação que nada fazia sentido, que o autor estava apenas narrando de forma aleatória o ambiente de convivência de alguns personagens. Somente no meio da segunda parte que a história começa a se revelar, em que os conflitos passam a tomar forma e a partir daqui, é uma explosão de acontecimentos de embasbacar!
Depois foi impressionante perceber como os autor construiu toda uma teia complexa com tantos e tantos personagens e concluiu tudo com um enredo muito bem amarrado e, de certa forma, chocante.
Achei a obra uma alegoria perfeita de como as ações de um único indivíduo egoísta, leviano e arrogante se tornam um terreno fértil pra tantos demônios ficarem ?à vontade? e como o peso das consequências podem ser inimaginável pra suportar.
Foi meu primeiro contato com Dostoiévski é só consigo pensar: é óbvio que ele é um autor aclamado. Obra genial.
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Gabriela 11/02/2022

Pesado
O livro que é pesado em todos os sentidos possíveis. Singelas 777 páginas de intriga política, ofensas, morte, ameaças e muito discursinho e palestrinha russa.
Como odiar completamente o Nikolai? Mas também, como gostar dele?
Ouvi falarem do Piotr como sendo o próprio diabo, mas não achei. Achei uma pessoa ruim comum. Um ser humano péssimo. Talvez eu tenha lido tanto absurdo que não me choquei tanto com as atitudes dele.
Stepan é o alívio cômico e trágico. Só dá pena, tadinho. Se acha importante.
Nosso narrador muito isentão, não tem nem um final propriamente dito.
Amei demais toda a terceira parte (spoiler alert), a festa, o incêndio, o nascimento do filho do Chátov - que não era do Chátov -, o assassinato dele, o suicídio do Kiríllov... Que capítulo tenso. Depois disso, deu uma esfriada, nas últimas 70 páginas, mas com um bom final.
Pra quem curte muita treta política, indispensável.
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