Os Demônios

Os Demônios Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Os Demônios


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Cintia295 03/02/2022

Vou comentar esse livro por parte que ele foi dividido

Parte 1: conhecendo os personagens, foi uma parte que deu um pouco de trabalho, conhece muitos nomes, sobrenomes, apelidos, personalidades. Principalmente a conduta de cada personagem aqui já diz muito no que vai decorrer na história.

Parte 2: teve seus altos e baixos, porém bem mais interessante que a primeira, aparece mais personagens kkkkk (só um comentário não me apeguei a ninguém).

Parte 3: disparado a melhor parte do livro, e é onde entendi o nome do livro, aqui acredito que cada leitor vai fazer sua análise e ter uma visão diferente, mas foi muito interessante. Ahhhh e o desfecho de vários personagens.

Enfim foi um livro que no começo não daria muito por ele, apesar de ser de quem é kkkkk, mas no decorrer foi crescendo muito. Não foi um livro fácil, também não digo um livro fluído. Mas no geral gostei.
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Daniele 25/01/2022

Os Demônios
Começo essa resenha com a seguinte citação
"E algo como um convite aos seus próprios instintos destrutivos que, ai! estão ocultos em qualquer alma, até na alma do conselheiro titular mais obediente e familiar... Essa sensação sombria é quase sempre enlevante."
Esse é o segundo livro que leio de Dostoiévski, ao resenhar Irmãos Karamazov, disse que a história não seguia uma linha lógica e sistematizada, mas que procurava esmiuçar cada personagem. Bom, isso também se aplica em Os Demônios.
Nesse livro, somos apresentados aos personagens de um pequeno vilarejo no interior da Rússia, lá vivem Varvara Pietrovna, generala viúva e de grande influência, e seu protegido, o também viúvo Stiepan Trofímovitch.
Tudo começa a mudar, quando seus respectivos filhos, Nikolai Stravóguin e Pietr Vierkhoviénski voltam para a cidade de seus pais. Pietr se torna "amigo" e conselheiro da nova governanta, Sra Lembke, exercendo essa influência manipulando-a como bem o convenha, mas não só ela, manipulando também seu pequeno círculo, que se limita a 5 pessoas.
Essa manipulação tem como objetivo principal trazer a tona uma revolução contra o atual regime czarista, e Pietr fará de tudo para conquistar isso. Pietr tem um tipo de obcessão por Nikolai, e quer vê-lo como cabeça de seu plano, embora esse só tenha entrado para a "sociedade" por puro ócio.
A partir desse desejo da revolução, surgem os eventos principais, que resultarão em mortes, segredos que virão a tona, e principalmente, o demonio de cada um se revelando nos atos mais vis.
Foi uma leitura espetacular que me deixou um tanto viciada... Dostoiévski foi um gênio, nisso não há dúvidas (embora a primeira parte do livro tenha sido cansativa), e esse livro, principalmente o epílogo (que tiro foi esse?), que meus amigos, foi incrível!
Leiam, é bom demais.

Agora algumas coisinhas a mais, hehe
Encontrei uma mini série russa chamada 'demons' (título em inglês) de 2014 que é a adaptação do livro. Infelizmente não tem pra português, MAAAS como a Internet cada vez mais nos ajuda, da pra ver a série no YouTube com as legendas automáticas em português.
Vou deixar aqui o link da playlist e se alguém tiver dúvidas em como ativar a legenda para o português, so mandar um help por aqui.

https://youtube.com/playlist?list=PLHQ6WQpa85Hc9SREL7P-qucP0GrLY9p9H

Ressalva número 2; deixarei um vídeo aqui em baixo com umas das partes que eu mais gostei, e que foi adaptada fielmente, acho que da pra ver beem qual a vibe
Enfim, leiam!! Haha

https://youtu.be/RmYggysnDGk

site: https://youtu.be/RmYggysnDGk
Dan 11/02/2022minha estante
Ei, fazia um tempo que eu não entrava aqui pra te acompanhar. Preciso ler esse livro realmente mas ainda não faço ideia de quando lerei kkkk


Daniele 12/02/2022minha estante
É incrível! Leia logo pra assistir a série antes que tirem do YouTube kkkkkkk




Carol 11/11/2021

Impressões da Carol
Livro: Os demônios {1872}
Autor: Fiódor Dostoiévski {Rússia, 1821-1881}
Tradução: Paulo Bezerra
Editora: 34
704p.

