A Garota Alemã

A Garota Alemã Armando Lucas Correa




Resenhas - A garota alemã


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@diversidadeliteraria 22/07/2020

Titulo: A garota alemã
Autor: Armando L. Correa
Editora: Jangada
Edição: 2017
Genero: Ficção histórica

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...refugiados judeus fogem da Alemanha nazista... Uma história que precisa ser contada para que nunca se repita.

A Garota alemã, obra escrita pelo autor Armando Correa, também autor de A filha esquecida, constrói mais uma obra com o cenário da segunda guerra mundial, com as problemáticas enfrentadas pelos judeus, toda a questão da perseguição, o desespero, e a falta de esperança no futuro incerto.

Nesta obra, inicialmente temos a Hannah Rosenthal, garotinha judia de 11 anos de idade, que viu a interrupção de sua vida normal com a família em Berlim, por conta do início da guerra, seus pais que antes tinham uma vida confortavel, se viram diante da perda dos bens materiais e não sendo aceitos como eram antes da sociedade, as ruas que anteriormente eram seguras e tranquilas para todos, agora estavam lotadas por soldados nazistas, impondo medo e repressão.

Diante da situação a família de Hannah juntamente com outra família amiga, embarcam no St. Louis, um transatlântico de luxo, que tinha por objetivo o desembarque em Cuba para segurança de todas as famílias judias que nele embarcaram, porém, infelizmente não ocorreu como as famílias esperavam.

O livro foi construído, baseado em uma história real, a narrativa é dividida em duas partes: passado, Berlim, 1939 e presente, Nova York, 2014. No presente temos a Anna Rosen, garotinha de 12 anos de idade, que recebe um envelope enviado por Hannah, que impulsiona a Anna e sua mãe irem até Cuba conhecer a emissora da carta e descobrirem sobre o passado...

A Garota alemã foi tão bem construído como A filha esquecida, ambas as obras têm como pano de fundo a segunda guerra mundial, porém nesse livro nós temos uma visão também sobre a Cuba.

Os personagens foram bem construídos e desenvolvidos na obra, gerando aquele apego afetivo a eles, principalmente pela situação em que estão inseridos. A escrita do Armando Correa é uma das minhas preferidas, pelos embasamentos no qual o autor constrói as suas obras e o detalhamento em que faz a construção dos enredos.
Nasser.Ayek 26/11/2020minha estante
Como ela ficou conhecida como garota alemã




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Liliane.Alves 06/07/2020

Hannah e Anna
Livro lindo do início ao fim, que escrita envolvente, me emocionei do início ao fim
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Anna.Alves 05/07/2020

Uma história necessária a ser contada
Apesar de ler muito sobre a segunda guerra fui surpreendida com a história do St.
Luis. Um navio alemão que levava famílias fugidas da eminente guerra nazista que tanto conhecemos.
Cruel ver o desenrolar do nazismo, ainda mais nos dias de hoje, e acompanhar a esperança de pessoas em serem aceitas em outras nações.
Hanna e Anna protagonizam as emoções mais fortes e podemos ver que apesar de tudo, a guerra tirou muito mais que suas nacionalidades e bens.
A história nos faz pensar quem somos e onde estamos, nosso lar.
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Hadassa 05/05/2020

Esse livro me emocionou do início ao fim.

"No final, sei que, por mais que eu me lave, queime minha pele, corte meu cabelo, arranque meus olhos, fique surda, me vista ou fale de forma diferente ou adote um nome diferente, eles sempre vão me ver como alguém impuro."

"Ninguém nem acha necessário colocar uma máscara para nos ofender. Somos o delito; eles são a razão, o dever, a execução. Os Ogros nos agridem, gritam insultos e nós temos de aguentar calados, silenciosos, mudos, enquanto eles nos expulsam."

"Milhões de homens sem trabalho. Milhões de crianças sem futuro. Salvem o povo alemão!? Eu sou alemã, também. Quem vai me salvar?"
Nasser.Ayek 26/11/2020minha estante
Como ficou conhecida como garota alemã




