A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado

A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado Friedrich Engels




Resenhas - A origem da família, da propriedade privada e do Estado


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Félix 19/12/2021

Indispensável
Essa edição da boitempo é ótima. Sem duvidas é um livro maravilhoso para os estudos marxistas e para todes que tenham interesse, porém, como é um livro de pesquisa não recomendaria para quem não está acostumado, eu mesmo tive algumas dificuldades em alguns capítulos que são focados nas origem das gens, bem antropólogo, mas a essência em si é incrível e fácil de entender. Quando eu comecei o livro eu não tinha imaginado que falaria sobre a monagamia, a origem do casamento monogamico, sobre o matriarcado e então o surgimento do patriarcado. Em como a origem da família gerou a propriedade privada e então o Estado, uma mão levou a outra, é então que a gente percebe que boa parte da direita não sabe nada sobre o socialismo e comunismo pois muitas vezes eles acreditam que se trata de deixar tudo nas mãos do Estado sendo que é o capitalismo que depende do Estado. Engels nos mostra como as pessoas não se casavam por amor e não tinham filhos por amor, tudo isso foi criado para a acumulação de capital, para a passagem de herança, que o casamento é um ato politico. A monogamia humana não tem origem natural, ela surge pois o pré capitalismo se desenvolvia usando ela chegando até o capitalismo de hoje, isso me gerou muitos questionamentos, como seria a sociedade se a monogamia fosse menos frequente? Como seria então as famílias? Engels usa as pesquisas de Lewis H. Morgan muito bem quando traz essas origens da família e povos.
Durante a leitura percebemos um toque de feminismo, e no posfácio de Marília Moschkovich ela diz isso, o marxismo abriu as portas para repensar sobre todas as formas de opressão, é por isso que na minha cabeça o feminismo deve ser marxista, se o feminismo apoiar outras formas de opressão ele é apenas um movimento vazio e hipócrita, e isso seria lamentável, por isso devemos lutar por um feminismo marxista, abrangente.
Saio dessa leitura com a certeza de que um dia terei de reler.
keyla 19/12/2021minha estante
muito bom!!




Hiarlly 06/12/2021

Você precisa ler esse livro!!!
Nesse livro, Engels consegue fazer a União de três coisas que na minha cabeça n estavam tão interligadas - a família, a propriedade privada e o Estado!! No momento em que ele traça toda a história da humanidade desde a poligamia ate as relações atuais, demonstra n só um pensamento bem interessante sobre como tais relações moldam a sociedade, porém explicita a forma que o Estado nasceu e se perpetua no meio disso tudo, como uma forma de reafirmação da classe dominante sobre a dominada. Sem dúvida uma das melhores leituras que já fiz!
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Daniela 25/11/2021

Imprescindível
Este livro é imprescindível para quem quer pensar criticamente sobre a família, sobre propriedade privada, sobre machismo, patriarcado e sobre o que gerou o Estado.
É uma leitura fácil, mas complexa, que coloca em cheque toda a idealização patriarcal da família.
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Kelly296 10/11/2021

A primeira divisão do trabalho é a que se faz entre o homem e a mulher para a procriação dos filhos sendo a primeira opressão de classe: a opressão do sexo feminino pelo masculino. E da primeira grande divisão do trabalho nasceu a grande divisão da sociedade em outra opressão de classe: a opressão dos escravos pelos senhores. Engels vai explicar comos as opressões foram surgindo sem que ninguém tentasse impedir.
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Marcelo Duarte 10/10/2021

Propaganda Ideológica descarada
Nesta obra o autor, Frierdich Engels, teoriza sobre a historia, principalmente, sobre a história de povos antigos. No bojo de sua teoria, ele desenvolve uma argumentação de como ele entende que surgiram algumas instituições, como por exemplo: família, dinheiro, propriedade privada, comércio e comerciantes, o exército armado, domesticação de animais, bancos, etc. Sua obra perpassa diversos povos, e vai nos contando como ela se desenvolveu e como ela alterou a realidade de seus pares. O livro é basicamente isso.

Algumas considerações:

1. Fica evidente, conhecendo o histórico do autor e seu posicionamento, que sua pesquisa (que nem.é sua, ele apenas teoriza sobre supostos dados de terceiros) que ele já tem uma visão fixa da marcha da história. O desenvolvimento da análise dos dados, passa a ideia de que o texto é mera formalidade para se dizer a conclusão segue as premissas, o que é falso. O autor já tem uma visão definida e sua análise dos dados é filtrada pela lente sua ideologia. Ou seja, acaba se demonstrando uma análise tendenciosa e questionável em sua palavra final.