Em regra, um bom livro se sustenta por si, sem que você precise conhecer a biografia do autor ou o contexto no qual foi escrito. Mas tal regra não se aplica ao monumental "Os Demônios", de Dostoiévski. Sua leitura será muito mais proveitosa se você souber que:

? Os autores russos do século XIX estão em constante debate social, filosófico, religioso, cultural e político por meio da literatura, já que a censura czarista tolhia o livre pensamento nas universidades e não havia partidos políticos.

? Em certo sentido, "Os demônios é uma resposta a "Pais e Filhos", de Turguêniev, livro que apresentou ao mundo a figura do niilista Bazárov. Se Turguêniev não toma partido entre a sua geração, dos idealistas, de 1840, e os niilistas, de 1860, Dostô se opõe ferrenhamente ao radicalismo dos jovens.

Para ele, o niilismo é um problema teológico e antropológico: a substituição de Deus pelo indivíduo leva à degradação moral e social. Sem Deus, o indivíduo se dissolve.

? Como de costume, Dostô se baseia num caso real para construir seu romance: um crime ideológico cometido na Faculdade de Agricultura de Moscou, pela organização clandestina Justiça Sumária do Povo - o "Caso Nietcháiev".

"Esses demônios, que saem de um doente e entram nos porcos, são todas as chagas, todos os miasmas, toda a imundície [...] que se acumularam na nossa Rússia grande, doente e querida por todo o sempre." p. 637

A fala acima de Stiepan e a segunda epígrafe do romance - a cena na qual Jesus exorciza um possesso da região de Gadara - já lhe dão a chave de leitura. ?Não entrarei no enredo, propriamente, pois acredito que a surpresa seja crucial para o encantamento do leitor. Mas saiba que, para Dostô, o mal é o grande tema.

"Os demônios" foi minha MELHOR leitura do ano. Li em julho e ainda me pego pensando em toda genialidade de Dostô para construir um romance com tantos personagens, conflitos e temas pesadíssimos, sem deixar ponta solta.

Li o livro com o @litrussa e essa leitura tão rica só foi possível graças à mediação do @cesarmrins.
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Arthur 31/10/2021

Marcante
O início do livro que apesar de ter bons diálogos e um clima de suspense e de comicidade (que se mantém até o final), é bem monótono e não faz com que você se prenda a ele. Mas quando passa da fase introdutória, o romance te prende e consegue tanto te deixar chocado, quanto reflexivo com os acontecimentos e diálogos.

Eu não lembro de ter um livro com tantos personagens(e são muitos mesmo) e tão poucos com que eu me simpatize(acho que no máximo 3)...Algo que deve ter sido proposital visto a proposta do livro, que é mostrar pessoas moralmente horríveis.

O desfecho do livro é impactante de dois jeitos diferentes, um belo e outro sombrio. A obra é marcante, bem mais marcante do que eu achava que seria quando estava entre as primeiras 300 páginas.
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Daniel Gregorio 23/10/2021

A opulenta história russa.
Um livro extremamente profícuo e árduo, sendo uma antítese de narrativa, progredindo a cada lauda de maneira provocadora. O começo é pesaroso, contudo se vale a leitura, pois é prazeroso o cenário que se desenvolve a trama. Assim, o desmantelamento, a ruína que esse grupo revolucionário se coloca e os discursos, as alocuções que os personagens faz é indescritível e suntuoso.
O livro aborda questões pesadas como Niilismo e o vazio da religião, o cristianismo e o ateísmo. Questões de ideologia são veiculadas na obra como o socialismo que se opõe ao regime de governo Czarista, surgindo novos grupos revolucionários que propagavam panfletos contra o governo batendo muito na questão da exploração de trabalho. Além disso, podemos nitidificar diversas reflexões filosóficas, o cotidiano russo de uma cidadezinha do interior que também existia a discussão política e intelectual a respeito dos caminhos da nação.
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herbert.goncalves 01/09/2021

a única condição essencial à existência humana é que o homem deveria ser capaz de curvar-se perante algo infinitamente grande. se os homens forem privados do infinamente grande, não continuarão a viver e morrerão em desespero. o infinito e o eterno são tão essenciais ao homem como o pequeno planeta no qual habita.
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Ramalho 17/08/2021