Clarissa 04/05/2020

Vidas Modificadas
Este livro nos conta a história de duas meninas que sofreram perdas nas suas vidas.
Hannah uma jovem judia, que para fugir do regime nazismo, embarca com seus pais no navio St. Louis, rumo à Cuba. Mas nem tudo sai como esperado... separações, decepções, rancores, medos são as consequências de uma medida politica cubana.
Já nos dias atuais, vamos conhecer Anna, uma menina que cresce sem conhecer seu pai, a não ser por uma foto. A vida da jovem muda quando ela recebe uma correspondência de Havana e com isso poderá conhecer a história de seu pai e a sua própria.
Quando o passado e o presente se encontram, vamos ver como uma complementa a outra, respondendo e preenchendo grandes vazios na vida dessas mulheres.
A fuga dos judeus embarcados no navio St, Louis rumo à Cuba foi verídica, na segunda guerra mundial. Modificando a vida dessas pessoas nessa ilha tão diferente e aos mesmo tempo, tão igual à Alemanha.
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Michelle.Leonhardt 01/04/2020

Vale a pena!
Um livro muito bom, vale muito a pena. Conta a história de uma família alemã que consegue fugir da guerra pelo navio St. Louis. Essa é a premissa. Porém, temos muito mais do que isso nesse livro. Temos uma visão sobre o holocausto e o curso da vida diferente de tudo que já li até hoje. A travessia foi só o começo, de certa forma.

Neste livro conhecemos Hannah, uma menina judia de de 12 anos que mora em Berlim com seu pai Max (influente professor universitário) e sua mãe Alma. Uma família judia de posses que agora sofre a discriminação no período do pré holocausto (1939). Com o cerco se fechando e a ameaça iminente, decidem partir para Cuba a bordo do navio St. Louis com outras famílias judias.

Esse é apenas um pedaço de uma história que se cruza com a história de Anna, uma menina que vive em NY em 2014. Anna e sua mãe viajam a Cuba para conhecer melhor o pai de Anna, cujo passado também está em Cuba.

Essas duas personagens vão se encontrar, como esperado pela premissa, e é esse encontro (muito mais que a própria travessia que também é narrada em detalhes no livro) que nos conduz ao verdadeiro teor e sentido da existência dessa história. O navio St. Louis realmente existiu e impactou a vida de muita gente. Um romance de ficção histórica que vale muito a pena.

Merece muito ser apreciado. Recomendo!
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Thaísa 31/03/2020

Emocionante
O livro, além de embasamento histórico, trata das dificuldades enfrentadas pelos passageiros do St Louis. A história, por vezes, não me prendeu muito, mas isso não o faz menos importante. Nos leva a refletir sobre os erros do passado e do presente.
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Rafa @primeiroscapitulos 26/02/2020

Bom
Interessante, a fuga de judeus a Cuba
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Crischarles 13/01/2020

Mais um livro que retrata sobre a guerra mundial, segundo o ponto de vista daqueles que tanto sofreram preconceito, exclusao social seguido de morte em massa.
Neste livro, o foco é voltado para uma família com certo poder financeiro, mostrando que mesmo com todo sofrimento, ainda teve um tratamento diferente, se comparado a outros livros que narram a história de pessoas mais pobres durante a Segunda Guerra. Também é um livro que narra acontecimentos da família durante sua tentativa de fuga através do St. Louis para Havana.
Há sofrimento, separação, e outros acontecimentos que podem se tornar mais fáceis de serem sentidos por aqueles que lêem, principalmente aqueles que já tiveram grandes perdas na família. É um livro que mostra como o vazio nas pessoas pode nunca ser preenchido e como nós podemos ter o mesmo destino. Talvez essas coisas nos façam ser até mais empáticos com as situações ocorridas no livro. Enquanto que os acontecimentos nós campos de concentração estejam mais longe de nossa realidade, também mais afundo num nível de sofrimento. Sofrimento este que ocorre na própria carne e no ver morrer aqueles que te cercam enquanto tentam sobreviver numa favela de judeus, ou nos próprios campos de concentração.
Um livro que vale a leitura pelo foco diferenciado, mas também pelo conhecimento a mais a ser agregado.
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ritita 14/08/2019

Muito bom!
Primeiro me veio a dúvida de um livro sobre alemães sendo escrito por um cubano e ser considerado como "baseado em história real", mas lendo-o entendi perfeitamente, afinal Hanna morou a maior parte de sua vida em Cuba.

A narrativa é intercalada por dois momentos, passado (1939-1985) e presente (2014), narrado sobre a ótica de Hanna e de Anna

O livro nos conta como Hanna e seus pais conseguiram fugir da Guerra, pagando imensa fortuna para estarem a bordo do famoso transatlântico St. Louis((*) com destino a Cuba, e acabou se tornando um pesadelo quase pior que a guerra em si, desintegrando famílias e mentes.

