A Garota Alemã

A Garota Alemã Armando Lucas Correa




Resenhas - A garota alemã


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Bia 19/03/2018

Resenha publicada no blog Clã dos Livros
Já disse em vários blogs que escrevo, o quanto aprecio livros que mesclam ficção e contexto histórico. Mais uma vez, o Clã me presenteou com uma dessas obras.

A Garota Alemã traz um enredo triste, amargo e ao mesmo tempo, tocante e profundo.
Com uma narrativa em primeira pessoa, intercalando duas personagens que viveram em épocas distintas, a obra é uma daquelas que com certeza ganhará notoriedade em bibliotecas e livrarias devido ao seu valor histórico e a ficção tão bem desenvolvida pelo autor.

Anna é uma menina de 12 anos de idade que precisou amadurecer muito rápido. Sem pai e com uma mãe depressiva, desde já se conformava em ser autossuficiente. Nunca havia conhecido seu pai, mas o mantinha presente em sua vida através de uma única foto.

Hannah também é uma menina de 12 anos de idade. Mas ela não vivia no ano de 2014, como Anna. Sua história se passa em 1939, na Alemanha. Filha de judeus, a perfeita garota alemã vira sua vida mudar de uma hora para outra. Antes, sua família era conhecida e respeitada por onde passava. Hoje, sua família sentia na pele o preconceito imposto por um governo insano, que os considerava impuros.

"Aqueles que eram nossos amigos deixaram de ser. Aqueles que costumavam agradecer a Papa ou que tentavam fazer amizade com Mama e suas amigas, que elogiavam seu bom gosto ao se vestir ou pediam conselhos sobre combinar uma bolsa de cores vivas com seus sapatos elegantes agora torcem o nariz para nós e estão prestes a nos denunciar."

A realidade de Hannah é perturbadora. Ela, sua família e seus amigos não viviam mais em sociedade. Eram condenados, vistos como sujos e criminosos. Os judeus eram constantemente violentados, assim sendo, eles viviam tomados pelo medo.

Hannah também precisou amadurecer. Sua mãe não conseguia aceitar a condição em que se encontravam. Deixava-se levar pela tristeza. Seu pai estava diferente, apreensivo, tentando a todo custo encontrar uma forma de salvar a vida de sua família.
E uma saída surge em forma de um incrível transatlântico: o St. Louis, que levaria os judeus para Cuba. Seria um recomeço? A família de Hannah e de seus amigos ficariam seguras?

Em 2014, a realidade de Anna também não está fácil. Ela queria saber mais sobre o pai, descobrir sua história. Até que uma carta chega às suas mãos. A vida de Anna e Hannah se interligam de uma forma linda. E ambas tornam a esperança uma da outra.

Eu me lembrei de quando li O Diário de Anne Frank. Na época, não tinha ideia do que o livro trazia. Eu não sabia que seria impossível um final feliz. Ao ler A Garota Alemã, tinha total consciência do que tinha em mãos. Quando você conhece a história e se depara com as esperanças dos personagens, tudo fica muito intenso, pois o próprio leitor sabe que o desfecho não será como eles almejam.

"Vamos começar do zero e transformar Cuba num país ideal, onde qualquer um possa ser loiro ou moreno, alto ou baixo, gordo ou magro. Onde você possa comprar jornal, usar o telefone, falar a língua que quiser e se chamar do nome que quiser, sem ser incomodado por causa da sua pele ou do deus em que acredita."

Ambas as personagens são sofredoras, porém, mesmo tão novas, se adaptam de uma maneira madura à realidade em que vivem.

É um livro triste, que me deixou com o peito carregado. Eu precisava parar para absorver tudo, parar para tentar recuperar meu próprio sentimento, porque mesmo que seja personagens fictícios, me remetiam à realidade dos que viveram isso.

Confesso que a narrativa de Hannah foi a que mais me envolveu. Através dela, somos transportados para uma Alemanha dominada pelo nazismo. Relembrarmos de uma parte horrível da história, e por meio dela nos compadecemos por tantos milhares de pessoas que viveram o horror do holocausto.

"Eu não tenho medo da morte. Que chegue a hora final, que tudo se apague e eu fique no escuro. Eu não tenho medo de me ver entre as nuvens, contemplando os que aqui ainda caminham em liberdade pela cidade. Morrer é como se a luz se apagasse, e com ela, todas as ilusões."

A de Anna não fica para trás. Sua história também traz um contexto real, de uma tragédia muito recente que abalou o mundo todo.

A mescla de ficção e realidade é sensacional. O autor resgatou uma passagem pouco citada da história, que na verdade nunca deveria deixar de ser lembrada.

E por mais que conheçamos o desfecho histórico, ficamos instigados em saber como será o desfecho de Hannah e Anna. Hannah sobreviveu ao St. Louis, mas em quais condições? E Anna, conseguiria superar as dificuldades da sua vida?

"O que eu mais detesto na ideia da morte é não poder dizer adeus, ir embora sem uma despedida. Só de pensar nisso eu estremeço."

A edição traz páginas amareladas, grossas, com fonte apropriada para leitura. A arte da capa casa perfeitamente com o enredo, e ao final, o autor nos presenteia com fotos reais dos passageiros do St. Louis.

"Será que algum dia estaremos preparados para perdoar?"

Amei a leitura, ao final fiquei ainda mais cheia de conhecimento. Recomendo, e acredito que o valor histórico que o livro nos traz deve ser conhecido por todos.

site: http://www.cladoslivros.com.br/2018/03/resenha-garota-alema-de-armando-lucas.html
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Cia do Leitor 07/05/2018

A garota alemã
O livro se passa em dois momentos, passado (1939-1985) e presente (2014). No passado vamos acompanhar a história de Hanna em Berlim, menina judia, tentando sobreviver em uma Alemanha comandada por Hitler e com uma guerra prestes a explodir. No presente temos Anna uma jovenzinha que perdeu o pai na tragédia de 11 de setembro em Nova York. Duas gerações que irão se encontrar.

