Sonhos Elétricos

Sonhos Elétricos Philip K. Dick




Resenhas - Sonhos Elétricos


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Davenir - Diário de Anarres 23/10/2018

Coleção de contos obrigatória para apreciadores de PKD
"Sonhos Elétricos" é uma bela surpresa para quem aprecia a obra de Philip K. Dick, pois é fruto de uma série de adaptações inéditas de contos para a série de mesmo nome da Amazon. Nesta resenha vamos comentar cada um dos 10 contos em separado, seguido de um breve comentário do respectivo episódio da série sem fornecer spoilers de nenhuma das produções.

Peça de Exposição (Exhibit Piece): George Miller vive três séculos no futuro onde é um historiador fascinado pelo século XX, pelo sonho americano e pelos valores de liberdade e riqueza. Miller é curador do museu de História e acaba se transportando para os anos 50 onde passa a viver feliz, mesmo consciente das duas realidades. O conto encerra com o melhor do humor irônico do autor. No episódio da série (Vida Real), no entanto, opta por um caminho mais dramático para mostrar uma policial lésbica atormentada por uma perda que busca um simulador de outra vida tão real, a de um homem, empresário que passa a questionar sua realidade, achando que é a policial do futuro. A série muda todos os personagens e história pegando apenas o fio condutor do personagem viver em duas realidades.


Autofab (Autofac): O conto mostra um grupo de sobreviventes num futuro pós-guerra tentando parar a produção de uma fábrica automatizada que tem devastado os últimos recursos naturais mesmo tendo se passado anos do fim da guerra. O diferencial aqui é como a Inteligência Artificial se mostra desastrosa, não por se rebelar contra o ser humano mas justamente por fazer o que lhe foi designado. A autofab produz bens de consumo, seguindo o objetivo máximo de produção programado pelos próprios humanos. Uma alegoria simples mas contundente para o capitalismo desumano e desenfreado. Casa bem com as reflexões de Chamayou em seu Teoria do Drone, resenhado neste blog.

Humano é (Human is): O conto se passa num futuro onde a vida é difícil e vive em guerra contra povos de outros planetas. Lester Herrick, um cientista frio e cruel com sua esposa Jill, que volta muito diferente após uma missão no planeta Rexor IV. O conto é curto e foi adaptado fielmente na série, exceto pelos nomes dos personagens que foram trocados e teve mais cenas (provavelmente para caber na média de tempo dos episódios da série), que não desviam da linha central do conto: "o que é ser humano?". Menção a Bryan Cranston interpretando Silas Rex no episódio.

Argumento de Venda (Sales Pitch): O conto acompanha Morris, um desiludido trabalhador atormentado pela vida pacata e esmagado pelo cotidiano repetitivo. Este cotidiano é representado pela pervasividade da propaganda na nossa vida. Temos o melhor da ironia do autor quando um AICAD, um empregado doméstico robô, entra no apartamento de Morris e não aceita não como resposta a proposta de se vender como produto. A ironia é levada até o limite no fim do conto. Ótima leitura! Já no episódio da serie (Crazy Diamond) fez pequenas alterações nos sonhos de Morris, interpretado por Steve Buscemi (ao invés de Alfa Centauri, velejar no mar sem destino) mas o AICAD foi substituído por uma androide femme fatale que o impele a buscar seus sonhos, o que deixou o episódio mais dramático e menos irônico, descaracterizando a forma de comunicação de Philip K. Dick.

O fabricante de gorros (The Hood Maker): Conto mostra um mundo vigiado ao extremo. As mentes podem ser lidas por mutantes telepatas, chamados de teeps, mas uma tecnologia simples e barata (os gorros) pode bloquear a habilidade dos teeps e colocando em risco o seu domínio e o regime como um todo. O conto tem uma virada excelente no fim das contas que mostra uma esperança pouco habitual nas suas histórias. No episódio da série, de mesmo nome, ao invés do ponto de vista do fabricante de gorros e de um membro pacato do governo, a adaptação mostra uma teep e Morris, um agente da lei (Richard Madden, o Rob Stark de GoT) investigando e perseguindo o fabricante. Infelizmente o aspecto politico mais interessante sobre a liberdade/privacidade X segurança é colocado em segundo plano, e o foco acaba sendo na teep que enfrenta preconceito ao servir a força da lei. Isso acaba por empobrecer a narrativa de forma geral.