No presente temos Anna uma jovenzinha que perdeu o pai na tragédia de 11 de setembro em Nova York e vive agarrada à unica foto que tem dele, reverenciado-o diariamente, mas sem nada conhecer sobre a vida deste pai.

Que lindeza e que tristeza!
Que lindeza de escrita deste cubano que eu desconhecia e que fez uma intensa pesquisa sobre esta real história, escrevendo sem apelar para emoções fugazes do leitor.

Que lindeza saber que alguém naquela desditosa família conseguiu juntar todos os cacos soltos dos que moraram em várias partes do mundo.

Que tristeza sair do seu país natal devido à loucura de um insano e ir viver num país que nunca pode ser considerado seu.

Deu-me uma ânsia imensa enquanto lia a parte deles no St. Louis, apesar de Anna ter sido poupada das agruras dos pais até o último momento. Jesus, que agonia!

(*) Ver o livro Jornada da Esperança – A Saga do St. Louis - Kathy Kacer - muito bom.
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Bia Sousa 19/03/2019

Uma história triste
Hannah Rosenthal é uma garota alemã. Hannah tem 11 anos e devido a situação da Alemanha em 1939 ela e sua família eram considerados privilegiados. Seu pai era seu porto seguro, sempre ali a sua disposição, um grande homem. Sua mãe sempre era uma mulher muito elegante, sempre linda, cheia de jóias maravilhosas, roupas finas e sempre bem perfumada, sua mãe era uma deusa de beleza.

“Tenho quase 12 anos e já decidi: vou matar meus pais.”

Tudo parecia maravilhoso para Hannah, mas aos poucos ela vê tudo se ruir, acompanhada de seu amigo Leo ela começa a ser maltratada pelas pessoas nas ruas, chamando-a de impura, suja e a hostilizando.

Quando sua família começa a perder seus bens e percebe que a situação para os judeus e para pessoas de famílias mistas (caso dos Rosenthal) não está nada boa, o pai de Hannah decide que é hora de sair da Alemanha. A única forma que encontram é embarcra no St. Louis, com mais de 900 refugiados, partindo para Cuba e fugindo de uma Alemanha Nazista que lhes davam muito medo. Além de sua família, Hannah teve a sorte de que Leo e seu pai conseguisse ir para Cuba também, e esse era o único motivo pelo qual ela ainda sentia-se um pouco confortada.

“Sou forte, mamãe. Você pode me contar qualquer coisa. Eu não gosto de segredos. E me parece que essa família está cheia deles.”

Anna Rosen também é uma garota alemã, na verdade de descendência alemã, uma vez que nasceu em Nova Iorque. Anna começa a nos contar sua história em 2014, também com seus 11 anos de idade. Ao receber um uma encomenda muito misteriosa vinda de Cuba e enviada pela sua tia avó, que ela nem sabia que tinha, e que também criou seu pai, Anna decide ir para Cuba com sua mãe para conhecer um pouco mais sobre as suas origens e a sua família.

Quando comecei a leitura do livro, não imaginei que a história pudesse ser tão rica. Além de ter sido baseada m fatos reais, a história por si só nos emociona do começo ao fim. Conheceremos o poder da amizade e do amor entre familiares e conhecidos, e é através desse amor que os Rosenthal conseguiram sobreviver, mesmo que em um mísero número.

“Eu não tenho medo da morte. Que chegue a hora final, que tudo se apague e eu fique no escuro. Eu não tenho medo de me ver entre as nuvens, contemplando os que aqui ainda caminham em liberdade pela cidade. Morrer é como se a luz se apagasse, e com ela, todas as ilusões.”

Hannah é uma mulher muito forte e que sofreu muito, ela viveu o Holocausto, a Segunda Guerra Mundial, a Revolução de Cuba e mesmo assim resistiu. A sina das mulheres da família Rosenthal era sofrer, enquanto dos homens era desaparecer/morrer. Não posso negar que a história é muito triste, mas ao mesmo tempo é inspiradora, que mesmo trazendo muito sofrimento é um livro que trás uma paz no coração quando concluímos a leitura.

Armando Lucas Corra arrasou em seu livro, com um trabalho de pesquisa de dar inveja, o livro conta com um teor histórico muito detalhado, o que atiçou muito a minha curiosidade. Outra coisa que chamou muito a minha atenção foi a mescla entre passado e presente, o que deixou a história ainda mais dinâmica.