Este é o livro mais místico de Dostoiévski; até agora... Os Demônios são todos aqueles que estão neste livro, é sobre eles. Sem duvida é um romance profético, Stálin está aqui, Hitler e Zaratustra. Quando o autor resolveu escrevê-lo, já tinha em mente que seria um romance em prol político, e não tem como não notar: é o romance mais estereotipado do autor; cada um dos personagens estão ali para um fim, zombar de tal personagem, criticá-lo e etc... já disse aqui na resenha do Padre Amaro que quando o autor escreve algo com o intuito de criticar uma ideia o livro tem uma "tendencia" de ficar estereotipado. No mais, o livro ganha nesse sentido, pois é um livro exemplo; dos livros com intuito de criticar uma ideia, uma pessoa, este é o melhor livro. Cheio de sarcasmo, zombaria, muitos momentos cômicos de verdade, de dar gargalhadas; e essa é a parte boa dos livros críticos.
Mas o que faz desse livro verdadeiramente boa é que todo o conceito critico de Dostoiévski, toda sua critica perante o materialismo está enraizada aqui. E ela é colocada de maneira muito profissional e gostosa de ser lida.
A edição é boa, o livro demora para começar pois é escrita em segunda pessoa, e o narrador demora pra engrenar, mas o final é supremamente bom e vale a pena a investida.
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Ruffo 13/06/2021

Meu autor preferido, mas não indico para todos. Acredito que Dostoiévski seja o tipo de autor que o leitor tenha que descobrir sozinho. Além disso, não aconselho como obra introdutória, mas caso você já conheça-o, leia, sim! A jornada é fantástica.
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The Bill 08/06/2021

Profético!
Dostoiévski me surpreendeu mais uma vez!
Gosto bastante de seu estilo, de sua agudez de percepção e da forma de mostrar a realidade, mas nesse livro, como em nenhum outro, para minha pequena pessoa, ele conseguiu se superar.
É claro que os Irmãos Karamazov é uma obra mais grandiosa, mas o que mais me chamou atenção foi o seu poder de interpretar a realidade, e dessa forma ser profeta das crises que viriam cair sobre o mundo.
Um nietzschiano sem Nietzsche, protótipos de Stálin e Hitler, tudo isso por perceber aquele assassinato do jovem Ivanov como um "elo na cadeia dos movimentos revolucionários russos", mas de toda a Europa do século XIX e XX.
A trama é belíssima, os personagens bem desenvolvidos e com aquela boa pitada de tragédia, comum a Dostoievski.
Por fim, um bom livro, que faz pensar e observar quão grande era a envergadura intelectual de Fiodor Dostoievski.
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Roberto 17/05/2021

Melhor livro que li até o momento
Demorei pra caramba, mas desde o começo já tava prevendo que iria encabeçar minha lista.
Pra quem quer começar ou tá começando a ler agr, recomendo anotar em um arquivo de Word ou numa folha os nomes de todos personagens que vão aparecendo e depois alguns tópicos explicando brevemente o que acontece em cada capítulo.
Vai dar trabalho, mas vai ser importante pra lembrar, pq muita coisa acontece e sem isso alguns podem ficar perdidaços com a ordem dos acontecimentos, igual eu fiquei no começo.
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Drygon 10/05/2021

Após rever Clube da Luta esses dias, percebi algumas semelhanças, talvez inspirações do Chuck para com essa e outras obras do velho Dosto.
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Elton 20/03/2021

Livro mais político de Dostoiévski
Publicado um pouco mais de10 anos após o fim do regime de servidão na Rúsica, Os DeMõnios é o livro mais político escrito por Dostoiévski. No romance o clássico escritor russo faz críticas ferozes às ideias progressista em ascensão na época e defende os valores da nobreza russa e da igreja ortodoxa.
É um livro conservador, pode-se dizer até reacionário, mas que serve como interessante objeto de estudo sobre o período de transição que se iniciada na Rússia a partir da década de 1860.
A obra é recheada de personagens tanto variados como ricos e bem construídos. O desenrolar da trama intricada é interessante de acompanhar, principalmente a partir do final da parte I, quando as personagens mais importantes já foram apresentadas e toda a história começa a ganhar mais forma.
Não é um livro recomendado para começar a ler o autor, mas sem dúvida um que ser lido.
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Darkpookie 13/02/2021

Comentário
Gostei bastante desse livro, ainda que tenha sido um esforço grande lê-lo e isso por duas razões. A primeira é a extensão da história: em quase 700 páginas e dividida em 3 partes, Dostoievski narra primeiramente o pano de fundo da história (até a página 200, 250), depois se iniciam os conflitos ideológicos, sejam eles religiosos, políticos ou sociais (da página 300 até 400,450) e, daí para o fim, aumentam as tensões narrativas, o clímax e a conclusão. Outro aspecto que dificultou a compreensão é a falta de conhecimento que eu possuo sobre a história e a política russa, assim, durante a leitura apenas fiz algumas pesquisas necessárias que foram o suficiente, mas acredito que uma familiaridade maior ajudaria a aproveitar mais os temas tratados.
Enfim, deixo um trecho do posfácio escrito pelo tradutor Paulo Bezerra que se encontra na edição da 34, e esclarece bem os propósitos da obra:

Dostoievski "[...] mostra em Os Demônios como ideias grandiosas e generosas, uma vez manipuladas por indivíduos sem consistência cultural nem princípios éticos, podem se transformar na sua negação imediata, assim como a utopia da liberdade, da igualdade e da felicidade do homem pode degenerar na sua negação, no horror, na morte, na destruição. Ideias grandiosas não podem ser geridas por mentes pequenas que não fazem senão amesquinhá-las, por seres indigentes sem condição de compreender a essência profunda da natureza humana e prezar a liberdade do homem, por pessoas que fazem das ideias objeto de compra e venda, moeda de troca com farsantes, vendilhões de liberalismo ou gente que jamais teve qualquer apreço por elas. Sem valores elevados é incoerente professar ideais elevados, e o resultado é um concubinato de nobres evoluídos e pequeno-burgueses provincianos, progressistas, niilistas, fourieristas e conservadores, administradores governamentais e altas patentes militares, e nesse concubinato passam a segundo plano as diferenças políticas e ideológicas e os que ontem apareciam como inimigos irreconciliáveis hoje se entendem e até fazem alianças. [...] O simulacro, o quinteto de Piotr Stiepánovitch, é a redução das várias tendências de um movimento à sua caricatura grotesca sob a égide de indivíduos possuídos pela ideia de poder pelo poder, que, querendo auto afirmar-se a qualquer custo, ultrapassam todos os limites, obliteram todas as objeções teóricas e obstáculos morais e criam uma engrenagem que transforma em "salvadores" e "vanguarda" da humanidade indivíduos sem consistência moral e ideológica nem condição cultural para tais papéis. Estes, para manter seu poder, apelam para dois procedimentos: cercam-se de elementos incondicionalmente submissos, cegos às questões ético-ideológicas mas de olhos bem abertos para toda espécie de benesses; e criam em torno de si a aura mítica de sábios, profetas e heróis."
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Wayner.Lima 26/12/2020

Uma obra fundamental
Seu primeiro Dostoievski, diferente da grafia do nome do autor, é difícil de esquecer.

Na área de humanas, ainda mais em Filosofia é quase impossível que você se gradue sem nunca ter ouvido falar e lido algo sobre Tolstoi, Dostoiévski e talvez algum outro autor russo contemporâneo aos dois. Comigo não foi diferente, mas até recentemente não havia lido nada de Dostoiévski e somente alguns contos curtos de Tolstoi. Quando a editora 34 fez seu feirão online eu decidi que era hora de pagar essa dívida formativa e adquirir uma boa tradução de Dostoiévski, optei por ler O Idiota mas acabei comprando Os Demônios por engano, nem sabia do que se tratava. A introdução explica a motivação ?panfletária? do romance, o único escrito direta e unicamente com esse fim, que apesar disso não deixa em nada a desejar se comparado aos outros quatro grandes romances de Dostoiévski. O evento que motiva o autor, o assassinato de um jovem ex integrante de um grupo niilista por seus ex parceiros, que também ocorre no romance, é anunciado lá no início do livro e eu fiquei esperando que fosse o estopim da história quando na verdade ele só aparece quase no final do livro, como consequência da narrativa.

Separei um mês e meio para ler Os Demônios, acabei levando quase três meses. O livro não é chato, não é desinteressante, mas Dostoiévski se dedica demais a construção de cada fato, a apresentar cada personagem , a explicar cada detalhe que acaba tornando o livro longo e as vezes você se pergunta se aquilo é realmente importante ou só um alongamento desnecessário. Ao terminar a leitura de todo o livro nenhuma parte de Os Demônios me pareceu desnecessária. Aliás, ate mesmo o anexo que a edição da 34 traz, um capitulo que foi originalmente censurado, ajuda a compreender melhor a conclusão do romance.

Dostoievski é um autor fundamental para compreender a Rússia pré soviética, Os Demônios é uma obra fundamental para compreender a Rússia Soviética e o perigo que ideologias são para uma juventude cada vez mais necessitada de um norte intelectual, de um significado para a vida.
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