Foster, você já morreu (Foster You're Dead): Mike Foster é um garoto que vive uma era de alta tecnologia mas com o temor de uma guerra nuclear e todos buscam adquirir um abrigo em suaves prestações. Contudo, o pai de Mike é o único da cidade que resiste a onda de consumo desenfreado pelo medo e não quer ter um abrigo. O conto aborda a falta de comunicação entre as gerações, e como o desejo de consumo devasta uma criança e uma sociedade, saciado ou não esse desejo. O ponto forte é o drama do protagonista. No episódio da série é o mais distante do conto de toda a temporada. Permanece, contudo o drama da falta de comunicação entre pai/filho, aqui com duas personagens mulheres. Neste futuro, os EUA estão divididos em duas regiões onde numa vive-se com privacidade, simplicidade e com pouca tecnologia, de onde uma representante viaja com sua filha até o outro lado, completamente vigiado e ultratecnológico. A menina se deslumbra com a tecnologia mesmo sob os protestos da mãe, gerando conflito e uma trama que infelizmente soou forçada pela ingenuidade da protagonista, e uma virada na história previsível.

A coisa-pai (The Father-thing): O argumento do conto é parecido com o do livro Os invasores de corpos de Jack Finney (resenhado neste blog), mas aqui protagonizado por uma criança que descobre que seu pai foi tomado por um organismo alienígena. O conto é simples e aborda a questão de forma emocional, e passa longe da questão política do "invasor alienígena/estrangeiro" e fica na questão emocional, de um menino que descobre que seu pai virou um monstro. O episódio preservou sabiamente o núcleo do conto, colocando no nosso tempo mas sem ousar mais. Acho que justamente aqui a ousadia seria mais bem vinda nesa adaptação. Destaco a atuação de Greg Kinnear que ficou sinistro sem soar forçado no papel de Coisa-pai.

O planeta impossível (The Planet impossible): Conto curto porém emocionante. Num futuro onde a existência da Terra virou uma lenda, uma senhora de 350 anos está disposta a tudo para visitar o planeta. Andrews e Norton, pilotos de uma nave de aluguel, aceitam o trabalho mesmo não acreditando que a Terra exista, mas Philip K. Dick quebra a expectativa de realidade dessa história de forma emocionante. O episódio adapta e estende esse conto de forma igualmente emocionante e ainda traz elementos novos. Destaque para a Geraldine Chaplin, como a senhora do conto.

O passageiro habitual (The Commuter): Neste conto Bob Paine, um pacato funcionário de uma estação de trem fica intrigado com Macon Heighs, uma estação de trem que não existe. Sua obsessão o leva a um lugar que o faz questionar a realidade. É uma abordagem clássica do autor que reflete sobre linhas temporais e decisões. O conto curto foi ampliado para caber no tempo de tela e as adições não comprometem o argumento geral, apesar da escolha do tamanho curto para essa da história por Dick tenha sido bem acertada.

O enforcado desconhecido (The Hanging Stranger): Ed Loyce encontra na rua de sua pacata cidade um homem enforcado numa placa de publicidade. Por que ninguém se importa com aquele homem? Quem era ele? O que ele fez para estar ali? São as perguntas que atormentam Loyce pois todos a sua volta o consideram anormal por se importar. O conto aborda dois temas muito caros para o autor: Empatia e paranoia. Temos apenas a visão de Loyce e por ele ser o único a pensar daquela forma somos levados a duvidar também do que ele vê. Ed Loyce é perdeu a noção da realidade ou nós é que baseamos nossa realidade num consenso da maioria? Temos aqui o Philip K. Dick em seu estado mais provocador. O episódio da série (Matem todos eles), faz uma abordagem politica da falta de empatia, em referência a Trump e o neofascismo de cada dia. Então não temos nada que remeta ao fantástico (alienígenas vistos por Loyce) mas temos exposto o núcleo duro do conto que mostra o monstro que habita em todos nós.

site: http://wilburdcontos.blogspot.com/2018/10/resenha-77-sonhos-eletricos-philip-k.html
Eduardo Rockwell 03/03/2022minha estante
Eu AMO esses contos, tenho meus preferidos, mas todos são incríveis!




