paula1033 10/02/2024
Simplesmente meu novo livro favorito.
Este é um daqueles livros que você pensa "como que eu não li isso antes".
A história é narrada por Hannah, uma garota judia que vive o período de expansão da ideologia nazista em seu país, a Alemanha. Ela então, junto com a sua família, se veem forçados fugir. Eles se juntam a embarcação St.Louis, com 937 passageiros para Cuba, um país que supostamente estava aceitando os judeus que tiverem o visto. E também é narrada no futuro, por sua neta Anna, que vive em Nova York, e mediante a morte de seu pai (sobrinho de Hannah) no ataque às Torres Gêmeas, ela fica curiosa para saber mais sobre suas ancestralidades.
O enredo flutua entre a narração de Anna no presente e a de Hannah no passado, até as duas se encontrarem na mesma linha do tempo. Mas até aí acontece muiita coisa, o livro conta a história da família da Rosenthal.
Essa obra é muito sensível. Mostra como a humanidade de fato é, mostra que a família fugiu da Alemanha nazista, que os julgavam a partir de sua aparência "impura", para anos depois sofrerem com o socialismo cubano, que julgavam pessoas que seguiam determinadas religiões. Mostra como o passado sempre se repete, seja nas tragédias, ou em como uma neta se apaixonou pela primeira vez que nem uma vez sua avó também passou pela mesma sensação. Fala sobre a perda de identidade, que a mãe de Hannah tentou tanto apagar a identidade judia de seu filho mais novo, Gustav, para poupá-lo dos sofrimentos que ela passou, para depois a sociedade embutir nele valores iguais a aqueles que ela tanto abominava, ela o deixou crescer livre, para depois ele ser escravo de uma ideologia. Fala sobre esperança, amor, família, luto, tradição, falta de humanidade, egoísmo, e, principalmente de aprender com nosso passado e deixar as gerações futuras com uma reliadade mais empatica.
É realmente uma pena que esse livro não seja tão famoso.