2. A esquerda, para legitimar a prática homossexual e a prática sexual liberal e libertária, por inúmeras vezes, usam exemplos tirados da natureza. Mas quando algum exemplo poxe ser usado da mesma forma para questinar a argumentação, eles alegam que a argumentação não é valida, pois não se trata da mesma categoria. Lembrando que Engels e Marx lançaram boas bases para os movimentos: feministas, amor livre e LGBTQIA+;

3. Para Engels (concordando com Bachofen) o casamento monogâmico foi uma escolha da mulher, que buscava nessa relação segurança, que não encontrava mais segurança e respeito em outros tipos de relacionamento (exemplo: heterismo), pois as configurações de relacionamentos dessas gentes (livre e sem restrições) estava sendo visto com olhos impuros. É interessante ressaltar que essas mesmas mulheres agora querem acabar com a instituição do casamento, mais precisamente, o casamento monogâmico estrito.

4. Engels comete inúmeras falácias lógicas, como a sobre a origem. Ele por algumas vezes associa a origem etimológica da palavra, que carrega uma conotação negativa, para reforçar a ideia de que está certo, pois o termo surgiu de uma forma condenável. Isso por si só não é valido, é um argumento falacioso.

5. Outra falácia muito usada por ele é do conhecido "apelo a natureza". Ele a usa para falar sobre o senso comunista, sobre que ele era o modo padrão no estilo de vida nos primórdios, portanto, não podemos nos desviar desse padrão, pois ele é natural. Ele, porém, não diz nada sobre as origens que levaram essa senso dar lugar ao individualismo, e consequentemente, a propriedade privada. Ele apenas diz que é culpa do egoísmo humano. Sobre a liberdade sexual da mulher, é da mesma forma, antes ela possuia autonomia sobre seu corpo, depois de aderir a monogamia não mais. Agora não consegue se livrar dessa escravidão. Em outras palavras a escravidão das mulheres foi voluntária, mas não querem mais se sujeitar a segurança obtida na monogamia.

6. Com a origem do casamento Engels afirma que o acompanharam "o amante da mulher" e "o homem traído". Assim como a prostituição. Foram todas aberrações criadas pelo casamento. Como Engels pretende acabar com isso? Simples: vamos destruir a família... Simples! Não?

7. Engels no livro fala au6e todas as revoluções políticas foram para proteger um certo tipo de propriedade . detrimento de outras. E que a apropriação por meio de revolução, pode sim ser chamada de roubo, também chamado confisco, como ele diz.

8. Como dito, muitos argumentos são falaciosos. Em diversos trechos ele apela a falácia do Non Sequitur (as conclusões não seguem da premissas);

9. Engels afirma que a igreja não fez nada contra a escravidão. Não recorre aos textos veterotestamentário e nem ao novo testamento. Que são textos carregados sobre o assunto e nem fala da teologia Paulina. Nem acerca dos pensadores cristão e a influência do Cristianismo na derrubada da escravidão. Nada. Só afirma e tchau.

10. Para Engels o lugar da mulher é no mercado de trabalho, produzindo em grande escala em diversos setores. Se não for isso, seu trabalho doméstico toma um tempo "insignificante".

11. Sua teoria sobre a história é tão confusa que ele chega a dar duas origens para um mesmo objeto. Um exemplo é a origem do Estado. Segundo Engels, se deu assim: No início do livro ele diz que origem do Estado se deu para resguardar o direito à propriedade privada e assegurar sua manutenção. Agora, no final do livro, ele afirma que o Estado surgiu com a finalidade de manter o antagonismo de classes sob controle.

12. Enquanto para muitos o trabalho significa o homem, para Engels ser assalariado é sinônimo de escravidão.

13. Engels cria um paradoxo em relação a mulher e ao trabalho. Eles querem duas coisas. O que é confuso. Querem estar com a família e querem que a mulher produza. Mas para isso ela precisa deixar o lar...

14. O livro é muito massante! E o mais decepcionante é chegar no fim e ver o poder de síntese que Engels tem. Ele resume mas últimas 10 páginas todo a lógica da sua argumentação. O que evidencia sua prolixidade em todo o restante do livro.

15. O autor apenas dialoga com autores que corroboram sua teoria. Omite diversos pensadores, povos, culturas e religiões mais antigas que as histórias que ele narrou para exemplificar sua teoria.
Rafael C. Barbo 31/12/2021minha estante
Você leu o mesmo livro que eu?




completamenteavoada 08/10/2021

"No dia em que o termômetro do sufrágio universal registrar o ponto de ebulição entre os operários, eles saberão, tanto quanto os capitalistas, onde é que estão."