Delirium Nerd 21/08/2018

Os fios condutores da essência humana na obra de Philip K. Dick
Philip K. Dick foi um dos autores de ficção científica mais prolíficos e aclamados do século passado, tendo parte de sua obra literária adaptada para o cinema e a televisão, como em Blade Runner: O Caçador de Androides e O Homem do Castelo Alto. O questionamento do que é de fato realidade ou ilusão é um assunto recorrente em seus escritos, e em Sonhos Elétricos, lançado este ano pela Editora Aleph, as leitoras deparam-se com diversos contos que discutem estas temáticas e também o que é ser humano.

Imagine um mundo pós-apocalíptico ou dominado por máquinas: as chances de uma pessoa perder-se em si mesma, esquecendo a própria essência, é enorme. Ao passo que todos os fatores externos colaboram para o medo das populações, seja por doenças, dominações de governos ditatoriais ou pelos próprios robôs, uma ou outra pessoa consegue despertar de determinadas situações hostis e passam a apegar-se ao que é mais vital em momentos difíceis: a esperança de uma realidade melhor.

Philip K. Dick cria mundos muito distintos, mas que aproximam-se quando comparados seus protagonistas e suas respectivas vontades. Em sua maioria, homens e mulheres precisam lutar para restabelecerem-se em meio ao caos e, de alguma forma, anseiam para não esquecerem aquilo que são em seu íntimo ou ideais que carregam há muito tempo. O amor, a nostalgia, a paz interior, o sentimento de pertencimento a um grupo, a saudade de um ente querido, dentre outras, são questões abstratas que, na obra do autor, tornam-se o centro das discussões filosóficas das personagens, pontos marcantes e importantíssimos para o enriquecer da narrativa e da própria construção psicológica delas.

Sonhos Elétricos é dividido em dez contos que abordam diversos aspectos de vidas em futuros distantes, na própria terra ou em outras dimensões, mas ainda assim facilmente comparáveis com os dias atuais. É inegável a semelhança e as comparações com a série Black Mirror e, assim como a impactante obra distribuída mundialmente pela Netflix, Sonhos Elétricos foi transformada em uma série antológica lançada pelo Channel 4 e distribuída pela Amazon Prime Video; enquanto Black Mirror expõe problemáticas envolvendo a vida humana, na maior parte do tempo motivadas por fatores externos, Sonhos Elétricos faz o caminho contrário e parte do interior das personagens para o mundo exterior.

A abordagem de Black Mirror é mais sociológica, repensando o impacto dos mecanismos sociais na vida das pessoas, ao passo que Sonhos Elétricos transita pelo viés filosófico, enxergando os sentimentos humanos de dentro para fora, desassociando-os um pouco mais do mundo palpável. A série adapta os contos de Philip K. Dick expandindo a essência de cada história, reformulando-as total ou parcialmente, como em muitas adaptações de obras do autor: livro e série completam-se ou podem ser separadamente apreciados.

Um ponto importantíssimo na adaptação televisiva, além da excelente escolha de atores e atrizes, como Anna Paquin, Vera Farmiga, Janelle Monáe e Rachelle Lefevre, é justamente a atenção às personagens femininas que, no livro, muitas vezes passam despercebidas ou são estereotipadas como mulheres neuróticas. A série até mesmo troca o protagonismo de muitos contos pelo feminino, tornando uma história que, no original já aborda um assunto interessante, para algo ainda mais profundo e instigante.

Até mesmo quando os homens protagonizam a história, percebemos que as mulheres presentes em cena possuem importância e têm seus próprios arcos e motivações à parte. Cada uma delas é construída de forma fidedigna, fugindo aos clichês da ficção científica, fazendo com que a representatividade esteja presente em suas personalidades, ações e falas (os diálogos da série também são formidáveis). Steve Buscemi, Bryan Cranston e Richard Madden também participam dos episódios.