“Há momentos que o melhor é aceitar que tudo está acabado, que não há mais nada a fazer. Desistir é perder as esperanças: render-se. É assim que me sinto hoje. Não acredito em milagres.”

Outra coisa que não posso deixar de destacar na edição, encontramos fotos e alguns textos de pesquisa do autor, deixando a obra ainda mais rica.

A Garota Alemã foi uma grande surpresa para mim, e com certeza entra na lista dos meus livros queridinhos que falam sobre o Nazismo, Holocausto e Segunda Guerra Mundial, e que deve ser lido por muitas pessoas, não tenho dúvidas de que irão amar.

site: https://bercoliterario.wordpress.com/2018/11/16/resenha-a-garota-alema-armando-lucas-correa/
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Rodrigo1001 25/11/2018

Uma verdade inconveniente (Sem Spoilers)
Sentimentos conflitantes.

Foi essa a vibe que ficou apos a leitura de "A Garota Alemã", best-seller internacional e livro de estreia do escritor catalão Armando Correa.

Pontuado por capítulos pequenos e frases igualmente pequenas e enxutas, o autor apoia o seu livro sobre um fato real, histórico, envolvendo o transatlântico MS St. Louis, que zarpou de Hamburgo com destino a Havana em 13 de Maio de 1939 levando a bordo 900 passageiros e 231 tripulantes, a grande maioria composta de refugiados judeus fugindo desesperadamente dos tentáculos do nazismo, que pouco tempo depois jogaria o mundo em uma nova guerra mundial.

Dividido em quatro partes, a história é contada por duas personagens principais, em capítulos que intercalam passado e presente. Para além de um enredo magnético, o livro é extremamente relevante e perigosamente atual em tempos de imigração em massa como vemos hoje em dia. Não necessariamente inovadora, a técnica de avançar e retroceder na linha do tempo deu um tempero especial à leitura. Os personagens são razoavelmente bem construídos e a trama nos pega pela agonia, pelo desespero, pela incredulidade e pela incômoda certeza de que aquilo aconteceu, embora nunca, jamais, deveria ter acontecido. A relevância de trazer à tona a história do St. Louis é o ponto alto do livro, a propósito. Eu desconhecia o fato e fiquei feliz em conhecê-lo.

Méritos à parte, faltou um pouco de força à parte ficcional do romance. Um gostinho amargo de Titanic, uma sensação de déjà vu, permaneceram no fundo da mente ao fechar a última página. O livro segue em movimento crescente, o interesse vai aumentando, é uma boa leitura, mas você percebe que ele se arrasta em determinados momentos. Gira em torno de si próprio, como um navio que atraca em portos menores por tempo demais até zarpar e seguir viagem para o destino final. O autor tenta traçar paralelos entre os dois personagens principais, mas suas vozes são tão semelhantes que às vezes é difícil distinguí-las. Além disso, há muitas passagens que simplesmente não acrescentam à história e que poderiam ter sido minimizadas.

O desfecho, embora apropriado, orbitou perigosamente entre o sentimental e o sentimentalista. Felizmente, fechou bem, sendo que as páginas finais foram as mais impactantes pra mim, com fotos reais do navio e de seus tripulantes, novamente causando aquela sensação horrível de inconveniência e vergonha extremas. Um tributo necessário e doloroso.

Enfim, se você gosta de livros sobre a 2ª Guerra Mundial e perseguição a judeus, leia sem pestanejar. No fim das contas, a viagem valerá a pena.

Leva 3 de 5 estrelas.

PS: Típico livro que daria um ótimo filme nas mãos de um diretor competente.
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Mariane 12/11/2018

A garota alemã é um livro baseado em uma história real. O enredo é escrito em torno de uma família alemã e judia que consegue sair de seu país meses antes de ser declarada a Segunda Guerra Mundial. Embarcam em um navio confiantes de que estariam a salvo e de que apesar de todos os anos que sofreram discriminação por serem judeus, chegara a hora de voltar a viver normalmente. Mas a história não é bem assim... Quando o navio chega a seu destino - Cuba - os passageiros não podem desembarcar e neste momento recomeça a luta pela sobrevivência de 900 pessoas. A primeira parte da história é narrada por uma menina de 12 anos chamada Hannah, e a segunda parte por uma menina também de 12 anos chamada de Ana. Passado e presente irão se entrelaçar e Hannah e Ana se conhecerão pessoalmente, revelando a triste história de sua família.
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Thay Freitas 02/11/2018

O livro é dividido em capítulos que intercalam entre passado – 1939 e anos posteriores e presente, 2014.