-hino da Internacional tocando ao fundo -
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Rafitchu 06/09/2021

???
A editora cometeu alguns erros na ortografia, espero que façam uma edição corrigindo tais erros, pois atrapalham na leitura. Fora isso, é um livro perfeito. Estou arrependido que eu fiz um trabalho recente que podia ter algumas citações do deste livro, tenho certeza que enriqueceria.
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@umapaixaochamadalivrosblog 23/08/2021

Conceitos importantes!
Bom dia, leitores.
Continuando meus delírios comunistas, li essa obra em e-book, onde Engels, através de Marx, nos retrata de forma cronológica como surgiu o conceito de família, de propriedade privada e de Estado na civilização. A finalidade era óbvia, a manutenção opressiva da burguesia através do homem branco colonizador. E assim surgiram também o conceito de monogamia, casamento e herança através do patriarcado.

#aorigemdafamiliadapropriedadeprivadaedoestado #friedrichengels #boitempo #2019 #sociologia #notaquatro #leianaoficcao

Beijos e até a próxima.
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alex santos 21/08/2021

Imprescindível
Como se construiu a base da exploração social, em que muitos são sacrificados, para enriquecer una poucos e ainda acharmos tudo natural.
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Elisa Dinah 16/08/2021

Essencial!!!
Esse aqui é leitura obrigatória, e eu só soube depois de ler. Engels lança mão aqui de debates que infelizmente seguem atuais e vivos como nunca. Entender a origem da opressão feminina é essencial para combatê-la. No mais, a descoberta de Engels de que o Estado é uma construção para amortizar a luta de classes é impecável. Um clássico do marxismo.
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Arthurito 04/07/2021

Sensacional
A maneira que o Engels fala sobre como surgiu a família e o estado é espetacular, aborda a divisão de classes, a escravidão e a monogamia. Embora algumas partes do livro tenham sido muito entediantes, alguns dos aprendizados desse livro realmente me serão úteis, indico que leiam!
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IgorX96 01/07/2021

À frente de seu tempo
Engels escreve um livro a frente de seu tempo, claro que com coisas que sim, ficaram datadas, como a "evolução das sociedades". Mas todo o resto é algo que se debate hoje, como a questão da monogamia e da família tradicional patriarcal.
Engels mostra como esse modelo família está diretamente ligada à luta de classes, a propriedade privada e ao Estado.
É um livro brilhante e de um caráter antropológico excepcional.
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rafaelladelua 30/06/2021

interessante
achei a leitura densa e pouco fluida. várias nomenclaturas e definições se repetem ao longo dos capítulos e isso por muitas vezes me entediou. no entanto, insisti em concluir a leitura e o classifico com um nota alta porque seu conteúdo é fascinante. muitas noções do meu dia a dia se alteraram conforme a leitura se desenrolava e eu me via entendendo o porquê por detrás de certas instituições que imperam sobre mim diariamente. enfim, aprendizados que com certeza me marcarão. adorei e espero ler mais de engels.
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Lucy 20/06/2021

Furiosa estou
A Simone de Beauvoir usou esse livro para sua pesquisa de O segundo sexo.
Desde que iniciei a leitura do livro dela, quis ler para entender. Ficava imaginando que era algo sobre a formação da sociedade e nada mais. Não que isso fosse pouco, não é?
Fui ler e já começa com uma delícia de obra super direta e que é baseada em outra. Porém, não irei mais lá atrás, não... ahahaa
E quando me pego no livro o que eu descubro simplesmente é que Engels está falando sobre anotações feitas sobre Marx e sua própria opinião e a questão da mulher! A QUESTÃO DA MULHER como escrava do capital.
Ahhhhh mano, esta aqui não aguentou não, como podeeeeeee, pq esse livro não é ensinado na escola? Primeiro pelo fato de mostrar as diversas possibilidades de formações sociais dentro dos períodos históricos, e depois por mostrar como a mulher é apagada da história da humanidade!
E não é de maneira velada que ele conta, não. Ele diz com todas as palavras. Mas como é que pode os meios não levarem em convicção a importância de que primeiro a mulher precisa ser liberta para depois as coisas acontecerem? É isso que ele diz.
Claro que as coisas mudaram hoje e podemos dar foco para mulheres negras, mas estava posto e me parece que ainda assim vem sendo ignorado por conveniência. Pessoas que teriam condição de entenderem Engels passam batido pq querem.
Hoje temos muitas melhores discussões e mais espaços, o livro é filho do seu tempo e vale como reflexão da sua época e espaço, e para pensar seu reflexo para hoje e sobre as obras posteriores, e na inação também. O que me revolta é a inação.
Para o nosso e todos os tempos, por escritos como estes e os que virão, pelas mulheres temos as imperatrizes furiosas. Eu não sei dirigirir caminhão, mas e você?
Recomendo esta leitura.
Nefelibata 31/07/2021minha estante
Adorei a análise! Não tinha feito esse recorte tão claramente quando li o livro?.

Realmente é uma obra-prima que fala sobre tanta coisa em tão pouquinhas páginas?.


Lucy 31/07/2021minha estante
Obrigada ??




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