O “sonho” que aparece no título da obra é a metamorfose da esperança; sonhando, homens e mulheres conseguem vislumbrar uma realidade à qual deveriam pertencer, mas que por um motivo ou outro não se concretizará com facilidade. Sonhar, nas obras de Philip K. Dick, é a afirmação de se estar vivo em toda a sua complexidade.

Leia na íntegra:

site: http://deliriumnerd.com/2018/07/11/resenha-sonhos-eletricos-philip-k-dick/
Thatiane.Souza 15/12/2018minha estante
Super interessante você ressaltar o papel das mulheres na série, esse foi um ponto que me incomodou um pouco no livro. O autor consegue formular futuros tão distantes e diferentes da realidade do período em que foram escritos, mas não conseguiu ter um olhar sensível a profundidade, relevância social que as mulheres viriam a ter no futuro. Mas enfim, tirando esse ponto achei o livro muito bom.




happymoon 06/04/2018

Excelente
Os contos são ótimos e as adaptações feitas para a série de TV conseguiram agregar um toque especial ao imaginário das tramas.

Vale a leitura!
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Guilherme.Alcantara 22/07/2019

Reflexões sobre natureza e tecnologia.
Amante de historias de ficção cientifica contadas nos cinemas e jogos mas nunca fui um leitor muito ativo. E tenho começado a ler esses grandes clássicos só hoje em dia.. É realmente muito chocante sempre achando tão surpreendente episódios da série Black Mirror ou conceitos em jogos como Bioshock e realmente são muito Bons dignos de citação e serem lembrados daqui a muito tempo. Mas o mais surpreendente é os conceitos abordados em contos do PKD (e também outros grandes autores de contos) tão pequenos e com uma profundidade inacreditável de pensamentos e reflexões sobre nossa natureza que até mesmo hoje em dia são discussões atuais e geram inquietação e dúvidas sobre a tecnologia e nosso papel na existência. Sem duvidas um clássico absoluto de contos SCI-FI. Já sou fã de Blade Runner e já estou com Androides sonham com ovelhas elétricas? na prateleira na fila da leitura.
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axcel0773 29/06/2020

Primeiro livro que leio do Phillip, os contos do livro são muito bem escritos, com temas muito interessantes e ainda relevantes, mesmo sendo escrito há anos atrás. A imaginação de Phillip era inimaginável, assim como esses contos. Leitura recomendada!.
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Thay 23/06/2020

PKD sempre arrasa na ficção. Contos que faz refletir o presente.
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Amaral 22/06/2020

Ficção psicodélica !!
Boa leitura! PKD o monstro da ficção , faz parecer situações bizarras parecerem pertinentes se analisadas no contexto geral. Discute o tempo todo as motivações da sociedade e dos seres humanos de forma muito crua.
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Phelip 19/05/2020

Essencial, mas não espere um livro de ação
Philip K Dick, um autor que escrevia ficção há 60 anos e a impressão que tenho é que estou lendo um autor contemporâneo. A cada livro tenho mais admiração pela genialidade. É como se escrevesse crônicas e não contos. Como ele conseguia prever o futuro? Conhecendo as crises humanas. Independente da especialidade com a qual trabalha, literatura é essencial, e Philip K Dick deveria ser lido por todos.
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pehlma 27/05/2018

Falar de PKD é sempre muito fácil, difícil é falar algo que não tenham dito ainda.
PKD é sem dúvida um dos maiores nomes da FC moderna, suas obras são bem conhecidas e inspiraram diversos filmes e series de TV.
Sonhos elétricos é uma coletânea de contos que inspiraram a série da Amazon.

Sendo bem sucinto.
Não gostei apenas do conto “Autofab”

Os que mais gostei foram:
“Humano é” e “Foster, você já está morto.”

Falarei um pouco deste último, que entre os dois foi o que mais gostei.