"Abro os olhos e estou no mesmo quarto,cercada de livros muito gastos e bonecas com as quais nunca brinquei nem nunca vou brincar. Fecho os olhos e pressinto que falta pouco para subirmos a bordo de um enorme transatlântico, num porto deste país a que nunca pertencemos."- pág. 14

Hanna é uma sobrevivente do Holocausto e tia-avó de Anna, sendo que as duas nunca se conheceram e o encontro vai ser emocionante.

O livro vai nos contar como Hanna conseguiu fugir da Guerra a bordo do famoso transatlântico St. Louis com destino a Cuba, que parecia ser a esperança de 937 passageiros acabou se tornando seus piores pesadelos.

Histórias sobre o holocausto sempre me emocionam muito e ler A garota alemã não foi diferente, terminei o livro com os olhos marejados e muito emocionada. É muito triste a gente aceitar essa parte da história do mundo, eu sempre me pergunto como chegou a esse ponto, como as pessoas deixaram se levar pela mente doentia de Hitler.

A cada livro que leio sobre a segunda guerra acabo descobrindo novos fatos que acabam me deixando muito triste. O que aconteceu em A garota alemã eu desconhecia e fiquei muito chocada com falta de humanidade e compaixão do ser humano, e o mais triste é que pouquíssimo tempo atrás vi se repetir uma situação parecida.

""-Sou alemã, Hannah. Eu sou uma Strauss. Sou Alma Strauss. Isso não é suficiente, Hannah?" -Ela me diz em alemão, e depois em espanhol e em inglês, e finalmente em francês.Como se alguém a estivesse escutando; como se quisesse deixar isso bem claro em cada um dos idiomas que fala com fluência." - pág.18

Estou aqui escrevendo essa resenha indignada, pois a nação que virou as costas para esse povo simplesmente apagou esse fato da história e a outra nação que também virou as costas diz ter reconhecido o erro e pediu perdão muitos anos depois. Mas, aí vem a hipocrisia, essa mesma nação repetiu o mesmo erro em 2017, mas voltou a trás em 2018. Me pergunto se foi por solidariedade ou para ficar bem visto perante o resto do mundo?

Esse é um daqueles livros que todos deveriam ler, uma estória que não pode ser esquecida.

Resenha de Danielle Peçanha, do blog Cia do Leitor

site: http://www.ciadoleitor.com/2018/05/resenha-garota-alema-de-armando-lucas.html
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Gabriella911 04/05/2024

Gosto bastante dessa historia,e gosto tbm de livros da Alemanha nazista,nao sei porque mas acho muito interessante
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Laís 30/08/2023

O livro conta a história da imigração de alemães para Cuba , durante o governo Nazista ! Vamos descobrir junto com Hannah o que aconteceu com seu pai e outros parentes. A história inicia-se com ascensão do Nazismo na Alemanha até a chegada de Fidel castro no poder em Cuba !
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Liliane.Alves 06/07/2020

Hannah e Anna
Livro lindo do início ao fim, que escrita envolvente, me emocionei do início ao fim
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Sasa 12/09/2023

?No final, não matei meus pais. Não foi necessário. Papa e Mama arcaram com a culpa. Eles me forçaram a me atirar no abismo junto com eles.?
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Marina474 13/08/2023

Tocante
Eu amo livro que me fazem engajar a ponde te querer "manipular" a cena descrita. Como se pela riqueza de detalhes e o envolvimento gerado fizessem que desejasse ter uma penseira e explorar os cantos nem sempre desvelados da narrativa. Como se, de alguma forma, eu pudesse interferir para que as coisas se curassem, as coisas se acertassem e ainda assim as atrocidades não fossem esquecidas.
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Taís 26/08/2023

Hannah e Anna
O livro conta a história de Hannah e cicatrizes que uma guerra deixa . Também conta a história de Anna e a ausência do pai. As duas histórias se cruzam quando chega uma carta para Anna de Hannah, sabemos o que foi o St.Louis o transatlântico que marcou sua vida. Sentimos também o que uma guerra, suas incertezas, crueldades deixam no espírito das pessoas.
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Vanêssa 26/03/2022

Gostei bastante do livro! Uma história triste e emocionante q se passa no período da segunda guerra mundial.
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Monica Sobrinho 28/08/2023

Acompanhamos a história de Hannah (1939) que vive na Alemanha nazista e, por sua família ser judia, se vê sendo obrigada a sair do seu país em um navio com outras 900 pessoas para de refugiar em outro País. Acompanhamos também a história de Ana (2014) uma garota que não chegou a conhecer seu pai que morreu no trágico acidente das torres gêmeas antes dela nascer. A história dessas personagens vai ser cruzar e elas vão se perceber uma na outra. É uma leitura rápida mas de muita profundidade.
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Marcio Claver 14/12/2021

A garota Alemã
Achei o livro tocante! Me lembrou um pouco o livro Herdeiras do Mar, talvez pelo tipo de narrativa ou porque mostra como as guerras mudam a vida das pessoas de ontem e de hoje.
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Lorraine 11/12/2021

Nossa... este livro é lindo e ao mesmo tempo muito triste! Eu não conhecia a história do St Louis, o navio dos renegados. Ao conhecer o navio através do livro, fiz várias pesquisas e passei realmente a conhecer a história por trás de um livro tão impactante. O que aconteceu com aquelas pessoas foi realmente muito triste, e o autor conseguiu retratar o sofrimento que marca gerações. Recomendo a leitura.
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