No passado, temos uma narrativa em primeira pessoa sob o ponto de vista de Hannah Rosenthal, que é uma criança de 11 anos, vive em Berlim e desde muito cedo conheceu o sofrimento, crueldade e as limitações de uma Alemanha nazista, comandada por Adolf Hitler - responsável por uma guerra prestes a ser declarada. Em 1939 Hannah conheceu a consequência daquele horror de perto!

Cercada de privilégios por ser filha de professor e de uma mulher bem vista da alta sociedade, tinham uma vida confortável num prédio residencial onde seus pais eram donos. Sua infância fora saudável e harmoniosa na companhia do seu melhor amigo, Léo Martin, que era sua companhia inseparável de brincadeiras, desabafos e aventuras. Mas tudo começa a desmoronar quando Berlim é invadida por nazistas e uma grande caça aos judeus é declarada. Como eram descendentes dessa raça e ainda em meio a todos os conflitos de uma perseguição que fora iniciada sem piedade, seus pais, que antes eram vistos com bons olhos, se veem sem muitas escolhas e obrigados a deixar as pressas o lugar que sempre viveram, deixando para trás tudo que suaram para construir e conquistar.

De antemão Hannah não entende porque precisam deixar o lugar que até então era o seu lar e não entende porque agora são tão desprezados até pelos moradores do seu prédio, que os insultam e os chamam de “impuros”. Ela não entende porque passaram a ser tão desvalorizados, mas começa a entender que Berlim já não os pertence mais e que precisam fugir para tentar sobreviver.

Com a situação se agravando a cada dia, Max, seu pai, com muito esforço e gastando todas as suas economias de anos, luta para conseguir passagens e vistos para que eles possam se juntar a outras centenas de refugiados que se preparam para partir para Cuba. Hannah tem todas essas informações através de Léo, que mesmo com tão pouca idade, é um garoto inteligente, inquieto e observador. Ouve com muita astúcia a conversa dos adultos e consegue os manter informados de coisas que seus pais preferem não dividir. E assim, todos passam a ter seus vistos e passagens para embarcar no St. Louis, o maior transatlântico da história, rumo à libertação.

A partida veio com todas as incertezas. Ali estavam centenas de famílias que adentravam o mar europeu em busca de sobrevivência, indo para um país onde não faziam a menor ideia se seria fácil se adaptar ou das surpresas que poderiam encontrar por lá. Mas diante de todas as adversidades, eles sabiam, naquele momento, que a única coisa que importava era sobreviver.

Pareciam estar vivendo um sonho, a esperança vivia em cada um, a orquestra tocava, as crianças animadas, corriam pelo convés. A cada novo jantar no luxuoso salão, a expectativa se renovava. Mas como imprevistos acontecem, antes de chegar à Cuba e mesmo possuindo as autorizações de desembarque, as mensagens começavam a chegar e não traziam boas novas: Havia tido uma alteração no decreto invalidando a maioria das autorizações, impedindo assim que o navio atracasse. Somente os refugiados que possuíam as autorizações pelo Departamento de Cuba poderiam desembarcar. E isso foi suficiente para mudar a atmosfera do lugar, desestruturando centenas de famílias que possuíam o sonho de se salvar juntos. A sensação era de estar indo de encontro ao próprio calvário, numa enxurrada de despedidas que eles mal poderiam deduzir se seriam as últimas.

Hannah e sua família estavam entre essas famílias que seriam desfeitas e em meio a decisões entristecedoras, viram naquele navio, que antes parecia ser o seu ponto de salvação, o começo de um pesadelo. Naquele ano a pequena Hannah descobria, da forma mais cruel, que a vida não tem nada de mar de rosas.

Por outro lado, no presente, também narrado em primeira pessoa, o livro nos apresenta Anna Rosen, que antes do seu nascimento perdeu seu pai na tragédia de 11 de setembro em Nova York. Depois do ocorrido, sua mãe perdeu a vontade de viver e Anna enfrentava uma luta interior árdua de não deixar a mãe se abater ainda mais pela tristeza da ausência e tampouco deixar-se se contagiar também. Tudo muda quando elas recebem uma carta que uma tia-avó de Anna. E quando elas achavam que estavam sozinhas no mundo e que nunca conheceriam a história da família da menina, partem para Havana-Cuba, para conhecer Hannah, a senhora de 87 anos que tem muito a lhes contar, num encontro de duas gerações que lutam pela paz interior.

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