Ele trata basicamente do uso da guerra como ferramenta para criar necessidade de certos produtos nas pessoas. Claro que isso já foi usado antes (1984, por exemplo), mas a forma como é explorada no conto é sensacional. Uma clara crítica ao consumismo desenfreado durante a guerra fria.
A genialidade não está em “prever” um futuro, até porque o conto foi escrito em 1955 quando esse problema era presente, mas sim em esfregar na nossa cara como algo que existia naquela época ainda persiste até hoje.

É possível ver diversas críticas ao capitalismo, principalmente neste conto (mas também em outros). PKD usa de suas realidades para fazer a gente pensar, como toda boa obra de Scifi. Será só exagero ou aviso?
Como dizem os sábios: REFLITAM....

O conto é gratuito e está em Domínio Público, vale a pena ler.
http://www.sffaudio.com/podcasts/FosterYoureDeadByPhilipK.DickSSF3.pdf

As introduções dos roteiristas da série dão realmente um charme a mais, apesar de nem todos os comentários serem interessantes.
Abaixo segue um exemplo de bom trabalho.
É claro que o negócio é este mesmo: a obra de PKD sempre vai ser relevante, porque ele via o mundo e as pessoas a seu redor com clareza ímpar. Ele pensava e escrevia sobre a humanidade com precisão extraordinária e, embora as circunstâncias externas estejam em constante mudança, esses atributos fundamentalmente humanos continuam sendo estagnados de uma maneira ao mesmo tempo linda e aterradora. O cinismo avança, mas também a empatia o faz e, no mundo de PKD, esses dois atributos seguem de mãos dadas, apoiando e combatendo um ao outro em igual medida.E, claro, ele esgueirou tudo isso sob o pretexto de ficção científica sensacionalista, atiçando-nos a acreditar que talvez isso tudo seja apenas fantasia. Acontece que só depois que o conto acaba e damos mais uma conferida no mundo à nossa volta é que percebemos: tudo é completamente verdade. - Kalen Egan e Travis Sentell (Roteiristas da série)

Não gostei da tipografia. Prefiro a que a Aleph usou nos livros do Scalzi, mas isso é só uma frescura pessoal.

Listagem dos contos:
Peça de exposição
Autofab
Humano é
Argumento de venda
O fabricante de gorros
Foster, você já morreu
A coisa-pai
O planeta impossível
O passageiro habitual
O enforcado desconhecido

Sonhos Elétricos - Philip K. Dick
Nota: 8,5 / 10

site: https://resenhanaestante.blogspot.com.br/2018/05/resenha-sonhos-eletricos-philip-k-dick.html
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Cecília 22/04/2020

Incrivelmente atual
PKD joga o leitor em seus contos sem aviso prévio e traz em sua obra incontáveis questionamentos, como o que significa ser humano, consumismo e os limites da realidade.
Parafraseando o roteirista Matthew Graham na introdução de O Fabricante de Gorros:
"Aproveite esta leitura que também é conversa e relação. Ela será breve, mas, se tiver sorte, vai te acompanhar para sempre, como fez comigo".
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ba3 29/03/2020

Cereja da ficção científica
Esse livro me lembra um pouco a 5° onda, alguns contos falam de alienígenas se passando pelo ser humano, fala de nós mesmos perdendo a nossa humanidade. Eu acho a 5° onda incrível por tratar dessas situações. E esse livro como são vários contos você acaba se surpreendendo em cada página. Sério é um livro muito incrível e que eu enrolei muito pra ler, mas os contos são maravilhosos e sua cabeça explode com a inteligência que esse cara teve pra pensar nessas histórias. Eu fiquei em uma luta constante na minha mente pensando: nossa que absurdo nada ver uma invasão alienígena, mas ao mesmo tempo fiquei chocada.
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lizardeb 20/03/2020

meus favoritos são: humano é; foster, você já morreu; e a coisa-pai
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Tomlucitor23 26/04/2024

Demorei mas li, as impressões de cada conto eu deixei ao longo da minha leitura, até pra não esquecer, acho difícil esquecer porque cada um tem sua particularidade, só vou esquecer os que eu não gostei, e foi legal ver a série enquanto lia, mas acabou que prefiro os contos do que a série, foram bem adaptados, mas o material original ficou infinitamente melhor que suas adaptações.
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Damata 17/04/2019

A cara de PKD
Os contos são ótimos.
A cara de Philip K Dick, sempre questionando a realidade e a noção de ser humano.
Vale muito a experiência de ler os contos e assistir a série na sequencia. Acontece uma expansão do universo proposto por PKD pela lente de outros profissionais.
O próprio livro propõem esse exercício ao incluir antes de cada conto um comentário do diretor ou roteirista que adaptou o conto para a série.
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Camila Faria 15/05/2019

Se você curte sci-fi é MUITO provável que você já esteja familiarizado (e até adore) as obras do Philip K. Dick. Ele é responsável por alguns dos títulos mais famosos do gênero, verdadeiros clássicos da ficção científica, que inspiraram filmes como Blade Runner, Minority Report e O Vingador do Futuro. Eu já tinha tido uma experiência com o autor, quando li Valis em 2015, e achei o livro muito louco e interessante. Fazia muito tempo que eu não me aventurava num livro do gênero e acabei me jogando na leitura de Sonhos Elétricos, um livro de contos que inspirou a série Electric Dreams, da Amazon Prime.

O livro reúne algumas das primeiras histórias escritas e publicadas pelo autor na década de 1950, todas elas acompanhadas de uma introdução escrita pelo roteirista que adaptou o conto para a série de TV. À princípio, se você ainda não assistiu a série (como foi o meu caso) não faz muito sentido ler essa breve explicação inicial antes de cada conto. Muito mais rico (e pertinente) ler os depoimentos depois de assistir cada episódio ~ até para entender, em alguns casos, as alterações feitas por cada roteirista.

MINHAS IMPRESSÕES SOBRE O LIVRO

Ler ficção científica é mergulhar num universo repleto de inquietações e desconfiança, especialmente em relação ao futuro. E, nesse aspecto, Philip K. Dick realmente foi um mestre. Os dez contos têm um quê de antiguinhos, uma vez que retratam uma visão de futuro pensada na década de 1950. Mas são geniais justamente por isso. O autor navega por temas um pouco ultrapassados para os dias de hoje, mas que fomentam questionamentos universais e atemporais. Uma delícia de ler, os contos são ágeis e divertidos, apesar da visão pessimista característica do gênero. Realmente dá para imaginar (e desejar ver) cada conto como um curta-metragem ou episódio de uma série ~ por isso a ideia da produção da Amazon Prime me pareceu uma ótima sacada, num primeiro momento.

MINHAS IMPRESSÕES SOBRE A SÉRIE

Já começo dizendo que não rolou para mim. A série é SUPER bem produzida, com um elenco de peso ~ Anna Paquin, Bryan Cranston, Greg Kinner e Steve Buscemi, entre outros grandes nomes ~ mas achei (a maioria d’) os episódios chatíssimos, de ficar torcendo para acabar LOGO. A minha impressão é que os roteiristas acharam necessário inserir novos (e muitas vezes inexistentes) elementos de ação nas histórias, para torná-las mais dinâmicas e excitantes para a TV, mas o tiro saiu pela culatra. Nesse caso, menos seria MUITO mais. A simplicidade (e genialidade) dos contos desapareceu no meio de roteiros esquizofrênicos e o material original foi tão transformado que, em alguns casos, tive até dificuldade de relacionar com o conto no qual o episódio foi baseado.

A exceção ficou por conta do conto O Enforcado Desconhecido, adaptado pela roteirista e diretora Dee Rees (do ótimo Pariah, assistam!). O episódio Kill All Others ganhou um elemento político, inexistente no conto, mas super atual e relevante. Enfim, para não dizer que não gostei de nenhum episódio… Tristeza gente. :/

Talvez a experiência seja um pouco mais positiva para quem não tenha lido os contos. Não sei, depois vocês me contam. Depois das duas experiências, minha conclusão é leiam o livro e esqueçam a série. Sério, a vida é muito curta para ficar assistindo série ruim.

site: http://naomemandeflores.com/electric-dreams-o-livro-e-a-serie/
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